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segunda-feira, 30 de abril de 2018

O LIVRO DE JONAS



O LIVRO DE JONAS

Jonas é o quinto dos Profetas Menores, cujo empenho foi sempre no sentido contrário. Não fazia o que um profeta deveria fazer.


O Livro de Jonas é uma narrativa poética em prosa hebraica. A mensagem trazida por Jonas é vista pelos primeiros cristãos como símbolo de ressurreição e salvação, onde "Deus salvou o profeta do perigo mortal dele para salvar, por meio dele, um povo gentio". A mensagem usa a ironia até a beira do sarcasmo, pois, Jonas é o antiprofeta que não quer ir aonde o Senhor o envia, nem dizer o que Ele lhe ordena. Trata, portanto, de uma lição sapiencial do profeta teimoso.

Será que quando nos desviamos do caminho e entramos em lugares que não deveríamos o nosso "GPS Divino" recalcula a rota? Parece que sim e essa, também, parece ser a mensagem depreendida do Livro de Jonas, uma vez que a VONTADE DE DEUS será feita na Terra como nos Céus!


Nossa história começa quando o filho de Amati  (Bíblia de Jerusalém) recebe a Palavra de Deus que o envia a Nínive, que é a capital de  um Império agressor e expansionista,  para nela proclamar que a maldade daquela grande metrópole chegara ao fim.

Mas, não é que Jonas resolve fugir para Társis! Assim, desce a Jope onde pega um barco. O seu propósito é ficar longe do Senhor. Então, paga o preço para embarcar. Apesar de não encontrarmos nenhuma informação do autor desse Livro, suspeita-se que a fuga é empreendida em razão do medo que toma conta de Jonas, pois, não seria uma tarefa fácil. Imagine você só e contra um império!


Jonas, então, tendo empreendido a fuga e estando alojado naquele barco eis que O Senhor envia um vento impetuoso (que figura como ministros de Deus,  conforme o Salmo 104:4), o qual levanta uma furiosa tempestade (expressão que representa a manifestação divina nas narrativas bíblicas), a ponto de o barco quase naufragar. Mas, Jonas pensava que estava longe do Senhor. É que, naquele tempo se acreditava que O Senhor habitava em Sião.


Naquele barco, os marinheiros, temendo a tempestade e o mar revolto pelo vento, cada qual gritava ao seu próprio deus, ao mesmo tempo em que lançavam apetrechos no mar para aliviar o navio. Em razão do politeísmo, para a maioria das culturas, não havia apenas Um Deus, mas, diversos deuses.


Jonas, todavia, estando ao fundo do navio, dormia profundamente e a ele chega o capitão da embarcação o acordando e manda que grite (no sentido de proclamar) o teu Deus para que se compadeça de todos e evite o naufrágio onde todos morreriam.


Nesse mesmo tempo, os marinheiros lançavam sorte (costume da época: Js 7; 1Sm 14; Pr 16:33) para ver quem era o culpado por aquela calamidade. Interessante que o autor dessa narrativa nos conta que os marinheiros, a um só tempo, estavam apavorados com a tempestade, lançavam apetrechos no mar para aliviar o peso da embarcação, oravam aos seus deuses e lançavam sorte para saber de quem era a culpa pela tempestade e, ainda irão interrogar o culpado.

Mas, não obstante esse pequeno detalhe, a culpa caiu sobre Jonas, que foi interrogado sobre os motivos daquela calamidade. Jonas afirmou ser hebreu e adorar o Senhor Deus do céu que fez o mar e a terra firme. Os marinheiros, apavorados, compreenderam que Jonas fugia do Senhor (tudo em razão do que ele declarou) e questionaram sobre o que fazer para que o mar agitado se acalmasse. Ele, então, respondeu que seria necessário levantá-lo e lança-lo ao mar, uma vez que ele também sabia que foi por culpa dele que sobreveio a furiosa tempestade.


Apesar de não se encaixarem as perguntas e as respostas, é importante perceber que Jonas reconheceu sua missão (ir a Nínive) e ofereceu sua vida em favor daqueles marinheiros (pois, não seria justo que eles pagassem pelo desvio cometido por Jonas, o qual não foi proclamar em Nínive a Palavra do Senhor).


Todavia, os marinheiros tentaram remar para fugir da tempestade e não fizeram o que fora dito por Jonas de imediato. O caso é que não conseguiram alcançar terra firme, o mar continuou revolto. Nessa hora, invocaram o Senhor e disseram para que Ele não os fizesse responsáveis por sangue inocente, pois, o Senhor poderia fazer o que quisesse. Levantaram Jonas no ar e o lançaram ao mar, e o mar se acalmou em sua fúria. Assim, aqueles pelos quais Jonas dava sua própria vida eram os mesmos que o lançavam ao mar. Contudo, precisamos perceber que ao contrário de suplicarem aos deuses como faziam antes, agora, depois da confissão de Jonas, todos adoraram ao Deus Único, ao Senhor Deus de Jonas.

Em verdade, os marinheiros temeram O Senhor e lhes ofereceram sacrifícios, fazendo votos. E é dessa forma que a imprevista tarefa missionária de Jonas foi um êxito, pois, fugiu do Senhor, mas, ao mesmo tempo pregou em seu nome aos pagãos. Nos parece assim que o livre-arbítrio não é tão livre assim, pois, o "GPS de Jonas recalculou a rota”.

Mas, ainda não era a hora de Jonas e sua salvação veio pela misericórdia do Senhor que enviou em seu socorro um gigantesco peixe para que tragasse Jonas (o engolisse). E Jonas ficou no seu ventre por três dias e três noites. Durante esse período Jonas rezou ao Senhor Deus dizendo que Ele o havia expulsado de sua presença, mas, pedia para ver novamente o seu santo templo. Afirmou, ainda, que Deus tirou sua vida da cova e prometeu cumprir seus votos e lhe ser leal gritando em ação de graças que “a salvação vem do Senhor”.

O peixe, por ordem do Senhor, vomitou Jonas em Terra firme (salvação, conforme Sl 18:17-20). JONAS, ENTÃO, ESTAVA EM NÍNIVE, exatamente a cidade que Deus queria que ele estivesse. Nesse momento Jonas percebe que é impossível fugir de Deus, o máximo que conseguiu foi escapar da morte.

Novamente o Senhor manda que Jonas anuncie o que Ele disser. Jonas, então, caminha pela cidade por um dia dizendo: DENTRO DE 40 DIAS NÍNIVE SERÁ ARRASADA!

Após ter feito o anúncio como Deus havia mandado, Jonas saiu da cidade, se instalou no oriente e fez uma cabana. Ali aguardava o destino de Nínive.  Enquanto isso O Senhor fez crescer uma mamoneira para que fizesse sombra à cabeça Jonas para que não morresse de insolação. Jonas se encantou com a mamoneira.

Ao amanhecer do dia seguinte Deus enviou um verme que danificou a mamoneira e ela secou. Ao esquentar do sol Deus enviou um vento oriental sufocante. O sol abrasou a cabeça de Jonas e o fez desmaiar. JONAS DESEJOU A MORTE dizendo: “É melhor morrer que viver”. Deus, então, disse a Jonas: “e vale a pena irritar-se pela mamoneira?”. Jonas respondeu: “Ah, se vale! Mortalmente”.

O Senhor replicou: “Tu tens compaixão de uma mamoneira que não te custou cultivá-la, que brota numa noite e na outra morre e eu não vou ter compaixão de Nínive, a grande metrópole, em que habitam mais de cento e vinte mil homens que não distinguem a direita da esquerda, e muitíssimo gado?”.

É que, após o anúncio de Jonas, os ninivitas creram em Deus, proclamaram jejum e se vestiram de pano de saco, pequenos e grandes. A mensagem chegou ao rei de Nínive que se levantou do trono e mandou proclamar um decreto real e da corte com o seguinte teor: “Homens e animais, vacas e ovelhas não provem nada, não pastem, nem bebam; homens e animais se cubram com pano de saco. Invoquem fervorosamente a Deus; cada qual se converta de sua má vida e de suas ações violentas. Vamos ver se Deus se arrepende, cessa o incêndio e sua ira e não perecemos”. (no decreto real percebe-se que a criação diante de Deus é igual, pois, os animais foram convidados ao jejum, Sl 36:7; conversão e arrependimento vale para israelitas e pagãos, Ex 32:14; Jr 26:13; 36:7; Jr 18:7s).


Diante da atitude dos habitantes de Nínive Deus não enviou nenhuma catástrofe. Vendo isto Jonas sentiu um grande desgosto, ficou irritado, pois Deus o deixou como mentiroso. E, segundo o profeta Jeremias, 28:9, um profeta é acreditado quando a sua profecia se cumpre.

E foi por isso que Jonas fugiu da presença de Deus quando lhe foi determinada a missão. Jonas sabia que o Senhor “é um Deus compassivo e clemente, paciente e misericordioso”, que ameaça, mas, não cumpre.


Por isso, Jonas disse que era melhor morrer que viver e pediu que o Senhor lhe tirasse a vida, pois, com um Deus justo se podem fazer contas e prever o resultado; Mas, com um Deus misericordioso não se pode fazer cálculos, porque Ele é capaz de perdoar aos maiores adversários, deixando prejudicado o profeta.


Tendo perdido todo o crédito profissional Jonas não queria continuar vivendo. Deus, então, perguntou a Jonas: valeria a pena irritar-se?

O Livro de Jonas ensina que se o homem é capaz de ter misericórdia por algo que não criou, mas lhe apraz, mais razão tem Deus de ter misericórdia por tudo que criou, pois, não há limites para o Amor de Deus.

Nessa passagem o Profeta Jonas é confrontado com seus próprios interesses. Deve pesar se eles são magnânimos ou mesquinhos? Numa análise mais ampla confronta àqueles que se creem bons e desprezam os maus.


Deixa-nos um ponto para reflexão: o que significa ser profeta de um Deus misericordioso?


Para uma análise mais profunda remetemos o leitor para o diálogo entre o Pai com o Irmão Mais Velho em Lucas 15:32, onde conta-se a história dos Dois Irmãos (o Filho Pródigo e o Filho Egoísta).


Supõe-se que o Livro de Jonas, constituído por 04 capítulos e 48 versículos, tenha sido escrito em torno de 800 a.C., uma vez que em 2Rs 14:25 o profeta aparece com nome e sobrenome, anterior a Jeroboão (782-753).

A obra pode ser uma alusão à relutância da nação judaica no cumprimento de sua missão para com os gentios, pois, ensina que Deus é Soberanamente Bom e Justo, cuja Misericórdia alcança aos que se voltam a Ele com coração puro e sincero, independente do critério de nacionalidade ou religião.


Pode ser também, uma profecia referente ao FILHO OBEDIENTE, ou o Segundo Adão nas palavras de Paulo, que viria cumprir a missão que a saga bíblica demonstra, por meio das personagens, que nunca é cumprida na sua integralidade, uma vez que a figura humana está sempre afastada da União e Integração com o Criador. Pois, como no Livro de Jonas, os interesses humanos dos "missionários bíblicos" nem sempre são magnânimos.


Várias passagens desse Livro nos remetem a Jesus: 


a) Jonas é enviado para confrontar um império agressor e expansionista; Jesus, da mesma forma, com o império romano; 


b) Jonas deve divulgar que o mal daquele império chegara ao fim; Jesus Cristo, conforme mensagem contida no item 5 do Capítulo VI do Evangelho Segundo o Espiritismo, é o vencedor do mal;


c) Jonas sabia que o Senhor “é um Deus compassivo e clemente, paciente e misericordioso”; Jesus também sabia; Todavia, Jonas se preocupou com o prestígio humano, Jesus serve a Deus;


d) Jonas queria pregar para um tipo de Justiça: a que promete e cumpre, isto é, uma justiça que exterminaria Nínive; Jesus, como no item do Evangelho acima mencionado, diz: "Meu Pai não quer aniquilar a raça humana. Ele quer que, ajudando-vos uns aos outros [...] sejais socorridos [...];


e) Jonas sabia da própria culpa e que as "tempestades" vinham em razão dos seus atos, mas teve medo de se oferecer em sacrifício; Jesus não tinha culpa alguma e se ofereceu para nossa redenção;

f) Jonas foi tragado por aquele "peixe gigantesco" e ficou em seu ventre por três dias e três noites, depois foi cuspido para a terra firme; Jesus foi crucificado no Planeta Terra e enterrado pelo mesmo período, pois venceu a morte segundo a carne, "porque a morte não existe";


g) Jonas ouve de Deus que Ele terá compaixão de Nínive, a grande metrópole, em que habitam mais de cento e vinte mil homens que não distinguem a direita da esquerda; Jesus, por sua vez, ensina no Capítulo 26 do Livro Boa Nova, intitulado A Negação de Pedro que "o homem do mundo é mais frágil do que perverso".


Mas, as possibilidades são variadas e você poderá "ver" outras ligações. Então, conta pra gente sua experiência e nos informe outras variáveis.

sexta-feira, 27 de abril de 2018

HÁ MUITAS MORADAS NA CASA DE MEU PAI



DIFERENTES ESTADOS DA ALMA NA ERRATICIDADE


"Allan Kardec e as Cidades Espirituais"

Para escrever sobre esse tema, uma visita a O Livro dos Espíritos torna-se importante.

No Livro 4º, capítulo II, tratando de PENAS E GOZOS FUTUROS, na questão 961, o Codificador questiona acerca do sentimento que domina a maioria dos homens, a dúvida, o medo ou a esperança. Sua referência diz respeito ao que é reservado a todos após a morte. A resposta é: "a dúvida para os céticos endurecidos; o medo para os culpados; a esperança para os homens de bem".

Allan Kardec, comentando a questão 962, disse: “A consequência da vida futura se traduz na responsabilidade dos nossos atos. A razão e a justiça nos dizem que, na distribuição da felicidade a que todos os homens aspiram, os bons e os maus não poderiam ser confundidos. Deus não pode querer que uns gozem dos bens sem trabalho e outros só alcancem com esforço e perseverança. A ideia que Deus nos dá de sua justiça e de sua bondade, pela sabedoria de suas leis, não nos permite crer que o justo e o mau estejam aos seus olhos no mesmo plano, nem duvidar de que não recebam, algum dia, uma recompensa e outro e o castigo, pelo bem e pelo mal que tiverem feito".

Alguns, para refutarem a notícia da existência de cidades espirituais socorrem-se a questões existentes neste capítulo e sua sequência. Todavia, exploram as respostas como o faziam aqueles que liam a Bíblia com o desejo de dominar seus semelhantes. Ou, o que é pior, para fazer valer a doença do ponto de vista, tão rebatido por Kardec como nos indica ao explicar o que seria a Revista Espírita criada no ano de 1958.

Contudo, é necessário "lutar no campo do adversário". E é assim que procedemos. Na questão 972, explica-se o procedimento dos maus espíritos para tentar outros espíritos. E a consequente resposta: "se as paixões não existem MATERIALMENTE, existem, entretanto, NO PENSAMENTO DOS ESPÍRITOS ATRASADOS. Os maus entretêm esses pensamentos, arrastando suas vítimas aos lugares onde deparam com essas paixões e com tudo o que as possam excitar". Concluiremos com Kardec e os Espíritos Superiores que O PENSAMENTO É TUDO!

O Professor de Lyon então pergunta (questão 972-a), mas para que servem essas paixões, se lhes falta objeto real- Assim é, precisamente, para o seu suplício: O AVARENTO VÊ O OURO QUE NÃO PODE POSSUIR; O DEVASSO, AS ORGIAS DE QUE NÃO PODE PARTICIPAR; O ORGULHOSO, AS HONRAS QUE INVEJA E DE QUE NÃO PODE GOZAR.

Para nós é uma visão mental, pois, o pensamento é tudo. Notemos que o tema alude a Espíritos desencarnados. Imaginemos! Se estão vendo, vêem onde?

O importante, todavia, é deixar a palavra para Allan Kardec que leciona: “[...] A razão mais esclarecida nos ensina que a alma é um ser inteiramente espiritual e por isso mesmo não pode ser afetada pelas impressões que não agem fora da matéria. Mas disso não se segue que esteja livre de sofrimentos, nem que não seja punida pelas suas faltas”.

Allan Kardec está dizendo que é preciso perder os laços que prendem à matéria para que o ser torne-se inteiramente espiritual, uma vez que nossas faltas decorrem das imperfeições ligadas à matéria.

Ora, se na questão 972 foi explicado que um Espírito desencarnado arrasta o encarnado para satisfazer desejos materiais, como acontece, então, o processo? Na questão 980 compreende-se que há um laço de simpatia que UNE os Espíritos da MESMA ORDEM. Espíritos formam no mundo INTEIRAMENTE ESPIRITUAL as famílias do mesmo sentimento. COMO OCORRE ENTRE OS SERES HUMANOS O AGRUPAMENTO EM CATEGORIAS. (famílias, no sentido de comunidades, coletividade de espíritos, etc.).

Porém, Allan Kardec, como sempre, lúcido, faz um comentário sobre a questão 997 onde diz: “Não se deve esquecer que após a morte do corpo O ESPÍRITO NÃO É SUBITAMENTE TRANSFORMADO. Se sua vida foi repreensível é que ele era imperfeito. ORA, A MORTE NÃO O TORNA IMEDIATAMENTE PERFEITO. Ele pode persistir nos seus erros, nas suas falsas opiniões, em seus preconceitos ATÉ QUE SEJA ESCLARECIDO PELO ESTUDO, PELA REFLEXÃO E PELO SOFRIMENTO".

Segundo o Codificador, temos os Espíritos que se reúnem em famílias espirituais e já estão mais adiantados, mas, existem outros que não estão adiantados. É nesse sentido que o Professor Rivail irá discorrer sobre a DURAÇÃO DAS PENAS FUTURAS, sofrimentos submetidos às LEIS QUE  REGEM O UNIVERSO E REVELAM  A SABEDORIA E A BONDADE DE DEUS.

Aprendemos com o Apóstolo Paulo em magnífico texto em O Livro dos Espíritos que: “gravitar para a unidade divina, esse é o objetivo da Humanidade”. Em nosso entendimento o Apóstolo afirma que evoluir é retornar ao Criador e gozar da dádiva de com Ele ser Um, não no sentido de desaparecimento, mas, no de INTEGRAÇÃO, compartilhar da mesma natureza em bondade e justiça.

No capítulo mencionado, não encontramos outro desejo do Codificador que não seja REFUTAR os dogmas e as crenças existentes sobre a existência de PARAÍSO, INFERNO, PURGATÓRIO. PARAÍSO PERDIDO E PECADO ORIGINAL. 

Quando o Codificador mencionar LUGAR DEFINIDO NO ESPAÇO será para ESSA FINALIDADE. Apesar de ser claro esse interesse, vamos explicar: o codificador está questionando os Espírito se há um paraíso de delícias ou uma prisão para os Espíritos.

Como afirmamos no início, aquele que tem ideia fixa, acrisolado num pensamento desprovido do arejamento necessário à pesquisa, DESVIA o tema tratado e usa a questão 1011 de O Livro dos Espíritos para refutar existência de cidades espirituais. Mas, esse era o assunto? Não parece ser "fuga de tema", como quando pedimos ao estudante para escrever sobre um assunto e ao discorrer sobre o mesmo ele simplesmente fala de outra coisa?

Refletindo com Kardec
O tema tratado não se refere a CIDADES ESPIRITUAIS, mas, nenhuma das respostas dos Espíritos refutam a existência das mesmas. A questão feita é: "um lugar circunscrito no Universo ESTÁ DESTINADO ÀS PENAS E AOS GOZOS DOS ESPÍRITOS, de acordo com os seus méritos?

Dizem os Espíritos Superiores: "já respondemos a essa pergunta. As penas e os gozos são inerentes ao grau de perfeição do Espírito. Cada um traz em si mesmo o princípio da sua própria felicidade ou infelicidade. E como eles estão por toda parte, NENHUM LUGAR CIRCUNSCRITO OU FECHADO SE DESTINA A UNS OU A OUTROS. Quanto aos Espíritos encarnados, são mais ou menos felizes ou infelizes segundo o grau de evolução do mundo que habitam".

Ora, se a resposta fosse outra teríamos que desconfiar desses espíritos, pois, repete-se o ensinamento do Cristo que diz: "o espírito sobre onde quer, você não sabe de onde vem e nem pra onde vai". Disso, todavia, não decorre a inexistência de Cidades Espirituais, pois, é o mesmo Jesus quem diz: "e seu Eu for e preparar um lugar para vós, venho novamente, e vos tomarei para mim mesmo, a fim de que onde eu estiver, vós estejais também" (Jo 14:3).

Voltando a Kardec e a O Livro dos Espíritos:
1. O assunto é: PENAS E GOZOS FUTUROS.
2. A pergunta é: LUGAR PARA CUMPRIR PENAS E PARA SATISFAZER-SE DE UMA ATIVIDADE FÍSICA, MORAL OU INTELECTUAL.
3. A resposta é: NÃO! Os Espíritos estão por TODA PARTE, portanto, AS PENAS E A FELICIDADE poderão ser cumpridas ou gozadas EM QUALQUER LUGAR.
4. Conclui-se que: NÃO HÁ LUGAR LIMITADO POR LINHA OU SUPERFÍCIE, CUJOS LIMITES MATERIAIS FORAM BEM TRAÇADOS para cumprir penas futuras ou gozar de felicidade.

A CONCLUSÃO DE KARDEC é que Inferno e Paraíso não existem COMO os homens os representam.

Os Espíritos Codificadores concordam e respondem: "não são mais do que figuras: OS ESPÍRITOS FELIZES E INFELIZES ESTÃO POR TODA PARTE. ENTRETANTO, COMO JÁ O DISSEMOS TAMBÉM, OS ESPÍRITOS DA MESMA ORDEM SE REÚNEM POR SIMPATIA. Mas podem se reunir-se onde quiserem quando perfeitos.

Parece que os Espíritos estão falando novamente sobre os Espíritos se reunirem em algum lugar não é mesmo? E mais, que isso ocorre por simpatia (tanto para os bons quanto para os maus).

Na questão 1012 Kardec pergunta sobre "o que se deve entender por Purgatório"? A resposta é: "dores físicas e morais: é o tempo da expiação". Uma parte bem interessante da resposta, REFUTANDO A EXISTÊNCIA DE PURGATÓRIO, QUE FOI CRIADO POR OUTRAS DOUTRINAS se segue: "é QUASE SEMPRE NA TERRA que fazeis vosso purgatório e que Deus vos faz expirar as vossas faltas".

Ora, se é "quase sempre na Terra", NEM SEMPRE É NA TERRA. Então, onde seria?

Para nós outros, está claro que o assunto tratado por Kardec refere-se aos dogmas criados e "vendidos" como verdades, adulterando o próprio Evangelho de Jesus. Não há referência a cidades espirituais, como também não há nenhuma refutação das mesmas (ao menos neste capítulo). As respostas dadas pelos Espíritos não deixam dúvidas quanto:
a) Espíritos felizes e infelizes estão por toda parte;
b) Os da mesma ordem se reúnem por simpatia;
c) Não há um lugar TRAÇADO POR DEUS para que eles ocupem (livre arbítrio para o ir e vir);
d) Os Espíritos podem ESCOLHER O LUGAR onde vão ocupar na erraticidade;

No entanto, essa ausência de circunscrição não é absoluta, pois, o inferior somente alcança o superior se for de interesse da Obra Divina.

Passemos, agora, a análise da VIDA ESPÍRITA. É na questão 191, que trata da simpatia geral determinada pelas semelhanças, onde se questiona sobre a existência de afeições particulares entre os EspíritosA resposta é positiva e o Espíritos Superiores a comparam com a mesma existente entre os encarnados. Esclarecem, por outro lado que entre os Espíritos O LIAME QUE OS UNE É MAIS FORTE NA AUSÊNCIA DO CORPO, PORQUE NÃO ESTÃO MAIS EXPOSTOS ÀS VICISSITUDES DAS PAIXÕES.

Esta resposta poderá suscitar dúvidas. De pronto buscamos subsídio na questão 260. Nela o Codificador pergunta como o Espírito pode querer nascer entre gente de má vida, e os Espíritos respondem "é necessário ser enviado ao meio em que possa sofrer a prova pedida. Pois bem: O SEMELHANTE ATRAI O SEMELHANTE, [...]".

Na questão 459 sobre a  influência dos Espíritos sobre os nossos pensamentos e ações, a resposta é que sua influência é maior do que supomos, porque muito frequentemente são eles que nos dirigem. Na questão 466 perquire-se o por que da permissão de Deus aos Espíritos nos incitarem ao mal. A resposta revela que "QUANDO MÁS INFLUÊNCIAS AGEM SOBRE TI, ÉS TU QUE AS CHAMAS PELO DESEJO DO MAL, PORQUE OS ESPÍRITOS INFERIORES VEM EM TEU AUXÍLIO NO MAL, QUANDO O TENS A VONTADE DE O COMETER; Eles não podem ajudar-te no mal, senão quando tu o desejas o mal".

Aqui, a comprovação do que já fora observado acima sobre SINTONIA E PREFERÊNCIA, da influência de nossos pensamentos e da Simpatia ou Antipatia que nutrimos uns pelos outros. Trata-se de uma relação de reciprocidade. Os assuntos todos referem-se a Espíritos na Erraticidade.

Recordemos o que é Espírito (questão 76). Revelam os Espíritos: "[...] são os seres inteligentes da criação. ELES POVOAM O UNIVERSO, ALÉM DO MUNDO MATERIAL". Não se esqueça que a Cidade é Espiritual, isto é, além do mundo material.

Buscando estudar a obra como um grande edifício, percebemos uma importante questão efetuada e que é muito importante para a questão investigada. Na questão 84 Allan Kardec perguntou: "os Espíritos constituem UM MUNDO À PARTE, ALÉM DAQUELE QUE VEMOS"Os Espíritos responderam: "SIM, O MUNDO DOS ESPÍRITOS OU DAS INTELIGÊNCIAS INCORPÓREAS". Estranho pensar que esse mundo mais importante, preexistente e que sobrevive a tudo não esteja em lugar nenhum como querem os confrades que refutam as cidades espirituais.

Voltemos à questão dos limites, da LOCALIDADE ocupada pelos Espíritos, pois, aqui também o Codificador questionou os Espíritos - Questão 86: "OS ESPÍRITOS OCUPAM UMA REGIÃO CIRCUNSCRITA E DETERMINADA NO ESPAÇO"? Resposta: OS ESPÍRITOS ESTÃO POR TODA PARTE; Povoam ao infinito os espaços infinitos, sendo que:
1. Há os que estão ao vosso lado, observando-vos e atuando sobre vós, sem o saberdes.
2. Os Espíritos são forças da Natureza e os INSTRUMENTOS de que Deus se serve para o cumprimento de seus desígnios providenciais.
3. MAS, NEM TODOS VÃO A TODA PARTE, PORQUE HÁ REGIÕES INTERDITADAS AOS MENOS AVANÇADOS.

Vemos que o ir e vir dos Espíritos é relativizado, porquanto há regiões interditadas aos menos avançados. Uma força moral os impedem de avançar até aqueles locais onde estão os Espíritos Puros, por exemplo, senão vejamos:

Sabemos que os Espíritos podem cruzar os espaços rápidos como o pensamento, observando a distância ou fazendo-a desaparecer por completo. ISSO, porém, DEPENDE DA SUA VONTADE, mas, também da SUA NATUREZA, SE MAIS OU MENOS DEPURADA. O mesmo ocorre com a possibilidade de penetrar o ar, a terra, as águas e o fogo. Tudo DEPENDE DO GRAU DE PUREZA DE CADA UM.

Não sendo os Espíritos todos iguais, conforme a questão 96, aprendemos que entre eles há hierarquia, pois, são de diferentes ordens, SEGUNDO O GRAU DE PERFEIÇÃO A QUE TENHAM CHEGADO. Não há um número determinado de ordens de Espíritos, porém, é possível os classificar em três ordens distintas, onde na primeira se encontram os que já chegaram à perfeição, na segunda os que estão desejosos do bem e com ele se preocupam e, na terceira, estão os imperfeitos, ignorantes, que desejam o mal e são arrastados pelas más paixões que lhes retardam o desenvolvimento.

Abaixo estão algumas questões de interesse à nossa reflexão (temos que estudá-las):

Questão 186 – Há mundos em que o Espírito, deixando de viver num corpo material, só tem por envoltório o perispírito? Sim, e esse envoltório torna-se de tal maneira etéreo, que para vós é como se não existisse; eis então o estado dos Espíritos puros.

Questão 223 – A alma se reencarna imediatamente após a separação do corpo? Às vezes, imediatamente, mas na maioria das vezes depois de intervalos mais ou menos longos.

Questão 224 – O que é a alma, NOS INTERVALOS DA ENCARNAÇÕES? ESPÍRITO ERRANTE (que aspira a um novo destino E O ESPERA). 

Pensamos que se fosse chamado de Espíritos Esperantes as pessoas ERRARIAM menos quando usam essa definição. Pois, na verdade, ERRANTES são, também, aqueles que não entenderam o que as expressão quer dizer.

Lembramos que esse intervalo poderá ser de horas ou alguns milhares de séculos. Não existe limite. Pode ser prolongado, mas, nunca perpétuo. Há oportunidade para o Espírito recomeçar uma existência que lhe sirva no progresso. O intervalo pode ser consequência do livre-arbítrio ou decorrer de uma expiação (determinada por Deus).

No estado de Espírito Errante, onde o desencarnado aguarda nova oportunidade para retornar à uma existência corpórea, esses mesmos Espíritos podem prolongar o tempo entre uma encarnação e outra para fins de PROSSEGUIR ESTUDOS QUE NÃO PODEM SER FEITOS COM PROVEITO A NÃO SER NO ESTADO DE ESPÍRITO.

Questão 227 – De que maneira se instruem os Espíritos errantes, pois certamente não o fazem da mesma maneira que nós? Estudam o seu passado e procuram o meio de se elevarem. Veem e observam o que se passa nos lugares que percorrem; escutam os discursos dos homens esclarecidos e os conselhos dos Espíritos mais elevados que eles, e isso lhes proporcionam ideias que não possuíam.

Questão 232 – No estado errante, os Espíritos podem ir a todos os mundos? [..] Quando o Espírito deixou o corpo, AINDA NÃO ESTÁ COMPLETAMENTE DESLIGADO DA MATÉRIA E PERTENCE AO MUNDO EM QUE VIVEU OU A UM MUNDO DO MESMO GRAU; [..].

Questão 234 – Existem [..] mundos que servem de estações ou de lugares de repouso aos Espíritos errantes? SIM, há mundos particularmente destinados aos seres errantes, mundos que eles podem habitar temporariamente, ESPÉCIE DE ACAMPAMENTOS, de lugares em que possam REPOUSAR DE ERRATICIDADE MUITO LONGAS, que são sempre um pouco penosas. São posições intermediárias entre os outros mundos, graduados de acordo com a NATUREZA DOS ESPÍRITOS QUE PODEM ATINGÍ-LOS, E QUE NELES GOZAM DE MAIOR OU MENOR BEM-ESTAR.

Ora, essa resposta faz alusão à possibilidade, segundo méritos próprios, de os Espíritos ainda na Erraticidade, visitarem locais para refazimento de longas esperas, onde, não havendo penas eternar, como não havendo felicidades eternas, devem estar em atividade. Aliás, Jesus ensinou que: "Meu Pai Trabalha, Eu também Trabalho". Nesses mundos transitórios os Espíritos podem deixa-los para seguir seu destino (evoluir – reencarnar). Durante tais estadias os Espíritos se reúnem com o propósito de se instruírem e CONSEGUIR mais facilmente obter a permissão de ir a lugares melhores.

Questão 237 – A alma, uma vez no mundo dos Espíritos, tem ainda as percepções que tinha nesta vidaSIM, E OUTRAS QUE NÃO POSSUÍA, PORQUE O SEU CORPO ERA COMO UM VÉU QUE A OBSCURECIA.

Quanto ao conhecimento os Espíritos inferiores não sabem mais do que os homens, mas, ainda sobre a questão da existência de cidades espirituais, vejamos o que dizer da resposta longa dada pelos Espíritos Superiores à questão 402 de O Livro dos Espíritos da qual extraímos a afirmativa a seguir:

“[...] O sono liberta parcialmente a alma do corpo. Quando o homem dorme, momentaneamente se encontra no estado em que estará de maneira permanente após a morte. Os Espíritos que logo se desprendem da matéria, ao morrerem, tiveram sonhos inteligentes. ESSES ESPÍRITOS, QUANDO DORMEM, PROCURAM A SOCIEDADE DOS QUE LHES SÃO SUPERIORES: VIAJAM, CONVERSAM E SE INSTRUEM COM ELES; TRABALHAM MESMO EM OBRAS QUE ENCONTRAM CONCLUÍDAS AO MORRER”.

Ora, além de buscar a sociedade dos que lhe são superiores, vemos, também, que os Espíritos encarnados, no período que se libertam da matéria, reúnem-se em assembleias, como respondido na questão 417, cuja resposta é a seguinte: "SEM NENHUMA DÚVIDA. OS LAÇOS DE AMIZADE, ANTIGOS OU NOVOS, REÚNEM ASSIM, FREQUENTEMENTE, DIVERSOS ESPÍRITOS QUE SE SENTEM FELIZES DE SE ENCONTRAR".

Mas, é importante NÃO ESQUECER QUE ACIMA FOI AFIRMADO PELOS ESPÍRITOS QUE TRABALHAMOS EM OBRAS (sejam elas, intelectuais ou não).

Finalmente, em O EVANGELHO SEGUNDO O ESPIRITISMO, onde o Codificador cita o Evangelista João, há um título muito interessante que deve ser lido em consonância com o Livro dos Espíritos. Nele o Codificador explica sobre erraticidade. Sob o título: DIFERENTES ESTADOS DA ALMA NA ERRATICIDADE, vemos que, estando o ESPÍRITO DESENCARNADO E AGUARDANDO NOVA OPORTUNIDADE DE OCUPAR UM VASO FÍSICO, a Misericórdia Divina cumpre a promessa do Cristo, ofertando moradas pelo Universo sem fim, a Casa do Pai, como nos esclarece Allan Kardec.

Disse-nos Jesus: “Não se turbe o vosso coração. Crede em Deus, crede também em mim. – Há muitas moradas na casa de meu pai. Se assim não fosse, eu vo-lo teria dito; pois vou preparar-vos o lugar. E depois que eu me for, e vos aparelhar o lugar, virei outra vez e tomar-vos-ei para mim, para que lá onde estiver, estejais vós também”. (João, XIV, 1/3).

Há confrades chamando Jesus de mentiroso, ou, que é muito pior, não acreditam em Jesus, pois, DUVIDAM QUE O ESPIRITISMO É CRISTÃO. Afirmamos o contrário. A missão do Espiritismo é reavivar o sentimento que nutria os corações dos cristãos do primeiro século até que a doutrina fosse deturpada a partir do Concílio de Nicéia (ano 325, d.C) e o Imperador Constantino.

Não podemos nos comparar em sentimento e muito menos conhecimento (inteligência) daqueles cristãos. É importante lembrar que os 12 escolhidos conviveram com o Governador Espiritual do Orbe e entre os continuadores tivemos Lucas e Paulo (cujas culturas, inteligência, compreensão do divino e envergadura moral estamos longe de conhecer).

Voltemos sobre o tema do Evangelho devolvendo a palavra ao Professor Allan Kardec que explica: 

“Independentemente da diversidade de mundos, essas palavras também podem ser interpretadas pelo estado feliz ou infeliz dos Espíritos na erraticidade. CONFORME FOR ELE MAIS OU MENOS PURO E LIBERTO DAS ATRAÇÕES MATERIAIS, O MEIO EM QUE ESTIVER, O ASPECTO DAS COISAS, AS SENSAÇÕES QUE EXPERIMENTAR, AS PAERCEPÇÕES QUE POSSUIR, TUDO ISSO VARIA AO INFINITO”.

Prossegue o Codificador:


“Enquanto uns, por exemplo, NÃO PODEM AFASTAR-SE DO MEIO EM QUE VIERAM, outros se elevam e percorrem o espaço e os mundos. ENQUANTO CERTOS ESPÍRITOS CULPADOS ERRAM NAS TREVAS, os felizes gozam de uma luz resplandecente e do sublime espetáculo do infinito. ENQUANTO, ENFIM, O MALVADO, CHEIO DE REMORSOS E PESARES, FREQUENTEMENTE SÓ, SEM CONSOLAÇÕES, SEPARADOS DOS OBJETOS DE SUA AFEIÇÃO, GEME SOB A OPRESSÃO DOS SOFRIMENTOS MORAIS, o justo, junto aos que ama, goza de indizível felicidade. ESSAS TAMBÉM, SÃO PORTANTO, DIFERENTES MORADAS, EMBORA NÃO LOCALIZADAS NEM CIRCUNSCRITAS”.

Lembramos aos estudiosos sérios que todas essas localidades que circunscrevem muitos de nossos amados irmãos que se encontram na erraticidade são muito bem descritas e retratadas em obras sérias. Todavia, alguns preferem o véu da incredulidade. Como se isso fosse modificar alguma Lei Divina ou atenuar as faltas. Carecemos de REFORMA ÍNTIMA, isto é, DESTRUIR TODO O MAL QUE HÁ EM NÓS. Na reforma "a treva não retém a luz".

Conclusão:
Será que o Codificador estava falando de mundos transitórios, no sentido lato da expressão, pois, não estão localizados e nem circunscritos? Mas, avançando com a fé raciocinada pensamos que se trata de MUNDOS CRIADOS PELO PENSAMENTO COLETIVO ONDE VIGE A SINTONIA E A PREFERÊNCIA COMUM. 

É importante refletir sobre o que Allan Kardec, nesse texto de introdução ao Capítulo III – Há Muitas Moradas na Casa de Meu Pai, nos reportou. Por vezes um pouco de meditação séria é como caldo de galinha. O Espiritismo não é só para ser lido, é, também, para ser estudado, mas, todo conhecimento torna-se sabedoria quando MEDITADO SERIAMENTE.

Ficamos com Kardec, pois, há muitas moradas na casa de meu Pai e Ele não seria misericordioso se não permitisse aos Espíritos se reunirem em locais onde ainda experimentariam situações das quais não se desvencilharam (desmaterializaram). E, só para lembrar, como encarnados usamos cimento, como Espíritos, O PENSAMENTO, afinal para os Espíritos o pensamento é tudo.

KARDEC, Allan. O Evangelho Segundo o Espiritismo. São Paulo: LAKE, 2013.
KARDEC, Allan. O Livro dos Espíritos. São Paulo: LAKE, 2013.

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