COMPREENDENDO
A GENEALOGIA DE JOSÉ (e de Jesus)
(Compatibilizando
os textos de Mateus 1:1-17 e Lucas 3:23-38 [3])
O cético usa essa suposta incompatibilidade para criticar
textos bíblicos, outros para criarem sistemas, muitos para apresentar teorias
carentes de fundo histórico ou fonte fidedigna. Questões que nos parecem à
primeira vista irreconciliáveis podem facilmente ser compreendidas quando há
estudo do contexto judaico. Antes, mostraremos em imagem para que você possa
melhor compreender a informação:
Examinando a Lei, no
Capítulo 25 de Deuteronômio, versículos 5 e seguintes, encontramos a regra
aplicada e devidamente usada tanto no relato de Mateus como no relato de Lucas.
Ambos estão em conformidade com a Lei. Como afirmado, basta analisar o contexto
e contradições que parecem irreconciliáveis são devidamente esclarecidas.
Em verdade, José é filho de
Jacó como é filho de Eli. Neste caso, além de observar a genealogia é
necessário observar o que diz a Lei: “Se dois irmãos viverem juntos e um
deles morrer sem filhos, a viúva não sairá de casa para casar-se com um
estranho; seu cunhado se casará com ela e cumprirá com ela os deveres legais do
cunhado; o primogênito ao nascer continuará o nome do irmão morto, e assim
não se apagará o nome dele em Israel”. Trata-se de dever legal,
pois, naquele tempo quem conhecia o filho, conhecia o pai, na forma: nome,
filho de (nome do pai). Desta maneira, Israel não veria o nome do que
morreu apagado da história. Havia pena para o cunhado que não cumprisse a Lei,
conforme versículos 7 a 11.
E foi assim que, segundo
AKHLAT[1]:
“Mattan,
o filho de Eliezer - cuja descendência era da família de Salomão - tomou uma
esposa cujo nome era Astha (ou Essetha) e por ela gerou Jacob naturalmente. Mattan
morreu e Melchi - cuja família descendia de Natã, filho de Davi - levou-a para
esposa e gerou naturalmente a Eli (ou Heli); portanto, Jacó e Heli são
irmãos (os filhos) de (uma) mãe. Eli teve uma esposa e morreu sem
filhos. E Jacó tomou-a por mulher, para suscitar descendência a seu
irmão, segundo o mandado da lei; e ele gerou por ela José, que era o
filho de Jacó segundo a natureza, mas o filho de Heli segundo a lei; Assim,
qualquer que seja o escolhido, seja de acordo com a natureza ou de acordo com a
lei, Cristo é considerado filho de Davi. Além disso, é certo saber que
Eliezer gerou dois filhos, Mattan e Jotão. Mattan gerou Jacó, e Jacó
gerou a José; Jotão gerou Zadoque, e Zadoque gerou a Maria. A partir
disso, fica claro que o pai de José e o pai de Maria eram primos”[2].
Falamos, então, do CASAMENTO
LEVIRATO. Não há, portanto, nenhuma
discrepância na linhagem de José, que é facilmente explicada quando se
conhece o contexto judaico – (Deut. 25:5): uma viúva sem
filhos deveria casar-se com o irmão de seu falecido marido, e o primogênito
de tal casamento continuaria o nome do irmão falecido. Quando estiver lendo
Mateus e Lucas para fins de estudos, lembre-se: o pai biológico de José foi
Jacó, que realmente o “gerou” (como está escrito em Mateus), enquanto seu pai
legal foi Eli (como informado em Lucas).
[1]AKHLAT,
Salomão. Livro da Abelha, Capítulo XXXIII, Gerações Messiânicas.
[2] O autor parece que também pesquisa a suposta contradição entre Mateus e Lucas, trazendo uma solução lógica, razoável e com bom senso. Considerando a distância temporal que se tem dos fatos é possível admitir a hipótese.
[3] MORRIS, Leon L. Lucas - Introdução e comentário. Trad. Gordon Chown. Série Cultura Bíblia - Ed. Vida Nova. (Nota 14: The Ante-Nicene Fathers [reimpressão norte-americana da edição de Edimburgo - sem data], remissão a 220 d.C., pg. 96).
[2] O autor parece que também pesquisa a suposta contradição entre Mateus e Lucas, trazendo uma solução lógica, razoável e com bom senso. Considerando a distância temporal que se tem dos fatos é possível admitir a hipótese.
[3] MORRIS, Leon L. Lucas - Introdução e comentário. Trad. Gordon Chown. Série Cultura Bíblia - Ed. Vida Nova. (Nota 14: The Ante-Nicene Fathers [reimpressão norte-americana da edição de Edimburgo - sem data], remissão a 220 d.C., pg. 96).