ENCARNAÇÃO DOS ESPÍRITOS
I – FINALIDADE DA ENCARNAÇÃO
I – FINALIDADE DA ENCARNAÇÃO
(Questões: 132 a 133.a)
“É o indivíduo que cria a própria infelicidade,
afastando-se das Leis de Deus e atraindo males. Assim, não experimenta a
felicidade possível num plano grosseiro.”
Segundo ensinam os Espíritos Codificadores, Deus impõe a encarnação aos
Espíritos a fim de leva-los à perfeição. Nesse caminho experimentam expiações e
missões, angariando experiências por meio dos problemas das existências
corpóreas.
A encarnação é um mecanismo da Sabedoria Divina para colocar o Espírito
em condições de enfrentar a sua parte na obra da Criação. Assim, Deus permite
que o Espírito tome um corpo em cada mundo conforme a matéria essencial do
mesmo, para cumprir ordens divinas daquele ponto de vista.
Os Espíritos, criados simples e ignorantes, instruem-se por meio das
encarnações, e não há esse ou aquele Espírito criado mais ou menos feliz que
outro, pois, a felicidade é alcançada por meio de penas e trabalhos a que o
Espírito é submetido, isto é, por méritos.
Quando se referem às penas, os Espíritos deixam claro que não se tratam
de castigos do Criador, mas, resultado da imperfeição do Espírito. Quanto menos
imperfeito, menos sofre. Inveja, ciúme, avareza e ambição provocam penas e
sofrimentos a quem possuir tais defeitos. Aquele que não possui nenhuma dessas
imperfeições não sofrerá os tormentos que elas causam.
A felicidade também está atrelada à aceitação e à submissão do Espírito
às Leis Divinas, bem como às provas a que é submetido para evoluir no caminho
da perfeição.
Mas, sob o ponto de vista espiritual, qual
seriam as consequências do afastamento pelo Espírito da finalidade
encarnatória? Podemos pensar assim:
1. Nem
todos que requisitam conforto e o alcançam no plano material são felizes;
muitos são infelizes e entediados.
2. Outros
pleiteiam destaque, mas, ao alcança-lo se apresentam inabilitados para a
tarefa.
3. Há “felizes”
no plano das aquisições materiais que acumulam enfermidades com os excessos que
cometem em razão da abundância.
4. Há “infelizes”
pela carência material que acumulam verdadeiros tesouros com o proveito que tiram
das lições do mundo.
5. Muitos
são saudáveis e, abusando da robustez, desencarnam prematuramente.
6. Muitos
doentes vivem longevamente pelo respeito que dedicam ao corpo.
Assim, a encarnação revela os “felizes-infelizes”
nos enganos a que se arrojam e os “infelizes-felizes” nas provações em que se
elevam. Pensemos em Jesus e Barrabás para termos o exemplo necessário.
Na evolução espiritual REENCARNAÇÃO nem sempre é
sucesso expiatório, como nem toda luta no campo físico expressa punição. Toda restauração exige dificuldades
equivalentes. Todo valor evolutivo reclama serviço próprio.
Não é correto medir as dores alheias pelo
critério de expiação, podem ser almas heróicas. Alguns, para auxiliar entes
queridos, solicitam uma encarnação para ampará-los na travessia da angústia.
Todavia, tal alma heróica estará em franca evolução através da experiência
adquirida.
A REENCARNAÇÃO compara-se à reunião de sementes
no celeiro. Ali reunidas em demasia, a ação dos agentes químicos as tornam
imprestáveis. Contudo, conduzidas ao replantio, padecem de solidão e abandono
ante todos os problemas do solo. Mas, voltam à glória da vida em forma de
verdura e flor, espiga e pão.
ESPÍRITOS, criados simples e ignorantes,
assemelham-se aos tratos de argila que se escondem nas glebas de calcário.
Ficam lá, às vezes, por séculos. Suas modificações, lentas, são sem maior
proveito. Mas, extraída a argila e levada às elevadas temperaturas do forno,
materializam as peças criadas pelo oleiro. Irão, portanto, atender às tarefas
de utilidades em planos superiores e realizam os nobres sonhos dos indivíduos
nas diversas construções. ASSIM, OPERA
UMA ENCARNAÇÃO.
O meio ambiente influi no Espírito. Por
constituir prova expiatória, exerce poderosa influência sobre a personalidade.
Diante disto, a Lei Divina estabelece o mecanismo da repercussão e da
interdependência. Aqueles mais esclarecidos cooperam na transformação para o
bem, melhorando e elevando as condições materiais e morais de todos os que
vivem na sua zona de influenciação.