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quarta-feira, 10 de maio de 2017

SERMÃO DA MONTANHA


Uma das páginas mais belas do Ministério de Jesus no orbe terrestre, com certeza, será aquela conhecida como “Bem-Aventuranças”. O Sermão do Mestre, também chamado de Sermão da Montanha, foi realizado numa colina com vista para o Mar da Galileia chamada de o Monte das Bem-Aventuranças (ou beatitudes). Naquele local o Cristo referiu-se a oito tipos de pessoas que, pelos atos em sociedade, seriam “abençoadas” como vemos no início do sermão. A expressão é conhecida como no exemplo: "Bem-aventurados os aflitos...".

Lembramos que a palavra "beatitude" advém da expressão latina beata, cujo significado é "abençoado". Todavia, sabemos que Jesus não falava latim. Na verdade, Jesus encarnou-se em uma sociedade que falava hebraico e aramaico. Nesse sentido, é possível questionar: qual foi a palavra realmente usada pelo Senhor se, naquela época, o latim dos romanos era usado apenas para questões administrativas, o grego para a comunicação entre nações, o aramaico no cotidiano e o hebraico para questões religiosas (templos judaicos, etc.)?

Sendo Jesus um judeu, assim como seus ouvintes, faz todo sentido pensar que o Mestre tenha pronunciado as palavras que compõe o Sermão da Montanha na língua falada pelos judeus: o hebraico. Desta forma, a palavra hebraica original que ele provavelmente proferiu foi ashrei (אַשְׁרֵי). Encontrada em muitos lugares na Bíblia Hebraica, essa expressão significa “feliz” ou “bem-aventurado", como no Salmo 119:1 que diz: “Bem-aventurados os retos em seus caminhos, que andam na lei do Senhor”. Portanto, felizes serão os Espíritos que, na Terra, conduzirem-se segundo os modelos apresentados por Jesus, que também ensinou: a felicidade não é deste mundo”.

Jesus pronunciou a palavra ashrei por ser familiar ao povo judeu que a usava frequentemente em orações. Como Jesus afirmou: “Não vim destruir a Lei”, Ele deixa claro que não lhes ensinava algo novo e seu código ético provinha ou seria continuação da tradição encontrada na Torah.

Corroborando a esse pensamento, vamos encontrar no Capítulo 14 do Livro Boa Nova, ditado por Humberto de Campos a Francisco Xavier, cujo título é A Lição de Nicodemos, um diálogo entre Tiago e Jesus, onde o Mestre inesquecível pergunta ao discípulo: "dentro da Lei de Moisés, como se verifica o processo de redenção? Ao que Tiago responde: “olho por olho, dente por dente”. 

Jesus aproveita essa oportunidade para esclarecer que os homens têm raciocinado, mas não tem sentido, pois, acima de todos os mandamentos está escrito “amar a Deus sobre todas as coisas, de todo o coração e todo o entendimento” e como é possível alguém amar o Pai aborrecendo-lhe a obra? Afirmou que se trata de exiguidade de visão espiritual o exame feito pelos homens dos textos dos profetas como com toda as escrituras. Jesus, então, conclui o ensinamento nestas palavras:

“E, entretanto, coloco o amor acima da justiça do mundo e tenho ensinado que só ele cobre a multidão de pecados. Se nos prendemos à lei de talião, somos obrigados a reconhecer que onde existe um assassino haverá, mais tarde, um homem que necessita ser assassinado; com a lei do amor, porém, compreendemos que o verdugo e a vítima são dois irmãos, filhos de um mesmo Pai. Basta que ambos sintam isso para que a fraternidade divina afaste os fantasmas do escândalo e do sofrimento”.

quarta-feira, 4 de maio de 2016

ESTUDOS BÍBLICOS NA CASA ESPÍRITA?

Se você achou a pergunta estranha e a resposta mais ainda, seja bem-vindo...

Para quem acompanha a saga do "blogueiro" e a história por trás da criação do espaço virtual, sabe que nos apaixonamos ainda mais pelo Espiritismo quando ouvimos pela primeira vez o querido Haroldo Dutra Dias falar sobre revelações bíblicas, Jesus, judaísmo, Kardec e Espiritismo, tendo como fio condutor de suas pesquisas a obra de Francisco Cândido Xavier sob a direção do benfeitor espiritual Emmanuel, sem prescindir de um vasto acervo bibliográfico.

De posse das obras indicadas por Haroldo Dutra iniciamos um singelo estudo. Nada parecido com o que fazem aquelas almas abençoadas da cidade de Belo Horizonte, principalmente o Instituo SER.

Enquanto o estudo era feito solitariamente, nenhum problema. Mas, conversa vai, conversa vem. Alguém insinua que estas investigações deveriam ser feitas com a participação de um número maior de pessoas. Que deveria haver um compartilhamento das informações. Criamos um Instituto. Pois é. Chamamos de Instituto REVELARE, estabelecemos algumas bases e princípios, principalmente que a doutrina espírita deve ser a luz que ilumina o caminho, a fim que sempre se possa extrair uma consequência moral do estudo.

Ora, você diria: agora está tudo certo, mãos à obra, vamos aos estudos! Mas, pasmem! Imagine você o que pensamos: toda casa espírita está interessada em estudo sério e que não seria problema algum encontrar a cessão de um espaço e horário disponível para a realização do mesmo. Nos enganamos... Daí o título: estudos bíblicos na casa espírita? não estou convencido!

A saga se inicia com um requerimento formal, onde o Instituto pede a uma casa espírita a realização de um convênio para cessão do espaço. Bom, nem foi efetuada contraproposta de aluguel... Desculpa dada, pedido negado. Noutra oportunidade, pede-se o espaço a outra casa espírita. Inicialmente parece que será cedido, pois, disseram: vejam nosso cronograma semanal, caso tenha horário, escolham; Feita a escolha vem a notícia: no momento não será possível.

Finalmente, na divulgação da proposta, novamente ouvimos: estudos bíblicos na casa espírita? não estou convencido! Porém, neste caso, uma resposta amorosamente objetiva com o diferencial do "olho no olho", consequência do respeito e da fraterna caridade entre pares.

Olha, desculpe a franqueza (ou desabafo), eu não tenho culpa de que Jesus escolheu os Hebreus para sua encarnação, isto é, escolheu ser judeu. Também, não fui eu que aconselhou na Introdução do Evangelho Segundo o Espiritismo que para melhor entender certas passagens dos Evangelhos é necessário compreender o estado dos costumes e da sociedade judia naquela época. Quanto ao estudo realizado à luz da doutrina espírita, o próprio Kardec na mesma Introdução acima mencionada esclarece que muitas passagens do Evangelho, da Bíblia e dos autores sacros em geral são de difícil compreensão, parecendo até absurdas em razão da falta da chave que nos dê o verdadeiro sentido, a qual está inteirinha no Espiritismo.

Parece que quando o codificador fala em sentido, está falando de sentimento, isto é, de extrair consequência moral, de estudar com o coração, o que não quer dizer que ele afastou o conhecimento intelectual que se refere ao uso das ferramentas como história, sociologia, ciência em geral, filosofia, etc. ([...] a letra mata o espírito vivifica - 2Coríntios 3:6b). Pelo contrário, Kardec aconselha este tipo de investigação, o que permeou todo o seu trabalho. Basta ler as Revistas Espíritas.

Aqui, me recordo do capítulo 3 do livro Jesus no Lar, pela psicografia de Francisco C. Xavier, ditado pelo Espírito Neio Lúcio em que o Mestre, fala sobre a Revelação nos seguintes termos:

"[...]Assim é a revelação celeste no coração humano. Se não purificamos o vaso da alma, o conhecimento, não obstante superior, confunde-se com as sujidades de nosso íntimo, como que se degenerando, reduzindo a proporção dos bens que poderíamos recolher. Em verdade, Moisés e os profetas foram valorosos portadores de mensagens divinas, mas os descendentes do povo escolhido não purificaram suficientemente o receptáculo vivo do Espírito para recebê-las. É por isso que os nossos contemporâneos são justos e injustos, crentes e incrédulos, bons e maus ao mesmo tempo. O leite puro dos esclarecimento elevados penetra o coração como alimento novo, mas aí se mistura com a ferrugem do egoísmo velho. Do serviço renovador da alma restará, então, o vinagre da incompreensão, adiando o trabalho efetivo do reino de Deus".

Comparando a Revelação ao orvalho, arremata o Divino Escultor: "[...] O orvalho num lírio alvo é diamante celeste, mas, na poeira da estrada, é gota lamacenta. Não te esqueças dessa verdade simples e clara da natureza".

Por outro lado, no livro Boa Nova, capítulo 14, do mesmo psicografo, ditado pelo Espírito Humberto de Campos, em conversa com Tiago sobre o mecanismo do resgate, Jesus percebendo que o discípulo compreendia-o equivocadamente, pergunta: "[...] Dentro da lei de Moisés, como se verifica o processo da redenção?". Ao que Tiago responde: "[...] Também na lei está escrito que o homem pagará "olho por olho, dente por dente". Sendo advertido pelo Mestre: "[...] Até tu, Tiago, estás procedendo como Nicodemos? [...] Como todos os homens, aliás, tens raciocinado, mas não tens sentido. Ainda não ponderaste, talvez que o primeiro mandamento da Lei é uma determinação de amor. Acima do "não adulterarás", do "não cobiçarás", está o "amar a Deus sobre todas as coisas, de todo o coração e de todo o entendimento". Como poderá alguém amar o Pai, aborrecendo-lhe a obra? Contudo, não estranho a exiguidade de visão espiritual com que examinaste o texto dos profetas. Todas as criaturas hão feito o mesmo. Investigando as revelações do Céu com o egoísmo que lhes é próprio, organizaram a justiça como o edifício mais alto do idealismo humano. E, entretanto, coloco o amor acima da justiça do mundo e tenho ensinado que só ele cobre a multidão de pecados. Se nos prendemos à lei de talião, somos obrigados a reconhecer que onde existe um assassino haverá, mais tarde, um homem que necessita ser assassinado; com a lei do amor, porém, compreendemos que o verdugo e a vítima são dois irmãos, filhos de um mesmo Pai. Basta que ambos sintam isso para que a fraternidade divina afaste os fantasmas do escândalo e do sofrimento".

A minha inspiração para estudar "a Revelação" vem de textos como estes, pois, nos seus ensinamentos Jesus examina a Lei Mosaica e sempre diz que não veio destruí-la, mas, completá-la e não perde oportunidade para esclarecê-la conforme o estado dos costumes e da sociedade daquela época.

Ah! você precisa do desfecho...
Decidimos estudar em minha casa!

DESTAQUE DA SEMANA

A DOUTRINA DOS ESPÍRITOS NÃO É ASSUNTO QUE SE ESGOTA EM UMA PALESTRA

  EM SUAS VIAGENS KARDEC MINISTRAVA ENSINOS COMPLEMENTARES AOS QUE JÁ POSSUIAM CONHECIMENTO E ESTUDO PRÉVIO. Visitando a cidade Rochefort, n...