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quarta-feira, 9 de novembro de 2022

NEGACIONISMO NÃO COMBINA COM ESPIRITISMO!


Várias práticas adotadas por indivíduos que pertencem, ou se dizem pertencer, ao chamado movimento espírita (conjunto de pessoas que se declaram espíritas), o qual não guarda qualquer relação com o Espiritismo (ciência dos Espíritos), nem com a Doutrina Espírita (conteúdo organizado por Allan Kardec, onde constam princípios, postulados, teorias e hipóteses Espíritas), distanciam-se completamente do ensino dos Espíritos.

Nesse sentido, é preciso trazer à baila alguns pontos que são relevantes para meditação, notadamente uma reflexão séria. Portanto, ao iniciar esse artigo, é preciso afastar a crítica rasa de que se trata de opinião pessoal, posto que o seu conteúdo é extraído do ensino dos Espíritos organizados por Allan Kardec.

Um ponto fundamental a ser esclarecido é que, segundo o Espiritismo, DEUS não age junto à criação por meio de caprichos, castigos, recompensas ou qualquer outra hipótese no mesmo sentido. Os Espíritos são claros: "Nada acontece sem a permissão de Deus porque foi Ele quem estabeleceu AS LEIS QUE REGEM O UNIVERSO". 

Pois bem, Deus concedeu ao Espírito a liberdade de escolha, deixando para cada um a RESPONSABILIDADE DOS SEUS ATOS E DAS SUAS CONSEQUÊNCIAS. Restando afirmar que NADA É OBSTÁCULO ao futuro do Espírito.

Deus age na obra da criação por meio de Leis Naturais Universais, segundo se depreende da Questão 258 de O Livro dos Espíritos. Assim, qualquer Espírito que sucumbe diante da prova escolhida tem a consolação de que haverá novas oportunidades.

O objetivo da encarnação é levar o Espírito à perfeição (Q. 132, LE). Para isso o Espírito reencarna, uma vez que o melhoramento individual é progressivo, não ocorre em apenas uma encarnação e, nas sucessivas oportunidades, o Espírito vai se instruindo na experiência (expiação), situação em que o conjunto da humanidade, também, melhora progressivamente (Q. 166, LE).

Se essas considerações estão claras e comprovadas segundo o ensino dos Espíritos, é importante indagar: o Espírita que propaga informação diferente é Espírita, segundo Allan Kardec? A resposta é negativa.

Aquele que não compreendeu essa ideia simples de autonomia moral e liberdade do Espírito (Q. 120, 132, 166, 258, 262, 262.a, 266, 629 e seguintes, 893 e seguintes, dentre outras), o que implica compreender o objetivo/finalidade da encarnação e pluralidade das existências, não reúne condições necessárias para disseminar a "ideia Espírita" (expressão de Kardec).

Essa falta de conhecimento doutrinário implica uma série de condutas que ferem profundamente os princípios e postulados Espíritas. Uma delas, muito evidente, é NEGAR A CIÊNCIA. Uma conduta totalmente contrária ao que Kardec consignou nas suas obras, especialmente em A Gênese (FEAL, 1868):

"[...] o Espiritismo jamais será superado, pois, se novas descobertas demonstrarem estar em erro em um determinado ponto, ele se modificará sobre esse ponto. Se uma nova verdade se revela, ele a aceita". (KARDEC, Allan, A GÊNESE - os milagres e as Predições Segundo o Espiritismo (p. 71). Edição do Kindle).

Se o conteúdo dessa obra não é tão conhecido pelos pretensos espíritas, o mesmo não ocorre com a obra O Evangelho Segundo o Espiritismo, especialmente quando o Espírito da Verdade, no capítulo 6, item 5, adverte: "Espíritas, INSTRUÍ-VOS". Parece claro que o integrante do denominado movimento espírita carece obedecer a esse comando. Instrução implica, é claro, não negar ciência, pois que 'ter ciência' é adquirir conhecimento e 'fazer ciência' é construir/divulgar/disseminar o conhecimento.

Finalmente, é importante salientar que não há 'vacina espiritual', nem qualquer outra coisa nesse sentido. Importante não confundir a exposição nesse ponto com a ciência do magnetismo animal, cujo fundamento é outro. Não resta dúvida sobre isto quando se estuda o conteúdo do item 8, capítulo 1, da obra O Evangelho Segundo o Espiritismo, em que fica clara a afirmativa de Kardec:

"A Ciência e a Religião são as duas alavancas da inteligência humana. Uma revela as leis do mundo material, e a outra as leis do mundo moral. Mas aquelas e estas leis, tendo o mesmo princípio, que é Deus, não podem contradizer-se".

Para que essas duas alavancas pudessem se entender, foi necessário o advento de algo que preencheria a lacuna ou espaço que as separava. O que surgiu para ligar uma à outra foi o Espiritismo, o qual forneceu o conhecimento necessário sobre as LEIS QUE REGEM O MUNDO ESPIRITUAL E SUAS RELAÇÕES COM O MUNDO CORPORAL, LEIS TÃO IMUTÁVEIS COM O AS QUE REGULAM O MOVIMENTO DOS ASTROS E A EXISTÊNCIA DOS SERES.

Se Deus não se contradiz, se as Leis não podem ser a negação uma das outras, se não há incompatibilidade entre as duas ordens de ideias, é importante saber que os Espíritas não podem falhar na sua observação, não podem ser exclusivistas, não podem entrar em conflito, além de não poder demonstrar incredulidade e intolerância (Aliança da Ciência com a Religião, item 8, cap. 1, ESE).

Do contrário, temos que o indivíduo, apesar de autodenominar-se espírita, realmente não é, segundo o que Allan Kardec compreende como o verdadeiro Espírita. Deste modo, conclui-se que negacionismo não combina com Espiritismo. Caso o indivíduo busque se fundamentar em alguma possível comunicação advinda dos Espíritos, busque sempre validar o conteúdo da informação em conformidade com o item II da Introdução de O Evangelho Segundo o Espiritismo (Autoridade da Doutrina Espírita, Controle Universal do Ensino dos Espíritos).

Viva a Lei Moral do Progresso!

Uberaba-MG, 09/11/2022
Beto Ramos


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