"O livro representa vigoroso imã de força atrativa, plasmando as emoções e concepções de que nascem os grandes movimentos da humanidade, em todos os setores da Religião e da Ciência, da opinião e da técnica, do pensamento e do trabalho. Por esse dínamo de energia criadora, encontramos os mais adiantados serviços de telementação, porquanto, a imensas distâncias, no espaço e no tempo, incorporamos as ideias dos Espíritos superiores que passaram por nós, há séculos". (Pensamento e Vida, Cap. 4, Instrução. Chico / Emmanuel).
O juízo é formado pela vontade e não pela inteligência. A evidência não está nas coisas; está no espírito que percebe claramente as relações das ideias. As sensações não são perceptíveis. São impressões puramente fisiológicas e estamos certos de que os corpos são reais, por uma propensão invencível proveniente de Deus.
As paixões principais são em número de seis. A admiração é a primeira. São postas em movimento pelos espíritos animais. O animal não é vivificado por uma alma dotada de sensibilidade. É uma máquina, um autômato.
A existência de Deus é provada por nosso ato de duvidar, que é uma imperfeição; pela própria imperfeição de todo nosso ser; pela ideia do infinito, cuja causa se quer saber; por esta mesma ideia que encerra necessariamente a existência de seu objeto.
Os atributos divinos são todos deduzidos da infinita perfeição de Deus, comparada às qualidades completas das criaturas. A Vontade divina goza de uma liberdade de todo o ponto indiferente. Sua potência é absoluta, podendo mudar a essência metafísica das coisas.
A essência da matéria consiste na extensão. É divisível ao infinito. Seus elementos primários são átomos, ou corpúsculos invisíveis, posto que extensos. Não existe vácuo entre os corpos, e este mundo projeta-se sem fim no espaço infinito. O espírito e a matéria não podem atuar diretamente um sobre o outro. Daí a teoria das causas ocasionais. Todos os movimentos se explicam pela lei dos turbilhões.
Deus manifesta o seu pensamento e toda a luz criando uma matéria inerte, enchendo todo o espaço e imprime-lhe um movimento. Este movimento se comunica, porque não existe vácuo, a todas as partes da matéria. Não podendo as partes da matéria se movimentar em linha reta por causa dos obstáculos, fazem movimento circulares.
Sendo desigualmente densas e não podendo girar em torno de um só centro, formam outros movimentos em torno de centros diversos, chamados turbilhões.
A CONSTRUÇÃO COLETIVA DO CONHECIMENTO (servir, aprender, intuir).
Em palestra pessoal, via aplicativo de mensagens, com Paulo Henrique de Figueiredo, esse nos trouxe importantes esclarecimentos, demonstrando que sistemas de Descartes, ou mesmo de Spinoza, não foram adotados pelo Espiritualismo racional. Mas, salta aos olhos, o fato de que as civilizações se sucedem ao influxo da herança mental (Emmanuel).
Passamos a colacionar a seguir os comentários de Paulo Henrique de Figueiredo, na íntegra:
"A psicologia espiritualista experimental, iniciada por Maine de Biran, qualifica a ação da alma como fato psicológico, baseado na ação das suas faculdades. A vontade é a força da alma. Dessa forma, o espiritualismo do século 19 pressupõe três substâncias, Deus, alma e matéria. São temas das ciências metafísicas: Teodiceia, psicologia racional e cosmologia. Fazem parte das ciências filosóficas. Essas ciências não adotam sistemas, como de Espinoza e Descartes, mas estruturam em teoria as hipóteses relacionadas aos fatos experimentais da introspecção. No sistema de Espinoza, há uma só substância, Deus. Sua ideia é panteísta. Descartes, por sua vez, estabelece a matéria criada por Deus, e depois regida mecanicamente. E a alma como substância imaterial, agindo no corpo (que seria como um autômato) por meio de "espíritos animais", uma espécie de vapor orgânico vital. A psicologia espiritualista, se organizou com uma finalidade moral e social" [26/04/2022].
Convidamos os corações amigos para meditarem sobre o acima articulado.
Uberaba-MG, 26.04.2022Beto Ramos.