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quarta-feira, 22 de setembro de 2021

COMO KARDEC ESTUDOU O ESPIRITISMO

Ao menos de modo mais patente, a partir do ano de 1848, desde Hydesville, fenômenos aparentemente do 'outro mundo' movimentaram Estados Unidos e Europa. Três mulheres, as irmãs Katherine Fox, Leah Fox e Margaret Fox chamaram a atenção do mundo.

Em meados da década de 50 do século 19, um influente educador, autor e tradutor francês, sob o pseudônimo de Allan Kardec, notabilizou-se por se ocupar de fenômenos semelhantes aos que ocorriam com as irmãs Fox.


Longe de ser para ele um trivial entretenimento, tornou-se objeto de profundos estudos, até surgir o que foi conceituado como Ciência Filosófico-Espírita. Esse meticuloso pesquisador constatou que os fenômenos aconteciam em vários pontos do planeta Terra, de modo simultâneo. No fundo descobriu-se que por trás dos fenômenos havia seres inteligentes, cujo objetivo era se comunicar. Eles denominaram a si mesmos como Espíritos.

Para manter o intercâmbio os Espíritos se valiam de certas pessoas que eram usadas nas comunicações em razão de faculdades especiais. Foram chamadas médiuns. Ao analisar as numerosas comunicações percebeu-se uma variedade de informações, individualmente incompletas, mas ao observá-las no conjunto havia complementaridade. Parecia que havia certa divisão de assuntos e temas. Kardec, então, passou a estudá-las, observar certos aspectos.

Sabendo da manifestação simultânea dos Espíritos por todo o Globo terrestre, Kardec criou um Jornal, que ficou conhecido como Revista Espírita. Nela passou a publicar todas as correspondências que recebia, testando teorias, apresentando ensaios, artigos, relatos, opiniões, enfim, transformou-a em uma tribuna livre. Para análise do conteúdo das mensagens lançou mão de um método:
  • Agrupar os fatos dispersos;
  • Verificar sua correlação;
  • Reunir os documentos diversos sobre os temas e assuntos;
  • Reunir as instruções dos Espíritos contidas nas comunicações que surgiam em diferentes pontos do planeta;
  • Agrupar por assuntos;
  • Comparação; e,
  • Análise.

Nada era aceito cegamente, como também eram afastadas as ideias preconcebidas e os prejuízos de seita. Havia, portanto, uma disposição de Kardec para aceitar as evidências da verdade, mesmo contrárias às suas opiniões pessoais. Esse trabalho exigia um critério; era necessário avaliar, segundo o esclarecimento maior ou menor dos Espíritos comunicantes, qual o grau de confiança que poderiam receber.

Para isso Kardec:
1. Diferenciava as ideias sistemáticas, individuais e isoladas daquelas que recebiam a sanção do ensinamento universal dos Espíritos;
2. Distinguia as utopias das ideias práticas;
3. Separava todas as informações dos Espíritos que eram desmentidas pelos dados da Ciência positiva e da lógica;
4. Fazia uso dos erros, das informações trazidas pelos Espíritos, mesmo os da mais baixa categoria, objetivando conhecer o estado do mundo invisível e formar um todo homogêneo.

Uma vez que o ensino dos Espíritos não foi dado de maneira completa em nenhuma parte, em razão de abarcarem grande quantidade de observações e assuntos diversos, requerendo conhecimentos e aptidões mediúnicas especiais, era impossível que estivessem reunidos em um mesmo ponto.

Tratava-se de um ensino coletivo e não individual. Segundo Kardec, os Espíritos dividiram o trabalho e distribuíram os temas de estudo e observação.

O conteúdo do ensino dos Espíritos era transmitido parcialmente em diversos lugares e por uma multidão de intermediários. Surpreendentemente, cada lugar apresentava o complemento daquilo que era obtido em outro e, a partir daí, organizados e coordenados, obtinha-se o conjunto. Esse conjunto é o que constitui a Doutrina Espírita.

Ao redor de Allan Kardec formou-se, pelo curso natural das coisas e das circunstâncias, um centro de elaboração. Tudo passava por um meticuloso controle e, com exame minucioso, tudo era discutido. A lógica era rigorosa. Nada que ferisse a razão e ao bom-senso era aceito de modo passivo ou absoluto. O essencial era manter tudo que não fosse sujeito a erros, contaminação ou mudança. O estudo e observação eram sérios, perseverantes e contínuos.

Certamente, é possível afirmar que as verdades espíritas se constituem em revelações de ordem moral, cuja finalidade é o progresso da humanidade. Estamos longe de abarcar a dimensão do conteúdo da Doutrina Espírita, do mesmo modo estamos longe de divisar a importância e magnitude do trabalho realizado por Allan Kardec.

Uberaba-MG, 22/09/2021.
Beto Ramos

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