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quarta-feira, 1 de junho de 2022

SINAIS DOS TEMPOS

 


Grandes eventos serão realizados com o propósito de regenerar a humanidade. Sendo vigente no universo a lei de harmonia, é preciso compreender que Deus não é um arbitrário interventor, pois que isso confronta a ideia de uma suprema sabedoria divina.

O planeta, sujeito à Lei do Progresso, transforma-se fisica e moralmente. No primeiro caso, pelos seus componentes e, no segundo, pela depuração dos Espíritos. No entanto, no campo da ciência e no campo da moral, o progresso não caminha lado-a-lado.

O que o nosso século reclama é que o movimento progressivo atinja o ápice de fazer reinar entre a humanidade a caridade, a fraternidade e a solidariedade que vão assegurar o bem-estar moral. Muitas instituições, ultrapassadas, não atendem mais às necessidades do gênero humano, que reclama ultrapassar esses obstáculos.

Estamos diante do estabelecimento de uma nova ordem de coisas, uma nova ordem mundial. A contradição que se opera é que aqueles que são os maiores opositores à essa nova ordem, sem saber, contribuem para que o progresso moral seja atingido de modo mais célere.

De um lado temos o que se pode denominar de geração futura, desembaraçada das escórias do velho mundo, formada por elementos mais depurados, animada por ideias e sentimentos distintos daqueles que se apresentam na geração velha e ultrapassada. Destarte, o velho mundo estará morto e viverá apenas na história. Aliás, como ocorreu com os tempos da Idade Média com seus costumes bárbaros e suas crenças supersticiosas.

Estamos diante do ocaso e do esgotamento do tão almejado bem-estar material que a inteligência pode produzir. É hora de se compreender e se produzir o complemento: o desenvolvimento moral. Todos estão sentindo no íntimo essa necessidade, ou melhor, essa falta. Tudo somente podendo ser atingido através do trabalho íntimo, o qual se opera somente pela regeneração. Todos desejam, aspiram e pressentem que é possível atingir um estado melhor.

Há, sem dúvida, uma inevitável luta de ideias. Desse processo resulta, com toda certeza, perturbações. Essas perturbações, dolorosas por sinal, são temporárias. Vão persistir até que o terreno esteja limpo, equilibrado, restabelecido. Dessas lutas de ideias surgirão os graves acontecimentos anunciados.

Aqueles que esperam cataclismos ou catástrofes serão surpreendidos por um cataclismo moral, o qual vai devorar em poucos instantes as instituições do passado. Assim, de imediato, haverá a inesperada sucessão da velha ordem pela NOVA ORDEM QUE SE ESTABELECE AOS POUCOS, na medida em que a calma se restabelece e se torna definitiva.

Para os que puderem viver e observar bastante as duas versões da nova fase, parecerá que um mundo novo saiu das ruinas do velho. O caráter, os costumes, os hábitos, tudo mudado. Seres humanos melhores e regenerados. Ideias velhas que serão levadas pela geração que se extingue dando lugar para as ideias novas da geração que surge.

A nossa humanidade chegou a um desses períodos de transformação. Sugiro que você se prepare. Essa transformação te convida à participar ativamente. Trata-se do crescimento moral da humanidade. SEJA BEM VINDO AO FUTURO ou... desapareça com o passado.


Uberaba-MG, 01/06/2022
Beto Ramos

Fonte:
KARDEC, Allan. A Gênese - 1868. Cap. 18 - Os tempos são chegados. São Paulo: FEAL, 2018.

quarta-feira, 25 de maio de 2022

GUERRAS, CHACINAS, ÓDIO, ELEIÇÕES... E O ESPIRITISMO?

Segundo o Espiritismo, dos hábitos viciosos do ser humano, o egoísmo é o mais radical. Dele deriva todo o mal que assola a humanidade. Não há sequer um defeito no caráter individual que não seja proveniente do egoísmo. Muitos lutam contra o egoísmo, mas só o vencerá aquele que, realmente, atacar esse mal pela raiz.

Fala-se tanto em família, pessoa de bem, pátria, costume, tradição, etc., mas tudo não passa de falácia. A perfeição moral só se alcança quando o coração humano tenha EXTIRPADO todo o sentimento de egoísmo. E, para saber se você é ou não egoísta, basta saber que: o egoísmo é INCOMPATÍVEL com a JUSTIÇA, O AMOR E A CARIDADE. Nenhuma qualidade é verdadeira quando o indivíduo é egoísta, uma vez que esse sentimento pernicioso NEUTRALIZA todas as outras qualidades.

O egoísta visa tão só o INTERESSE PESSOAL. Vive uma vida TODA MATERIAL. Portanto, qualquer discurso que envolva Deus, espiritualidade ou questões metafísicas e transcendentais não passam de DISCURSO VAZIO. A sociedade aberta, realmente, tem inimigo: trata-se da excessiva valorização das coisas materiais. As instituições humanas entretêm e excitam o sentimento do egoísmo. E é tudo fruto da má educação.

Os seres humanos somente se entenderão quando praticarem a Lei de Justiça. Todos podem alcançar o bem-estar em suas vidas. E é desse entendimento que falamos. O verdadeiro bem-estar consiste no emprego do tempo de acordo com a vontade, usando as aptidões próprias em trabalhos úteis, cada um fazendo o bem, pelo bem e para o bem de todos. A natureza é harmonia e equilíbrio; quem perturba o equilíbrio é o ser humano.

A sociedade é a causa primeira da miséria humana. Toda falta individual acontece em razão da educação moral deficiente de seus membros. A má educação falseia o critério das pessoas, em lugar de lhes aniquilar as tendências perniciosas. Todos os seres humanos não estão obrigados a nada além da proporção de suas forças. No entanto, a sociedade, como organizada nos dias atuais, não proporciona bem-estar a todos os seus componentes, uma vez que não cuida, como objetivo primordial, da educação moral que desperte no indivíduo o desejo de agir bem em relação aos semelhantes.

Não se trata de uma lei externa ao indivíduo, mas, de uma regra que, naturalmente, pode ser percebida no funcionamento do corpo físico. O bem-estar físico decorre da harmonia. Comer é uma necessidade e faz bem, proporciona saúde e vida para o ser humano; mas comer em demasia atrai, de imediato, uma punição, pois que foi ultrapassado o limite traçado por uma lei natural. Assim, nas relações entre indivíduos, o egoísta sofre porque ultrapassou o limite do necessário para si e sua punição é o sofrimento.

Deste modo, não há lugar para alegar ignorância entre certo e errado, justo e injusto, uma vez que é atributo do Espírito a inteligência, faculdade que permite discernir uma coisa da outra. Todos sabem o que querem que os outros lhes façam; essa é a medida para agir nas relações sociais: fazer para os outros o que se quer que os outros nos façam. As leis divinas ou naturais estão gravadas na consciência; trata-se de uma voz interna. Parece que a doença crônica nos dias atuais é a surdez íntima das criaturas. Essa voz interior grita quando há ligeiro pensamento em se conduzir fazendo o mal.

Há destruição necessária e destruição abusiva. Existem flagelos destruidores naturais e aqueles que provocamos. A predominância da natureza animal sobre a espiritual e o desejo da satisfação das paixões é a causa das guerras entre os seres humanos. O assassínio é crime perante Deus e todos são responsáveis pelas crueldades que comete. Deus julga sempre a intenção. A destruição pode ser necessária, mas a crueldade nunca; essa advém sempre de uma natureza má. A humanidade só demonstrará verdadeiro progresso ao abolir a pena de morte (e há muitas maneiras de condenar alguém à pena de morte para além dos códigos penais).

Não é nada difícil relacionar o título deste artigo com o seu conteúdo. Ou você não entendeu?

Uberaba-MG, 25/05/2022
Beto Ramos.

Fonte:
KARDEC, Allan. O Livro dos Espíritos. (Trad. José Herculano Pires). São Paulo: Lake, 2013.

segunda-feira, 16 de maio de 2022

O FUNDAMENTALISMO RELIGIOSO TEM COMO BASE A IGNORÂNCIA

 

Supreendentemente, para alguns, o século 21 parece retroceder à idade média. No entanto, o espírita estuda nas obras de Allan Kardec que o progresso do Espírito, em seu processo evolutivo, decorre de suas sucessivas reencarnações, nas quais se instrui na experiência (O Livro dos Espíritos; A Gênese de 1868).

As gerações que se sucedem na história das civilizações são fruto dessas reencarnações de Espíritos. Portanto, é preciso compreender que os avanços e retrocessos decorrem desse processo de migração e emigração de Espíritos. Pode-se comparar à um grande educandário onde todos estão estudando para enfrentar as provas, os testes, a mudança de grau, a formatura, por assim dizer. Há os aprovados e, também, os reprovados.

O pensamento retrógrado é fruto desse processo (por má-fé ou por ignorância). O Espiritismo preconiza uma teoria tanto moral quanto social. E nesse aspecto, é preciso pensar sobre questões políticas e religiosas. Surge, nesse cenário, o que foi denominado fundamentalismo religioso. Há muitos fatores que contribuem para a existência e sustentação desse fundamentalismo. Vamos defender que sua base está em um deles, o qual reputamos de importância capital: a ignorância (tratada aqui como desconhecimento).

A princípio é oportuno esclarecer que o fundamentalista acredita que a sua causa tem importância grave e cósmica. Eles se veem como protetores de uma doutrina única e diferente, principalmente no que respeita ao modo de vida e de salvação. O objetivo dos fundamentalistas é procurar proteger uma identidade religiosa da sua absorção por uma cultura moderna que torne esse processo irreversível.

Feitas essas considerações, pedimos atenção para uma questão importante: o fato de que o fundamentalismo religioso pode ocorrer em várias vertentes ou, se quiser, nas diversas religiões. Cada uma buscando se impor como única e diferente - o 'verdadeiro caminho'. Consideramos que na vida em sociedade, não passa de um dos instrumentos usados para ascensão e manutenção de poder, bem como submeter a massa sob jugo.

Muitas religiões consideram, para fundamentar suas razões e dogmas religiosos como únicos e diferentes, um conjunto de livros reunidos denominados Bíblia Sagrada (aqui, nos referimos apenas ao Antigo Testamento). Para uma compreensão adequada do tema, sugerimos que o (a) leitor (a) verifique a definição do termo sagrado.

Traremos alguns exemplos para que os livres pensadores possam analisar se, realmente, aquela obra se trata de um livro sagrado. Advertimos que existem diversos pesquisadores que publicaram obras levantando a questão. Portanto, a presente contribuição é chamar a atenção para um tema que precisa ser debatido, em razão da sua atualidade e do estado de coisas observado neste século.

Você sabia que os exemplares que possuímos da Bíblia não são originais? Que são fruto de traduções das mais variadas e o que se faz é republicar edições sem pesquisa de fonte originária? Que NÃO existem as fontes originárias, uma vez que TODAS são fruto do trabalho de copistas? QUE HOUVE ADULTERAÇÃO DO CONTEÚDO DAQUELAS NARRATIVAS?

No campo da investigação é preciso perguntar também: a Bíblia trata de uma divindade, do ponto de vista espiritual? O Antigo testamento apresenta algum culto destinado a Deus? Suas respostas a essas indagações decorre do que ouviu dizer ou de algum estudo aprofundado do conteúdo dessa obra?

Parece que o nosso texto traz mais perguntas do que respostas. Mas, isso não nos deixa vermelhos de vergonha. Se você estuda com o desejo de obter conhecimento, responda:

1. Qual era a língua original que falavam os personagens bíblicos até que, de fato, surgisse o povo hebreu?

2. A Bíblia fala de Deus ou de Elohim? Qual seria o significado dessa palavra em hebraico bíblico:

3. Yahweh e Elohim são um e mesmo nome com um e mesmo significado?

4. Por que, apesar da confusão que procuram implementar acerca desses dois nomes, o nome de Yahweh somente passa a ser invocado após o nascimento da personagem bíblica Enos?

5. Por que o nome do chefe dos Elohim, Elyon, simplesmente não é mencionado pelos diversos seguidores e adoradores do texto bíblico, dito sagrado?

Essas e outras são algumas discrepâncias que podemos apontar com relação aos textos bíblicos que o vulgo, na ampla maioria, acessa e que não guardam relação direta com o texto daquela que poderia ser uma das bíblias possíveis.

Uma evidência de que não estamos diante de um livro cujo conteúdo é espiritual ou metafísico é que no conhecido livro Eclesiastes (3:19-20), denominado pela Bíblia Hebraica de Kohelet, diz textualmente que o ser humano não possui nada mais que os animais e que, após a morte, vão para o mesmo lugar. Nesse caso, parece que a obra não defende a existência de algo mais no ser humano, isto é, alma ou Espírito.

O que nos parece é que a Bíblia conta uma história, mas desconhecida das mesmas pessoas que julgam-na a base para sua fé e sua religião. Segundo o texto bíblico, Yahweh amava a humanidade ou, por outro lado, ordenou um massacre de mulheres, idosos e crianças? A primeira alternativa é amplamente difundida, mas não está presente nos textos bíblicos; no entanto, a segunda é bastante repetida nos mesmos.

O que ocorre, e é preciso ser denunciado, é que há um dogmatismo religioso que não admite dúvidas ou reflexões que tenham conclusões potencialmente diferentes daquelas já preestabelecidas. No entanto, o Espiritismo preconiza como fundamental para o aprendizado: "A fé necessita de uma base, base que é a inteligência perfeita daquilo em que se deve crer. E, para crer, não basta ver; é preciso, sobretudo, compreender" (Evangelho Segundo o Espiritismo - A Fé Que Transporta Montanhas - item 7).

Tenho uma dúvida, toda pessoal, que compartilho. Se o texto bíblico é sagrado ou inspirado, por que motivos os católicos acreditam ser verdadeiros os 46 livros do Antigo Testamento e o cânone hebraico aceita 39? As bíblias conhecidas são baseadas na Bíblia Stuttgartensia (Códice massorético de Leninegrado), outras na Bíblia dos Setenta (Septuaginta); uma em relação à outra contém inúmeras variações com diferenças consideráveis (quando analisadas, é possível detectar ajustes feitos no texto, isto é, falsidades textuais). É importante salientar que a septuaginta foi usada pelos cristãos dos primeiros séculos até que a igreja decidiu usar a versão baseada no cânone hebraico.

Há, também, a Torah samaritana que apresenta milhares de variações em relação à massorética. A Peshitta, Bíblia síria é diferente da massorética, também. É necessário deixar claro que o problema não está fincado só nas traduções, mas nas Bíblias possíveis e que são conhecidas dos pesquisadores e estudiosos. Todas são declaradas como verdadeiras e indiscutíveis pelos seus adeptos, os quais as aceitam em razão de viverem dentro das tradições que as aceitam.

Observamos que sempre tem alguém, algum indivíduo que as indicam de maneira dogmática, incontestável, ou seja, que todo o seu conteúdo DEVE ser aceito como VERDADE, proibindo-se quaisquer discussões a respeito.

Note-se que entre os manuscritos encontrados nas grutas de Qumran (alguns rolos do século II a.C.) mostram numerosas variações diferentes do texto de Isaías redigido pelos massoretas. Por outro lado, existem divergências e discrepâncias dentro dos próprios cânones católico, hebraico, protestante, copta, etc.

Daniel é reconhecido como profeta por uns, mas não por outros. Uns tem seus livros como escritos importantes (Roma), outros não (Jerusalém). Estudiosos acusam tais textos de terem sido manipulados para que pudessem emendar escritos anteriores que se revelaram falsos, como é o caso dos de Jeremias.

Existem informações contidas no Livro de Daniel que mostram ser inverídicas ou equivocadas. É o caso da loucura de Nabucodonosor (Dn 4:30), enquanto o louco fora seu filho Nabonido (cujo acontecimento é narrado em um documento das grutas de Qumram). Em Daniel vamos encontrar informações erradas sobre Baldassare, Nabucodonosor, Nabonido, Dario, Ciro, rio Tigre e rio Eufrates, etc. (Dn 5:2; 5:30; 6:1; 10:4).

Tratando-se de um autor de um livro considerado inspirado e sagrado, não seria, de modo algum, possível um ERRO do próprio DEUS. Como os erros são fatos comprovados, observa-se que não se trata de um livro sagrado, nem inspirado. Coisa parecida ocorre com o livro de Tobias. Equívocos concernentes a períodos históricos e a qual rei sucedeu o outro, incongruências com os livros de 1Reis e 2Reis, etc.

Outro coisa estranha ocorre quanto à conhecida história bíblica sobre Davi e Golias. Quem, na verdade, matou o gigante filisteu?:

Chama a nossa atenção, também, as preocupações nada espirituais demonstradas nos textos ditos sagrados, como é o caso da determinação inusitada reproduzida a seguir, uma vez que Deus andava pelo acampamento (será que ele não queria pisar em alguma coisa desagradável?):

Semelhantes informações nos conduzem à uma reflexão bastante simples. Os fundamentalistas religiosos são apenas fundamentalistas. Não possuem legitimidade para determinar NENHUMA conduta moral para o semelhante, principalmente, quando a sua arguição de legitimidade se baseia em obras cujos erros, equívocos e contradições são flagrantes.

No entanto, o que fica mais claro é que o fundamentalismo religioso é fruto da ignorância. Os supostos religiosos não conhecem, não estudaram e nunca se preocuparam com o conteúdo das obras que afirmam ser fruto de um Deus. Caso tivessem feito um mínimo estudo, veriam que são apenas... fundamentalistas, ou seja, radicais que não progridem e não querem permitir o progresso. Recordamos o que aprendemos em Espiritismo: PROGRESSO É UMA LEI MORAL.

Ainda voltaremos ao tema.

Uberaba-MG, 16 de maio de 2022.
Beto Ramos.

FONTE BIBLIOGRÁFICA:
BIGLINO, Mauro. A Bíblia não é um livro Sagrado: O grande engano (Vol. I). Edição do Kindle. 

DESTAQUE DA SEMANA

A DOUTRINA DOS ESPÍRITOS NÃO É ASSUNTO QUE SE ESGOTA EM UMA PALESTRA

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