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segunda-feira, 16 de maio de 2022

O FUNDAMENTALISMO RELIGIOSO TEM COMO BASE A IGNORÂNCIA

 

Supreendentemente, para alguns, o século 21 parece retroceder à idade média. No entanto, o espírita estuda nas obras de Allan Kardec que o progresso do Espírito, em seu processo evolutivo, decorre de suas sucessivas reencarnações, nas quais se instrui na experiência (O Livro dos Espíritos; A Gênese de 1868).

As gerações que se sucedem na história das civilizações são fruto dessas reencarnações de Espíritos. Portanto, é preciso compreender que os avanços e retrocessos decorrem desse processo de migração e emigração de Espíritos. Pode-se comparar à um grande educandário onde todos estão estudando para enfrentar as provas, os testes, a mudança de grau, a formatura, por assim dizer. Há os aprovados e, também, os reprovados.

O pensamento retrógrado é fruto desse processo (por má-fé ou por ignorância). O Espiritismo preconiza uma teoria tanto moral quanto social. E nesse aspecto, é preciso pensar sobre questões políticas e religiosas. Surge, nesse cenário, o que foi denominado fundamentalismo religioso. Há muitos fatores que contribuem para a existência e sustentação desse fundamentalismo. Vamos defender que sua base está em um deles, o qual reputamos de importância capital: a ignorância (tratada aqui como desconhecimento).

A princípio é oportuno esclarecer que o fundamentalista acredita que a sua causa tem importância grave e cósmica. Eles se veem como protetores de uma doutrina única e diferente, principalmente no que respeita ao modo de vida e de salvação. O objetivo dos fundamentalistas é procurar proteger uma identidade religiosa da sua absorção por uma cultura moderna que torne esse processo irreversível.

Feitas essas considerações, pedimos atenção para uma questão importante: o fato de que o fundamentalismo religioso pode ocorrer em várias vertentes ou, se quiser, nas diversas religiões. Cada uma buscando se impor como única e diferente - o 'verdadeiro caminho'. Consideramos que na vida em sociedade, não passa de um dos instrumentos usados para ascensão e manutenção de poder, bem como submeter a massa sob jugo.

Muitas religiões consideram, para fundamentar suas razões e dogmas religiosos como únicos e diferentes, um conjunto de livros reunidos denominados Bíblia Sagrada (aqui, nos referimos apenas ao Antigo Testamento). Para uma compreensão adequada do tema, sugerimos que o (a) leitor (a) verifique a definição do termo sagrado.

Traremos alguns exemplos para que os livres pensadores possam analisar se, realmente, aquela obra se trata de um livro sagrado. Advertimos que existem diversos pesquisadores que publicaram obras levantando a questão. Portanto, a presente contribuição é chamar a atenção para um tema que precisa ser debatido, em razão da sua atualidade e do estado de coisas observado neste século.

Você sabia que os exemplares que possuímos da Bíblia não são originais? Que são fruto de traduções das mais variadas e o que se faz é republicar edições sem pesquisa de fonte originária? Que NÃO existem as fontes originárias, uma vez que TODAS são fruto do trabalho de copistas? QUE HOUVE ADULTERAÇÃO DO CONTEÚDO DAQUELAS NARRATIVAS?

No campo da investigação é preciso perguntar também: a Bíblia trata de uma divindade, do ponto de vista espiritual? O Antigo testamento apresenta algum culto destinado a Deus? Suas respostas a essas indagações decorre do que ouviu dizer ou de algum estudo aprofundado do conteúdo dessa obra?

Parece que o nosso texto traz mais perguntas do que respostas. Mas, isso não nos deixa vermelhos de vergonha. Se você estuda com o desejo de obter conhecimento, responda:

1. Qual era a língua original que falavam os personagens bíblicos até que, de fato, surgisse o povo hebreu?

2. A Bíblia fala de Deus ou de Elohim? Qual seria o significado dessa palavra em hebraico bíblico:

3. Yahweh e Elohim são um e mesmo nome com um e mesmo significado?

4. Por que, apesar da confusão que procuram implementar acerca desses dois nomes, o nome de Yahweh somente passa a ser invocado após o nascimento da personagem bíblica Enos?

5. Por que o nome do chefe dos Elohim, Elyon, simplesmente não é mencionado pelos diversos seguidores e adoradores do texto bíblico, dito sagrado?

Essas e outras são algumas discrepâncias que podemos apontar com relação aos textos bíblicos que o vulgo, na ampla maioria, acessa e que não guardam relação direta com o texto daquela que poderia ser uma das bíblias possíveis.

Uma evidência de que não estamos diante de um livro cujo conteúdo é espiritual ou metafísico é que no conhecido livro Eclesiastes (3:19-20), denominado pela Bíblia Hebraica de Kohelet, diz textualmente que o ser humano não possui nada mais que os animais e que, após a morte, vão para o mesmo lugar. Nesse caso, parece que a obra não defende a existência de algo mais no ser humano, isto é, alma ou Espírito.

O que nos parece é que a Bíblia conta uma história, mas desconhecida das mesmas pessoas que julgam-na a base para sua fé e sua religião. Segundo o texto bíblico, Yahweh amava a humanidade ou, por outro lado, ordenou um massacre de mulheres, idosos e crianças? A primeira alternativa é amplamente difundida, mas não está presente nos textos bíblicos; no entanto, a segunda é bastante repetida nos mesmos.

O que ocorre, e é preciso ser denunciado, é que há um dogmatismo religioso que não admite dúvidas ou reflexões que tenham conclusões potencialmente diferentes daquelas já preestabelecidas. No entanto, o Espiritismo preconiza como fundamental para o aprendizado: "A fé necessita de uma base, base que é a inteligência perfeita daquilo em que se deve crer. E, para crer, não basta ver; é preciso, sobretudo, compreender" (Evangelho Segundo o Espiritismo - A Fé Que Transporta Montanhas - item 7).

Tenho uma dúvida, toda pessoal, que compartilho. Se o texto bíblico é sagrado ou inspirado, por que motivos os católicos acreditam ser verdadeiros os 46 livros do Antigo Testamento e o cânone hebraico aceita 39? As bíblias conhecidas são baseadas na Bíblia Stuttgartensia (Códice massorético de Leninegrado), outras na Bíblia dos Setenta (Septuaginta); uma em relação à outra contém inúmeras variações com diferenças consideráveis (quando analisadas, é possível detectar ajustes feitos no texto, isto é, falsidades textuais). É importante salientar que a septuaginta foi usada pelos cristãos dos primeiros séculos até que a igreja decidiu usar a versão baseada no cânone hebraico.

Há, também, a Torah samaritana que apresenta milhares de variações em relação à massorética. A Peshitta, Bíblia síria é diferente da massorética, também. É necessário deixar claro que o problema não está fincado só nas traduções, mas nas Bíblias possíveis e que são conhecidas dos pesquisadores e estudiosos. Todas são declaradas como verdadeiras e indiscutíveis pelos seus adeptos, os quais as aceitam em razão de viverem dentro das tradições que as aceitam.

Observamos que sempre tem alguém, algum indivíduo que as indicam de maneira dogmática, incontestável, ou seja, que todo o seu conteúdo DEVE ser aceito como VERDADE, proibindo-se quaisquer discussões a respeito.

Note-se que entre os manuscritos encontrados nas grutas de Qumran (alguns rolos do século II a.C.) mostram numerosas variações diferentes do texto de Isaías redigido pelos massoretas. Por outro lado, existem divergências e discrepâncias dentro dos próprios cânones católico, hebraico, protestante, copta, etc.

Daniel é reconhecido como profeta por uns, mas não por outros. Uns tem seus livros como escritos importantes (Roma), outros não (Jerusalém). Estudiosos acusam tais textos de terem sido manipulados para que pudessem emendar escritos anteriores que se revelaram falsos, como é o caso dos de Jeremias.

Existem informações contidas no Livro de Daniel que mostram ser inverídicas ou equivocadas. É o caso da loucura de Nabucodonosor (Dn 4:30), enquanto o louco fora seu filho Nabonido (cujo acontecimento é narrado em um documento das grutas de Qumram). Em Daniel vamos encontrar informações erradas sobre Baldassare, Nabucodonosor, Nabonido, Dario, Ciro, rio Tigre e rio Eufrates, etc. (Dn 5:2; 5:30; 6:1; 10:4).

Tratando-se de um autor de um livro considerado inspirado e sagrado, não seria, de modo algum, possível um ERRO do próprio DEUS. Como os erros são fatos comprovados, observa-se que não se trata de um livro sagrado, nem inspirado. Coisa parecida ocorre com o livro de Tobias. Equívocos concernentes a períodos históricos e a qual rei sucedeu o outro, incongruências com os livros de 1Reis e 2Reis, etc.

Outro coisa estranha ocorre quanto à conhecida história bíblica sobre Davi e Golias. Quem, na verdade, matou o gigante filisteu?:

Chama a nossa atenção, também, as preocupações nada espirituais demonstradas nos textos ditos sagrados, como é o caso da determinação inusitada reproduzida a seguir, uma vez que Deus andava pelo acampamento (será que ele não queria pisar em alguma coisa desagradável?):

Semelhantes informações nos conduzem à uma reflexão bastante simples. Os fundamentalistas religiosos são apenas fundamentalistas. Não possuem legitimidade para determinar NENHUMA conduta moral para o semelhante, principalmente, quando a sua arguição de legitimidade se baseia em obras cujos erros, equívocos e contradições são flagrantes.

No entanto, o que fica mais claro é que o fundamentalismo religioso é fruto da ignorância. Os supostos religiosos não conhecem, não estudaram e nunca se preocuparam com o conteúdo das obras que afirmam ser fruto de um Deus. Caso tivessem feito um mínimo estudo, veriam que são apenas... fundamentalistas, ou seja, radicais que não progridem e não querem permitir o progresso. Recordamos o que aprendemos em Espiritismo: PROGRESSO É UMA LEI MORAL.

Ainda voltaremos ao tema.

Uberaba-MG, 16 de maio de 2022.
Beto Ramos.

FONTE BIBLIOGRÁFICA:
BIGLINO, Mauro. A Bíblia não é um livro Sagrado: O grande engano (Vol. I). Edição do Kindle. 

quarta-feira, 10 de fevereiro de 2021

CAIM E SETE - OS FILHOS DE EVA

Quando você lê estas duas passagens bíblicas abaixo, o que pensa?
  • SALMO 90 (Rei David): “Pois mil anos em Teus olhos são como o dia de ontem, que passou, e como uma vigília noturna. 
  • 2PEDRO 3:8: “ Há, todavia, uma coisa, amados, que não deveis esquecer: que, para o Senhor, um dia é como mil anos, e mil anos, como um dia”.

Certamente, a ideia passada em ambos os textos se relaciona com o tempo, cuja mensagem é a seguinte: há diferença entre como compreendemos e "contamos" o tempo e o tempo para a Suprema Inteligência do Universo.

Nos livros bíblicos vamos encontrar uma variedade de figuras das línguas e culturas bíblicas. Muito se perde quando estas estórias são traduzidas. Por outro lado, existem jogos de palavras e expressões idiomáticas intraduzíveis.

Sem levar isso em conta, todo aquele que buscar estudos bíblicos fora das aquisições científicas terá dificuldades de realizar o processo conciliátório, visto que ciência e religião são duas alavancas que movem a humanidade.

Por exemplo, um dia da criação não equivale a um dia do planeta Terra, uma vez que as descobertas científicas, tais como o relógio de urânio ou atômico, assim comprovaram. Pode-se dizer que esses dias relatados em Gênesis se tratam de longos períodos de formação do planeta.

Para extrair as consequências morais dos textos, os sábios Hebreus criaram um método cuja técnica é dividir a apreensão do conteúdo em quatro partes:
  • significado literal e óbvio do texto;
  • sugestão;
  • interpretação;
  • significado espiritual (ou entendimento oculto).

São vários os gêneros literários presentes no Antigo e no Novo Testamento, além da subdivisão segundo tradições (histórica, apocalíptica, sapiencial e outros) e não se restringem aos livros de uma única tradição.

Um estudo sério da Bíblia nos revelará a presença de vários gêneros literários. Os relatos, por exemplo, subdividem-se em: novela, saga, lenda profética, de milagre, de vocação, de não-vocação, parábola jurídica, herói menino exposto à morte, ascensão, visão, viagem a outros mundos, julgamento do rei, mulher que derrota o inimigo, controvérsia, unção do rei por profeta, ação simbólica, etc. Existem outros gêneros como parábolas, leis, salmos e cânticos, entre outros.

Falando nisto, pensando nos nomes dos filhos de Eva mencionados em Gênesis, especialmente Caim, que em hebraico קַיִן (kain) tem o significado de algo sendo “adquirido”, bem como Sete, que em hebraico שֵׁת (shet) significa algo como “fornecido”, visto que advém do verbo hebraico לָשִית que significa “designar” ou “fornecer”, podemos extrair um ensino de natureza moral.

Conta-nos o livro que a formação da família bíblica primitiva acontece de maneira não planejada e até, de certo modo, inocentemente irresponsável. Natural que assim fosse, uma vez que, simples e ingnorantes, os Espíritos são criados com NULIDADE MORAL.

Veremos que no desenrolar da estória Caim mata Abel. Todas as personagens estão no processo de aquisição de conhecimento, práticas de atos diversos, mas, muito pouco ou nada sabendo o que faziam.

Buscando extrair o conteúdo oculto do ensinamento bíblico, percebemos um amadurecimento da família primitiva. Na infância espiritual pensam que estão adquirindo tudo; tudo lhes pertence; tudo para sí; Nesse caso, Kain, "algo sendo adquirido". Mais tarde, amadurecidos, Shem, "algo sendo fornecido".

É o reconhecimento da Superioridade e Supremacia do Supremo Criador.

Esse texto é apenas uma reflexão. Você pode fazer a sua sem problemas. O importante é que te desejo: SEJA FELIZ SEMPRE, DESDE QUE NÃO SEJA À CUSTA DE NINGUÉM!

Uberaba-MG, 10 de Fevereiro de 2021.
Beto Ramos.

terça-feira, 19 de janeiro de 2021

A BÍBLIA E O ESPIRITISMO


Quando estudamos os capítulos 1 e 2 do Livro de Gênesis da Bíblia, partindo do texto contido naquela porção inicial denominada Torá, ou o conjunto de 05 livros da Bíblia Hebraica, vamos encontrar duas menções distintas a respeito de Adão ou Adam, pronúncia transliterada do hebraico (a seguir somente p.t.h), que significa ser humano, homem, cuja raiz da palavra advém de adama (p.t.h.), que significa terra, país.

Antes de seguir em frente vamos compartilhar algumas informações. No hebraico bíblico, no texto original, são usadas algumas palavras que fazem todo o sentido para uma interpretação mais condizente com uma fé racional, enquanto que a ausência desse conhecimento induz o intérprete a permanecer preso a dogmas que afastam a liberdade de pensar. A ação de interpretar  livremente é uma condição que conduz o indivíduo no caminho da aquisição do conhecimento verdadeiro.

De sorte que temos, portanto, a palavra bara (p.t.h.), que signfica Ele criou, cujo sentido dado pelo hebreu é: um criar tirando do nada, tendo Deus como sujeito. Porém, o texto original não traz uma palavra designando DEUS no singular (sujeito) nos capítulos ora mencionados, mas, outra: a palavra Elohim (p.t.h), que significa deuses (plural)

Temos, ainda, a palavra qara (p.t.h), que significa Ele chamou, descrevendo o ato de atribuir nomes. Outra palavra é tzélem (p.t.h), que significa imagem, mas, por sua raiz, pode designar sombra. Surgirá, também, outra expressão com a ideia de moldar, formar, manufaturar, produzir, usada para a segunda menção feita ao Adam (Adão), que é a palavra ytser (p.t.h).

Após gravar bem as informações, voltemos ao caso. Temos a porção inicial, isto é, o capítulo primeiro que irá narrar: 

"1:26 - E disse Deus: Façamos o homem à nossa imagem, conforme à nossa semelhança; e domine sobre os peixes do mar, e sobre as aves dos céus, e sobre o gado, e sobre toda a terra, e sobre todo o réptil que se move sobre a terra;

1:27 E criou Deus o homem à sua imagem; à imagem de Deus o criou; macho e fêmea os criou".

E no capítulo segundo:

"2:7 E formou o Senhor Deus o homem do pó da terra, e soprou em suas narinas o fôlego da vida; e o homem foi feito alma vivente".

Recorde que, como mencionamos, a palavra traduzida por DEUS não está no singular, mas, no plural (esqueça a ideia de plural majestático, isso não tem lógica). Portanto, Gênesis usa a palavra deuses. Faz sentido que os deuses, a quem chamaremos Espíritos Puros, criem condições para que o homem possa se assemelhar a essas potências para, cumprindo o propósito da criação, dominar sobre os demais princípios inteligentes que evoluirão no planeta. A isso chamaremos: sua aptidão para aprender, para adquirir conhecimento.

Isso irá fazer toda a diferença entre o homem e o resto da criação. Não sendo perfeito, nem imperfeito, o ser humano é perfectível, pois, a Suprema Inteligência não criaria nada que não fosse bom. Aliás, tudo que Deus criou, Ele viu que era bom.

Se estivermos no caminho correto da interpretação, conforme a doutrina espírita, faz sentido, também, a segunda menção quanto à formação do homem, sendo possível compreender a alusão feita. Todos os seres que evoluem na terra possuem um corpo material cujas substâncias também encontram-se no meio ambiente. Há nos seres humanos mineral, vegetal e animal. Essa é a ideia representada pela expressão "veio do pó da terra".

O fôlego da vida é o princípio vital. A matéria inerte se transformou em matéria orgânica por meio dessa união com o princípio vital e possibilitou o espírito, mais, tarde, o Espírito, habitar naqueles corpos. O fôlego da vida, ainda, mesmo que de modo resumido, mas, pelo conjunto das expressões, mostra que o Espírito habitará o corpo físico do ser humano. Veja a expressão néfesh (p.t.h), que significa alma vivente. A alma é a essência (Espírito) vivendo na matéria (corpo físico).

Note-se que o texto não se reporta em momento nenhum que o Espírito que se une ao corpo físico, transformando-o em uma alma vivente ou, ainda, alma encarnada, fora criado. Não podemos nos espantar, a água, também, em nenhum momento é demonstrada como alguma coisa criada naquela narrativa. Fica claro que a matéria prima de trabalho dos Elohim era a água (matéria cósmica universal) e o espírito (princípio inteligente do universo). Eles formaram tudo o mais, à exceção desses. Vamos lembrar o que disse Jesus? "Aquele que não nascer da água e do Espírito não pode entrar no Reino de Deus".

Não se deve perder de vista que ao referir-se aos Elohim o texto vai esclarecer que o Espírito de Deus se movia sobre a face das águas (Gn 1:2). A palavra que se traduz por Espírito é rúar (p.t.h). A semelhança, por nossa interpretação, é com a natureza: o ser Espíritual. Recordamos que semelhante não é a mesma coisa, não é igual; semelhante é aquele que possui elementos conformes, independentemente daqueles que são comuns à espécie; é uma analogia.

O Elohim é imortal, não um mero corpo formado do "pó da terra", ou seja, perecível. O corpo sozinho não é uma alma vivente, é preciso ter sua união com o fôlego da vida. O corpo físico perece, mas, sabemos que os Elohim são imortais. Eles são Espíritos. A primeira narrativa mostra que são criadas condições para que o Espírito evolua na Terra e, por iniciativa própria, se assemelhe aos Elohim, isto é, se torne Puro Espírito. A segunda narrativa demonstra a união do Espírito com o corpo físico.

Vimos, portanto, que não são dois indivíduos criados, nem há contradição entre os dois capítulos do Livro de Gênesis. Na prática, trata-se da demonstração que a Bíblia e todo o seu conteúdo, se constitui numa ciência do povo hebreu, um monumento que muito pouco ainda nos foi dado conhecer.

Suas alusões fantásticas, sempre por meio de alegorias, expressões idiomáticas, parábolas, narrativas, fábulas, contos, músicas, poesias, entre outros tipos de textos, nos conduzem a reflexões profundas, tanto no campo da ciência, como no campo filosófico.

Fica o nosso ensaio para as críticas e sugestões.

Uberaba - MG, 19 de janeiro de 2021.
Beto Ramos.

quinta-feira, 25 de agosto de 2016

JACÓ E A FACE DE DEUS


CRIAÇÃO
Conta-nos o livro Gênesis que Isaac, com 40 anos, tomou Rebeca por sua mulher e sendo esta estéril oraram a Deus para que ela pudesse conceber. Vieram-lhe dois filhos, os quais lutavam desde o ventre, ocasião que Isaac já estava com 60 anos de idade. Rebeca consultou a Deus sobre os motivos desta luta tão precoce. E Deus a esclareceu: “Duas nações há no seu ventre, e dois reinos de tuas entranhas se dividirão; uma nação, mais que outra nação se fortalecerá, e a maior servirá a menor”.

Nasceram Esaú, o primogênito, e depois, agarrado ao seu calcanhar, Jacob. Esaú tornou-se caçador. Jacob habitava em tendas (era íntegro). O patriarca Isaac preferia a Esaú, interessado em comer de sua caça, enquanto Rebeca amava Jacob.

QUEDA
Certo dia, Jacob, aproveitando o cansaço e fome de seu irmão Esaú, lhe propõe adquirir sua primogenitura. Esaú, faminto e cansado, despreza-a em troca de pão, bebida e cozido de lentilhas, que estavam sendo preparados por Jacob.

Mais tarde, Isaac, cego e velho, pede a Esaú para caçar e lhe fazer um cozido, para, assim, receber a benção paterna. Sabendo disto, sua esposa Rebeca trama para que a benção seja dada a Jacob que, mesmo relutante, submete-se à sua mãe, contrariando a própria consciência. Rebeca cozinha um guisado, veste Jacob como se fosse Esaú, engana Isaac, que abençoa Jacob no lugar de Esaú.(O efeito desse ato para Jacob será trabalhar penosamente na casa de Labão, seu tio, onde será humilhado e, também, enganado durante longos anos. E, estes anos o ensinarão que a justiça Divina não desconsidera nenhuma falta cometida. Mesmo que o objetivo seja importante e justo, toda injustiça contra terceiros será penitenciada).

FUGA
Descoberta a farsa, Esaú promete vingança de morte a Jacob. Rebeca, acreditando tratar-se de ira passageira, envia Jacob para a casa de Labão, seu irmão, lugar onde, por lamentação de Rebeca, Isaac determina que Jacob tome por mulher das filhas de Labão. Jacob, então, segue a Padam-Aram, onde ficará exilado por mais de 20 anos.

ALIANÇA
No caminho de Padam-Aram Jacob, após dormir, sonha com uma escada por onde sobem e descem mensageiros de Deus. Estando de pé no alto da escada o Senhor se apresenta como Deus de Abraão e de Isaac e propõe aliança com Jacob, prometendo-lhe terra e descendência abundante. Por sua descendência Deus abençoará todos os povos do mundo. Promete estar com Jacob, acompanha-lo por onde for, fazê-lo voltar à sua terra e não abandoná-lo até que todo o prometido se cumpra.

EXÍLIO
Chegando em um poço, Jacob conhece Rachel, filha de Labão. Conta-nos a história em Gênesis que a pedra da “boca” do poço era tão pesada que precisava de todos os pastores do lugar para move-la. Ao ver Rachel, Jacob, sozinho, movimenta a pedra da boca do poço, dá de beber às ovelhas e se apresenta. Rachel, então, o leva até seu pai e lhe fala sobre o ocorrido. Jacob conta toda a história que o fez chegar até a casa do tio e Labão o convida a ficar em sua casa pedindo que ele ponha preço para servir-lhe. Jacob propõe trabalhar sete anos em troca de se casar com Rachel.

Ao final dos sete anos Jacob pede a Labão que lhe dê sua mulher. Labão convida todos os homens do lugar, dá um banquete, toma Lea, sua filha maior, e a traz para Jacob. A farsa será percebida no dia seguinte. Desapontado Jacob cobra Labão que o enganou. Após uma semana de dias, Labão entrega Rachel em troca de mais sete anos do trabalho de Jacob. Lea levou consigo, por escrava, Zilpá e Rachel levou consigo, por escrava, Bilá. Lea era desprezada por Jacob e Rachel era estéril. Estas irmãs, filhas de Labão e esposas de Jacob, serão as matriarcas do povo de Israel.

EXPIAÇÃO – O enganador enganado.
Jacob pagou logo por sua culpa. O pai, nas trevas pela cegueira; Jacob na obscuridade noturna. O pai subornado pela comida de sua preferência; Jacob pela beleza e pelo desejo. O pai não vê e reconhece pelo tato; Jacob não reconhece antes de ver. Pelo costume o pai não podia mais abençoar a Esaú; Pelo costume Jacob não podia exigir a filha mais nova antes do casamento da mais velha. Jacob amou mais a Raquel do que a Lea. Repartiu seu amor sem faltar a seus deveres, mas, não renunciou à sua preferência.

GERAÇÃO DE JACOB

Lia concebeu:
- Rúben (ra’a = ver); - Simeão (shm’ = ouvir); - Levi (lwh = ligar); Judá (hwdh = dar graças); Issacar (skr = paga); Zabulon (zbl = presentear);

Bilá (a escrava de Rachel) concebeu:
- Dã (dyn = julgar); Neftali (nptl = competir);

Zilpá (escrava de Lea) concebeu:
- Gad (gd = sorte); Aser (‘shr = felicidade);

Rachel concebeu:
- José (ysp = acrescentar)

Findo o tempo (14 anos) de serviços prestados de Jacob a Labão, este deseja partir. Reconhecendo que prosperou por causa de Jacob, Labão lhe propõe salário. Após estarem combinados, algum tempo depois, Jacob prospera e provoca o ciúme dos filhos de Labão, que influenciam a este fazendo-o mudar o salário de Jacob por dez vezes. O Senhor diz a Jacob, “volta à terra de teus pais, tua terra natal, e eu estarei contigo” por duas vezes, mas, somente após a segunda é que Jacob se põe a caminho da casa de seu pai Isaac, na terra cananeia.


ÊXODO

Jacob convoca o conselho familiar e as mulheres estão dispostas a segui-lo. Na fuga a filha Rachel rouba os amuletos do pai (deuses penates ou lares – politeísmo?). Jacob foge com tudo que lhe pertence e se dirige aos montes de Gallad. Três dias depois Labão é avisado, reúne seu pessoal e sai em perseguição a Jacob, por não lhe informar da partida, priva-lo da despedida paterna e pelo “furto dos amuletos”. No sétimo dia Labão alcança Jacob nos montes de Gallad.

Antes do encontro entre Labão e Jacob Deus aparece em sonho para Labão e lhe adverte: “Cuidado para não te envolveres com Jacob para o bem ou para o mal!”. No encontro são feitas cobranças de parte a parte. Temendo a Deus Labão propõe uma aliança a Jacob que a aceita. Dessa aliança elegem um monte por testemunha, sob o qual Jacob ofereceu um sacrifício e convidou seu pessoal para comer. Despediram-se todos. Labão beijou seus filhos e filhas e retornou. Jacob prosseguiu seu caminho. Durante a jornada encontrou mensageiros de Deus e ao vê-los comentou: “É um acampamento de Deus”. Chamou o lugar de Maanaim.


REDENÇÃO

Na volta à casa de seu pai Isaac, Jacob envia mensageiros ao seu irmão Esaú, chamando-o de “meu senhor” e propondo reconciliação. Os mensageiros retornam a Jacob dizendo que Esaú vinha ao seu encontro com 400 homens. Com medo e angústia Jacob dividiu seu pessoal em duas caravanas com ovelhas, vacas e camelos, calculando que em caso de ataque uma delas se salvaria.

Jacob, neste momento de aflição ora a Deus: “Deus de meu pai Abraão, Deus de meu pai Isaac! Senhor que me mandaste voltar à minha terra natal, para me coroar de benefícios. Não sou digno dos favores e da lealdade com que trataste teu servo; pois com um bastão atravessei este Jordão e agora conduzo duas caravanas. Livra-me do poder de meu irmão, do poder de Esaú, pois tenho medo que venha e mate as mães com os filhos. Tu me prometeste cumular-me de benefícios e tornar minha descendência como a areia incontável do mar”.


Do que estava à mão em sua caravana Jacob escolhe presentes para Esaú e os envia pelos seus criados mandando-os dizer: “Da parte de seu servo Jacó, um presente que ele envia a seu senhor Esaú. Ele vem atrás”. Com isto Jacob pensou em aplacar a ira de Esaú, pretendendo ser bem recebido. E passou o presente adiante.


Naquela noite Jacob dormiu no acampamento. Talvez por receio, levantou-se, tomou suas duas mulheres, suas duas servas, seus onze filhos e os fez cruzar a passagem do rio laboc e fez passar o que era dele. E ficou Jacob só, e lutou Um Homem com ele, até levantar-se a aurora.


O Homem vendo que não podia com ele tocou-lhe na juntura de sua coxa e o desconjuntou, pedindo a Jacob para deixá-lo ir porque o dia já estava raiando. Jacob disse só o deixaria ir se recebesse a bênção. O Homem pergunta a Jacob qual o seu nome e depois de Jacob responder o Homem lhe diz: teu nome será Israel, pois lutaste com Deus e homens e venceste. Jacob então pergunta o nome do Homem que não lhe responde, mas, lhe abençoa. Jacob então chamou o lugar Peniel porque viu Deus face a face e teve salva a sua alma.


De volta à jornada, quando se encontram, Jacob prostrou-se diante de Esaú por sete vezes. Todos da família Jacob prostraram-se diante de Esaú. Esaú correu para receber Jacob, abraçou-o, lançou-se ao pescoço dele e o beijou chorando. Ao final, Esaú aceitou os presentes e separaram-se indo Esaú para Seir e Jacó para Sucot. Em Siquém Jacob compra terra de Hemor e ergue um altar dedicando-o ao Deus de Israel.


CONCLUSÃO:

A narrativa sobre a vida de Jacob ainda continuará e se confundirá com a história de José, um de seus filhos.Mas, o que podemos aprender de lição da história de Jacob desde seu nascimento até o reencontro com o seu irmão Esaú? Falamos sobre o Livro de Gênesis Capítulo 25:19 ao Capítulo 33:20.

Lembremo-nos que Deus esclareceu a Rebeca que “Duas nações há no seu ventre, e dois reinos de tuas entranhas se dividirão; uma nação, mais que outra nação se fortalecerá, e a maior servirá a menor”.  Cumpriu-se a profecia. O maior serviu ao menor. Neste caso, Jacob se postou como o que serve (o maior). Esaú o que é servido (o menor). Um ensinamento que será repetido por Jesus em Lucas 22:24-27: [...] o mais importante entre vós seja como o mais jovem, e quem manda seja como quem serve. Quem é maior: Aquele que está à mesa ou aquele que serve? Não é o que está à mesa? Pois eu estou no meio de vós como quem serve”.


A história que parece não fazer sentido, observada atentamente, assim se desenrola:


Jacob nasce agarrando o calcanhar de seu irmão Esaú. Além de não se manter firme e errar, sofre quedas morais. Desconfortável em enganar seu pai sucumbe à ideia descaridosa de sua mãe. E qual é o objetivo de toda a farsa? Colher a bênção do pai que estava reservada ao irmão. É a criatura humana sempre em busca de apreço humano, valorizando convenções humanas e se esquecendo dos bens espirituais. Vemos que nenhum mérito tem a bênção buscada por Jacob.


Depois da queda a aplicação da Justiça Divina - Lei de Causa e Efeito. Jacob aprende a duras penas que nenhuma falta ficará impune diante das leis divinas, e expia no exílio por mais de 20 anos. Aqui, nos lembramos do Espírito Telésforo, no livro “Os Mensageiros”, ditado pelo Espírito André Luiz ao médium Francisco Xavier, no capítulo 6, cujo título é “Advertências Profundas”: “Cesse, para nós outros, a concepção de que a Terra é o vale tenebroso, destinado a quedas lamentáveis, e agasalhemos a certeza de que a esfera carnal é uma grande oficina de trabalho redentor. Preparemo-nos para a cooperação eficiente e indispensável. Esqueçamos os erros do passado e lembremo-nos de nossas obrigações fundamentais”.


Em todo o processo Jacob está perante a Justiça de Deus. O benfeitor Emmanuel no prefácio do livro “No Mundo Maior”, ditado pelo Espírito André Luiz ao médium Francisco Xavier, cujo título “Na Jornada Evolutiva” nos lembra como somos avaliados perante a Suprema Justiça: “Perante a suprema Justiça, o malgaxe (habitante da República Democrática de Madagascar) e o inglês fruem os mesmos direitos. Provavelmente, porém, estarão distanciados entre si, pela conduta individual, diante da Lei Divina, que distingue invariavelmente, a virtude do crime, o trabalho da ociosidade, a verdade e a simulação, a boa vontade e a indiferença”.


Jacob e Esaú representam estes indivíduos que tem o mesmo ponto de partida (são gêmeos, compartilharam o mesmo ventre), mas, são avaliados por sua conduta individual. Apesar dos erros cometidos por cada um, vemos que Esaú trai um princípio evangélico básico: honrar pai e mãe. Para aquela sociedade patriarcal a primogenitura era algo de suma importância, mas, Esaú a troca por um cozido. Por sua vez, Jacob a desejava.


Perante a Lei Divina, podemos escolher a horizontalidade terrena ou a verticalidade para Deus, representada pela Escada de Jacob, na qual os mensageiros de Deus desciam e subiam. Mas, no seu topo, na parte mais Alta, encontra-se Deus, de pé, pronto para estar conosco. De nossa parte temos que estar prontos para ouvir a “vontade do Senhor” e cumpri-la.


Mas, há em Jacob uma luta. Veremos essa luta sendo travada com “um homem” e travada com Deus. Luta que acontece à noite, nas trevas. Quando vence já é dia, então está diante da Luz. E nessa aurora um renascimento. Já não é mais Jacob quem vive, mas Israel. Os detalhes dessa luta são importantes. Jacob se agarra ao seu oponente e o segura firme. Repete o mesmo ato praticado ao nascer quando segurou o calcanhar de Esaú. Para soltar o mensageiro pede algo que nunca recebeu quando criança: a bênção. Mas, uma que fez por merecer e que não é dada por iguais, por humanos: a bênção de Deus. Por isso o novo nome: Israel (aquele que luta com Deus). Jacob lutou intimamente contra todos os seus defeitos. Quando passou a ouvir Deus, venceu o “homem velho”, venceu a si mesmo. Vencido Jacob surge Israel, o novo homem. Um evento tão importante na história dos patriarcas, pois, até então o povo de Israel era conhecido como Hebreus e agora passam a ser conhecidos como “o povo de Israel”.


Outro fato muito importante: durante sua luta Jacob declara que viu Deus face a face e ao encontrar seu irmão Esaú reconciliando-se, obtendo o perdão e vendo bondade em seu rosto, Jacob diz que é como ver a face de Deus. Lembramos, então, de Emmanuel, no Capítulo 1 do Livro “Pensamento e Vida” denominado “O Espelho da Vida”, ditado ao médium Francisco Xavier: “A mente é o espelho da vida em toda parte. [...] definindo-a por espelho da vida, reconhecemos que o coração lhe é a face e que o cérebro é o centro de suas ondulações, gerando força do pensamento que tudo move, criando e transformando, destruindo e refazendo para acrisolar e sublimar”.


Ora, porque Jacob menciona a face de Deus por duas vezes e diz ter visto Deus face a face? Jesus, nas “Bem Aventuranças”, em Mateus 5:8, vai ensinar como Deus é visto: “Bem aventurados os limpos de coração, porque verão a Deus”. Ao vencer a si mesmo na sua luta íntima Jacob se depura. Penitenciando suas faltas, passa a ouvir Deus. Fazendo o caminho de volta permite a reconciliação com o irmão. Temendo, mas, confiando em Deus e fazendo a Sua vontade Jacob permite que seu irmão o perdoe.


Conclui-se, portanto, que Jacob que viu Deus face a face, limpou seu coração e, também, pode ver o coração de Deus. Deus, então, é visto com o coração limpo. Essa depuração passa por vencermos o homem velho que trazemos em nosso íntimo. Jacob venceu o seu "homem velho", pois, reconciliou com seu adversário enquanto estava a caminho com ele (Mateus, 5:25), passando a valorizar os bens espirituais.

sábado, 7 de maio de 2016

ESTUDOS BÍBLICOS NA CASA ESPÍRITA - BIBLIOGRAFIA


Tenho recebido muitas indagações a respeito dos estudos bíblicos e várias perguntas referem-se às obras consultadas para pesquisa. Como afirmamos em outras oportunidades, não criamos nada novo, apenas estamos seguindo bons conselhos de nosso querido irmão em Cristo Haroldo Dutra Dias.

Com a mesma disposição que recebemos suas indicações bibliográficas, também colocamos aqui aquelas e acrescentamos, de nossa parte, outras que estão sendo primordiais em nossa compreensão acerca da obrigação que toda casa espírita tem em estudar a Bíblia.

Pensamos, contudo, que o iniciante nesta modalidade de estudo, tem em mente buscar sempre a consequência moral do estudo e sua própria reforma íntima e que, por isto, leu ao menos uma vez, além do Pentateuco Espírita, os livros: Principiante Espírita, Viagem de 1862; e as Revistas Espíritas (Todas obras de Allan Kardec).

Feitas estas considerações, passemos à bibliografia. É a seguinte:

Nossas indicações:
1. Evangelho Segundo o Espiritismo. Allan Kardec.
2. A Gênese. Allan Kardec.
3. O consolador. Francisco C. Xavier. Espírito Emmanuel.
4. Caminho, verdade e vida. Francisco C. Xavier. Espírito Emmanuel.
5. A caminho da luz. Francisco C. Xavier. Espírito Emmanuel.
6. Brasil, coração do mundo, pátria do evangelho. Francisco C. Xavier. Espírito Humberto de Campos.
7. Novo Testamento. Tradução de Haroldo Dutra Dias.
8. Celeiro de Redenção. Capítulo 5. Haroldo Dutra Dias.

Indicações de Haroldo Dutra Dias:

01 ) Leia a Bíblia como Literatura – Cássio Murilo Dias da Silva – Edições Loyola
02 ) Metodologia de Exegese Bíblica – Cássio Murilo Dias da Silva – Edições Paulinas
03 ) Os Perigos da Interpretação Bíblica – D.A. Carson – Edições Vida Nova
04 ) Entendes o que Lês – Gordon D. Fee & Douglas Stuart – Edições Vida Nova
05 ) Comentário Bíblico Atos Novo Testamento – Craig S. Keener – Editora Atos
06 ) Comentário Bíblico Atos Antigo Testamento – John Walton e Outros – Editora Atos
07 ) As Parábolas de Lucas – Kenneth Bailey – Edições Vida Nova
08 ) O Midraxe – Eliane Ketterer & Michel Remaud – Editora Paulus
09 ) Evangelho e Tradição Rabínica – Michel Remaud – Edições Loyola
10 ) A Torah Oral dos Fariseus – Pierre Lenhardt & M. Collin – Editora Paulus
11 ) Exegese do Novo Testamento – Uwe Wegner – Editora Sinodal e Editora Paulus

Exemplares da Bíblia para comparações textuais:
1. Bíblia do Peregrino. Editora Paulus.
2. Bíblia de Jerusalém. Editora Paulus.
3. Bíblia Sagrada. Editora Paulus.
4. Bíblia - João Ferreira de Almeida (Revista e Corrigida e Revista e Atualizada)

Outras fontes:
1. Torá. Editora Sefer.
2. Dicionário de Hebraico Bíblico.
3. Dicionário de Expressões Bíblicas.
4. Atlas Bíblico.
5. Dicionário de Português.

Cursos:
Hebraico Bíblico (há alguns disponíveis na internet. O que se deve buscar é o que significam as palavras e não a opinião de quem profere o curso)

DESTAQUE DA SEMANA

A DOUTRINA DOS ESPÍRITOS NÃO É ASSUNTO QUE SE ESGOTA EM UMA PALESTRA

  EM SUAS VIAGENS KARDEC MINISTRAVA ENSINOS COMPLEMENTARES AOS QUE JÁ POSSUIAM CONHECIMENTO E ESTUDO PRÉVIO. Visitando a cidade Rochefort, n...