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quarta-feira, 10 de janeiro de 2018

A ÁRVORE DO EVANGELHO



 "A faina educativa na qual se encontra o movimento espírita brasileiro com suas inumeráveis conquistas e descuidos, é o retrato claro de nosso compromisso com essa história, que ultrapassa milênios".  

"[...] Conhecer algumas informações sobre a trajetória desse episódio chamado transporte da árvore evangélica, significa radiografar a estrutura moral que a maioria esmagadora de nós, OS ESPÍRITAS CRISTÃOS, construiu no suceder das reencarnações.

SEM NENHUMA GENERALIZAÇÃO QUANTO AO TEMA, o grupo composto de CONDUTORES, MÉDIUNS E QUAISQUER COOPERADORES que se encontrem atraídos pelas expressões cativantes DA DOUTRINA ESPÍRITA, persuadidos pela própria consciência a assumir compromissos com a causa e se tornarem formadores de opinião coletiva, guarda largas possibilidades de possuir laços consistentes com esse histórico movimento migratório.

[...] Transplantando da Palestina para o Brasil a responsabilidade de tornar um celeiro de fé raciocinada e libertadora, Jesus e Sua plêiade, em verdade, trabalharam e trabalham para o bem de um extenso conjunto de almas falidas que têm em comum a atração para os ensinos do Evangelho e o ideal libertário do amor a povoar-lhes a inteligência SEM QUE CONSIGAM EDUCAR SEUS CORAÇÕES.

Quem espera que o Brasil se torne o celeiro do afeto no mundo, quase sempre nutre expectativas de que somente espíritos de alta estirpe aqui renascerão, com o intuito de arejamento do pensamento e da conduta humana. LEDO ENGANO! Contrariando quaisquer ilusões dessa ordem, essa tarefa também foi confiada a esse grupo em ressarcimento consciencial.

Muitos poderiam indagar, apoiados na lógica, sobre a razão de se transferir tão magna missão a espíritos enfermos e decaídos. [...].

O reerguimento de tais corações é a prova mais eloquente do quanto a mensagem do Evangelho é capaz em favor do progresso da humanidade. A vitória [...] comprova a eficácia do remédio contido nas sublimes indicativas de Jesus".

OLIVEIRA, Wanderley. Os Dragões - o diamante no lodo não deixa de ser diamante. Pelo Espírito Maria Modesto Cravo. Belo Horizonte: Dufaux, 2009. Pgs. 18 e 19.

quinta-feira, 4 de janeiro de 2018

EVANGELHO E FUTURO




Na obra A Caminho da Luz, Emmanuel assinalou, em suma, que laços eternos ligam todas as gerações nos surtos evolutivos do planeta. E, além disso, muita vez, o palco das civilizações foi modificado, sofrendo profundas renovações nos seus cenários. Mas, os atores são os mesmos.

Revelou naquele ano de 1938 que havia chegado o tempo do reajustamento de todos os valores humanos. E assim, dolorosas expiações coletivas preludiavam (no sentido de iniciar, introduzir) a época dos últimos “ais” do Apocalipse.

Emmanuel afirmou ainda que havia chegado os tempos em que as forças do mal seriam compelidas a abandonar as suas derradeiras posições de domínio nos ambientes terrestres. Que o século que passava efetuaria a divisão das ovelhas do imenso rebanho.

O cajado do pastor conduziria o sofrimento na tarefa penosa da escolha e a dor se incumbiria do trabalho que os homens não aceitaram por amor, pois, uma tempestade de amarguras varreria toda a Terra.

Afirmou que os filhos da Jerusalém de todos os séculos deviam chorar, contemplando essas chuvas de lágrimas e de sangue que rebentariam das nuvens pesadas de suas consciências enegrecidas.

Vaticinou que a superioridade europeia desapareceria para sempre, como o Império Romano, entregando à América o fruto das suas experiências, com vistas à civilização do porvir.  

Deixou claro que ao século XX competia a missão do desfecho desses acontecimentos espantosos, mas, que depois da treva surgiria uma nova aurora, uma vez que luzes consoladoras envolveriam todo o orbe regenerado no batismo do sofrimento. 

Confidenciou que, revendo os quadros da História do mundo, sentia um frio cortante no crepúsculo doloroso da civilização ocidental, tendo em vista que a noite não tardaria (os acontecimentos estavam próximos). Jesus, cuja misericórdia infinita, como sempre, seria a claridade imortal da alvorada futura.

Desta compilação depreendemos que de tempos em tempos os valores humanos devem sofrer reajustes, assim como o próprio planeta deve renovar-se. A Providência Divina e as Potências Angélicas em Seu Nome permitem a convivência dos bons e dos maus até que é chegado o tempo em que devem ser separados (como na parábola do joio e do trigo).

E quando esse reajuste não parte da iniciativa humana, mas, dos instrutores espirituais, há dor e sofrimento (desapegar e abandonar velhos hábitos acrisolados pelos milênios em menor espaço de tempo e compulsoriamente).

Pensamos que o texto de Emmanuel (capítulo 25 da Obra A Caminho da Luz) se refere a acontecimentos que ocorreram durante o século 20, senão vejamos:

   1. A tempestade de amarguras que varreria a Terra é a 2ª Guerra Mundial (o livro foi escrito em 1938) onde houve divisão das potências armadas;

   2. Os filhos de Jerusalém de todos os séculos que devem chorar são os milhões de Judeus mortos no conflito mundial armado (o povo hebreu foi o instrumento de que Deus se serviu para fazer sua revelação através de Moisés e dos Profetas, sendo que Jesus e os Profetas não foram compreendidos);

   3. Após a 2ª Guerra Mundial os Estados Unidos da América passaram a figurar como a maior potência mundial;

   4. Todos aqueles acontecimentos que culminaram no conflito armado tiveram o seu desfecho no próprio século 20, inclusive a Guerra Fria (EUA e URSS) que se seguiu;

   5. A nova aurora após a treva refere-se, a nosso ver, à queda do muro de Berlim e à posterior separação das Repúblicas Socialistas Soviéticas, entre outros regimes. O próprio texto anuncia qu diversos regimes e ditadores cairiam;

   6. Novas situações surgiriam, tendo em vista que nenhuma regeneração ocorre sem lutas.

Nesse sentido, defendemos que não há nenhum erro, equívoco ou qualquer coisa que o valha na leitura que Emmanuel fez dos acontecimentos e suas consequências referente àquele período escuro da história.

Quanto ao período de Transição Geral que prepara a regeneração dos Espíritos que evoluem na Terra, vamos observar no Livro Obras Póstumas (Segunda Parte) uma mensagem intitulada REGENERAÇÃO DA HUMANIDADE onde os Espíritos comunicantes REVELAM que:

“Precipitam-se os acontecimentos com tanta rapidez, que já não vos diremos que os tempos aproximaram-se, mas sim que são chegados os tempos. Não tomeis estas palavras como anúncio de novo dilúvio, de algum cataclismo ou de uma comoção geral. Convulsões parciais do globo têm-se dado em todas as épocas e ainda hoje se dão, porque são inerentes à sua constituição; mas não são sinais. Entretanto, tudo o que está predito no EVANGELHO tem de se cumprir e NESTE MOMENTO se cumpre, COMO CONHECEREIS MAIS TARDE. Não tomeis, porém, os sinais anunciados senão como FIGURAS, que se devem entender pelo espírito que não pela letra”.

Neste texto, além de ensinar o método correto para interpretação das escrituras, há, também, a REVELAÇÃO sobre a que as figuras e os sinais preditos nas mesmas se referem. Basta observar ao redor e não no infinito e além. Há uma grande consolação contida neste texto (o Espiritismo é o Consolador Prometido). Veja as informações seguintes: 

“Olhai, porém, em torno de vós, no meio dos homens, e aí os encontrareis. Não percebeis que sopra um vento pela superfície da Terra, o qual agita os Espíritos? O Mundo espera alguma coisa e sente-se dominado de um vago pressentimento de próxima tempestade. NÃO ACREDITEIS, ENTRETANTO, QUE O MUNDO ACABE MATERIALMENTE. Ele progrediu desde o primeiro dia e deve progredir INDEFINIDAMENTE. A humanidade é que atingiu um dos seus períodos de transformação e A TERRA VAI ELEVAR-SE NA HIERARQUIA DOS MUNDOS”.

Antes de prosseguir observe atentamente: o texto diz "a terra vai elevar-se..."; "o mundo progrediu desde o primeiro dia e DEVE progredir INDEFINIDAMENTE..." (como algo que acaba em um momento histórico - o juízo final - continua progredindo? e mais, indefinidamente!)
 
Esta mensagem é um texto tão rico que poderíamos formular perguntas e dele extrair as respostas, como demonstramos a seguir:

A) Então, o que é que vai acabar? A que se refere o “juízo”? “É o MUNDO VELHO, o mundo de preconceitos, do egoísmo, do orgulho e do fanatismo que se esboroa. [...] TUDO SE CONCLUIRÁ COM A GERAÇÃO QUE SE VAI E A QUE LHE SUCEDER ELEVARÁ NOVO EDIFÍCIO QUE AS SUBSEQUENTES CONSOLIDARÃO E COMPLETARÃO”. 

Observação: volte ao início do texto e observe como Emmanuel inicia o capítulo 25 da obra A Caminho da Luz (laços que ligam todas as gerações, o planeta evoluindo, os mesmos atores...)

B) E quanto à categoria da Terra em relação à hierarquia dos Orbes? “De mundo de expiação a Terra será graduada em MUNDO FELIZ e a habitação nela será uma recompensa em vez de punição. O REINO DO BEM SUCEDERÁ NELA AO REINO DO MAL”.

C) Mas, como se denomina a época em que vivemos? “A época atual é de transição; já se misturam os elementos das duas gerações. QUEM ESTIVER FORA ASSISTIRÁ A PARTIDA DE UMA E À CHEGADA DE OUTRA, SENDO CERTO QUE AMBOS SE ASSINALAM NO MUNDO PELOS CARACTERES QUE LHES SÃO PRÓPRIOS”. 

D) Como ocorre o processo de transição? “[...] É preciso que a Terra seja habitada EXCLUSIVAMENTE por bons Espíritos, encarnados e desencarnados, que não cogitem senão do bem. Chegado esse tempo, haverá GRANDE EMIGRAÇÃO entre os que ora a habitam”. 

E) Porém, fala-se muito em eventos que destruirão a Terra, o que realmente irá ocorrer? “A Terra, dissemo-lo, não há de ser transformada por um cataclismo, que destrua toda a humanidade. Desaparecerá gradualmente a atual geração e a nova lhe há de suceder pelo mesmo modo sem que nada se altere na ordem natural das coisas. TUDO SE PASSARÁ, POIS, APARENTEMENTE, COMO DE COSTUME, com a única diferença capital: CERTO NÚMERO DE ESPÍRITOS, QUE AÍ SE ENCARNAVAM, NÃO VOLTARÁ MAIS À TERRA, EM NOVA ENCARNAÇÃO. [...] Não se trata, portanto, de nova geração corporal, mas, de nova geração de Espíritos. FICARÃO DESILUDIDOS OS QUE CONTAVAM COM UMA TRANSFORMAÇÃO SOBRENATURAL E MARAVILHOSA.

Observação: parece que uma guerra em que a Terra seja destruída por mãos humanas não passa pelos planos de nossos Orientadores Maiores, os quais cuidam da mesma em Nome de Deus há 5 bilhões de anos aproximadamente, você não acha?

F) Quando se afirma que “tudo se passará como de costume”, a emigração de Espíritos ocorrerá sem lutas, isto é, “sentindo o vento que agita os Espíritos’, haverá aceitação? “No desvairamento, correrão para a sua perda – provocarão a destruição, que produzirá uma multidão de flagelos e calamidades, DE SORTE QUE, SEM O QUEREREM, APRESSARÃO O ADVENTO DA ERA NOVA. E como se a destruição não caminhasse com bastante rapidez, ver-se-ão os suicídios multiplicarem-se numa proporção inaudita, até entre crianças. Jamais se terá visto tão grande número de loucos, pobres desgraçados, que são riscados, antes da morte, do número dos viventes. SÃO ESTES OS VERDADEIROS SINAIS DOS TEMPOS! E tudo isto se realizará pelo encadeamento de circunstâncias, sem que, como já dissemos, sejam derrogadas, nem de leve, as leis da natureza”.

Observação: lembra que os Espíritos disseram para reparamos ao redor? Ora, eu estou vendo um número assustador de suicídios (busque estatísticas mundiais), inclusive entre crianças; o número de desvalidos, pessoas carecendo de auxílio, loucos (delinquentes são doentes também), desemprego no mundo em larga escala, deterioração dos direitos humanos adquiridos à custa de lutas nos séculos, tsunamis, terremotos, incêndios, homicídios, feminicídios, infanticídios, homofobia, intolerância racial, religiosa e política, tufões, furacões; ocorrências calamitosas e devastadores. Perceba o quanto aumenta dia a dia a população de sofredores nas ruas. Veja a fuga e morte dos que sofrem pela guerra e pela fome. Faça a sua avaliação.

G) Estamos em 25 de abril de 1866, a Terra já pode sentir esses sinais dos tempos? “[...] Através da nuvem sombria que vos envolve, e no seio da qual brame a tempestade, já podeis divisar os primeiros raios da nova era! A fraternidade já lança os fundamentos por todos os pontos do globo e os povos estendem-se as mãos. [...] O Mundo está num grande trabalho de gestação, QUE DURA HÁ CERCA DE UM SÉCULO.” 

Nesta mensagem, ditada na data citada no item 7 acima, os Espíritos referem-se a período de tempo e nós questionamos: SERÁ QUE A ESPIRITUALIDADE SUPERIOR CONSIDERA O CALENDÁRIO CRIADO POR MÃOS HUMANAS?

Além do mais, esclareceram que o GRANDE TRABALHO DE GESTAÇÃO (pelo qual passava o orbe) já durava UM SÉCULO, coincidindo com o movimento iluminista iniciado em 1750. Referiram-se ao século 19, advento da Terceira Revelação (O Espiritismo) e, também, ao século do surgimento dos precursores, o século 20.

Afirmaram que cada século tem sua peculiaridade e se difere do outro. Os séculos 18, 19 e 20 não foram iguais. Será que a Inteligência Suprema do Universo mudaria seus desígnios em razão do que o homem faz ou deixa de fazer?

Será que os homens são capazes de surpreender Deus? Será que Deus não saberia da chegada do homem à lua e isto seria causa de espanto a Ele, a Jesus e à Comunidade de Espíritos Puros que dirigem o nosso sistema solar?

Finalmente, é de extrema importância analisar o que está contido no Evangelho Segundo o Espiritismo, capítulo I, Instruções dos Espírito, item 9, cuja mensagem refere-se à Nova Era, de onde colhemos a REVELAÇÃO a seguir sobre os ensinamentos do Cristo:

São chegados os tempos em que suas ideias morais devem desenvolver-se, para que se realizem os progressos que estão nos desígnios de Deus. Elas devem seguir o mesmo roteiro que as ideias de liberdade seguiram, como suas precursoras. Mas não se pense que esse desenvolvimento se fará sem lutas. Não, porque elas necessitam, para chegar ao amadurecimento, de agitações e discussões, a fim de atraírem a atenção das massas. Uma vez despertada a atenção, a beleza e a santidade da moral tocarão os Espíritos, e eles se dedicarão a uma ciência que lhes traz a chave da vida futura e lhe abre a porta da felicidade eterna. Foi Moisés quem abriu o caminho; Jesus continuou a obra; o Espiritismo a concluirá”. 

Ora, a mensagem está no imperativo, isto é, os tempos chegaram. Não se trata de possibilidade e não há variável. As ideias morais do Cristo vão se desenvolver, quer o homem queira ou não (o texto diz: DEVEM). Desenvolver uma ideia é fazê-la crescer, torna-la maior e mais forte. Esse desenvolvimento ocorrerá porque se trata de uma DETERMINAÇÃO DE DEUS. Consta do seu projeto para a humanidade terrestre.

Outro fato é que tais ideias DEVEM seguir o mesmo ROTEIRO (passos, procedimentos, caminho) do ILUMINISMO (ideias de liberdade). Esse movimento, segundo o texto foi o PRECURSOR DO ESPIRITISMO (a quem cabe a missão de desenvolver as ideias morais de Jesus).

Cremos, assim, que TODAS as informações acima estão em perfeita consonância com o Evangelho de Nosso Senhor. Demonstram que há um verdadeiro PLANEJAMENTO ESTRATÉGICO da Comunidade de Espíritos Puros para que a Terra cumpra os desígnios de Deus, os quais não estão atrelados às ações humanas.

Se fosse diferente, seria oportuno indagar:

a) Qual o sentido de todo o trabalho de Jesus, seus Ministros e Emissários durante milênios se coubesse ao “homem” impor sua rebeldia?

b) Seria possível o relativo superar o absoluto?

c) São cabíveis, nos tempos atuais, “doutrinas apocalípticas” de prazo certo?

d) Allan Kardec apresentou outra que não a doutrina da fé raciocinada?

Recordemos que o ser humano possui livre arbítrio relativo, os mundos são solidários e quem determina as encarnações e desencarnações são os Espíritos Puros, diretores dos destinos planetários. 

Existem ciclos evolutivos e etapas a serem cumpridas, bem como graus a serem atingidos. Em toda a obra legada pelos Espíritos Codificadores por intermédio de Allan Kardec não há nenhum ensino do Espírito da Verdade apresentando notícias que destoam da Misericórdia divina.

KARDEC, Allan. Obras Póstumas. São Paulo: LAKE, 2007.
XAVIER, Francisco Cândido. A Caminho da Luz. Ditado pelo Espírito Emmanuel. Brasília: FEB, 2015.
KARDEC, Allan. Evangelho Segundo o Espiritismo. São Paulo: LAKE, 2013.

segunda-feira, 27 de novembro de 2017

OS DEZ MANDAMENTOS DO ORADOR ESPÍRITA



DEZ DIRETRIZES

PARA O OFÍCIO 

DO ORADOR ESPÍRITA







Reunimos nesta postagem 10 (dez) importantes dicas extraídas da obra Estude e Viva [1], cujos textos podem ser melhor meditados no estudo direto da obra. O que motiva nossa publicação é que muitos estão executando essa tarefa de extrema importância sem o devido cuidado.

É muito constrangedor quando aquele que leva a mensagem não possui conhecimento da mesma. É um desserviço ao Espiritismo ver que tais pessoas falam da suas "impressões pessoais", daquilo que "acham" que o tema trata e, o pior, muitos declaram vivamente que "estão inspirados pelos bons espíritos ou que os bons espíritos falam por eles".

Não é verdade! Se fosse uma tarefa fácil não teria o Codificador iniciado seu importante trabalho colocando a Doutrina Espírita como espécie da doutrina espiritualista e, também, desenvolvendo-a com Ciência. O próprio Codificador explica em O que é o Espiritismo porque a Doutrina, a um só tempo, é e não é religião.

Quantos expositores pregam a doutrina do castigo e da recompensa? ou, falam que prova e expiação são duas coisas distintas? Quantos, ao expor sobre Justiça das Aflições não conseguem ver um Deus Pai, Justo e Bom? Quantos outros, ao falar sobre perdão, começa dizendo que "isto é muito difícil"? E, nesse ponto em específico, parecem não ter estudado a questão 909 de O Livro dos Espíritos... Cuja resposta, esclarecem os Espíritos, ao contrário de tal dificuldade, respondem que é fácil, o que falta ao indivíduo é vontade.

Desta forma, contribuímos com o movimento trazendo essa coletânea de advertências.

NA TAREFA DE ORADOR ESPÍRITA

 

1. Encontrar tempo para estudar, de modo a renovar-se com o objetivo de melhor ajudar aos que o ouvem.

2. Antes de falar, buscar a inspiração dos Bons Espíritos por meio da prece.


3. Expor de acordo com as necessidades dos ouvintes, nunca esquecendo as carências e condições da comunidade ouvinte.

4. Empregar conceitos nobres, respeitando a condição dos ouvintes.

5. Afastar o azedume e reclamações pessoais nas exposições doutrinárias.

6.Cultivar a fé raciocinada, sem endossar ritos e preconceitos, nunca atacando crenças alheias.

7. Quando estritamente necessário, corrigir as faltas do povo com bondade e entendimento, evitando censuras levianas.

8. Situar-se no mesmo plano do público a quem se dirige sem a adoção de teatralidade e sensacionalismo, tendo os incrédulos e os adventícios como irmão necessitados como o próprio expositor.

9. Usar simplicidade, sem adotar as inúteis frases brilhantes acima da sinceridade e da lógica.

10. Veicular consolo baseado na verdade, esclarecendo sem uso da injúria, nunca buscando aplausos e vantagens pessoais, lembrando que DEVE esclarecimento e caridade aos companheiros.

[1] Texto adaptado da Obra Estude e Viva - Capítulo 37 - "Atitudes que o Orador Espírita deve evitar". Ditada por Emmanuel e André Luiz aos médiuns Francisco C. Xavier e Waldo Vieira.

quarta-feira, 10 de maio de 2017

SERMÃO DA MONTANHA


Uma das páginas mais belas do Ministério de Jesus no orbe terrestre, com certeza, será aquela conhecida como “Bem-Aventuranças”. O Sermão do Mestre, também chamado de Sermão da Montanha, foi realizado numa colina com vista para o Mar da Galileia chamada de o Monte das Bem-Aventuranças (ou beatitudes). Naquele local o Cristo referiu-se a oito tipos de pessoas que, pelos atos em sociedade, seriam “abençoadas” como vemos no início do sermão. A expressão é conhecida como no exemplo: "Bem-aventurados os aflitos...".

Lembramos que a palavra "beatitude" advém da expressão latina beata, cujo significado é "abençoado". Todavia, sabemos que Jesus não falava latim. Na verdade, Jesus encarnou-se em uma sociedade que falava hebraico e aramaico. Nesse sentido, é possível questionar: qual foi a palavra realmente usada pelo Senhor se, naquela época, o latim dos romanos era usado apenas para questões administrativas, o grego para a comunicação entre nações, o aramaico no cotidiano e o hebraico para questões religiosas (templos judaicos, etc.)?

Sendo Jesus um judeu, assim como seus ouvintes, faz todo sentido pensar que o Mestre tenha pronunciado as palavras que compõe o Sermão da Montanha na língua falada pelos judeus: o hebraico. Desta forma, a palavra hebraica original que ele provavelmente proferiu foi ashrei (אַשְׁרֵי). Encontrada em muitos lugares na Bíblia Hebraica, essa expressão significa “feliz” ou “bem-aventurado", como no Salmo 119:1 que diz: “Bem-aventurados os retos em seus caminhos, que andam na lei do Senhor”. Portanto, felizes serão os Espíritos que, na Terra, conduzirem-se segundo os modelos apresentados por Jesus, que também ensinou: a felicidade não é deste mundo”.

Jesus pronunciou a palavra ashrei por ser familiar ao povo judeu que a usava frequentemente em orações. Como Jesus afirmou: “Não vim destruir a Lei”, Ele deixa claro que não lhes ensinava algo novo e seu código ético provinha ou seria continuação da tradição encontrada na Torah.

Corroborando a esse pensamento, vamos encontrar no Capítulo 14 do Livro Boa Nova, ditado por Humberto de Campos a Francisco Xavier, cujo título é A Lição de Nicodemos, um diálogo entre Tiago e Jesus, onde o Mestre inesquecível pergunta ao discípulo: "dentro da Lei de Moisés, como se verifica o processo de redenção? Ao que Tiago responde: “olho por olho, dente por dente”. 

Jesus aproveita essa oportunidade para esclarecer que os homens têm raciocinado, mas não tem sentido, pois, acima de todos os mandamentos está escrito “amar a Deus sobre todas as coisas, de todo o coração e todo o entendimento” e como é possível alguém amar o Pai aborrecendo-lhe a obra? Afirmou que se trata de exiguidade de visão espiritual o exame feito pelos homens dos textos dos profetas como com toda as escrituras. Jesus, então, conclui o ensinamento nestas palavras:

“E, entretanto, coloco o amor acima da justiça do mundo e tenho ensinado que só ele cobre a multidão de pecados. Se nos prendemos à lei de talião, somos obrigados a reconhecer que onde existe um assassino haverá, mais tarde, um homem que necessita ser assassinado; com a lei do amor, porém, compreendemos que o verdugo e a vítima são dois irmãos, filhos de um mesmo Pai. Basta que ambos sintam isso para que a fraternidade divina afaste os fantasmas do escândalo e do sofrimento”.

DESTAQUE DA SEMANA

A DOUTRINA DOS ESPÍRITOS NÃO É ASSUNTO QUE SE ESGOTA EM UMA PALESTRA

  EM SUAS VIAGENS KARDEC MINISTRAVA ENSINOS COMPLEMENTARES AOS QUE JÁ POSSUIAM CONHECIMENTO E ESTUDO PRÉVIO. Visitando a cidade Rochefort, n...