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segunda-feira, 16 de maio de 2022

O FUNDAMENTALISMO RELIGIOSO TEM COMO BASE A IGNORÂNCIA

 

Supreendentemente, para alguns, o século 21 parece retroceder à idade média. No entanto, o espírita estuda nas obras de Allan Kardec que o progresso do Espírito, em seu processo evolutivo, decorre de suas sucessivas reencarnações, nas quais se instrui na experiência (O Livro dos Espíritos; A Gênese de 1868).

As gerações que se sucedem na história das civilizações são fruto dessas reencarnações de Espíritos. Portanto, é preciso compreender que os avanços e retrocessos decorrem desse processo de migração e emigração de Espíritos. Pode-se comparar à um grande educandário onde todos estão estudando para enfrentar as provas, os testes, a mudança de grau, a formatura, por assim dizer. Há os aprovados e, também, os reprovados.

O pensamento retrógrado é fruto desse processo (por má-fé ou por ignorância). O Espiritismo preconiza uma teoria tanto moral quanto social. E nesse aspecto, é preciso pensar sobre questões políticas e religiosas. Surge, nesse cenário, o que foi denominado fundamentalismo religioso. Há muitos fatores que contribuem para a existência e sustentação desse fundamentalismo. Vamos defender que sua base está em um deles, o qual reputamos de importância capital: a ignorância (tratada aqui como desconhecimento).

A princípio é oportuno esclarecer que o fundamentalista acredita que a sua causa tem importância grave e cósmica. Eles se veem como protetores de uma doutrina única e diferente, principalmente no que respeita ao modo de vida e de salvação. O objetivo dos fundamentalistas é procurar proteger uma identidade religiosa da sua absorção por uma cultura moderna que torne esse processo irreversível.

Feitas essas considerações, pedimos atenção para uma questão importante: o fato de que o fundamentalismo religioso pode ocorrer em várias vertentes ou, se quiser, nas diversas religiões. Cada uma buscando se impor como única e diferente - o 'verdadeiro caminho'. Consideramos que na vida em sociedade, não passa de um dos instrumentos usados para ascensão e manutenção de poder, bem como submeter a massa sob jugo.

Muitas religiões consideram, para fundamentar suas razões e dogmas religiosos como únicos e diferentes, um conjunto de livros reunidos denominados Bíblia Sagrada (aqui, nos referimos apenas ao Antigo Testamento). Para uma compreensão adequada do tema, sugerimos que o (a) leitor (a) verifique a definição do termo sagrado.

Traremos alguns exemplos para que os livres pensadores possam analisar se, realmente, aquela obra se trata de um livro sagrado. Advertimos que existem diversos pesquisadores que publicaram obras levantando a questão. Portanto, a presente contribuição é chamar a atenção para um tema que precisa ser debatido, em razão da sua atualidade e do estado de coisas observado neste século.

Você sabia que os exemplares que possuímos da Bíblia não são originais? Que são fruto de traduções das mais variadas e o que se faz é republicar edições sem pesquisa de fonte originária? Que NÃO existem as fontes originárias, uma vez que TODAS são fruto do trabalho de copistas? QUE HOUVE ADULTERAÇÃO DO CONTEÚDO DAQUELAS NARRATIVAS?

No campo da investigação é preciso perguntar também: a Bíblia trata de uma divindade, do ponto de vista espiritual? O Antigo testamento apresenta algum culto destinado a Deus? Suas respostas a essas indagações decorre do que ouviu dizer ou de algum estudo aprofundado do conteúdo dessa obra?

Parece que o nosso texto traz mais perguntas do que respostas. Mas, isso não nos deixa vermelhos de vergonha. Se você estuda com o desejo de obter conhecimento, responda:

1. Qual era a língua original que falavam os personagens bíblicos até que, de fato, surgisse o povo hebreu?

2. A Bíblia fala de Deus ou de Elohim? Qual seria o significado dessa palavra em hebraico bíblico:

3. Yahweh e Elohim são um e mesmo nome com um e mesmo significado?

4. Por que, apesar da confusão que procuram implementar acerca desses dois nomes, o nome de Yahweh somente passa a ser invocado após o nascimento da personagem bíblica Enos?

5. Por que o nome do chefe dos Elohim, Elyon, simplesmente não é mencionado pelos diversos seguidores e adoradores do texto bíblico, dito sagrado?

Essas e outras são algumas discrepâncias que podemos apontar com relação aos textos bíblicos que o vulgo, na ampla maioria, acessa e que não guardam relação direta com o texto daquela que poderia ser uma das bíblias possíveis.

Uma evidência de que não estamos diante de um livro cujo conteúdo é espiritual ou metafísico é que no conhecido livro Eclesiastes (3:19-20), denominado pela Bíblia Hebraica de Kohelet, diz textualmente que o ser humano não possui nada mais que os animais e que, após a morte, vão para o mesmo lugar. Nesse caso, parece que a obra não defende a existência de algo mais no ser humano, isto é, alma ou Espírito.

O que nos parece é que a Bíblia conta uma história, mas desconhecida das mesmas pessoas que julgam-na a base para sua fé e sua religião. Segundo o texto bíblico, Yahweh amava a humanidade ou, por outro lado, ordenou um massacre de mulheres, idosos e crianças? A primeira alternativa é amplamente difundida, mas não está presente nos textos bíblicos; no entanto, a segunda é bastante repetida nos mesmos.

O que ocorre, e é preciso ser denunciado, é que há um dogmatismo religioso que não admite dúvidas ou reflexões que tenham conclusões potencialmente diferentes daquelas já preestabelecidas. No entanto, o Espiritismo preconiza como fundamental para o aprendizado: "A fé necessita de uma base, base que é a inteligência perfeita daquilo em que se deve crer. E, para crer, não basta ver; é preciso, sobretudo, compreender" (Evangelho Segundo o Espiritismo - A Fé Que Transporta Montanhas - item 7).

Tenho uma dúvida, toda pessoal, que compartilho. Se o texto bíblico é sagrado ou inspirado, por que motivos os católicos acreditam ser verdadeiros os 46 livros do Antigo Testamento e o cânone hebraico aceita 39? As bíblias conhecidas são baseadas na Bíblia Stuttgartensia (Códice massorético de Leninegrado), outras na Bíblia dos Setenta (Septuaginta); uma em relação à outra contém inúmeras variações com diferenças consideráveis (quando analisadas, é possível detectar ajustes feitos no texto, isto é, falsidades textuais). É importante salientar que a septuaginta foi usada pelos cristãos dos primeiros séculos até que a igreja decidiu usar a versão baseada no cânone hebraico.

Há, também, a Torah samaritana que apresenta milhares de variações em relação à massorética. A Peshitta, Bíblia síria é diferente da massorética, também. É necessário deixar claro que o problema não está fincado só nas traduções, mas nas Bíblias possíveis e que são conhecidas dos pesquisadores e estudiosos. Todas são declaradas como verdadeiras e indiscutíveis pelos seus adeptos, os quais as aceitam em razão de viverem dentro das tradições que as aceitam.

Observamos que sempre tem alguém, algum indivíduo que as indicam de maneira dogmática, incontestável, ou seja, que todo o seu conteúdo DEVE ser aceito como VERDADE, proibindo-se quaisquer discussões a respeito.

Note-se que entre os manuscritos encontrados nas grutas de Qumran (alguns rolos do século II a.C.) mostram numerosas variações diferentes do texto de Isaías redigido pelos massoretas. Por outro lado, existem divergências e discrepâncias dentro dos próprios cânones católico, hebraico, protestante, copta, etc.

Daniel é reconhecido como profeta por uns, mas não por outros. Uns tem seus livros como escritos importantes (Roma), outros não (Jerusalém). Estudiosos acusam tais textos de terem sido manipulados para que pudessem emendar escritos anteriores que se revelaram falsos, como é o caso dos de Jeremias.

Existem informações contidas no Livro de Daniel que mostram ser inverídicas ou equivocadas. É o caso da loucura de Nabucodonosor (Dn 4:30), enquanto o louco fora seu filho Nabonido (cujo acontecimento é narrado em um documento das grutas de Qumram). Em Daniel vamos encontrar informações erradas sobre Baldassare, Nabucodonosor, Nabonido, Dario, Ciro, rio Tigre e rio Eufrates, etc. (Dn 5:2; 5:30; 6:1; 10:4).

Tratando-se de um autor de um livro considerado inspirado e sagrado, não seria, de modo algum, possível um ERRO do próprio DEUS. Como os erros são fatos comprovados, observa-se que não se trata de um livro sagrado, nem inspirado. Coisa parecida ocorre com o livro de Tobias. Equívocos concernentes a períodos históricos e a qual rei sucedeu o outro, incongruências com os livros de 1Reis e 2Reis, etc.

Outro coisa estranha ocorre quanto à conhecida história bíblica sobre Davi e Golias. Quem, na verdade, matou o gigante filisteu?:

Chama a nossa atenção, também, as preocupações nada espirituais demonstradas nos textos ditos sagrados, como é o caso da determinação inusitada reproduzida a seguir, uma vez que Deus andava pelo acampamento (será que ele não queria pisar em alguma coisa desagradável?):

Semelhantes informações nos conduzem à uma reflexão bastante simples. Os fundamentalistas religiosos são apenas fundamentalistas. Não possuem legitimidade para determinar NENHUMA conduta moral para o semelhante, principalmente, quando a sua arguição de legitimidade se baseia em obras cujos erros, equívocos e contradições são flagrantes.

No entanto, o que fica mais claro é que o fundamentalismo religioso é fruto da ignorância. Os supostos religiosos não conhecem, não estudaram e nunca se preocuparam com o conteúdo das obras que afirmam ser fruto de um Deus. Caso tivessem feito um mínimo estudo, veriam que são apenas... fundamentalistas, ou seja, radicais que não progridem e não querem permitir o progresso. Recordamos o que aprendemos em Espiritismo: PROGRESSO É UMA LEI MORAL.

Ainda voltaremos ao tema.

Uberaba-MG, 16 de maio de 2022.
Beto Ramos.

FONTE BIBLIOGRÁFICA:
BIGLINO, Mauro. A Bíblia não é um livro Sagrado: O grande engano (Vol. I). Edição do Kindle. 

sexta-feira, 6 de julho de 2018

CONHEÇA SUA BÍBLIA: AS DUAS NAÇÕES


No Livro de Gênesis, Antigo Testamento, encontramos a história de Rebeca. Grávida, preocupada, numa sociedade primitiva, foi consultar o Senhor, afinal Rebeca era estéril havia vinte anos. O Senhor, atendendo-a, disse: "Duas nações estão em seu ventre [...] Mas o mais velho servirá ao mais novo" (Capítulo 25, versículo 23). As traduções que conhecemos hoje (século XXI) no Brasil sempre apresentam a última frase do versículo com a frase acima: "o mais velho servirá ao mais novo".
Todavia, a Torah, matéria-prima para todo erudito e tradutor, que dá origem ao que conhecemos como Bíblia, não foi escrita e muito menos ensinada em Língua Portuguesa. Aliás, naquele tempo não havia língua portuguesa, não havia portugueses e muito menos Portugal.
A Lei, tanto oralmente quanto quando foi escrita, usou a língua hebraica. No hebraico essas palavras que originaram a tradução mencionada não são tão claras e apresentam ambiguidade considerável: v’rav ya’avod tzair (וְרַב יַעֲבֹד צָעִיר).
O que se sabe é que em hebraico não há clareza sobre qual seria a palavra usada na frase para expressar o objeto e qual seria aquela para o sujeito. É que o texto pode ser interpretado em ambos os sentidos.

Parece que ficou muito confuso, mas, é possível esclarecer. NÃO HÁ NENHUMA MANEIRA DE DETERMINAR QUEM SERVIRÁ A QUEM. TALVEZ PODERIA SER O MAIS NOVO A SERVIR AO MAIS VELHO.
Emmanuel na obra A Caminho da Luz, ditada a Chico Xavier, (FEB, 1939), no capítulo em que relata sobre o Judaísmo e o Cristianismo afirma que “[..] o Antigo Testamento é um repositório de conhecimentos secretos, dos iniciados do povo judeu, e que somente os grandes mestres da raça poderiam interpretá-lo fielmente, nas épocas mais remotas”.
No capítulo 7, denominado O Povo de Israel, afirma que eminentes estudiosos buscaram penetrar os obscuros segredos contidos no Antigo Testamento aproximando-se da realidade com referência às interpretações, não conseguindo, todavia, solucionar os vastos problemas que as suas expressões oferecem.
E, afirma o benfeitor na página 59 da 3ª impressão da 38ª edição: “Os livros dos profetas israelitas estão saturados de palavras enigmáticas e simbólicas, constituindo um monumento parcialmente decifrado da ciência secreta dos hebreus. [...] É por isso que, a par do Evangelho, está o Velho Testamento tocado de clarões imortais, para a visão espiritual de todos os corações”.
Chamamos sua atenção para a importância de uma leitura da Torá em hebraico. Não se trata de violar sua consciência, menos ainda sua crença. Mas, convidamos para que o texto seja lido, pelo menos, junto com o texto hebraico.

É que os tradutores, constatando a ambiguidade do texto, bem como e a complexidade da língua hebraica, acabam (e não quer dizer que seja má-fé) traduzindo o texto conforme seus conceitos.
Nesse caso, sobram duas escolhas: ou se compreende a Bíblia conforme a interpretação teológica de tais tradutores ou é possível descobrir a Bíblia Hebraica, buscando as próprias respostas às perguntas levantadas pela Torá. E, para tanto, é possível contar com excelentes cursos feitos, inclusive, pela internet, isto é, à distância.

Podemos recomendar um que pensamos ter atendido às nossas expectativas: ISRAEL INSTITUTE OF BIBLICAL STUDIES, parceira acadêmica da THE HEBREW UNIVERSITY OF JERUSALEM. Achou complicado? Então segue o endereço: https://israelbiblicalstudies.com/pt/

XAVIER, Francisco Cândido. A Caminho da Luz. Pelo Espírito Emmanuel. Brasília: FEB, 1939.

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