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quarta-feira, 26 de fevereiro de 2020

QUEM SABE FAZ A HORA, NÃO ESPERA ACONTECER


"NÃO HÁ MESSIAS DE ARMA NA MÃO, JÁ ANUNCIAVA O CRUCIFICADO AO CANTAR O SALMO 22, O QUAL PREDIZIA O SOFRIMENTO QUE SOMOS CAPAZES DE IMPOR À VERDDE NO SEU ESPÍRITO MAIS PURO"


Eis-nos, novamente, diante de nossos velhos problemas de simpatia e desafeto, amor e ódio, fixados em ideias que não nos deixam entrever as luzes nesse grande túnel, envoltos nas paixões sombrias que nos levam, sem qualquer dúvida, para o abismo. Estamos diante da nossa queda bíblica individual. Sem aprender com os próprios erros cometemos os velhos crimes, sujamos as mãos com o sangue irmão e não aproveitamos os recursos oferecidos pelo tempo para a própria regeneração.

De fato, qual a missão da terra brasileira no mundo moderno?  Qual o sentido espiritual dessa missão? Qual será o seu grande momento no relógio que marca os dias da evolução da Humanidade? Quando o país começará a escrever a sua epopeia de realizações morais em favor do mundo? Quanto tempo no relógio da eternidade para que uma árvore transplantada floresça e frutifique em obras de amor para todas as criaturas? Nos discursos dos "novos religiosos" o Evangelho, ao contrário de ser um repositório de lições, não parece ser uma ficção de pensadores do Cristianismo?

Algo, talvez, de atual, podemos registrar nessas palavras: "Peçamos a Deus que inspire os homens públicos, atualmente no leme da Pátria do Cruzeiro, e que, nesta hora amarga em que se verifica a inversão de quase todos os valores morais, nos seios das oficinas humanas, saibam eles colocar muito alto a magnitude dos precípuos deveres"[1].

O sectarismo voluntarioso dos iluminados pela verdade desce ao sepulcro caiado da decadência, cuja degenerência não se mostra nos corpos nús que desfilam as verdades cristãs nas "sapucaís da eternidade", já de há muito conhecidas. Verdades não só escondidas como jamais praticadas pelo atual paganismo romano travestido de "moral da família".

Esse paganismo romano do século vinte e um, longe da moral evangélica, é a verdadeira imoralidade do bezerro de ouro, do machismo, da homofobia, do racismo, do feminicídio, da psicopatia que defende quaisquer crimes dos seus "mitos" para pedir a pena de morte para os que pretendam o direito de matar a fome recebendo do Estado a contrapartida constitucional de políticas públicas que tornam a todos minimamente iguais perante a Lei, uma vez que perante Deus são necessários os escândalos, mas, ai daqueles que os cometam.

Quem afirma a existência de um povo eleito mente descaradamente usando o artifício do engôdo. Incapazes de se tornar instrumento do esclarecimento caminham a passos largos para os desfiladeiros da destruição. Mas, aqueles, verdadeiros aprendizes do Evangelho, sinceros na crença e misericordiosos no agir, trabalham pelo nascimento da verdadeira cristianização da humanidade terrestre, onde, todas as filosofias e confissões religiosas abandonarão os símbolos de separação e de seita para o integral entendimento das recompensas da obra no bem.

Não há justiça nem caridade sem amor como fiel da balança.

Advertidos há algum tempo, até hoje as armas homicidas não foram ensarrilhadas. Travestidos de Pedros irresponsáveis não seguem o exemplo do Apóstolo guardando o florete e afastam a fé e a esperança dos que estão parados no caminho. Devotos da pirataria de todos os séculos, nações ambiciosas cuidam de matar as esperanças, invalidando possibilidades e destruindo tesouros. Confiamos que as potências imperialistas da Terra esbarrem nas mãos prestiosas e potentíssimas de Deus.

De fato, estamos diante da hora em que se ajustam os relógios do tempo, perante os quais toda injunção política humana, principalmente, a brasileira, tem atividade secundária, porque acima de tudo o universo prova, todos os dias, que a Lei vigente é a da interdependência, sinal da fraternidade universal.

Se para o Brasil foi transferida a árvore do Evangelho, que significa misericórdia, não somos senão os degredados matriculados na sua escola, aprendizes com o propósito de revivescer o Cristianismo. Três raças tristes: os simples de coração, os sedentos de justiça divina e os humildes e aflitos. Todos, entretanto, com sua responsabilidade pessoal nos feitos realizados durante as várias existências isoladas e coletivas. Vige a Justiça Divina onde cada qual receberá conforme os seus próprios atos.

O lívre-arbítrio não é cerceado, sem dúvidas podemos escolher fazer, não fazer, omitir, mas, o curso dos acontecimentos não são controlados por mãos humanas. Temos apenas o botão de partida, o funcionamento da máquina respeita um manual do qual não possuímos o mínimo conhecimento. O que não é apreendido pelas lições do amor, certamente o será pela dor e pela miséria.

É hora de resgatarmos a história brasileira com suas lições comovedoras dos ombros flagelados, fruto dos excessos do imperalismo e do orgulho injustificáveis de outras nações do planeta, cuja resposta foram por meio do sentimento de fraternidade, ternura e perdão.

Para os que leram até aqui, independente do sentimento que nutrem nesta hora grave da história brasileira, não há um pedido para baixar as cabeças de modo subserviente, mas, que se for necessário, pelo bem e pela ordem, caminhemos altivos pelos circos romanos que vierem a ser inaugurados.

A hora é agora, a confusão invade e ameça os céus da nossa pátria, é necessário compreender a imperiosa necessidade de união, a fim de que as energias étnicas modelem o Estado nacional afastando a vaidade dos homens públicos em suas trícas políticas, o que conduz à luta tenebrosa entre irmãos.

A VERDADE É QUE JUNTOS SOMOS MAIS FORTES.

Você respeita o meu amém, eu respeito o seu axé. Minha cultura e tradição não serve ao sectarismo, mas, à educação e o conhecimento que aproxima a diversidade. O Brasil não está acima de todos; O Brasil é para TODOS na acepção etmológica da palavra TODOS. O Deus acima de TUDO não é o da mitologia grega vencida por Abrahão, é o Deus único, que ama sem nada exigir de todos os viventes na Terra.

Uberaba - MG, 26 de Fevereiro de 2020
Beto Ramos

[1] (Ano 1938 - Brasil, Coração do Mundo, Pátria do Evangelho, prefácio de Emmanuel).

domingo, 23 de fevereiro de 2020

CRISTÃOS SEM CRISTO E SEM EVANGELHO

]

Um dos graves problemas da atualidade é nos depararmos com aqueles que querem "colaborar com o Cristianismo". Ao contrário de ajuntar separam. Em Lucas, capítulo 11, versículo 23, disse Jesus: "quem não é comigo é contra mim; e quem comigo não ajunta, espalha".

Fico me perguntando qual a dificuldade da maioria dos que se dizem cristãos em entender algo tão grave, ao mesmo tempo de fácil compreensão, pois, aqui merece uma literalidade. Começamos pelo básico:

a) quem não faz o que eu faço está contra mim;
Jesus trouxe um Evangelho que deve ser vivido por cada um de seus seguidores.

b) quem não agrega, espalha;
Jesus convidou a todos, mas, nem todos ouviram e Ele não determinou a nenhum de seus seguidores que OBRIGASSEM qualquer consciência acerca da Boa Nova.

c) quem não ajunta espalha;
Jesus convida os pecadores para seu entorno, acolhendo, esclarecendo, sem recusar qualquer oportunidade de serviço no bem.

Quem age de modo diferente destas disposições simplesmente NÃO DÃO OUVIDOS A NENHUM DOS ENSINAMENTOS DE JESUS.

Ora, ao mesmo tempo em que dizem querer a fraternidade pura, esquecem que a solidariedade legítima é aquela que se apresenta nos ambientes em que há necessidade do espírito de serviço.

No entanto, a preocupação dos "atuais seguidores do Cristo" é somente  CRITICAR os seus irmãos (os quais nem são reconhecidos como tal).

Somente a obra generosa no campo do bem repercutirá nos altos cimos dos céus a fim de conquistar graça aos olhos do Pai. Não há, sem dúvida alguma, qualquer outra fórmula para a regeneração da humanidade que não aquela fornecida pelo Cristo há mais de 2000 anos: "amai-vos uns aos outros".

Uberaba - MG, 23 de fevereiro de 2020.
Beto Ramos
Instituto Revelare

segunda-feira, 23 de dezembro de 2019

NATAL: EXPECTATIVA E AÇÃO




O sábio afirmou que a felicidade não é deste mundo.



"Sendo a vida uma oportunidade para experiência e aprendizado, abrandar os males do mundo depende de cada indivíduo, que, do seu ponto de vista, neste planeta, poderá ser tão feliz quanto possível. Isto porque, na maioria das vezes, somos os primeiros a criar a própria infelicidade".

O Universo é perfeito porque é regido por leis imutáveis. A gravidade é um belo exemplo. A queda de um objeto solto, a aglutinação da matéria dispersa que se mantém intacta e permite a existência da maior parte dos planetas e satélites em órbitas, a formação das marés e vários outros fenômenos na Terra e no universo resulta da ação dessa força. É uma lei natural.
"Infeliz daquele que pensa vencer a lei da gravidade por não acreditar na mesma".
Todavia, é preciso compreender os motivos que levam à infelicidade. Prepondera o fato de que os indivíduos se afastam da prática das leis naturais. Toda infração à lei da existência corpórea carregará em si a consequência, resultante dos desvios cometidos. Portanto, na maioria dos casos, é possível ser relativamente feliz. 

Mas, nem todos se satisfazem na mesma medida. 

O que é felicidade para uns, é a razão da desgraça para outros. Essa medida para alcançar a felicidade relativa repousa em dois princípios:

a) Para a vida material, a posse do necessário;
b) Para a vida moral, a consciência tranquila e a fé no futuro. 

O que afasta o indivíduo do alvo, provocando a infelicidade própria e, sobretudo, a alheia, são as ideias materialistas, os preconceitos, a ambição e os caprichos ridículos.

Época de festividades natalinas é o momento propício para reflexões, ainda que essas não cheguem aos seus respectivos alvos, que são aqueles que realmente são as pedras de tropeço, os verdadeiros causadores dos escândalos. 

Quando se falar em fortunas, distribuição de rendas, riquezas, que não se vangloriem os mega-milionários, pois, a fortuna é uma prova geralmente mais perigosa que a miséria. Os males do mundo estão na razão das necessidades artificiais que são criadas. Aqueles que sabem limitar seus desejos e os que possuem menos necessidades são os verdadeiros ricos. 

"OS BONS SÃO TÍMIDOS. QUANDO QUISEREM, CERTAMENTE, ASSUMIRÃO 
A PREPONDERÂNCIA SOBRE OS MAUS" 

A transição planetária ou, se o quiser, a transformação da Terra ocorrerá quando seus habitantes torná-la morada do bem e dos bons Espíritos. Na atualidade parece que os maus exercem maior influência sobre os bons, mas, longe de ser o império do mal, apenas acontece que os bons são fracos e os maus intrigantes e audaciosos. 

Que o bem prevaleça, comece a gritar e prepondere sobre o mal!

Torne cada dia de sua existência o verdadeiro Natal...

terça-feira, 17 de setembro de 2019

PARTIR O PÃO




"Se não há refeição, não há Torá; e se não há Torá, não há refeição”
(Avot 3:17).

Muitos cristãos supõem que as palavras “partir o pão” se referem à comunhão. Eles imaginam os crentes se reunindo para receber uma pequena fatia de pão e tomar um pouco de vinho, como é feito hoje nas igrejas. Lucas, no entanto, está descrevendo os lares de Jerusalém do primeiro século, não uma igreja cristã moderna: os primeiros crentes realmente faziam refeições juntos! Ele deixa ainda mais claro adiante: “Partiam o pão em suas casas, e juntos participavam das refeições, com alegria” (Atos 2:46).

SEM REFEIÇÃO, SEM ESCRITURAS
No entanto, essas refeições não eram apenas eventos sociais. O estudo das Escrituras tem sido sempre o elemento central da vida judaica e todas as áreas da vida tinham que estar ligadas a este estudo. Portanto, Lucas nos diz que ao fazerem as refeições juntos, os primeiros crentes se dedicavam ao ensino dos apóstolos. 

O CONTEXTO JUDAICO
Compartilhar refeições sempre foi uma parte importante da vida judaica. Os crentes faziam refeições juntos, revezando-se para receber uns aos outros. Na tradição judaica, era sempre o anfitrião quem proferia a benção tradicional e partia o pão no início da refeição.

terça-feira, 18 de junho de 2019

JOSÉ E SEUS DOIS PAIS: O CASAMENTO LEVIRATO



COMPREENDENDO A GENEALOGIA DE JOSÉ (e de Jesus)
(Compatibilizando os textos de Mateus 1:1-17 e Lucas 3:23-38 [3])
O cético usa essa suposta incompatibilidade para criticar textos bíblicos, outros para criarem sistemas, muitos para apresentar teorias carentes de fundo histórico ou fonte fidedigna. Questões que nos parecem à primeira vista irreconciliáveis podem facilmente ser compreendidas quando há estudo do contexto judaico. Antes, mostraremos em imagem para que você possa melhor compreender a informação:
Examinando a Lei, no Capítulo 25 de Deuteronômio, versículos 5 e seguintes, encontramos a regra aplicada e devidamente usada tanto no relato de Mateus como no relato de Lucas. Ambos estão em conformidade com a Lei. Como afirmado, basta analisar o contexto e contradições que parecem irreconciliáveis são devidamente esclarecidas.

Em verdade, José é filho de Jacó como é filho de Eli. Neste caso, além de observar a genealogia é necessário observar o que diz a Lei: “Se dois irmãos viverem juntos e um deles morrer sem filhos, a viúva não sairá de casa para casar-se com um estranho; seu cunhado se casará com ela e cumprirá com ela os deveres legais do cunhado; o primogênito ao nascer continuará o nome do irmão morto, e assim não se apagará o nome dele em Israel”. Trata-se de dever legal, pois, naquele tempo quem conhecia o filho, conhecia o pai, na forma: nome, filho de (nome do pai). Desta maneira, Israel não veria o nome do que morreu apagado da história. Havia pena para o cunhado que não cumprisse a Lei, conforme versículos 7 a 11.

E foi assim que, segundo AKHLAT[1]:

“Mattan, o filho de Eliezer - cuja descendência era da família de Salomão - tomou uma esposa cujo nome era Astha (ou Essetha) e por ela gerou Jacob naturalmente. Mattan morreu e Melchi - cuja família descendia de Natã, filho de Davi - levou-a para esposa e gerou naturalmente a Eli (ou Heli); portanto, Jacó e Heli são irmãos (os filhos) de (uma) mãe. Eli teve uma esposa e morreu sem filhos. E Jacó tomou-a por mulher, para suscitar descendência a seu irmão, segundo o mandado da lei; e ele gerou por ela José, que era o filho de Jacó segundo a natureza, mas o filho de Heli segundo a lei; Assim, qualquer que seja o escolhido, seja de acordo com a natureza ou de acordo com a lei, Cristo é considerado filho de Davi. Além disso, é certo saber que Eliezer gerou dois filhos, Mattan e Jotão. Mattan gerou Jacó, e Jacó gerou a José; Jotão gerou Zadoque, e Zadoque gerou a Maria. A partir disso, fica claro que o pai de José e o pai de Maria eram primos”[2].

Falamos, então, do CASAMENTO LEVIRATO. Não há, portanto, nenhuma discrepância na linhagem de José, que é facilmente explicada quando se conhece o contexto judaico – (Deut. 25:5): uma viúva sem filhos deveria casar-se com o irmão de seu falecido marido, e o primogênito de tal casamento continuaria o nome do irmão falecido. Quando estiver lendo Mateus e Lucas para fins de estudos, lembre-se: o pai biológico de José foi Jacó, que realmente o “gerou” (como está escrito em Mateus), enquanto seu pai legal foi Eli (como informado em Lucas). 




[1]AKHLAT, Salomão. Livro da Abelha, Capítulo XXXIII, Gerações Messiânicas.
[2] O autor parece que também pesquisa a suposta contradição entre Mateus e Lucas, trazendo uma solução lógica, razoável e com bom senso. Considerando a distância temporal que se tem dos fatos é possível admitir a hipótese.
[3] MORRIS, Leon L. Lucas - Introdução e comentário. Trad. Gordon Chown. Série Cultura Bíblia - Ed. Vida Nova. (Nota 14: The Ante-Nicene Fathers [reimpressão norte-americana da edição de Edimburgo - sem data], remissão a 220 d.C., pg. 96).

DESTAQUE DA SEMANA

A DOUTRINA DOS ESPÍRITOS NÃO É ASSUNTO QUE SE ESGOTA EM UMA PALESTRA

  EM SUAS VIAGENS KARDEC MINISTRAVA ENSINOS COMPLEMENTARES AOS QUE JÁ POSSUIAM CONHECIMENTO E ESTUDO PRÉVIO. Visitando a cidade Rochefort, n...