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sábado, 5 de janeiro de 2019

ESPIRITUALIDADE (*)



O ser humano é um espírito encarnado na Terra para adquirir valores da experiência própria.

Segundo nossas ilusões, na oficina terrestre ou na escola planetária, corremos o risco de não valorizar o trabalho ou o ensino, ficando aprisionados no abismo infernal ou estacionados no purgatório.

Conscientes de que somos colocados pelo Senhor nos lugares que ocupamos, é imperioso cuidar das necessidades próprias e lembrar que o Orbe é uma oficina sagrada, para evitar pagar o preço dos terríveis enganos do coração.

A existência humana não é fim, é oportunidade.

A meta é atingir o Cristo latente m cada um.

O ser é aluno em aprendizado.

As relações, o livro de estudo.

No Curso da Elevação Própria, o diploma é de Espírito Superior.

Corpo humano? Apenas o uniforme escolar.

Espiritualismo? Uma filosofia.

Espiritismo? Uma doutrina.

Espiritualidade? aplicação das nossas infinitas potencialidades a serviço do Bem.

(*) Texto adaptado por inspiração no prefácio de Emmanuel ao Livro Nosso Lar, cujo título é “Novo Amigo”.

Uberaba – Minas Gerais, 05 de Janeiro de 2019.
Beto Ramos

domingo, 2 de dezembro de 2018

EXISTEM ESPÍRITOS?


NOÇÕES PRELIMINARES PARA ESTUDO DO ESPIRITISMO


 Antes de aceitarmos qualquer discussão espírita, temos de nos assegurar se o interlocutor admite a base sobre a qual está todo o edifício do Espiritismo, qual seja: a existência de Deus e da Alma. Não nos cabe forçar essa crença, eis que a vontade é individual e autônoma.

Para tanto, a esses interlocutores, são necessárias algumas perguntas iniciais para delimitar o campo da discussão, quais sejam:
 a) Crê em Deus?
    b) Crê na existência da Alma?
    c) Crê na sobrevivência da Alma após a morte?

Tais questões devem obter respostas positivas, sem as quais seria inútil prosseguir numa discussão comparável a tentar demonstrar as propriedades da luz a um cego que não admitisse a existência da luz.


EXISTEM ESPÍRITOS?
1.Os Espíritos não são seres a parte na criação e sua existência decorre, necessariamente, do fato de haver um princípio inteligente no Universo, além da matéria.

 2.O Espiritualismo em geral nos oferece a demonstração teórica dogmática da existência, sobrevivência e individualidade da alma, o que o Espiritismo demonstrou pelos experimentos.

 3. Pelo método indutivo do raciocínio, partindo da premissa que a alma existe e sua individualidade permanece após a morte, tem-se:
a) Ao separar-se do corpo a alma não conserva as propriedades materiais, portanto, sua natureza é diferente da corpórea;
b) Sendo feliz ou sofredora, a alma possui consciência própria e não é um ser inerte do qual nada valeria sua existência;
c) Se há consciência vai para algum lugar, que, segundo a crença comum é o Céu ou o Inferno, mas, o Espiritismo não é compatível com essa teoria;
d) O Céu ou o Inferno deveria estar circunscrito em algum lugar, mas, no Universo não há como conceituar alto e baixo, uma vez que os orbes são redondos, os astros giram e o alto e baixo se revezam de tempo em tempo, sendo desconhecido o infinito do espaço que possui distâncias incomensuráveis;
e) A razão não admite a inutilidade do infinito, que leva a crer serem os demais mundos também habitados;
f) A doutrina da localização das almas e os dados das ciências não concordam entre si, o que conduz a uma doutrina mais lógica que lhes dá o espaço infinito, isto é, todo um mundo invisível que nos envolve e no meio do qual vivemos rodeados por elas.

 4. A ideia das penas e recompensas, uma vez que as almas não vão para locais determinados, é absurda. Ao contrário de penarem ou gozarem em determinado lugar, carregam no seu íntimo a felicidade ou a desgraça, pois, a sorte de cada uma depende de sua condição moral.

 5. O progresso das almas depende dos esforços que fazem para melhorarem e, depois das provas necessárias, podem atingir os graus mais elevados. Portanto, os anjos, mensageiros de Deus, são almas humanas que chegaram ao grau supremo e todos podem chegar até lá através da Boa Vontade.

 6. Essas almas purificadas, chegadas ao grau supremo, são incumbidas por Deus de zelar pela execução de seus desígnios em todo o Universo.

 7. Com isto, ter uma condição útil e aceitável após a morte é uma teoria mais atraente que a inutilidade perpétua da contemplação eterna.

OS DEMÔNIOS
 8. São almas das criaturas más, ainda não depuradas, mas, que podem chegar como as outras, ao estado de pureza. Tal situação está em pleno acordo com a Justiça e Bondade de Deus e em conformidade com a razão, a lógica e o bom-senso.

ESPÍRITOS
 9. As almas são os Espíritos encarnados revestidos do invólucro corporal (corpo de carne), enquanto que os Espíritos que povoam o Universo infinito também são almas humanas, mas, desprovidas (despojadas) da roupagem material (corpo de carne).

 10. Admitir-se a existência das almas é o mesmo que admitirem-se os Espíritos. Estando as almas por toda parte, os Espíritos também estão. Negar um é negar o outro.

AÇÃO SOBRE A MATÉRIA / MANIFESTAÇÕES ESPÍRITAS
 11. Os Espíritos não são seres abstratos, vagos e indefinidos. Na sua união com o corpo, o Espírito é o elemento principal da união, pois é o ser pensante e que sobrevive à morte.

 12. O corpo é um acessório do Espírito, um invólucro, uma roupagem que abandona depois de usar.

 13. Além do envoltório material, o Espírito possui outro, semimaterial, que o liga ao primeiro. 

 14. Na morte o Espírito abandona o corpo, mas, não o segundo envoltório, que é chamado de perispírito.

 15. O perispírito, que tem a mesma forma humana do corpo, é uma espécie de corpo fluídico, vaporoso, invisível para o sentido humano quando se encontra em seu estado normal, mas, possui ainda algumas propriedades da matéria.

 16. O Espírito é um ser limitado e circunscrito, ao qual falta ser visível e palpável para assemelhar-se às criaturas humanas.

 17. Como os demais fluídos rarefeitos, tal qual a eletricidade, o Espírito, constituído de uma substância sutil e dirigido pela vontade, é uma força motriz que age sobre a matéria.

 18.O Espírito encarnado age sobre a matéria do seu corpo dirigindo-lhe os movimentos corporais.

 19. Como o mudo serve-se de uma pessoa que fala para fazer-se compreender, assim o Espírito desencarnado serve-se de outro corpo, em acordo com o Espírito nele encarnado, para manifestar o seu pensamento.

  20. Partindo-se do princípio da existência da alma e sua sobrevivência após a morte, considera-se que o ser pensante durante a vida terrena continua pensando após a morte; Pensa naqueles que amou e deseja se comunicar com eles; Está por toda parte e ao nosso lado, comunicando-se conosco.

 21. O Espírito age sobre a matéria inerte por intermédio de seu corpo fluídico, assim como age sobre a matéria de um ser vivo, inclusive, dirigindo-lhe a mão para fazê-lo escrever, além de lhes responder questões pela transmissão do pensamento.

 Fonte:
KARDEC, Allan. O Livro dos Médiuns. (Primeira Parte, Noções Preliminares, Capítulo I - Existem Espíritos?).  LAKE: São Paulo, 2013.

quarta-feira, 21 de novembro de 2018

A HABITAÇÃO DOS ESPÍRITOS INFERIORES

 
Sabemos, conforme a Escala Espírita, que os Espíritos encarnados e desencarnados classificam-se segundo o grau de desenvolvimento, as qualidades adquiridas e imperfeições de que ainda não se livraram.

Em 1858 Allan Kardec abordou esse tema na Revista Espírita. Naquela oportunidade o Codificador não havia inserido a Décima Classe dos Espíritos componentes da Terceira Ordem da Escala, que trata das caraterísticas predominantes dos Espíritos Inferiores. Contudo, a Terceira ordem é composta pelos Espíritos Impuros, Levianos, Pseudossábios, Neutros e os Batedores e Perturbadores. (LE, Q-100/106).

Segue abaixo, conforme seus estudos psicológicos, uma dissertação de Allan Kardec sobre o tema. Esse texto encontra-se na RE-Mar/1858 onde o leitor poderá estudar e melhor refletir sobre o assunto.

Afirma o Codificador: 
“O mundo dos Espíritos compõe-se das almas de todos os humanos desta Terra e de outras esferas, despojadas dos liames corporais; do mesmo modo, todos os humanos são animados por Espíritos neles encarnados.

Há, pois, solidariedade entre esses dois mundos: os homens terão as qualidades e as imperfeições dos Espíritos aos quais estão unidos. Os Espíritos serão mais ou menos bons ou maus, conforme os progressos que hajam feito durante sua existência corporal. Estas poucas palavras resumem toda a doutrina.

Como os atos dos homens são o produto de seu livre-arbítrio, carregam a marca da perfeição ou da imperfeição do Espírito que os provoca. Ser-nos-á, pois, muito fácil fazer uma ideia do estado moral de um mundo qualquer, conforme a natureza dos Espíritos que o habitam; de algum modo poderíamos descrever sua legislação, traçar o quadro de seus costumes, de seus usos e de suas relações sociais.

Suponhamos, então, um globo habitado exclusivamente por Espíritos da Nona Classe, por Espíritos Impuros, e para lá nos transportemos pelo pensamento.

Nele veremos todas as paixões liberadas e sem freio; o estado moral no mais baixo grau de embrutecimento; a vida animal em toda a sua brutalidade; nada de laços sociais, porquanto cada um só vive e age por si e para satisfazer seus grosseiros apetites; o egoísmo ali reina como soberano absoluto, arrastando no seu cortejo o ódio, a inveja, o ciúme, a cupidez e o assassínio*.

Passemos agora a uma outra esfera, onde se encontram Espíritos de todas as classes da terceira ordem: Espíritos impuros, levianos, pseudo-sábios, neutros. Sabemos que o mal predomina em todas as classes dessa ordem; porém, sem ter o pensamento do bem, o do mal decresce à medida que se afastam da última classe.

O egoísmo é sempre o móvel principal das ações, mas os costumes são mais suaves, a inteligência mais desenvolvida; o mal aí está um pouco disfarçado, enfeitado, dissimulado.

Essas próprias qualidades dão origem a outro defeito: o orgulho, pois as classes mais elevadas são suficientemente esclarecidas para terem consciência de sua superioridade, mas não o bastante para compreenderem aquilo que lhes falta; daí sua tendência à escravização das classes inferiores ou das raças mais fracas, que mantêm sob o seu jugo.

Não possuindo o sentimento do bem, só têm o instinto do eu, pondo a inteligência em proveito da satisfação das paixões. Se numa tal sociedade dominar o elemento impuro, este aniquilará o outro; caso contrário, os menos maus procurarão destruir seus adversários; em todos os casos haverá luta, luta sangrenta, de extermínio, porque são dois elementos que têm interesses opostos.

Para proteger os bens e as pessoas, serão necessárias leis; mas essas leis serão ditadas pelo interesse pessoal e não pela justiça; é o forte que as fará, em detrimento do fraco”.

Esperamos que o presente texto possa servir para uma série de reflexões, mormente em face dos tormentosos acontecimentos que ocorrem no planeta Terra e em nosso País. Onde chegaremos com as dissidências causadas em razão de nossas imperfeições? Que faremos para que a vitória seja do bem?

Sentimo-nos na obrigação de advertir que para bem se compreender a Doutrina Espírita, um estudo sério das Revistas Espíritas é sempre atual e necessário. Todos os temas que foram objeto da Codificação encontram-se devidamente investigados na Revista Espírita.

(*) Verifique a notícia que consta na Obra Francisco de Assis, ditada pelo Espírito Miramez a João Nunes Maia, no capítulo "Uma Cidade Estranha", onde há uma referência à cidade denominada "A Cruzada".

DESTAQUE DA SEMANA

A DOUTRINA DOS ESPÍRITOS NÃO É ASSUNTO QUE SE ESGOTA EM UMA PALESTRA

  EM SUAS VIAGENS KARDEC MINISTRAVA ENSINOS COMPLEMENTARES AOS QUE JÁ POSSUIAM CONHECIMENTO E ESTUDO PRÉVIO. Visitando a cidade Rochefort, n...