DEZ DIRETRIZES
PARA O OFÍCIO
DO ORADOR ESPÍRITA
Reunimos nesta postagem 10 (dez) importantes dicas extraídas da obra Estude e Viva [1], cujos textos podem ser melhor meditados no estudo direto da obra. O que motiva nossa publicação é que muitos estão executando essa tarefa de extrema importância sem o devido cuidado.
É muito constrangedor quando aquele que leva a mensagem não possui conhecimento da mesma. É um desserviço ao Espiritismo ver que tais pessoas falam da suas "impressões pessoais", daquilo que "acham" que o tema trata e, o pior, muitos declaram vivamente que "estão inspirados pelos bons espíritos ou que os bons espíritos falam por eles".
Não é verdade! Se fosse uma tarefa fácil não teria o Codificador iniciado seu importante trabalho colocando a Doutrina Espírita como espécie da doutrina espiritualista e, também, desenvolvendo-a com Ciência. O próprio Codificador explica em O que é o Espiritismo porque a Doutrina, a um só tempo, é e não é religião.
Quantos expositores pregam a doutrina do castigo e da recompensa? ou, falam que prova e expiação são duas coisas distintas? Quantos, ao expor sobre Justiça das Aflições não conseguem ver um Deus Pai, Justo e Bom? Quantos outros, ao falar sobre perdão, começa dizendo que "isto é muito difícil"? E, nesse ponto em específico, parecem não ter estudado a questão 909 de O Livro dos Espíritos... Cuja resposta, esclarecem os Espíritos, ao contrário de tal dificuldade, respondem que é fácil, o que falta ao indivíduo é vontade.
Desta forma, contribuímos com o movimento trazendo essa coletânea de advertências.
NA TAREFA DE ORADOR ESPÍRITA
1. Encontrar tempo para estudar, de modo a renovar-se com o objetivo de melhor ajudar aos que o ouvem.
2. Antes de falar, buscar a inspiração dos Bons Espíritos por meio da prece.
3. Expor de acordo com as necessidades dos ouvintes, nunca esquecendo as carências e condições da comunidade ouvinte.
4. Empregar conceitos nobres, respeitando a condição dos ouvintes.
5. Afastar o azedume e reclamações pessoais nas exposições doutrinárias.
6.Cultivar a fé raciocinada, sem endossar ritos e preconceitos, nunca atacando crenças alheias.
7. Quando estritamente necessário, corrigir as faltas do povo com bondade e entendimento, evitando censuras levianas.
8. Situar-se no mesmo plano do público a quem se dirige sem a adoção de teatralidade e sensacionalismo, tendo os incrédulos e os adventícios como irmão necessitados como o próprio expositor.
9. Usar simplicidade, sem adotar as inúteis frases brilhantes acima da sinceridade e da lógica.
10. Veicular consolo baseado na verdade, esclarecendo sem uso da injúria, nunca buscando aplausos e vantagens pessoais, lembrando que DEVE esclarecimento e caridade aos companheiros.
[1] Texto adaptado da Obra Estude e Viva - Capítulo 37 - "Atitudes que o Orador Espírita deve evitar". Ditada por Emmanuel e André Luiz aos médiuns Francisco C. Xavier e Waldo Vieira.