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quarta-feira, 29 de março de 2023

ROUSSEAU E A PROFECIA: "O Espiritismo ressuscitará o Espiritualismo!"

 

Rousseau foi um filósofo, teórico político, escritor e compositor. Nascido em Genebra, suas ideias influenciaram várias áreas das ciências humanas. Conhecido por suas ideias sobre Estado, poder e soberania, é autor da célebre obra O Emílio ou Da Educação.

Por rejeitar a religião revelada, Rousseau foi bastante censurado, perseguido e retaliado. Todavia, foi um ferrenho defensor da moral, identificado como filósofo espiritualista, porquanto desconfiava, como se fosse um cristão rebelado, das interpretações eclesiásticas sobre os Evangelhos.

Teve como desafeto o famoso iluminista François-Marie Arouet, mais conhecido como M. de Voltaire. Aliás, em sua obra Confissões, Rousseau responderá a muitas acusações de Voltaire.

Importa salientar que no pensamento de Rousseau as instituições educativas tradicionais corrompem o ser humano e lhe tira a liberdade. Assim, para a criação do homem-novo e uma nova sociedade, seria preciso educar a criança de acordo com a natureza, desenvolvendo progressivamente seus sentidos e a razão com vistas à liberdade e a capacidade de julgar.

Interessante notar como o pensamento de Rousseau está presente na Doutrina Espírita, cuja teoria moral é a da autonomia e da liberdade. Portanto, não é sem sentido que Rousseau comparece, agora como Espírito, para trazer ensinamentos não menos dignos do seu magistério quando ainda envergava a personalidade humana.

Da obra O Livro dos Médiuns – 2ª Parte – Capítulo 31, Dissertações Espíritas, item III, destacamos suas belas palavras, às quais ousamos acompanhar de algumas perguntas que fizemos ao texto durante nossa meditação sobre o seu conteúdo e o presente artigo:

1. O que é o Espiritismo?

"Penso que o Espiritismo é um estudo todo filosófico das causas secretas dos movimentos interiores da alma, até agora nada ou pouco definidos. Explica, mais do que desvenda, horizontes novos.

2. O que pensar do seu conteúdo, do ponto de vista da fé raciocinada? 

A reencarnação e as provas, sofridas antes de atingir o Espírito a meta suprema, não são revelações, porém uma confirmação importante. Tocam-me ao vivo as verdades que por esse meio são postas em foco. Digo intencionalmente — meio — porquanto, a meu ver, o Espiritismo é uma alavanca que afasta as barreiras da cegueira".

3. A humanidade já está realmente focada nas questões morais?

"Está toda por criar-se a preocupação das questões morais. Discute-se a política, que agita os interesses gerais; discutem-se os interesses particulares; o ataque ou a defesa das personalidades apaixonam; os sistemas têm seus partidários e seus detratores. Entretanto, as verdades morais, as que são o pão da alma, o pão de vida, ficam abandonadas sob o pó que os séculos hão acumulado".

4. O que pensar da Educação que é proporcionada na atualidade? 

"Aos olhos das multidões, todos os aperfeiçoamentos são úteis, exceto o da alma. Sua educação, sua elevação não passam de quimeras, próprias, quando muito, para ocupar os lazeres dos padres, dos poetas, das mulheres, quer como moda, quer como ensino".

5. O Espiritismo tem algum papel a desempenhar no que tange à Educação Moral da humanidade?

"Ressuscitando o espiritualismo, o espiritismo restituirá à sociedade o surto, que a uns dará a dignidade interior; a outros, a resignação; a todos, a necessidade de se elevarem para o Ente supremo, olvidado e desconhecido pelas suas ingratas criaturas - J. J. Rousseau".

Para aqueles que ainda insistem que o Espiritismo é uma religião ou, ainda, que é balela a questão do estudo da teoria moral de autonomia e liberdade, assim como as bases do Espiritualismo Racional, filosofia que, segundo Allan Kardec, o Espiritismo se filia por ser uma de suas fases (Introdução ao Estudo da Doutrina Espírita - O Livro dos Espíritos), J. J. Rousseau responde com objetividade. Basta ter olhos de ver e ouvidos de ouvir ou, por decisão que respeitamos, ficar na ignorância negando o óbvio.

Uberaba-MG, 29/03/2023
Beto Ramos & Lauro Rodrigues

terça-feira, 23 de novembro de 2021

ÉTICA, MORAL E SOCIEDADE...

 

Aristóteles falou, para Nicômaco, de uma ação voluntária e moral do indivíduo. Algo diferente da política.

Maquiavel observou com mais clareza a realidade e enxergou o essencial atrás de meras aparências, reconhecendo que a política é, antes de tudo, o exercício de escolha.

Weber, também, viu uma pseudo ética protestante se aliando ao "espírito" do capitalismo.

Mas, antes, Hobbes falou da matéria, forma e poder de um Estado eclesiástico e civil: seria o verdadeiro LEVIATÃ. Não obstante, acusar o ser humano de ser o "lobo" dele mesmo.

Platão sonhou com a República e Rousseau fundamentou esse contrato social.

Dividindo poderes, propondo estabelecer uma base harmônica do contrato na república, Montesquieu tratou de falar sobre o espírito das leis.

Nietzsche, observando tudo do alto daquilo que alguns entenderam como loucura, entreviu uma complexidade e, diferente de Aristóteles, buscou saber sobre a genealogia da moral: o que move o ser humano?

Kafka contou a história de um processo e Foucalt, diante de um julgamento histórico da civilização, cujo sistema é o de vigiar e punir os que teimam em mostrar que a igualdade plena se encontra nas diferenças, demonstrou a violência nas prisões.

Mas, contemporaneamente, é Bandeira de Melo que irá alertar: há um conteúdo jurídico no princípio da igualdade.

Se não amor e respeito bastante para compreender o conteúdo divino da igualdade entre os direfentes, os filósofos precisam continuar espalhando seu amor à sabedoria, pois, ainda agora, a CRISE DA HUMANIDADE É MORAL.

Uberaba-MG, 23/11/2021.
Beto Ramos.

DESTAQUE DA SEMANA

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