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segunda-feira, 27 de novembro de 2017

OS DEZ MANDAMENTOS DO ORADOR ESPÍRITA



DEZ DIRETRIZES

PARA O OFÍCIO 

DO ORADOR ESPÍRITA







Reunimos nesta postagem 10 (dez) importantes dicas extraídas da obra Estude e Viva [1], cujos textos podem ser melhor meditados no estudo direto da obra. O que motiva nossa publicação é que muitos estão executando essa tarefa de extrema importância sem o devido cuidado.

É muito constrangedor quando aquele que leva a mensagem não possui conhecimento da mesma. É um desserviço ao Espiritismo ver que tais pessoas falam da suas "impressões pessoais", daquilo que "acham" que o tema trata e, o pior, muitos declaram vivamente que "estão inspirados pelos bons espíritos ou que os bons espíritos falam por eles".

Não é verdade! Se fosse uma tarefa fácil não teria o Codificador iniciado seu importante trabalho colocando a Doutrina Espírita como espécie da doutrina espiritualista e, também, desenvolvendo-a com Ciência. O próprio Codificador explica em O que é o Espiritismo porque a Doutrina, a um só tempo, é e não é religião.

Quantos expositores pregam a doutrina do castigo e da recompensa? ou, falam que prova e expiação são duas coisas distintas? Quantos, ao expor sobre Justiça das Aflições não conseguem ver um Deus Pai, Justo e Bom? Quantos outros, ao falar sobre perdão, começa dizendo que "isto é muito difícil"? E, nesse ponto em específico, parecem não ter estudado a questão 909 de O Livro dos Espíritos... Cuja resposta, esclarecem os Espíritos, ao contrário de tal dificuldade, respondem que é fácil, o que falta ao indivíduo é vontade.

Desta forma, contribuímos com o movimento trazendo essa coletânea de advertências.

NA TAREFA DE ORADOR ESPÍRITA

 

1. Encontrar tempo para estudar, de modo a renovar-se com o objetivo de melhor ajudar aos que o ouvem.

2. Antes de falar, buscar a inspiração dos Bons Espíritos por meio da prece.


3. Expor de acordo com as necessidades dos ouvintes, nunca esquecendo as carências e condições da comunidade ouvinte.

4. Empregar conceitos nobres, respeitando a condição dos ouvintes.

5. Afastar o azedume e reclamações pessoais nas exposições doutrinárias.

6.Cultivar a fé raciocinada, sem endossar ritos e preconceitos, nunca atacando crenças alheias.

7. Quando estritamente necessário, corrigir as faltas do povo com bondade e entendimento, evitando censuras levianas.

8. Situar-se no mesmo plano do público a quem se dirige sem a adoção de teatralidade e sensacionalismo, tendo os incrédulos e os adventícios como irmão necessitados como o próprio expositor.

9. Usar simplicidade, sem adotar as inúteis frases brilhantes acima da sinceridade e da lógica.

10. Veicular consolo baseado na verdade, esclarecendo sem uso da injúria, nunca buscando aplausos e vantagens pessoais, lembrando que DEVE esclarecimento e caridade aos companheiros.

[1] Texto adaptado da Obra Estude e Viva - Capítulo 37 - "Atitudes que o Orador Espírita deve evitar". Ditada por Emmanuel e André Luiz aos médiuns Francisco C. Xavier e Waldo Vieira.

quarta-feira, 10 de maio de 2017

SERMÃO DA MONTANHA


Uma das páginas mais belas do Ministério de Jesus no orbe terrestre, com certeza, será aquela conhecida como “Bem-Aventuranças”. O Sermão do Mestre, também chamado de Sermão da Montanha, foi realizado numa colina com vista para o Mar da Galileia chamada de o Monte das Bem-Aventuranças (ou beatitudes). Naquele local o Cristo referiu-se a oito tipos de pessoas que, pelos atos em sociedade, seriam “abençoadas” como vemos no início do sermão. A expressão é conhecida como no exemplo: "Bem-aventurados os aflitos...".

Lembramos que a palavra "beatitude" advém da expressão latina beata, cujo significado é "abençoado". Todavia, sabemos que Jesus não falava latim. Na verdade, Jesus encarnou-se em uma sociedade que falava hebraico e aramaico. Nesse sentido, é possível questionar: qual foi a palavra realmente usada pelo Senhor se, naquela época, o latim dos romanos era usado apenas para questões administrativas, o grego para a comunicação entre nações, o aramaico no cotidiano e o hebraico para questões religiosas (templos judaicos, etc.)?

Sendo Jesus um judeu, assim como seus ouvintes, faz todo sentido pensar que o Mestre tenha pronunciado as palavras que compõe o Sermão da Montanha na língua falada pelos judeus: o hebraico. Desta forma, a palavra hebraica original que ele provavelmente proferiu foi ashrei (אַשְׁרֵי). Encontrada em muitos lugares na Bíblia Hebraica, essa expressão significa “feliz” ou “bem-aventurado", como no Salmo 119:1 que diz: “Bem-aventurados os retos em seus caminhos, que andam na lei do Senhor”. Portanto, felizes serão os Espíritos que, na Terra, conduzirem-se segundo os modelos apresentados por Jesus, que também ensinou: a felicidade não é deste mundo”.

Jesus pronunciou a palavra ashrei por ser familiar ao povo judeu que a usava frequentemente em orações. Como Jesus afirmou: “Não vim destruir a Lei”, Ele deixa claro que não lhes ensinava algo novo e seu código ético provinha ou seria continuação da tradição encontrada na Torah.

Corroborando a esse pensamento, vamos encontrar no Capítulo 14 do Livro Boa Nova, ditado por Humberto de Campos a Francisco Xavier, cujo título é A Lição de Nicodemos, um diálogo entre Tiago e Jesus, onde o Mestre inesquecível pergunta ao discípulo: "dentro da Lei de Moisés, como se verifica o processo de redenção? Ao que Tiago responde: “olho por olho, dente por dente”. 

Jesus aproveita essa oportunidade para esclarecer que os homens têm raciocinado, mas não tem sentido, pois, acima de todos os mandamentos está escrito “amar a Deus sobre todas as coisas, de todo o coração e todo o entendimento” e como é possível alguém amar o Pai aborrecendo-lhe a obra? Afirmou que se trata de exiguidade de visão espiritual o exame feito pelos homens dos textos dos profetas como com toda as escrituras. Jesus, então, conclui o ensinamento nestas palavras:

“E, entretanto, coloco o amor acima da justiça do mundo e tenho ensinado que só ele cobre a multidão de pecados. Se nos prendemos à lei de talião, somos obrigados a reconhecer que onde existe um assassino haverá, mais tarde, um homem que necessita ser assassinado; com a lei do amor, porém, compreendemos que o verdugo e a vítima são dois irmãos, filhos de um mesmo Pai. Basta que ambos sintam isso para que a fraternidade divina afaste os fantasmas do escândalo e do sofrimento”.

quinta-feira, 29 de setembro de 2016

NENHUM TRAÇO DA LEI DESAPARECERÁ


“Não penseis que vim destruir a Lei ou os Profetas, não vim destruir mas cumprir, pois amém vos digo: até que passem o céu e a terra, não passará um iota ou traço da Lei, até que tudo se realize. Quem, portanto, violar um desses mínimos mandamentos e, dessa maneira, ensinar os homens, será chamado mínimo no Reino dos Céus; quem, porém, praticar e ensinar este será chamado grande no Reino dos Céus. Por isso vos digo que, se a vossa justiça não exceder a dos escribas e fariseus, de modo nenhum entrareis no Reino dos Céus” – Evangelho de Mateus, capítulo 5, versículos 17 a 20.

Rica em comentários, estudos profundos e ensinamentos sobre as passagens bíblicas, que compõem a Torá, a tradição judaica, principalmente a exegese rabínica, citavam personagens tais como os Patriarcas que haviam “cumprido” esse ou aquele trecho das escrituras. O objetivo era demonstrar que os mesmos vivenciavam, isto é, cumpriam, as escrituras em suas vidas.

Do mesmo modo que Mateus faz referência ao “iota”, menor letra do alfabeto grego, a tradição rabínica (judaísmo) refere-se ao “yod”, menor letra do alfabeto hebraico. Visto apenas como um jogo gratuito de letras pelos ocidentais, a referência à menor letra ou traço da Lei que não desaparecerá, trata-se do sentimento do Povo de Israel em respeito pelas Escrituras Sagradas. Convictos de que a Torá é inspirada pelas verdades que contém em sua própria literalidade, qualquer dano ao texto representaria uma profanação que ameaça toda a Criação.

Sabemos que o alfabeto hebraico contém diversas letras cuja escrita merece total atenção, uma vez que um pequeno erro, colocando uma curva no traço ou vice-versa (o que chamam de “pontas”), por exemplo, resultaria na “destruição do mundo”. Cabe, no caso, esclarecer que aludida destruição não deve ser tomada ao “pé da letra”. Mas, merece uma reflexão profunda, tendo em vista que os estudiosos estão fazendo clara referência ao “edifício” ideológico contido nos textos sagrados. No exemplo a seguir você poderá ter esta experiência para melhor compreensão.
 
Deuteronômio 6,4: “Escuta, Israel, O Senhor nosso Deus, O Senhor é UM”. Os estudiosos fizeram o seguinte comentário: Se transformares o dalet (ד) em resch (ר), destróis o mundo inteiro. A ideia contida na explicação é que uma mera mudança na “ponta” representada pela “curva” da outra letra NEGARIA O MONOTEÍSMO e se abriria uma porta ao politeísmo. Lendo em hebraico cada significado fica fácil de entender:

אחד = UM                e                 אחר = OUTRO

O erro de grafia leva à modificação da frase e a negação do que o próprio Povo da Bíblia procurava implantar em contraposição ao politeísmo da época (existência de crença em vários deuses), isto é, “Escuta, Israel, o senhor nosso Deus, o senhor é OUTRO”. Em Êxodo 34,14, onde se lê “Não te curvarás perante OUTRO deus”, demonstra a recíproca entre as duas palavras, pois, a confusão com esse “pequeno traço” ou “ponta” da letra levaria a ler: “Não te curvarás perante o Deus UM”.

Sem objetivo de esgotar o tema, notamos que o Cristianismo está repleto de “tradições” que estudadas em comparação com o Judaísmo não são fruto de “mera coincidência”. Citando Jesus e o traço da lei, Mateus demonstra que o Novo Testamento atribuiu um caráter intangível à Torá. Os Padres da Igreja (pais da igreja) também se debruçaram sobre o tema, chegando um deles a interpretar o yod (י) de acordo com seu valor numérico. No alfabeto hebraico as letras também representam números e a menor letra deste alfabeto tem o valor numérico 10. Afraate a interpreta como referência aos dez mandamentos (Apfraate le sage persan. Les Exposés, 2 v., trad. De M.-J. Pierre, Paris, Cerf, Col. Sources Chrétiennes, n. 349 e 359; v. 1, 1989, p. 245-246, nota 27).

Impossível negar que os textos das escrituras foram recebidos pela mediunidade dos profetas. Da mesma forma, impossível negar a influência de tais “médiuns” nestas comunicações. É imprescindível investigar o que é Divino e o que é humano no texto. Lembramos Paulo que nos ensinou que “as verdades são trazidas em vasos de barro” para que a "Gloria seja Divina e não humana". O Apóstolo das “nações” também nos ensinou a “examinar tudo e reter o bem”.

Sugerimos aqui a possibilidade de “olhar” as tradições e os estudos com todas as “verdades” que lá estão contidas e que se perderam na distância do tempo em que foram paulatinamente reveladas até os dias atuais. A Lei mencionada é o conjunto de Leis Divinas Criadas pela Perfeita, Soberana, Boa, Justa, Imutável, Suprema e Única Sabedoria. O próprio Criador não as violenta. Observam-se os ciclos, o tempo e o espaço, a menor violação da Lei provoca o dever de reparação a fim de que a Harmonia da Criação seja restabelecida. Criados perfectíveis não nos resta outra alternativa senão nos conformamos com isto: DEUS NOS QUER AO SEU LADO. Por sintonia e preferência, lei de atração, gravitamos em Direção a Deus, TAL É A LEI!

DESTAQUE DA SEMANA

A DOUTRINA DOS ESPÍRITOS NÃO É ASSUNTO QUE SE ESGOTA EM UMA PALESTRA

  EM SUAS VIAGENS KARDEC MINISTRAVA ENSINOS COMPLEMENTARES AOS QUE JÁ POSSUIAM CONHECIMENTO E ESTUDO PRÉVIO. Visitando a cidade Rochefort, n...