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sexta-feira, 7 de outubro de 2022

PROFECIA OU AVISO DOS ESPÍRITOS? CHEGARAM OS TEMPOS ANUNCIADOS!

As coisas estão ocorrendo com tanta rapidez que os Espíritos avisam: "já não dizemos mais que os tempos estão próximos, mas OS TEMPOS SÃO CHEGADOS".

Esta comunicação é do maior interesse de todos, pois que se trata de instruções dos Espíritos sobre a REGENERAÇÃO DA HUMANIDADE.

Será um novo dilúvio? Um cataclismo? Uma perturbação geral? Seriam convulsões parciais do globo, os sinais dos tempos?

Essa mensagem não é nova, uma vez que há diversas previsões no Evangelho de Jesus. É isto que se realiza e se cumpre neste momento, mas que será reconhecido como tal apenas mais tarde.

Será que todos os sinais anunciados no Evangelho do Cristo vão ocorrer como está escrito letra por letra? O aviso dos Espíritos é que não devemos tomar esses sinais e anúncios pela sua letra, mas é preciso captar o espírito. Naquelas escrituras existem grandes verdades, mas estão cobertas pelo véu da alegoria. Nós não podemos nos extraviar na sua interpretação, pois isso nos desvia da compreensão do que está predito.

Para entender os sinais de que os tempos preditos chegaram, há necessidade de uma chave para a compreensão do seu verdadeiro sentido. Essa chave está nas descobertas da Ciência e nas leis do mundo espiritual que o Espiritismo nos revela. Dessa forma, tudo que era incompreensível se torna claro e de fácil entendimento.

Os Espíritos avisam que tudo segue uma ordem natural de coisas e está submetido às leis imutáveis de Deus. Não haverá milagres, não haverá acontecimentos prodigiosos, nada de sobrenatural. Não haverá NENHUM sinal no céu. De nada adiantará ficar olhando para ele. Quem anuncia o contrário são enganadores.

Para ver os sinais precursores será preciso olhar ao redor, entre os indivíduos que compõem a sociedade humana; será aí que os sinais serão encontrados.

Há uma agitação em todo o planeta Terra e todos os Espíritos estão como se tivessem um pressentimento de que se aproxima uma tempestade. Já se pode adiantar que NÃO HAVERÁ UM FIM DO MUNDO MATERIAL.

Não é disso que se trata. Não acredite em nenhuma teoria apocalíptica de fim do mundo. A verdade é que a Terra progrediu desde sua transformação e deverá progredir mais ainda. Deus não quer a Terra destruída. O fato é que a HUMANIDADE chegou a um de seus períodos de transformação. A Terra, por sua vez, se elevará na hierarquia dos mundos.

Os Espíritos avisam: "Não é, pois, o fim do mundo material que se prepara, mas o fim do mundo moral; é o velho mundo, o mundo dos preconceitos, do egoísmo, do orgulho e do fanatismo que se desmorona; cada dia leva consigo os seus destroços".

Os Espíritos, nessa comunicação, também esclarecem: "Tudo acabará para ele com a geração que se vai, e a GERAÇÃO NOVA ERGUERÁ O NOVO EDIFÍCIO QUE AS GERAÇÕES SEGUINTES CONSOLIDARÃO E COMPLETARÃO".

A comunicação traz uma advertência importante, quem tiver ouvidos de ouvir e olhos de ver que ouçam e vejam, pois, dizem os Espíritos: "Para que os homens sejam felizes na Terra, é necessário que esta só seja povoada de Espíritos bons, encarnados e desencarnados, que não quererão senão o bem".

Segundo os Espíritos "[...] uma grande emigração se realiza neste momento entre os que a habitam [a Terra]; os que fazem o mal pelo mal e não são tocados pelo sentimento do bem por não serem dignos da Terra transformada, dela serão excluídos, porque aí trariam novamente a perturbação e a confusão e seriam um obstáculo ao progresso".

Mas, o que de fato vai ocorrer com esses Espíritos arraigados no mal? Segundo essa comunicação, "Irão expiar seu endurecimento nos mundos inferiores, para onde levarão os conhecimentos adquiridos e terão por missão fazê-los progredir".

Além disto, os Espíritos anunciam nessa mensagem o que vai ocorrer aqui no planeta com os Espíritos endurecidos: "Serão substituídos na Terra por Espíritos melhores, que farão reinar entre eles a justiça, a paz e a fraternidade".

Portanto, como disseram, a Terra será transformada. Não por cataclismos e convulsões, o que poderia aniquilar subitamente uma geração. O que ocorrerá é o seguinte: "A geração atual desparecerá gradualmente, e a nova a sucederá, sem que nada seja mudado na ordem natural das coisas. Tudo se passará exteriormente, como de hábito, com uma única diferença, mas esta diferença é capital: uma parte dos Espíritos que aí se encarnavam não mais encarnarão. Numa criança que nascer, em vez de um Espírito atrasado e devotado ao mal que tivesse encarnado, será um Espírito mais adiantado e devotado ao bem".

Quem aguarda uma transformação por efeitos sobrenaturais e maravilhosos ficarão decepcionados. Estamos em uma época de transição. Segundo a mensagem, os Espíritos afirmam que "os elementos das duas gerações se confundem. Colocados em ponto intermediário, assistis a partida de uma e à chegada de outra, e cada um já se assinala no mundo pelos caracteres que lhe são próprios".

Há um antagonismo no campo das ideias e dos pontos de vista opostos. Segundo os Espíritos informam, "pela natureza das disposições morais, mas, sobretudo, das disposições intuitivas e inatas, é fácil distinguir a qual das duas pertence cada indivíduo".

Estamos vivenciando neste planeta a fundação da era do progresso moral, "a nova geração se distingue por uma inteligência e uma razão geralmente precoces, aliadas ao sentimento inato do bem e das crenças espiritualistas, o que é sinal indubitável de certo grau de progresso anterior".

De acordo com a mensagem, os Espíritos avisam que a nova geração "não será composta exclusivamente de Espíritos eminentemente superiores, mas daqueles que, tendo já progredido, estão predispostos a assimilar TODAS AS IDEIAS PROGRESSIVAS, e aptos a secundar o movimento regenerador".

Observando ao redor, segundo nos avisam os Espíritos, "o que distingue os Espíritos atrasados é, primeiro, a revolta contra Deus pela negação da Providência e de todo poder superior à Humanidade; depois, a propensão instintiva às paixões degradantes, aos sentimentos antifraternos do egoísmo, do orgulho, do ódio, do ciúme, da cupidez, enfim, a predominância do apego a tudo que é material".

Uma das características de grande parte de certos Espíritos que parecem votados ao mal é que, em verdade, estão como que hipnotizados por pessoas e coisas. Nesse sentido, para alguns, "uma vez subtraídos à influência da matéria e dos preconceitos do mundo corporal, a maioria verá as coisas de maneira completamente diferente do que quando vivos".

Por fim, o aviso está dado: "só haverá exclusão definitiva para os Espíritos rebeldes por natureza, aqueles que o orgulho e o egoísmo, mais que a ignorância, tornam-se surdos à voz do bem e da razão".

Alguns sinais demonstrarão a marcha veloz deste tempo chegado; dizem os Espíritos: "[...] ver-se-ão os suicídios multiplicando-se em proporção nunca vista, até entre as crianças. A loucura jamais terá ferido maior número de homens que, mesmo antes da morte, serão riscados do número dos vivos. São estes os verdadeiros sinais dos tempos".

Essa mensagem deixa claro, também, quais são os sinais do raiar da ERA NOVA: "[...] os povos se estendem as mãos; a barbárie se familiariza ao contato da civilização; os preconceitos de raças e de seitas, [...] se extinguem; o fanatismo e a intolerância perdem terreno, enquanto a liberdade de consciência introduz-se nos costumes e se torna um direito".

De fato, como ensinam com benevolência os Espíritos: "o mundo está num imenso processo de gestação [...]. Nesse trabalho, ainda confuso, vê-se, no entanto, dominar uma tendência ao objetivo: o da unidade e da uniformidade que predispõem à fraternização".

Até superarmos a fase migratória e da exclusão dos Espíritos endurecidos, teremos ainda que lutar contra os dois maiores inimigos do movimento regenerador: "[...] a incredulidade e o fanatismo que, coisa bizarra, se dão as mãos para o abater".

Essa mensagem foi recebida pelos médiuns Srs. M. e T., em sonambulismo, no mês de abril de 1866.

Fonte: Revista Espírita, outubro de 1866.

Uberaba-MG, 07/10/2022.
Beto Ramos.

sexta-feira, 23 de setembro de 2022

PLURALIDADE DOS TESTEMUNHOS


Método científico apropriado aos fatos históricos. 



Ainda hoje vários campos da ciência utilizam esse método científico. É o caso, por exemplo, do Direito Penal e Processual Penal, ramo da Ciência Jurídica (ou do Direito), onde é comum a autoridade policial e seus agentes, em sede inquisitorial, envidar esforços para ouvir todas as testemunhas que presenciaram determinado evento delitivo.

Nesse sentido, não há qualquer surpresa verificar que Allan Kardec, o organizador do Espiritismo, também houvesse lançado mão do mesmo recurso.

Em razão da natureza da revelação Espírita e da sua fonte (manifestações e comunicações dos Espíritos), isto é, tratando-se de algo cuja concepção não é puramente humana, bem como ocorrer por todo o planeta, em toda parte, por todos os povos e nações, por todas as seitas e por todos os partidos, Kardec teve necessidade de validar as informações que eram recebidas.

O fato é que, entre os Espíritos como entre os seres humanos, há diversos graus de conhecimento. Sabendo que nenhum Espírito possui, individualmente, toda a verdade, seria imprudência aceitar e propagar uma mensagem somente em razão de sua fonte ser espiritual.

Além disto, o organizador do Espiritismo percebia que nas manifestações havia ensino moral, tanto quanto embustes, opiniões pessoais, sistemas, falsos ensinos e utopias.

Era, portanto, necessário criar uma forma de controle. Kardec se orientou da seguinte maneira:

1. Pelo crivo da razão;

2. Pelo uso do bom-senso;

3. Pela lógica rigorosa.

E não permitia exceção para nenhuma comunicação. Desta maneira, qualquer comunicação que não passasse por esse primeiro controle deveria ser REJEITADA.

Mas, não ficava somente nisto. Era necessária a concordância com os princípios doutrinários essenciais. Além disto, estabeleceu o critério da CONCORDÂNCIA DO ENSINO DOS ESPÍRITOS, cuja fonte deveria se dar pela:

a. Pluralidade de Espíritos;

b. Pluralidade de Médiuns;

c. Médiuns de diferentes centros;

d. Médiuns desconhecidos entre si.

e. Pluralidade de localidades de onde emanam as comunicações.

f. Espontaneidade na comunicação quanto o tema central fosse doutrinário.

O fato é que as revelações obtidas por esse método, ou seja, pela universalidade dos Espíritos, somente pela coincidência entre os ensinos é que se lhe atribua valor.

Curiosamente, esse método ao qual Kardec lançou mão para validar o ensino dos Espíritos, não foi objeto de revelação, tampouco sua invenção. Foi tomado emprestado da ciência que estudava fatos históricos.

No século 19, como ensina FIGUEIREDO, na obra AUTONOMIA, as ciências históricas baseavam-se em um tipo de conhecimento chamado Testemunho dos Indivíduos. Os pesquisadores e cientistas precisavam atestar a veracidade do testemunho, a fim de afastar as opiniões puramente pessoais. Desta maneira buscavam evitar:

I - O erro;

II - A mentira;

III - E os vícios que podem corromper o discurso.

Ora, um indivíduo poderia se iludir em sua observação dos fatos sem se dar conta disso, por sua ignorância quanto às leis envolvidas. O importante que, usando esse método, todos poderiam dar seu testemunho.

No caso, é o indivíduo que interroga quem deve ter o cuidado de perguntar a cada um acerca dos fatos sobre os quais poderia depor, como nos ensina PAUL JANET, filósofo espiritualista racional do século 19. Por um lado, quem vivenciou determinado fato particular ou vivência específica é o verdadeiro conhecedor naquelas circunstâncias. Por outro lado, como julgar a sinceridade de depoente? Como afastar o seu interesse pessoal? Como confiar na testemunha?

Esses pontos precisavam ser controlados, e assim:

A) independente da sinceridade, se a testemunha é única, há razões suficientes para a DÚVIDA;

B) o testemunho tem peso maior quando MUITAS testemunhas participam do mesmo fato;

C) ainda haverá a hipótese de que padecem de ignorância coletiva ou falsidade num ponto determinado;

Nesse sentido é necessário:

- Comparar os testemunhos;

- Observar quais são os mais esclarecidos;

- Pesar entre os numerosos que não esclarecem e dar atenção aos mais esclarecidos;

- Investigar se os testemunhos foram desinteressados (esses possuem mais valor).

À medida que o testemunho apresenta origens diversas, classes, paixões, interesse e conhecimento entre as testemunhas, se verá maior conformidade de suas declarações, como ensina Paul Janet. Segundo esse autor, é um erro grave considerar um testemunho como fonte única de certeza no exame de um fato ou fenômeno. É compreender o fato e saber que o testemunho é um fato composto.

Para compreendê-lo e atestá-lo é necessário o uso da maior parte das faculdades intelectuais do ser humano, considerando:

    • a autoridade da consciência;
    • a autoridade dos sentidos;
    • a autoridade do juízo;
    • a autoridade do raciocínio.

Em filosofia há espaço para uso do testemunho pela inteligência humana, mas o testemunho não submete a inteligência humana a ele completamente. Kardec usou esse método para deduzir os princípios da Doutrina Espírita.

Nas suas pesquisas sobre o elemento espiritual, em diálogos com Espíritos, Kardec se dedicou a estudar as milhares de comunicações. Mas, havia outro problema. O Espírito é um ser humano desencarnado, cujo testemunho tem valor relativo ao do encarnado, isto é, são apenas opiniões.

Como a Doutrina Espírita é revelação dos Espíritos, somente estes poderiam ensinar sobre o mundo espiritual, pois, somente eles percebem fatos e fenômenos espirituais por meio de seu perispírito.

Foram os Espíritos superiores, estudando o mundo espiritual, que produziram a ciência dos Espíritos. É baseado nas suas instruções e nas Leis Naturais de seu mundo que se constituiu a Doutrina dos Espíritos.

Na Revista Espírita de 1861, Kardec afirma que os Espíritos consentiram em nos iniciar em parte quanto ao seu mundo. Portanto, deve ficar claro que o meio principal da observação para a ciência espírita são os testemunhos dos Espíritos por meio dos médiuns. Kardec ouvia tanto os Espíritos superiores quanto mantinha contato com a máxima diversidade de Espíritos, cujo objetivo era identificar os fatos que mereciam estudo. Como ele mesmo confessa, aprendeu a conversar com os Espíritos pela experiência (RE, 1859).

Junto ao seu grupo de pesquisadores, Kardec identificava os fenômenos, considerava as hipóteses relevantes para explicá-los e, só então, os pesquisadores recebiam o ensino oportuno dos Espíritos, isto é, a elucidação das generalizações e das leis derivadas.

Na obra A Gênese (1868), Kardec afirma que a iniciativa da elaboração da Doutrina Espírita é dos Espíritos, mas há uma parte que cabe à atividade humana. Assim, não sendo resultado da opinião pessoal de nenhum Espírito, a Doutrina Espírita é o resultado do ensinamento coletivo e concordante dos Espíritos e, somente por isso, é que se trata de uma Doutrina dos Espíritos.

Em conformidade com a Filosofia Espiritualista, tendo como base o método das ciências históricas, Kardec declara na obra A Gênese que o CARÁTER ESSENCIAL DA DOUTRINA ESPÍRITA É A GENERALIDADE E CONCORDÂNCIA NO ENSINO, fruto de revelações espontâneas, pois, são eles, os Espíritos, quem controlam a sucessão e o progresso do ensino espírita.

Kardec resolveu a crise interna no uso do método científico das ciências históricas quanto ao testemunho como fato composto, usando todas as faculdades humanas na sua apreciação. Na obra A Gênese (1868), Kardec informa que submete a coletividade de opinião dos Espíritos ao critério da lógica, cuja aplicação constitui a força da Doutrina e lhe assegura a perpetuidade.

Nenhuma revelação será considerada divina, nem se submeterá ao campo da fé cega; todas as comunicações sofrerão a aplicação do método científico do testemunho, submetendo-se ao pensamento racional e positivo. Na Introdução do Evangelho Segundo o Espiritismo, item 2, encontra-se os elementos que atribui a AUTORIDADE DA DOUTRINA ESPÍRITA ou aquela que Kardec chamou de A FORÇA DO ESPIRITISMO: a universalidade do ensino dos Espíritos.

   Uberaba-MG, 23/09/2022
   Beto Ramos

domingo, 11 de setembro de 2022

A NOVA GERAÇÃO E AS IDEIAS HUMANITÁRIAS

"Quanto mais uma ideia é grandiosa, mais encontra adversários, e pode-se medir sua importância pela violência dos ataques dos quais seja objeto". (A Gênese)

Exemplos não faltam para que sejamos céticos quanto à regeneração da humanidade. Mas, o Espiritismo anuncia que 'a nova geração marchará para a realização de todas as ideias humanitárias compatíveis com o grau de adiantamento ao qual tenha chegado' (A Gênese, 1868 [FEAL, 2018], pg. 406).

Ocorre que o Espiritismo não criou a denominada 'renovação social'. Na verdade, se trata de uma necessidade humana. Todavia, a Doutrina Espírita traz em si um poder moralizador, em razão da suas tendências progressivas, sua elevação de propósitos, bem como pela generalidade das questões que abraça.

Nesse sentido, o papel do Espiritismo será secundar o movimento regenerador. Isto não quer dizer que todos deverão professar a Doutrina Espírita. Pelo contrário. O propósito da nova geração, isto é, realizar todas as ideias humanitárias, demonstra que avançam para o mesmo alvo.

Espíritas e não espíritas da nova geração, buscando realizar seus objetivos, vão se [re]encontrar no mesmo terreno. Destarte, a parcela da humanidade favorável ao progresso, encontrará nas ideias espíritas um poderoso recurso. O Espiritismo, ao seu turno, encontrará pessoas renovadas e dispostas a aceitar suas ideias.

Na verdade, trata-se de um terreno devidamente preparado e fecundo para receber as ideias que se encontram no Espiritismo. Cada vez mais, em todos os campos e em todas as áreas,  mais se falará de autonomia, liberdade e moral. Não a moral ditada por certos grupos, cujo objetivo é a manutenção de poder e dos próprios interesses, mas a boa conduta externada no agir no bem e para o bem do outro em detrimento do próprio (L.E., Q. 629).

Sem dúvida, atualmente, os refratários parecem constituir número maior do que realmente representam. A verdade é que são, realmente, mais barulhentos. Gritam que são detentores de qualidades que estão longe de adquirir; berram que não possuem péssimos hábitos, os quais insistem em  se mostrar provando quem realmente são; Atacam exclamando que as ideias progressistas são, de seu ponto de vista, subversivas e, como escreveu Kardec, 'por isso dedicam a elas um ódio implacável e lhe fazem uma guerra obstinada' (idem, pg. 407).

Essa turba, em verdade, constitui o grande número dos retardatários. No entanto, nada podem contra essa 'onda que sobe, [..] que se ergue, ao passo que eles desaparecem com a geração que se vai a cada dia a largos passos' (idem, pg. 407).

Que fará essa turba? Lançar algumas pedras, defender seu pequeno terreno, lutar...

Mas, a luta que travam é desigual, esses retardatários representam um 'passado decrépito que cai em trapos contra o futuro jovem'. (idem, pg. 408). Trata-se, por fim, a luta da estagnação contra o progresso. Em espiritismo o progresso é uma lei imutável. Dele não há quem escape. Eis que os tempos assinalados são chegados.

Uberaba-MG, 11/09/2022.
Beto Ramos.

DESTAQUE DA SEMANA

A DOUTRINA DOS ESPÍRITOS NÃO É ASSUNTO QUE SE ESGOTA EM UMA PALESTRA

  EM SUAS VIAGENS KARDEC MINISTRAVA ENSINOS COMPLEMENTARES AOS QUE JÁ POSSUIAM CONHECIMENTO E ESTUDO PRÉVIO. Visitando a cidade Rochefort, n...