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quinta-feira, 8 de setembro de 2022

ESPÍRITOS NÃO SÃO CABOS ELEITORAIS; ESPIRITISMO É ESCLARECIMENTO; O RESTO É CAVALO-DE-TROIA.

Em um dos trechos adulterados da Obra A Gênese, de Allan Kardec, ano de 1868, o organizador do Espiritismo consignou:

"Por esse princípio: não há fé inquebrantável senão aquela que pode olhar a razão face a face em todas as épocas da humanidade. Ele destrói o império da fé cega que aniquila a razão, a obediência passiva que embrutece; emancipa a inteligência do homem e ergue sua moral". (2018, pg. 406).

Trata-se de frase que se encontra, também, na Revista Espírita. Não há constatação mais atual.

Infelizmente, reproduz-se em redes sociais informações que ferem de morte a revolução moral proporcionada pelo Espiritismo, cuja meta é a transformação da humanidade; numa palavra, sua regeneração.

Em passado não tão distante, o Brasil, assolado pela pandemia de COVID-19, pretensos espíritas divulgando informações atribuídas a "espíritos" onde não se deveria usar a ciência humana, nem suas recomendações sanitárias, mas continuar como se nada estivesse acontecendo; de um lado 'tomando vacina espiritual'; de outro, ficando em situação passiva aguardando o castigo ou a recompensa divina, num verdadeiro processo de seleção natural.

Não satisfeitos, mais recentemente, pseudos espíritas se arvoram a participar de processo político divulgando supostas mensagens em que "espíritos" passam a, DEPOIS DE MORTOS (a redundância é para enfatizar e esclarecer), participar ativamente das eleições gerais no Estado Brasileiro. 

Não trataremos desta 'atividade desses espíritos' (com e minúsculo para auxiliar na compreensão), pois, são afirmações cuja crença nas mesmas e nas supostas mensagens é objeto da fé cega, aquela que não encara a razão face a face. Na pior das hipóteses, resultado do mais indigno fanatismo que transforma uma ciência toda filosófica e moral em uma medíocre religião.

Importante, por outro lado, é apresentarmos o que disse Allan Kardec sobre esses tais espíritas que se permitem à uma conduta tão desairosa diante da Doutrina Moral Espírita, bem como dos próprios princípios e postulados Espíritas. Vejamos:

"Há, entretanto, os que são essencialmente refratários a essas ideias, mesmo entre os mais inteligentes, e que certamente não as aceitarão, pelo menos nesta existência; em alguns casos, de boa-fé, por convicção; outros por interesse. São aqueles cujos interesses materiais estão ligados à atual conjuntura e que não estão adiantados o suficiente para deles abrir mão, pois o bem geral importa menos que seu bem pessoal - ficam apreensivos ao menor movimento reformador". (idem).

Quanto às mentiras que propagam, pois agem como se o Espiritismo não preconizasse a liberdade, a responsabilidade pessoal, a fraternidade e a solidariedade, que nascem da base inabalável do dever e da caridade, ou mesmo quanto à reencarnação, vida futura e consequências de atos individuais, adverte Kardec:

"A verdade é para eles uma questão secundária, ou melhor dizendo, a verdade para certas pessoas está inteiramente naquilo que não lhes causa nenhum transtorno. Todas as ideias progressivas são, de seu ponto de vista, ideias subversivas, e por isso dedicam a elas um ódio implacável e lhes fazem uma guerra obstinada". (idem).

O (a) leitor (a) certamente poderá observar ao seu redor que é exatamente o que ocorre nos dias atuais. Destaca Kardec sobre esses supostos espíritas:

"São inteligentes o suficiente para ver no Espiritismo um auxiliar das ideias progressistas e dos elementos da transformação que tem e, por não se sentirem à sua altura, eles se esforçam por destruí-lo. Caso o julgassem sem valor e sem importância, não se preocupariam com ele". (ibidem).

Essas supostas mensagens e os seus propagadores, sejam encarnados ou não, realmente provam o conteúdo da mensagem obtida na Sociedade Parisiense de Estudos Espíritas, que ficou conhecida como a profecia de 1867, onde Allan Kardec foi advertido pelo plano elaborado pelos inimigos do espiritismo.

Ferrenhos adversários, verdadeiros inimigos das ideias progressistas, tendo tentado destruir a doutrina por fora na época de Kardec, no futuro voltariam tentando destruí-la por dentro. Um verdadeiro cavalo-de-troia no Espiritismo.

Vamos refletir e combater os inimigos do Espiritismo seriamente.

Uberaba-MG, 08/09/2022
Beto Ramos

sexta-feira, 2 de setembro de 2022

PROJETO DE REGULAMENTO PARA USO DE GRUPOS E PEQUENAS SOCIEDADES ESPÍRITAS

 

Está disponível para baixar o Projeto de Regulamento de Casas, Grupos e Sociedades Espíritas disponibilizado por Allan Kardec.

Trata-se de um material que o organizador do Espírito repassou para os grupos durante sua Viagem Espírita em 1862.

Em PDF no drive, disponibilizamos para estudantes, coordenadores, diretores e presidentes de grupos que queiram atender às advertências de Kardec e regulamentar as atividades conforme o Espiritismo propõe.

Acesse e baixe agora: PROJETO DE REGULAMENTO

Uberaba-MG, 02/09/2022.
Beto Ramos.


quinta-feira, 1 de setembro de 2022

PRECES E ATOS EXTERIORES DE CULTO REGIOSO NO ESPIRITISMO


Quem não observou toda uma assistência de reunião espírita repetir em coro uma prece ou uma fórmula qualquer assemelhando-se a culto religioso? Essa situação é muito mais comum do que se pensa, principalmente, no Brasil.

Esse não é um assunto novo e causa espanto encontrar-se nos dias atuais a situação acima descrita. Todo aquele que estuda o Espiritismo sabe que a questão foi muito bem abordada e resolvida por Allan Kardec.

Várias são as fontes onde Kardec tratou de tais temas. Vamos citar, para fins do presente artigo, a obra Viagem Espírita em 1862, item 11. Tendo visitado mais de uma vintena de cidades, o organizador do Espiritismo pode responder questões e tratar sobre o uso de práticas exteriores de cultos nos grupos.

Relata Kardec na obra que "[...] frequentes vezes me tem sido indagado se é útil começar as sessões com preces e atos exteriores de culto religioso". Ao responder enfatiza: "A resposta não é apenas minha, mas também dos Espíritos que trataram desse assunto".

Para elucidar e esclarecer Kardec divide sua resposta, a princípio, em duas partes, para, ao final apresentar uma conclusão a respeito de ambas.

Kardec afirma que, mais que útil, é necessário:

- Rogar, através de uma INVOCAÇÃO ESPECIAL, por uma espécie de prece, o CONCURSO DOS BONS ESPÍRITOS.

Nesse caso, esclarece, a rogativa feita predispõe o indivíduo ao recolhimento, sendo que é o recolhimento a CONDIÇÃO ESPECIAL para TODA REUNIÃO SÉRIA.

Pesquisando as palavras vamos aprender que recolhimento quer dizer concentração, meditação, ter comedimento e recato. Invocar é pedir o auxílio e a assistência, recorrer a [o bom Espírito]. Concurso é cooperar, participar, assistir.

De posse do significado das palavras acima vamos compreender o que Kardec vai esclarecer sobre a questão da prece:

"aconselhamos a abstenção de qualquer prece litúrgica, SEM EXCEÇÃO mesmo da Oração Dominical por mais bela que seja".

A oração dominical é também conhecida como o Pai Nosso. Kardec fundamenta que o Espiritismo não exige a ninguém que abjure (renuncie) à sua religião para se tornar Espírita. Vai mais longe e afirma que o objetivo do Espiritismo é estudar e esclarecer sobre questões morais, que permeiam religiões e nações.

Destarte, ensina Kardec que o Espiritismo é um terreno neutro, sobre o qual TODAS as opiniões religiosas podem se encontrar e dar-se as mãos. Segundo Kardec e os Espíritos que trataram dessas questões a missão do Espiritismo é abolir o antagonismo religioso. É nesse sentido que DEVE abster-se de discutir dogmas particulares.

Sem uma conduta neutra, explica Kardec, não se poderia, por exemplo, impedir que um Espírita muçulmano se colocasse na posição deitada (prosternar-se) ao solo e recitasse sua fórmula religiosa em que 'só há um Deus e Maomé é o seu profeta'.

Não há, lado outro, qualquer inconveniente naquela prece que é feita em intenção de qualquer pessoa INDEPENDENTE DE TODO E QUALQUER CULTO. Para o Espiritismo é RIDÍCULO fazer com que os assistentes de uma reunião espírita REPITA EM CORO uma prece ou uma fórmula qualquer.

Mentalmente, a seu bel prazer, cada um é livre para a prece que julgar necessária, todavia, NADA OSTENSIVO, NEM OFICIAL.

Quanto ao uso de práticas exteriores, tudo que foi desenvolvido, afirma Kardec, se referem ao sinal da cruz, bem como o hábito de se colocar de joelhos, entre outras práticas. A reunião deve se pautar pela gravidade (seriedade) e respeito, além do recolhimento.

Segundo Kardec e os Espíritos Superiores não se deve adotar qualquer formalidade de nenhum culto ou religião. O Espiritismo NÃO É UMA NOVA SEITA. Nenhum ritual deve ser empregado. Pode ser Espírita qualquer pessoa INDEPENDENTE DA SUA MANEIRA DE ADORAR A DEUS.

Sem qualquer melindre de sinais exteriores, esclarece Kardec, o Espiritismo chama a si TODOS OS ADEPTOS DE TODAS AS CRENÇAS, cujo objetivo é uni-los sob as seguintes bases:

  • Caridade;
  • Fraternidade;
  • Igualdade.

Repita-se que o Espiritismo aconselha a abstenção de qualquer liturgia, sem exceção.

Essas advertências, esclarece Kardec, se dirigem para CENTROS, GRUPOS E SOCIEDADES.

Na casa de cada um o Espiritismo não se mete e a liberdade de agir é respeitada.

Tais questões foram tratadas por Kardec há 160 (cento e sessenta anos), mas muitos procedem de modo diferente. O que fazer para modificar esse estado de coisas? Em nosso caso, correndo o risco de receber a pecha do antipático, vamos continuar divulgando e propagando o Espiritismo, tal qual o é em Verdade e em Espírito. Sigamos em frente com Kardec.

Uberaba-MG, 01/09/2022
Beto Ramos.


DESTAQUE DA SEMANA

A DOUTRINA DOS ESPÍRITOS NÃO É ASSUNTO QUE SE ESGOTA EM UMA PALESTRA

  EM SUAS VIAGENS KARDEC MINISTRAVA ENSINOS COMPLEMENTARES AOS QUE JÁ POSSUIAM CONHECIMENTO E ESTUDO PRÉVIO. Visitando a cidade Rochefort, n...