O Evangelho Segundo o Espiritismo traz um belo texto que exige de nós bastante reflexão, tal a profundidade do mesmo. Trata-se das instruções dos Espíritos contidas no capítulo 13.
O texto, ditado pelo Espírito Adolfo, no ano de 1861, em Bordeaux, na França, o qual havia exercido o cargo de Bispo de Alger, fala da Beneficência.
Antes de tudo, importa definir o que seja Beneficência. É um ato de filantropia. Consiste em fazer o bem, ou melhor, beneficiar o próximo.
De acordo com o Espírito comunicante, a prática desses atos proporciona felicidade e alegria durante a vida na Terra. Isso porque, quem aproveita a oportunidade de fazer o bem não é atingido pelo remorso de ter perdido a oportunidade, nem a culpa que anda ao lado dos indiferentes.
Quem não possui a chaga da indiferença olha o outro como igual. O ato de compartilhar torna o indivíduo o próprio representante da divindade.
É preciso ter em mente que a alegria proporcionada pela beneficência é aquela do tipo que se rejubila, simplesmente, na alegria alheia, sem que o ato se torne penoso ou mero ato de dever autoimputado sem sentimento de amor ao próximo.
A caridade praticada desinteressadamente é porta de entrada para a felicidade no mundo dos Espíritos, isto é, uma espécie de antecipação daquela.
Deus criou os seres humanos para viverem em sociedade. Felizes os que compreendem, desde já, esse mister. Aqueles que compreendem, verdadeiramente, que é possível ser rico sabendo viver com o necessário.
Ao olhar ao redor é possível ver que, junto aos sofrimentos que estamos experimentando, existem muitas aflições de irmãos e irmãs, as quais é possível remediar.
A beneficência pode ser executada com pequenos atos de compartilhamentos, aliviando misérias, amparando os caídos, oferecendo simpatia, dinheiro e amor.
Nossa estadia na Terra pode ser mais suave, mais alegre. Sem sofrimento e sem solidão.
Uberaba - MG, 07 de junho de 2021.
Beto Ramos.