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quarta-feira, 25 de maio de 2022

GUERRAS, CHACINAS, ÓDIO, ELEIÇÕES... E O ESPIRITISMO?

Segundo o Espiritismo, dos hábitos viciosos do ser humano, o egoísmo é o mais radical. Dele deriva todo o mal que assola a humanidade. Não há sequer um defeito no caráter individual que não seja proveniente do egoísmo. Muitos lutam contra o egoísmo, mas só o vencerá aquele que, realmente, atacar esse mal pela raiz.

Fala-se tanto em família, pessoa de bem, pátria, costume, tradição, etc., mas tudo não passa de falácia. A perfeição moral só se alcança quando o coração humano tenha EXTIRPADO todo o sentimento de egoísmo. E, para saber se você é ou não egoísta, basta saber que: o egoísmo é INCOMPATÍVEL com a JUSTIÇA, O AMOR E A CARIDADE. Nenhuma qualidade é verdadeira quando o indivíduo é egoísta, uma vez que esse sentimento pernicioso NEUTRALIZA todas as outras qualidades.

O egoísta visa tão só o INTERESSE PESSOAL. Vive uma vida TODA MATERIAL. Portanto, qualquer discurso que envolva Deus, espiritualidade ou questões metafísicas e transcendentais não passam de DISCURSO VAZIO. A sociedade aberta, realmente, tem inimigo: trata-se da excessiva valorização das coisas materiais. As instituições humanas entretêm e excitam o sentimento do egoísmo. E é tudo fruto da má educação.

Os seres humanos somente se entenderão quando praticarem a Lei de Justiça. Todos podem alcançar o bem-estar em suas vidas. E é desse entendimento que falamos. O verdadeiro bem-estar consiste no emprego do tempo de acordo com a vontade, usando as aptidões próprias em trabalhos úteis, cada um fazendo o bem, pelo bem e para o bem de todos. A natureza é harmonia e equilíbrio; quem perturba o equilíbrio é o ser humano.

A sociedade é a causa primeira da miséria humana. Toda falta individual acontece em razão da educação moral deficiente de seus membros. A má educação falseia o critério das pessoas, em lugar de lhes aniquilar as tendências perniciosas. Todos os seres humanos não estão obrigados a nada além da proporção de suas forças. No entanto, a sociedade, como organizada nos dias atuais, não proporciona bem-estar a todos os seus componentes, uma vez que não cuida, como objetivo primordial, da educação moral que desperte no indivíduo o desejo de agir bem em relação aos semelhantes.

Não se trata de uma lei externa ao indivíduo, mas, de uma regra que, naturalmente, pode ser percebida no funcionamento do corpo físico. O bem-estar físico decorre da harmonia. Comer é uma necessidade e faz bem, proporciona saúde e vida para o ser humano; mas comer em demasia atrai, de imediato, uma punição, pois que foi ultrapassado o limite traçado por uma lei natural. Assim, nas relações entre indivíduos, o egoísta sofre porque ultrapassou o limite do necessário para si e sua punição é o sofrimento.

Deste modo, não há lugar para alegar ignorância entre certo e errado, justo e injusto, uma vez que é atributo do Espírito a inteligência, faculdade que permite discernir uma coisa da outra. Todos sabem o que querem que os outros lhes façam; essa é a medida para agir nas relações sociais: fazer para os outros o que se quer que os outros nos façam. As leis divinas ou naturais estão gravadas na consciência; trata-se de uma voz interna. Parece que a doença crônica nos dias atuais é a surdez íntima das criaturas. Essa voz interior grita quando há ligeiro pensamento em se conduzir fazendo o mal.

Há destruição necessária e destruição abusiva. Existem flagelos destruidores naturais e aqueles que provocamos. A predominância da natureza animal sobre a espiritual e o desejo da satisfação das paixões é a causa das guerras entre os seres humanos. O assassínio é crime perante Deus e todos são responsáveis pelas crueldades que comete. Deus julga sempre a intenção. A destruição pode ser necessária, mas a crueldade nunca; essa advém sempre de uma natureza má. A humanidade só demonstrará verdadeiro progresso ao abolir a pena de morte (e há muitas maneiras de condenar alguém à pena de morte para além dos códigos penais).

Não é nada difícil relacionar o título deste artigo com o seu conteúdo. Ou você não entendeu?

Uberaba-MG, 25/05/2022
Beto Ramos.

Fonte:
KARDEC, Allan. O Livro dos Espíritos. (Trad. José Herculano Pires). São Paulo: Lake, 2013.

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