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domingo, 27 de dezembro de 2020

TUDO EM DEUS

"Eu nada posso fazer de mim mesmo".

Jo 5:30

Constitui ótimo exercício contra a vaidade pessoal a meditação nos fatores transcendentes que regem os mínimos fenômenos da vida. O homem nada pode sem Deus.

Todos temos visto personalidades que surgem dominadoras no palco  terrestre, afirmando­-se poderosas sem o amparo do Altíssimo; entretanto, a única realização que conseguem efetivamente é a dilatação ilusória pelo sopro do mundo, esvaziando-­se aos primeiros contactos com as verdades divinas.

Quando aparecem, temíveis, esses gigantes de vento espalham ruínas materiais e aflições de espírito; todavia, o mesmo mundo que lhes confere pedestal projeta­-os no abismo do desprezo comum; a mesma multidão que os assopra incumbe-se de repô­-los no lugar que lhes compete.

Os discípulos sinceros não  ignoram que todas as suas possibilidades procedem do Pai amigo e sábio, que as oportunidades de edificação na Terra, com a excelência das paisagens, recursos de cada dia e bênçãos dos seres amados, vieram de Deus que os convida, pelo espírito de serviço, a ministérios mais santos; agirão, desse modo, amando sempre, aproveitando para o bem e esclarecendo para a verdade, retificando caminhos e acendendo novas luzes, porque seus corações reconhecem que nada poderão fazer  de si próprios e honrarão o Pai, entrando em santa cooperação nas suas obras.

Emmanuel

Caminho, Verdade e Vida

Capítulo 101.

sábado, 14 de novembro de 2020

OS SÁBIOS E PRUDENTES PROCURAVAM JESUS À NOITE


 

“Naquele tempo, respondendo, disse Jesus: Graças te dou a ti, Pai, Senhor do Céu e da Terra, porque escondeste estas coisas aos sábios e prudentes, e as revelaste aos simples e pequeninos.” (Mt, 11:25).



Os simples e pequeninos de algumas traduções bíblicas como os pobres de Espírito de outras possuem o sentido de humildes. Ao seu turno, sábios e prudentes, que seriam aqueles mais aptos a “entender” mais facilmente, pois, possuiam a ciência.

Todavia, foram os primeiros e não os segundos que compreenderam o propósito do ensino de Jesus, isto é, o seu conteúdo e a sua mensagem (E. S. E., cap. 7, itens 7.8).

O Espiritismo, baseado no ensino dos Espíritos Superiores, indica Jesus como modelo e guia da humanidade terrestre (L.E., Q. 625). Todavia, ter Jesus como modelo e guia importa não envaidecer com o próprio conhecimento, o saber mundano, nem se orgulhar de negar o poder supremo do Criador.

O seguidor de Jesus não trata Deus como igual e nem o rejeita. Recordamos que Allan Kardec ensina: “[...] na antiguidade, sábio era sinônimo de sabichão. Assim, Deus lhes deixa a busca dos segredos da Terra, e revela os do Céu aos humildes que se inclinam perante Ele” (E. S. E., cap. 7, itens 7.8).

O estudioso das escrituras perceberá, no caso do Novo Testamento, ao examinar os Evangelhos, que os sábios que procuraram Jesus, o fizeram à noite. Indagamos por qual motivo e buscaremos tecer considerações a respeito. Nesse sentido, a nossa hipótese: Muitos procuraram a Jesus à noite! Por que não o fizeram de dia?

O dia, no mundo, pensamos, é comparável a ideia de uma claridade que, ao contrário de ser realmente a Luz, na verdade, é o reflexo do egoísmo, vaidade e orgulho humanos. Criamos a aparência de claridade, mas, que não se sustenta, pois, logo essas pretensas luzes se apagam. São efêmeras. Ainda estamos adquirindo conhecimento, que só ocorre no contato com a experiência. Fazemos escolhas ante ao que pensamos ser certo ou errado, justo ou injusto.

Mas, quem é capaz de afirmar que tomou as decisões corretas ante as Leis Divinas? Tornando cada um ao seu tamanho verdadeiro, vendo-se inferiores em razão da pretensa luz que se apagou, veem-se diante da verdade: ao seu redor há uma completa escuridão. É então que procuram Jesus. Durante o dia não o viram em razão do seu orgulho e egoísmo (que cega, ofusca a visão), pois, julgaram-se maiores, imaginaram seu conhecimento maior que o do Criador. Buscaram aplausos humanos.

Por que agora o veem em meio a essa noite tão escura? É que a obscuridade do conhecimento humano é vencida pela Sabedoria do Mestre, cuja Luz brilha intensamente dia e noite. O conhecimento de Jesus não é efêmero. Não é Supremo, mas, sua Sabedoria permite-lhe estar nos segredos de Deus, pois, o vê e o compreende.

Um filósofo da antiguidade disse: “só sei que nada sei”. Sem a soberba humana, certamente, enxergava tão bem de dia quanto de noite.

Desde os tempos mais remotos “a luz veio ao mundo, e os homens amaram mais as trevas do que a luz; porque as suas obras eram más. Porque todo aquele que pratica o mal aborrece a luz e não se chega para a luz, a fim de não serem arguidas as suas obras; quem pratica a verdade aproxima-se da luz, a fim de que as obras sejam manifestas, porque feitas em Deus” (Jo 3:19-21).

Uberaba-MG, 14 de novembro de 2020.
Beto Ramos

terça-feira, 13 de outubro de 2020

VÓS SOIS A LUZ DO MUNDO!

 

“Vós sois a luz do mundo; não se pode esconder uma cidade edificada sobre um monte; nem se acende a candeia e se coloca debaixo do alqueire, mas, no velador, e dá luz a todos que estão na casa”. Jesus - (Mateus, 5:14-15)

 

Allan Kardec, ao escrever a Introdução do Evangelho Segundo o Espiritismo, no item I - Objetivo da Obra - irá apontar: "Muitas passagens do Evangelho, da Bíblia, e dos autores sagrados em geral são ininteligíveis, e muitas mesmo parecem absurdas, por falta da chave que nos dê o seu verdadeiro sentido".

O Codificador explicará que essa chave está toda no Espiritismo e que para encontrá-la é preciso estudar seriamente a Doutrina. Além do mais, deixa claro que o Espiritismo se encontra em toda parte, na Antiguidade, e em todas as épocas da humanidade. Em tudo há os seus traços, motivo pelo qual abre horizontes para o futuro ao mesmo tempo em que lança luzes sobre mistérios do passado.

Depois de tratar da Autoridade da Doutrina dos Espíritos, no item III, ainda na Introdução do Evangelho, antes de um pequeno vocabulário, vamos nos deparar com a advertência que nos serve de bússola para a reflexão a seguir:

"Para bem se compreender certas passagens dos Evangelhos, é necessário conhecer o valor de muitas palavras que são frequentemente empregadas nos textos, e que caracterizam o estado DOS COSTUMES E DA SOCIEDADE JUDIA NAQUELA ÉPOCA. Essas palavras não tendo para nós o mesmo sentido, foram quase sempre mal interpretadas, gerando algumas incertezas. A compreensão da sua significação explica também o verdadeiro sentido de certas máximas, que à primeira vista parecem estranhas".

Iniciamos o nosso texto com dois versículos do Capítulo 5 do Evangelho de Mateus que reporta às mensagens proferidas por Jesus no seu famoso Sermão do Monte.

Segundo os estudiosos as figuras masculinas e femininas estão presentes e em perfeito equilíbrio no ministério de Jesus. Vinte séculos após o primeiro, não nos causa surpresa a equiparação dos gêneros, afinal de contas, recordando a Constituição Federal (aqui do Brasil), no seu 5º artigo, todos são iguais perante a lei e não é permitida discriminação de qualquer natureza.

Contudo, não era assim no primeiro século. Para a cultura judaica causou perplexidade e surpresa o discurso de Jesus onde ele faz uso de exemplos do mundo dos homens e do mundo das mulheres. Naquela cultura o status da mulher era diferente do que é hoje na maior parte do mundo civilizado. Além do mais, o publico de Jesus era, na sua maioria, constituído de Fariseus e Escribas. Seria uma ofensa de Jesus aos homens que constituíam a maioria de seu público?

O Livro dos Espíritos, nas Leis Morais, traz várias respostas dos Espíritos Codificadores sobre a Lei de Igualdade (recorde que o trabalho dessa plêiade de Espíritos foi presidido pelo Espírito de Verdade). Jesus trazia, já naquela época, há dois mil anos, toda sorte de exemplos que induziam aquela cultura a refletir sobre o papel e a importância de cada indivíduo no tecido social. Era assim com homens e com mulheres.

No Sermão do Monte, ao exclamar a famosa frase: "Vós sois a luz do mundo", em verdade não é um dito direcionado aos homens ou aos discípulos tão somente. Isto seria apequenar a lição do Mestre. Na verdade, se considerarmos a cultura da época, eram os homens que construíam as cidades. Mas, há outra imagem que está ilustrada na mensagem de Jesus. Recorde-se que naquela sociedade judaica eram as mulheres quem tinham a tarefa de promover a manutenção da casa, como, por exemplo, o preparo de alimentos, mas, havia outra que não pode ser esquecida: as candeias (lamparinas ou lâmpadas) proviam a ILUMINAÇÃO DA CASA e essa era uma tarefa das mulheres: manter a luz acesa. Até hoje, para aquela cultura, essa ainda é tarefa da mulher (acendem velas no Shabat).

Considere toda a tecnologia usada pelos homens para as suntuosas construções e não se esqueçam que cada um deles teve sua inteligência iluminada por uma mulher, no seu lar, sendo essa a representação da importância de todos os indivíduos encarnados na Terra, sem distinção. Recorde, ainda, que LUZ, nas escrituras, significa: ESCLARECIMENTO.

Jesus já mostrava a igualdade e a importância dos indivíduos desde as primeiras palavras do Seu Ministério.

Estude e Viva.

Uberaba - MG, 13 de Outubro de 2020.

Beto Ramos.

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  EM SUAS VIAGENS KARDEC MINISTRAVA ENSINOS COMPLEMENTARES AOS QUE JÁ POSSUIAM CONHECIMENTO E ESTUDO PRÉVIO. Visitando a cidade Rochefort, n...