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quarta-feira, 4 de maio de 2016

ESTUDOS BÍBLICOS NA CASA ESPÍRITA?

Se você achou a pergunta estranha e a resposta mais ainda, seja bem-vindo...

Para quem acompanha a saga do "blogueiro" e a história por trás da criação do espaço virtual, sabe que nos apaixonamos ainda mais pelo Espiritismo quando ouvimos pela primeira vez o querido Haroldo Dutra Dias falar sobre revelações bíblicas, Jesus, judaísmo, Kardec e Espiritismo, tendo como fio condutor de suas pesquisas a obra de Francisco Cândido Xavier sob a direção do benfeitor espiritual Emmanuel, sem prescindir de um vasto acervo bibliográfico.

De posse das obras indicadas por Haroldo Dutra iniciamos um singelo estudo. Nada parecido com o que fazem aquelas almas abençoadas da cidade de Belo Horizonte, principalmente o Instituo SER.

Enquanto o estudo era feito solitariamente, nenhum problema. Mas, conversa vai, conversa vem. Alguém insinua que estas investigações deveriam ser feitas com a participação de um número maior de pessoas. Que deveria haver um compartilhamento das informações. Criamos um Instituto. Pois é. Chamamos de Instituto REVELARE, estabelecemos algumas bases e princípios, principalmente que a doutrina espírita deve ser a luz que ilumina o caminho, a fim que sempre se possa extrair uma consequência moral do estudo.

Ora, você diria: agora está tudo certo, mãos à obra, vamos aos estudos! Mas, pasmem! Imagine você o que pensamos: toda casa espírita está interessada em estudo sério e que não seria problema algum encontrar a cessão de um espaço e horário disponível para a realização do mesmo. Nos enganamos... Daí o título: estudos bíblicos na casa espírita? não estou convencido!

A saga se inicia com um requerimento formal, onde o Instituto pede a uma casa espírita a realização de um convênio para cessão do espaço. Bom, nem foi efetuada contraproposta de aluguel... Desculpa dada, pedido negado. Noutra oportunidade, pede-se o espaço a outra casa espírita. Inicialmente parece que será cedido, pois, disseram: vejam nosso cronograma semanal, caso tenha horário, escolham; Feita a escolha vem a notícia: no momento não será possível.

Finalmente, na divulgação da proposta, novamente ouvimos: estudos bíblicos na casa espírita? não estou convencido! Porém, neste caso, uma resposta amorosamente objetiva com o diferencial do "olho no olho", consequência do respeito e da fraterna caridade entre pares.

Olha, desculpe a franqueza (ou desabafo), eu não tenho culpa de que Jesus escolheu os Hebreus para sua encarnação, isto é, escolheu ser judeu. Também, não fui eu que aconselhou na Introdução do Evangelho Segundo o Espiritismo que para melhor entender certas passagens dos Evangelhos é necessário compreender o estado dos costumes e da sociedade judia naquela época. Quanto ao estudo realizado à luz da doutrina espírita, o próprio Kardec na mesma Introdução acima mencionada esclarece que muitas passagens do Evangelho, da Bíblia e dos autores sacros em geral são de difícil compreensão, parecendo até absurdas em razão da falta da chave que nos dê o verdadeiro sentido, a qual está inteirinha no Espiritismo.

Parece que quando o codificador fala em sentido, está falando de sentimento, isto é, de extrair consequência moral, de estudar com o coração, o que não quer dizer que ele afastou o conhecimento intelectual que se refere ao uso das ferramentas como história, sociologia, ciência em geral, filosofia, etc. ([...] a letra mata o espírito vivifica - 2Coríntios 3:6b). Pelo contrário, Kardec aconselha este tipo de investigação, o que permeou todo o seu trabalho. Basta ler as Revistas Espíritas.

Aqui, me recordo do capítulo 3 do livro Jesus no Lar, pela psicografia de Francisco C. Xavier, ditado pelo Espírito Neio Lúcio em que o Mestre, fala sobre a Revelação nos seguintes termos:

"[...]Assim é a revelação celeste no coração humano. Se não purificamos o vaso da alma, o conhecimento, não obstante superior, confunde-se com as sujidades de nosso íntimo, como que se degenerando, reduzindo a proporção dos bens que poderíamos recolher. Em verdade, Moisés e os profetas foram valorosos portadores de mensagens divinas, mas os descendentes do povo escolhido não purificaram suficientemente o receptáculo vivo do Espírito para recebê-las. É por isso que os nossos contemporâneos são justos e injustos, crentes e incrédulos, bons e maus ao mesmo tempo. O leite puro dos esclarecimento elevados penetra o coração como alimento novo, mas aí se mistura com a ferrugem do egoísmo velho. Do serviço renovador da alma restará, então, o vinagre da incompreensão, adiando o trabalho efetivo do reino de Deus".

Comparando a Revelação ao orvalho, arremata o Divino Escultor: "[...] O orvalho num lírio alvo é diamante celeste, mas, na poeira da estrada, é gota lamacenta. Não te esqueças dessa verdade simples e clara da natureza".

Por outro lado, no livro Boa Nova, capítulo 14, do mesmo psicografo, ditado pelo Espírito Humberto de Campos, em conversa com Tiago sobre o mecanismo do resgate, Jesus percebendo que o discípulo compreendia-o equivocadamente, pergunta: "[...] Dentro da lei de Moisés, como se verifica o processo da redenção?". Ao que Tiago responde: "[...] Também na lei está escrito que o homem pagará "olho por olho, dente por dente". Sendo advertido pelo Mestre: "[...] Até tu, Tiago, estás procedendo como Nicodemos? [...] Como todos os homens, aliás, tens raciocinado, mas não tens sentido. Ainda não ponderaste, talvez que o primeiro mandamento da Lei é uma determinação de amor. Acima do "não adulterarás", do "não cobiçarás", está o "amar a Deus sobre todas as coisas, de todo o coração e de todo o entendimento". Como poderá alguém amar o Pai, aborrecendo-lhe a obra? Contudo, não estranho a exiguidade de visão espiritual com que examinaste o texto dos profetas. Todas as criaturas hão feito o mesmo. Investigando as revelações do Céu com o egoísmo que lhes é próprio, organizaram a justiça como o edifício mais alto do idealismo humano. E, entretanto, coloco o amor acima da justiça do mundo e tenho ensinado que só ele cobre a multidão de pecados. Se nos prendemos à lei de talião, somos obrigados a reconhecer que onde existe um assassino haverá, mais tarde, um homem que necessita ser assassinado; com a lei do amor, porém, compreendemos que o verdugo e a vítima são dois irmãos, filhos de um mesmo Pai. Basta que ambos sintam isso para que a fraternidade divina afaste os fantasmas do escândalo e do sofrimento".

A minha inspiração para estudar "a Revelação" vem de textos como estes, pois, nos seus ensinamentos Jesus examina a Lei Mosaica e sempre diz que não veio destruí-la, mas, completá-la e não perde oportunidade para esclarecê-la conforme o estado dos costumes e da sociedade daquela época.

Ah! você precisa do desfecho...
Decidimos estudar em minha casa!

quarta-feira, 27 de abril de 2016

FRASES E EXPRESSÕES BÍBLICAS


"No princípio, criou Deus os céus e a terra"


 Sem dúvida, é de se afirmar que os primeiros capítulos de Gênesis, narram o princípio da criação, referindo-se a céus, terra e todo o necessário para a existência de vida (humana, animal, vegetal e espiritual). Porém, não nos cabe esquecer que, no princípio, não existia a língua portuguesa e que a ciência comprovou a existência do universo anterior à terra, como também a própria existência do planeta anterior ao período que faz referência à Adam (ou Adão), do hebraico אדם, que significa: homem, ser humano, humanidade (derivado de  - אדמה - ’adamah: terra, território, país,"a terra", solo).

É imprescindível que o leitor atento, buscando compreender a profundidade da Mensagem Divina, procure abeberar-se na fonte. Nela, a possibilidade de encontrar uma “água” turva, contaminada ou imprópria para “saciar a sede” é muito menor. Em hebraico bíblico(3), o primeiro versículo de Gênesis,  está assim escrito:


SIGNIFICADOS (2):

bə: em, com, por, dentro.
re’shiyth: primeiro, começo, melhor, principal, princípio, parte principal, parte selecionada. [pertence à raiz de ro’sh: cabeça (corpo), topo, cume, parte superior, chefe, total, soma, altura, fronte, começo, altura (estrelas), líder, cabeça (homem, cidade, nação, lugar, família, sacerdote), e etc.].
bara’: moldar, formar; criar; dar forma a (tendo Deus com sujeito) - referindo-se a: céu e terra; homem individualmente; novas condições e circunstâncias; a transformações.
’E-lohiym (plural): governantes, juízes, seres divinos, anjos, deuses; [forma singular -  אֵל - ’el : deus, semelhante a deus, poderoso, deus falso, (demônios, imaginações), Deus (o único Deus verdadeiro)].
et: tem função apenas gramatical, indicando o objeto seguinte; sem tradução em português.
ha: este sim é o artigo definido (o, a, os, as);
shamayim: céus;
ve’:conjunção aditiva “e”;
’aretz: terra.

Diante dos significados, é possível que o leitor inicie o processo de análise do texto bíblico, promovendo saudável interpretação. Antes porém, importa saber que:
a) Um texto de Tebas, no Egito, trata do deus Amon e faz alusão à “criação” valendo-se da expressão: “na primeira ocasião”. Desta forma, os egiptólogos interpretam-na como uma referência a um evento ocorrido pela primeira vez e não como ideia abstrata(5);
b) A língua hebraica tem um número reduzido de tempos verbais (diferente da língua portuguesa). Uma única forma verbal hebraica pode ser usada para duas ou mais formas verbais em português.
c) No sistema verbal do hebraico o significado de cada verbo está relacionado com os outros tempos dos verbos do contexto;
d) Como visto acima, o texto bíblico usa a expressão 'E-lohyim  em sua forma plural, o que não é nenhuma novidade, pois o judaísmo comenta isto há muito tempo.

Em relação à letra 'd' acima, alguns comentários rabínicos sobre o Antigo Testamento dizem se tratar de um “plural majestático” (3). Explicam que, à época da escritura, reis usavam expressões no plural quando se referiam a si mesmos. Ousamos pensar que tal assertiva é a figura denominada antropomorfismo, isto é, uma forma de pensamento comum a diversas crenças religiosas que atribui a deuses, a Deus ou a seres sobrenaturais comportamentos e pensamentos característicos do ser humano. Esta figura foi bastante criticada pela filosofia grega desde seus primórdios.

Sabemos que o texto bíblico conta a história de um povo e do seu relacionamento com Deus, visando abolir o politeísmo (culto a diversos deuses) e diversas práticas abomináveis (como o sacrifício de crianças em fogueiras).

A missão de apresentar esse Deus Verdadeiro e Único coube a um Patriarca: Abrão. Era costume naquele tempo que o indivíduo que promovia a aliança com a divindade modificasse seu nome, incorporando o nome da mesma. Foi assim que aquele Patriarca passou a chamar-se: אברהם (’Abraham) ou Abraão: “pai de uma multidão” ou “chefe de multidão” e ficou conhecido como amigo de Deus e fundador da nação dos hebreus através da aliança e eleição de Deus (2). É que Deus revelou-se à figura de um Pai para a humanidade terrestre.
 
Portanto, para as reflexões seguintes, convidamos o leitor a pensar sobre o texto bíblico considerando a forma como se dava a manifestação e o relacionamento de Deus com as criaturas.

Tomando como exemplo a família, vemos que Deus nos confia, cada um, aos cuidados daqueles que tem a tarefa de prover uma variedade de necessidades que temos desde o nascimento. Por esta lógica, havia prepostos do Criador operando na formação da terra? O texto bíblico pode atestar essa hipótese?

Tendo como ponto de partida a fé raciocinada, verificamos que o texto bíblico, em hebraico, nos oferece a palavra ’E-lohiym, escrita na forma plural, cujos significados já foram apresentados, bem como a crítica ao plural "majestático". Lado outro, o  texto faz uso do verbo bara'. Comentaristas do Antigo Testamento afirmam que o mesmo foi usado para expressar "criar" (Ele Criou) por se apresentar na forma singular. Contudo, o mesmo verbo pode indicar a expressão: "formar". 

Apesar de usualmente assimilada como correta desde há muito tempo, hoje, é possível pensar noutro sentido para a frase inicial da Primeira Revelação, sem que, com isto, possa haver qualquer ideia (mesmo oculta) de existirem outras "divindades". A reflexão proposta, definitivamente, não adota esta posição primitiva. Por tudo isto, trazemos à colação alguns fundamentos que nos levam a admitir que havia prepostos de Deus atuando na formação do orbe.


USO DE PALAVRAS NO PLURAL ATRIBUÍDAS À DIVINDADE

No fragmento de texto abaixo (Gênesis 1:26) se repete o uso do plural pelo Verbo Divino (majestático?), vejamos:


Segundo um comentário contido no Midrash (Bereshit Rabá8) "Deus se aconselhou com os anjos sobre a conveniência de criar o homem ou não". (3). Independente do que se possa pensar acerca desta afirmação, o fato é que o Judaísmo nunca afastou a ideia de que Deus, quando da formação do orbe terrestre, já possuía prepostos com atuação ativa no processo, podendo ser denominados cocriadores. Não seria coerente com a ideia de Deus Único que os "anjos" citados no Midrash fossem "incriados", assim como sabemos que, sendo Deus a inteligência suprema e causa primeira das coisas, não foi criado, posto que não seria Deus e sim aquele que o teria criado.


NOVO TESTAMENTO (a lei não foi destruída)

Observando a "Boa Mensagem" com vistas à utilização do texto bíblico como  "inspiração para a inteligência adulta" (6), obtemos valiosas informações. 

Atentemos para ditoso ensinamento contido na Carta aos Hebreus (1:1-2):
“Muitas vezes e de muitas formas, Deus falou no passado a nossos pais por meio dos profetas. Nesta etapa final nos falou por meio de um Filho, a quem nomeou herdeiro de tudo, por quem criou o universo. Ele é reflexo de sua glória, expressão do seu ser, e tudo sustenta com sua palavra poderosa” (4).

Ao seu turno, esclarece o Evangelho de João(1:1-5):
“No princípio havia o Verbo, e o Verbo estava junto de Deus, e o Verbo era Deus. Ele estava, no princípio, junto de Deus. Todas as coisas foram feitas por meio dele, e sem ele nada que se encontra feito se faria. Nele havia vida, e a vida era a luz dos homens; e a luz brilha na treva, e a treva não a reteve” (1).

CONFIRMAÇÕES DOS TESTAMENTOS

A literatura espírita séria e comprometida com a evolução humana, tendo como um de seus maiores colaboradores o Espírito Emmanuel (7), pela psicografia mediúnica de Francisco C. Xavier, corroborando a Epístola acima, assevera:
“[...] em tudo e sobre todos, irradia-se a luz desse fio de espiritualidade que diviniza a matéria, [...] vemos a fonte de extraordinária luz, de onde parte o primeiro ponto geométrico desse fio de vida e de harmonia, que equilibra e satura toda a Terra numa apoteose de movimento e divinas claridades. [...] É Ele quem sustenta todos os elementos ativos e passivos da existência planetária. No seu coração augusto e misericordioso está o Verbo do princípio. [...] Só Jesus não passou [...]. Ele é a luz do princípio e nas suas mãos misericordiosas repousam os destinos do mundo”.

PROPOSIÇÃO

Deste modo, pensamos: seria possível que os autores bíblicos fizessem referência, ao contrário da convenção comum, a anjos? Sabemos que não pretendiam se referir a “deuses”, pois, ensinaram para a humanidade que há somente um Deus. Todavia, sendo um texto considerado inspirado, transcendendo o humano, não se pode admitir “equívoco do Espírito”. Isto vale, também, para o sentido como verbo “Criar” foi interpretado dos manuscritos? Então, como o bom senso pode guiar a compreensão da expressão? Entendemos que é possível compreender, sem cometer qualquer ofensa aos que pensam diferentemente, que a expressão pode ser escrita da seguinte forma:

              “Primeiro, os seres divinos formaram os céus e a terra”.

Poder-se-ia especular a respeito do emprego da expressão reshit, cuja raiz é ro'sh. Assim, construindo a expressão Be'reshit, por meio do emprego de uma tradução não usual: cabeça ou líder. Onde, então, a frase seria construída da seguinte forma: "Com o cabeça, seres divinos formaram os céus e a terra"; ou, ainda, "Com o líder, seres divinos formaram os céus e a terra".

CONCLUSÃO?!

Para aqueles que sustentarem que a expressão é inverossímil, pedimos vênia para refletir a questão à luz da Doutrina Espírita, vez que no ano de 1938 o Espírito Emmanuel, a respeito da Gênese Planetária (7), falou acerca da Comunidade de Espíritos puros nos seguintes termos:
“Rezam as tradições do mundo espiritual que na direção de todos os fenômenos, do nosso sistema, existe uma comunidade de Espíritos puros e eleitos pelo Senhor supremo do universo, em cujas mãos se conservam as rédeas diretoras da vida de todas as coletividades planetárias. Essa comunidade de seres angélicos e perfeitos, da qual é Jesus um dos membros divinos, ao que nos foi dado saber, apenas se reuniu, nas proximidades da Terra, para a solução de problemas decisivos da organização e da direção do nosso planeta, por duas vezes no curso dos milênios conhecidos".

E, prossegue o benfeitor (7):
"A primeira, verificou-se quando o orbe terrestre desprendia da nebulosa solar, a fim de que lançassem, no tempo e no espaço, as balizas do nosso sistema cosmogônico e os pródromos da vida na matéria em ignição, do planeta, e a segunda, quando se decidia a vinda do Senhor à face da Terra, trazendo à família humana a lição imortal do seu Evangelho de amor e redenção”.

André Luiz, Espírito, tratando de questões relacionadas com o fluído cósmico, plasma divino, Criador e cocriação nos planos maiores e menores, na obra mediúnica "Evolução em Dois Mundos" (8), refere-se às inteligências gloriosas, que, sob o influxo do próprio Senhor supremo, eis que a Ele agregadas em processo de comunhão indescritível, operam da seguinte maneira:
Extraem "[...] desse hálito espiritual os celeiros da energia com que constroem os sistemas da imensidade, em serviço de cocriação em plano maior, de conformidade com os desígnios do Todo-Misericordioso, que faz deles agentes orientadores da Criação excelsa. Essas Inteligências gloriosas toma o plasma divino e convertem-no em habitações cósmicas, de múltiplas expressões, radiantes ou obscuras, gaseificadas ou sólidas, obedecendo a leis predeterminadas, quais moradias que perduram por milênios e milênios, mas que se desgastam e se transformam por fim, uma vez que o Espírito criado pode formar ou cocriar, mas só Deus é o Criador de toda a eternidade. [...] Devido à atuação desses arquitetos maiores, surgem nas galáxias as organizações estelares como vastos continentes do Universo em evolução e as nebulosas intragaláticas como imensos domínios do Universo, encerrando a evolução em estado potencial, todas gravitando ao redor de pontos atrativos com admirável uniformidade coordenadora. [...] A Engenharia celeste equilibra rotação e massa, harmonizando energia e movimento [...].".


Sabemos das divergências existentes acerca dos modos de como interpretar as Escrituras Sagradas. Respeitamos o ponto de vista de cada um. Contudo, parece que a interpretação trazida a lume promove a integração das três revelações: Judaísmo (Moisés), Evangelho (Jesus) e Espiritismo (Consolador). Trouxemos o pequeno estudo como contribuição a um ensaio de interpretação e motivo para reflexão. Sua consequência moral é que, vencido o materialismo, comprovamos por meio da aliança entre ciência e religião que não estamos à deriva, não somos produto do acaso, pertencemos a uma ordem, criados com vistas à perfectibilidade, rumo à comunidade de Espíritos puros. Que vença a Religião Cósmica: o Amor; Eis que Dele somos criação.

REFERÊNCIAS BIBLIOGRÁFICAS:

1. DIAS, Haroldo Dutra. Novo Testamento. Trad. Haroldo Dutra Dias. Brasília, FEB, 2013.
2. DICIONÁRIO BÍBLICO STRONG. Léxico Hebraico, Aramaico e Grego de Strong. São Paulo: Sociedade Bíblica do Brasil, 2002.
3. FRIDLIN, Jairo (Coord.). Torá – A lei de Moisés. São Paulo: Sêfer, 2001.
4. SCHÖKEL, Luís Alonso. Bíblia do Peregrino. Paulo Bazaglia (Coord.). 3. Ed. São Paulo: Paulus, 2011.
5. WALTON, John H.; MATTHEWS, Victor H.; CHAVALAS, Mark W. Comentário bíblico Atos: Antigo Testamento. (Trad. Noemi Valéria Altoé). Belo Horizonte: Editora Atos, 2003.
6. WOUK, Herman. Este é o Meu Deus. São Paulo: Séfer, 2002.
7. XAVIER, Francisco Cândido. A Caminho da Luz. Ditado pelo Espírito Emmanuel. Brasília: FEB, 2015.
8. XAVIER, Francisco Cândido. Evolução em Dois Mundos. Ditado pelo Espírito André Luiz. Brasília: FEB, 2013.

DESTAQUE DA SEMANA

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