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INTERVENÇÃO DOS ESPÍRITOS NO MUNDO CORPÓREO – DOS PACTOS
– (Questões:
549 a 550) –
Paira em
torno do Espiritismo uma pecha de sobrenatural. É bem verdade que aquele que
não o estudou com seriedade dá asas a tal ideia. Notadamente, algo muito concreto e evidente na pesquisa de Allan Kardec é que nada há de
sobrenatural no Espiritismo. A relação que se estabelece com os Espíritos de
seres humanos que já morreram pertence ao campo das Leis Naturais. É natural
comunicar-se com Espíritos.
Portanto, o
modo em que se concebeu a ideia dos pactos, como algo entre forças demoníacas,
não prospera na Doutrina Espírita, cujos ensinos repousam sobre a lógica e a razão. Vale lembrar a afirmativa feita pelo Codificador: fé
inabalável é somente aquela que pode encarar a razão, face a face, em todas as
épocas da humanidade (folha de rosto do Evangelho Segundo o Espiritismo).
Os Espíritos Superiores, no entanto, explicam como ocorre o cometimento de ações más por
aqueles que o desejam. Quem busca atormentar alguém chama Espíritos
inferiores com os quais se sintoniza para servi-lo na empreitada (pensamento). Do mesmo
modo, tais Espíritos esperam o concurso em contrapartida (um ajuste tácito).
Tal situação decorre da Lei de Atração. O desejo de alguém de cometer o mal atrai o auxílio de Espíritos inferiores que querem cometer o mal, mas precisam do encarnado para atingir o objetivo. Desta maneira é possível compreender o denominado “pacto”. Como explica Kardec: “O pacto, no sentido comum atribuído a essa palavra, é uma alegoria que figura uma natureza má simpatizando com Espíritos malfazejos”.
Tal situação decorre da Lei de Atração. O desejo de alguém de cometer o mal atrai o auxílio de Espíritos inferiores que querem cometer o mal, mas precisam do encarnado para atingir o objetivo. Desta maneira é possível compreender o denominado “pacto”. Como explica Kardec: “O pacto, no sentido comum atribuído a essa palavra, é uma alegoria que figura uma natureza má simpatizando com Espíritos malfazejos”.
Quanto às estórias
sobre “venda da alma a Satanás” em troca de favores, há mais um ensino no
sentido moral do que verdade tomada ao pé da letra. Quem busca obter favores de
Espíritos para fins puramente materiais e sem propósito no bem está se
rebelando contra as Leis Divinas e sofrerá as consequências disso na vida
futura. Contudo, não há condenação perpétua ao sofrimento. Após resgatar suas
faltas o Espírito prossegue na jornada evolutiva.
Portanto,
não existem pactos demoníacos, mas em razão do fato de que alguns se
ligam à matéria e aos gozos terrenos, os quais não existem no mundo dos
Espíritos, estabelece-se uma dependência entre encarnados e Espíritos impuros
no regime de reciprocidade. Esse pacto tácito, que acontece em razão das
simpatias, afinidades, semelhanças de gostos e paixões, é que conduz à
perdição. Mas, sempre é possível romper esse laço com o auxílio dos Bons
Espíritos. É necessário para o rompimento desse ajuste (ou ligação entre Espíritos inferiores) uma vontade firme. Desejo genuíno de renovação no bem.
Estude e
Viva.