Estudo e pesquisa sobre Espiritismo, Doutrina Espírita, Filosofia Espírita, Espiritualismo Racional, Filosofia Espiritualista Racional, Ciência Espírita, Ciência e Filosofia.
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sexta-feira, 16 de julho de 2021
APONTAMENTOS SOBRE O MONOTEÍSMO HEBRAICO
sexta-feira, 25 de junho de 2021
REENCARNAÇÃO E ESPIRITISMO
A reflexão de hoje é a seguinte:
1. Crer na reencarnação me torna Espírita?
2. Todo aquele que se diz Espírita, crê na reencarnação?
Segundo o significado da palavra reencarnação nos dicionários podemos inferir que se trata de uma "crença de que, após a morte, a alma de um ser humano retorna à vida com outro corpo".
Para o Espiritismo a palavra reencarnação não é sinônimo de metempsicose (ou transmigração da alma), pois, esse termo abrange uma concepção de que seria possível ressurgir, isto é, renascer (ou retornar) sob a forma de outras espécies animais.
A expressão difere do que se compreende em certas doutrinas cristãs, porquanto não se trata de uma ressurreição de corpos no dia do juízo final.
Vários sistemas filosóficos e religiosos tem na reencarnação a sua ideia central, segundo a qual uma porção do SER é cpaz de subsistir à morte corporal. Nesse caso, essa mesma porção se liga, sucessivamente, A DIVERSOS CORPOS. O objetivo disso é a elevação, o progresso individual do Ser.
Encontramos o desenvolvimento dessa doutrina em vários expoentes da Filosofia, tais como Pitágoras, Heródoto, Sócrates e Platão. Aliás, esse último foi um dos seus principais defensores, desenvolvendo a doutrina nos seguintes diálogos: Mênon, Fédon, Fedro e A República.
A ideia que expressa a palavra reencarnação, derivada do latim, é entrar na carne novamente. Uma importante informação é que a ideia de reencarnação é encontrada, ao menos, no primeira milênio anterios à Cristo.
Nas várias culturas, cujo espaço aqui não permitiria aprofundar, apresenta o tema como a possibilidade de adquirir mérito e alcançar uma melhor reencarnação na próxima vida. O assunto, também, esteve ligado à questão do 'céu' e do 'inferno', do mérito e do demérito, de experimentar vidas morais e imorais, vícios e virtudes e, nesses últimos casos, passando por graus, abordando o tema justiça e injustiça divina.
Voltando à contemporaneidade, subsistem nossas dúvidas iniciais.
O que percebemos na atualidade é que muitos, por simplesmente crerem em vida após a morte, julgam-se Espíritas. Como se a autointitulação promove-se, por mágica, o indivíduo à essa categoria. Segundo a Filosofia Espírita, aquele que crê "haver em sí mesmo alguma coisa além da matéria é ESPIRITUALISTA".
Para superar essa situação é necessário crer na existência de Espíritos e em suas comunicações com o mundo visível. Todavia, não se pode parar nesse ponto, uma vez que Allan Kardec tratou de diversos pontos no Espiritismo, tais como: o verdadeiro.
Portanto, se aferrar na crença nas comunicações e se autodenominar espírita, não transforma ninguém no verdadeiro Espírita. Depreendemos isso da obra O Espiritismo em Sua Mais Simples Expressão, no item 36, onde Kardec afirma:
"36. O verdadeiro Espírito não é o que crê nas comunicações, mas o que procura aproveitar os ensinamentos dos Espíritos. De nada adianta crer, se sua crença não o faz dar sequer um passo na senda do progresso, e não o torna melhor PARA O PRÓXIMO". (grifo e destaque nosso).
Por isso, na atualidade em que estamos observando vários autointitulados "espíritas" vinculados à doutrinas contrárias ao Espiritismo, a posições políticas e religiosas contrárias à Doutrina dos Espíritos, nos indagmos se, POR QUE ELES DIZEM CRER NA REENCARNAÇÃO, NA VIDA APÓS A MORTE, NA COMUNICABILIDADE COM OS ESPÍRITOS, NA REENCARNAÇÃO E, ATÉ, EM DEUS, se são VERDADEIROS ESPÍRITAS.
Com a palavra, o leitor!
Uberaba-MG, 26 de junho de 2021.
Beto Ramos.
segunda-feira, 7 de junho de 2021
A BENEFICÊNCIA
O Evangelho Segundo o Espiritismo traz um belo texto que exige de nós bastante reflexão, tal a profundidade do mesmo. Trata-se das instruções dos Espíritos contidas no capítulo 13.
O texto, ditado pelo Espírito Adolfo, no ano de 1861, em Bordeaux, na França, o qual havia exercido o cargo de Bispo de Alger, fala da Beneficência.
Antes de tudo, importa definir o que seja Beneficência. É um ato de filantropia. Consiste em fazer o bem, ou melhor, beneficiar o próximo.
De acordo com o Espírito comunicante, a prática desses atos proporciona felicidade e alegria durante a vida na Terra. Isso porque, quem aproveita a oportunidade de fazer o bem não é atingido pelo remorso de ter perdido a oportunidade, nem a culpa que anda ao lado dos indiferentes.
Quem não possui a chaga da indiferença olha o outro como igual. O ato de compartilhar torna o indivíduo o próprio representante da divindade.
É preciso ter em mente que a alegria proporcionada pela beneficência é aquela do tipo que se rejubila, simplesmente, na alegria alheia, sem que o ato se torne penoso ou mero ato de dever autoimputado sem sentimento de amor ao próximo.
A caridade praticada desinteressadamente é porta de entrada para a felicidade no mundo dos Espíritos, isto é, uma espécie de antecipação daquela.
Deus criou os seres humanos para viverem em sociedade. Felizes os que compreendem, desde já, esse mister. Aqueles que compreendem, verdadeiramente, que é possível ser rico sabendo viver com o necessário.
Ao olhar ao redor é possível ver que, junto aos sofrimentos que estamos experimentando, existem muitas aflições de irmãos e irmãs, as quais é possível remediar.
A beneficência pode ser executada com pequenos atos de compartilhamentos, aliviando misérias, amparando os caídos, oferecendo simpatia, dinheiro e amor.
Nossa estadia na Terra pode ser mais suave, mais alegre. Sem sofrimento e sem solidão.
Uberaba - MG, 07 de junho de 2021.
Beto Ramos.
quarta-feira, 2 de junho de 2021
O CONHECIMENTO LIBERTA
terça-feira, 25 de maio de 2021
YVERDON-LES-BAINS: RIVAIL E PESTALOZZI SE ENCONTRAM
3ª PARTE
CLIQUE AQUI PARA A 1ª PARTE CLIQUE AQUI PARA A 2ª PARTE
No ano de 1812 os franceses invadem a Rússia com mais de seiscentos mil homens. O exército lutava contra um inverno rigoroso, um longo caminho de volta e o seu desabastecimento de provisões. Chegou a perder cerca de quatrocentos mil homens.
Com o enfraquecimento do exército, em 1814, seus inimigos ficaram animados a invadir a França. E é assim que Prússia, Rússia, Reino Unido e Áustria formam uma aliança e levam a guerra para o solo francês. Ain é um dos departamentos invadidos, pois, havia o objetivo inimigo de tomar a cidade de Lyon.
Mas, o bravo povo de Bresse forma uma resistência contra os austríacos, prendendo e matando alguns. Em retaliação o burgo é saqueado pelos austríacos. Logo que Paris foi tomada, Napoleão abdicou do poder. A família de Rivail, aflita, sofria com a guerra que tomou as ruas de sua cidade. Hippolyte contava, então, com a idade de 11 anos. Jeane-Louise, sua mãe, havia perdido um casal de filhos e experimentou uma gravidez de grande risco para ter o terceiro filho.
Ali estudavam cerca de cento e cinquenta alunos, cuja metade era constituída de estrangeiros, dentre os quais franceses, ingleses, brasileiros e estadunidenses. Verdadeira mistura de línguas e culturas.
No instituto havia o grupo de alunos que podiam pagar pelos estudos e o grupo que estudaria de graça. O pagamento dos primeiros permitia o estudo dos demais. Jeanne considerou que sua família tinha condição de pagar. Para tanto, no ano de 1815 colocou um imóvel à venda, o que custearia as despesas com a educação de Rivail.
A vida dos alunos em Yverdon era dotada de grande liberdade, portas do castelo abertas e o clima de uma verdadeira família. O período de aulas era de dez horas diárias e cada aula era ministrada no prazo de uma hora, seguida de intervalo.
As atividades, regadas de recreações, desenvolviam-se em práticas, como natação, ginástica, jardinagem e outros trabalhos manuais. No período noturno, entre dezenove e vinte horas, havia uma aula livre, onde os alunos correspondiam com os pais, desenhavam ou adiantavam seus deveres.
O estudo de geografia ocorria durante caminhas pelos campos e montanhas. A botânica consistia no estudo de plantas nos lugares onde nasciam. As datas festivas integravam os alunos à sociedade. Também havia aulas de canto, sempre presentes durantes os recreios e passeios.
A pedagogia de Pestalozzi nem de longe copiava Santo Agostinho. Não havia qualquer modalidade de castigo ou recompensas. Nada era obtido por meio de coação ou medo. A disciplina era conquista da afeição e do dever sincero. Fruto do amor com o qual todos eram recebidos. As crianças aprendiam e se desenvolviam pelo próprio interesse.
No castelo de Yverdon, sob a orientação de Pestalozzi, todos os jovens aprendiam por meio de suas próprias descobertas. Aprendiam a aprender, como também a ensinar. Os próprios alunos tornavam-se educadores. Como relata o próprio Pestalozzi: "obrigado a instruir sozinho, sem outros para ajudar naquela tarefa, aprendi a arte do ensino mútuo" (SOËTARD, 2010). Havia naquela escola, portanto, a verdadeira liberdade de pensar.
Compreender a pedagogia de Pestalozzi e sua influência no homem em que se transformaria Rivail não é tão difícil. Uma das citações presentes no meio espírita é que toda análise deve passar pelo crivo da razão, da lógica e do bom-senso. A base do ensino de Pestalozzi passava por essa ideia. Ante a gama de percepções que chegam ao aprendiz pelos sentidos, tudo de maneira caótica e desconexa, a conquista da informação e sua apreensão pela memória é uma conquista da lógica e da razão.
Não adianta obrigar ninguém a aprender nada. Decorar e memorizar sem que seja uma conquista do trabalho lógico da razão não é sinônimo de conhecimento. As informações permanecerão amontoadas na memória e a pergunta "qual a utilidade" ficará sem resposta.
Para Pestalozzi, o esforço, a observação e a meditação permitem que a descoberta seja fruto do trabalho pessoal do aluno de aprender a apreender. Esse processo considera a intuição como fundamento do conhecimento e da instrução. Seria uma espécie de visão mental; a faculdade de ver ou discernir mentalmente aquilo que não se pode perceber por meio dos sentidos.
Conforme FIGUEIREDO (Maat, 2016) "a educação de Pestalozzi certamente foi responsável por Rivail adquirir a prática da investigação aliada à liberdade de pensamento, recursos fundamentais para sua futura carreira como pedagogo que também o qualificavam adequadamente para a sua liderança frente ao espiritismo".
A formação de Rivail continua, pois, são várias as influências que recebeu na sua formação. Mas, esta é outra história.
Uberaba-MG, 25 de maio de 2021.
Beto Ramos
Fontes: Além das citadas, também, Wikipédia.
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