Seguidores

Pesquisar este blog

Mostrando postagens com marcador CIÊNCIA ESPÍRITA. Mostrar todas as postagens
Mostrando postagens com marcador CIÊNCIA ESPÍRITA. Mostrar todas as postagens

domingo, 18 de abril de 2021

NOÇÕES ELEMENTARES DE ESPIRITISMO


São muitas as publicações trazendo "noções de espiritismo". No entanto, parece que há uma variedade de informações que não são condizentes com Espiritismo e, menos ainda, com a Doutrina Espírita. Se você se espantou quando usamos duas expressões proporcionando sentidos diferentes, o objetivo é exatamente esse. Talvez o erro mais primário é considerar essas expressões como sinônimos, quando, definitivamente, não são.

O Espiritismo é uma ciência-filosófica. Isto em razão do fato que, ao mesmo tempo em que é uma ciência da observação, também é uma doutrina filosófica. "Como ciência prática, consiste nas relações que se podem estabelcer com os Espíritos; como filosofia, compreende todas as consequência morais que decorrem dessas relações" (O que é o Espiritismo - Allan Kardec). 

Foi Allan Kardec quem melhor definiu o Espiritismo: "é uma ciência que trata da natureza, da origem e do destino dos Espíritos e de suas relações com o mundo corporal."

A Doutrina dos Espíritos é o conteúdo dessa ciência-filosófica, devidamente organizada e distribuída nas obras denominadas, no conjunto, de Codificação Espírita. O Espiritismo é a ciência-filosófica emanada de fonte espiritual. Isto é, trata-se da Ciência dos Espíritos. Enquanto que, ao seu turno, a Doutrina Espírita é o conteúdo transmitido pelos Espíritos, ou, ainda, podemos afirmar, o ensino dos Espíritos.

O Espiritismo é, ainda, filosofia, em razão de que o seu conteúdo, devidamente desenvolvido, explicado e esclarecido pelos Espíritos, possui como fonte a Filosofia Espiritualista Racional. São suas fontes remotas a própria filosofia desenvolvida ao longo dos séculos, principalmente aquela surgida por volta de 600 (seiscentos) anos antes da era Cristã (ou a.C.).

Com base nisto podemos afirmar que o testemunho de fenômeno espírita não torna aquele que não crê um convicto, pois, muitos possuem indagações advindas de ideias preconceituosas ou de objeções que são impossíveis de responder imediata e completamente em razão da ausência de um conhecimento, seja pelo incrédulo ou pelo objetor,  mais aprofundado dessa ciência-filosófica.

O conhecimento do Espiritismo é possível a partir da observação das causas e condições em que os fenômenos ocorrem, mas é preciso muito estudo para não tomar a causa pelo efeito. É ingenuidade pretender controlar os fenômenos espíritas, uma vez que não se pode fazer com  ele as mesmas experiências que se faz com a química ou a física.

É o observador quem deve colocar-se nas condições necessárias para observar os fenômenos espíritas que não ocorrem de conformidade com a vontade desse mesmo observador. Por exemplo, quem parte do pressuposto que não existem Espíritos, nunca estará na condição de compreender que existem os efeitos, isto é, os fenômenos que ocorrem em razão da inteligência que está por trás dos mesmos (os Espíritos) - a causa dos fenômenos espirituais.

Observando os vários "tratados" sobre Espiritismo, existem os que entenderam mal ou praticaram mal o Espiritismo. Existem tratados absurdos e cheios de erros. É que, no desejo incontrolável de publicar uma obra a respeito desse ou daquele tema, os "escritores" não observam corretamente os fenômenos e não percebem que as aparências não podem tomar por base o juízo do investigador. É necessário saber o que o Espiritismo admite e o que ele rejeita, pela razão e pela experiência.

Existem muitas noções sobre o Espiritismo que podem ser adquiridas em obras mais sintéticas que foram escritas por Allan Kardec. Sugerimos ao interessado em Espiritismo que procure começar o seu caminhar por essa bela ciência-filosófica apreendendo o seu rico conteúdo.

Uberaba-MG, 18 de abril de 2021.

Beto Ramos.

segunda-feira, 4 de janeiro de 2021

ESPIRITISMO: CIÊNCIA DA OBSERVAÇÃO COM MÉTODO EXPERIMENTAL

Fonte: banco de imagns google/internet (experiências de laboratório)

Talvez uma das grandes dificuldades enfrentadas pelos Espíritas é afirmar o Espiritismo como ciência. Nos dias atuais não encontramos o mesmo “clima acadêmico” da época de Kardec. Além disto, poucos sabem, verdadeiramente, situar o Espiritismo como ciência no próprio tempo em que viveu o Codificador da Doutrina Espírita.

Nesse sentido, os que buscam afirmar o Espiritismo como ciência, nos dias de hoje, ficam com certas dificuldades quando indagados acerca do caráter materialista da ciência tradicional que exige a prova experimental. Quem poderá responder que o Espiritismo é, rigorosamente, do ponto de vista científico, quanto à sua elaboração, uma ciência experimental?

O estudante, ao pesquisar, irá se deparar com o dilema enfrentado pelos precursores da ideia espírita cujo objeto de investigação é o mesmo da ciência metafísica, um subgrupo das ciências filosóficas que, de acordo com a classificação aceita no período contemporâneo a Kardec, pertencia ao grande grupo das Ciências Morais. Na atualidade não se verifica essa divisão que se perdeu no caminho da “evolução” científica.

Possuir essa informação faz toda a diferença. A dificuldade gira em torno do objeto de pesquisa: Deus, alma, matéria, psicologia racional, cosmologia racional e teologia racional. O Filósofo Paul Janet perguntará: como poderia o absoluto ser estudado de maneira experimental?

A princípio, considera-se ciência as que partem por construção do que “deve ser” e não daquilo que “é na realidade”. O ponto de partida, após a experiência, se conclui em determinado resultado, o que permite conhecer fatos e fenômenos. Ou, ainda, o processo pelo qual há uma ocorrência fortuita e casual quando considerada isoladamente, mas, necessária e inevitável ao ser relacionada às causas que lhe deram origem.

Sendo a metafísica abstrata e ideal, cujo objeto de pesquisa ultrapassa o objeto de investigação da ciência concreta, a priori, não poderia ser o resultado da experiência. Para muitos, é possível que não seja nem mesmo ciência, vez que “não seria possível nem pela razão, nem pela experiência”.

A solução desse problema, primeiramente, ocorreu por meio da aplicação do método reflexivo, isto é, o resultado da pesquisa não seria produto da imaginação, mas, da observação, onde, para além da ideia de concepção das coisas, há verdadeira sensação e percepção.

Mas, Allan Kardec, superou essa teoria e comprovou que os fenômenos espíritas eram passíveis de experimentações materiais. E, o que é mais notável, tais experiências demonstrariam resultados positivos. Até o advento do Espiritismo acreditava-se que o método experimental, aplicado às ciências e responsável pelos seus progressos, era somente aplicado à matéria. Kardec provará que esse método, também, pode ser aplicado às coisas metafísicas.

A grande revolução do conhecimento está no fato de que as ideias metafísicas podem ser observadas e experimentadas. O processo é simples. Os Espíritos comunicam-se por meio dos médiuns e transmitem conhecimento. Esses conhecimentos referem-se ao mundo espiritual. Os Espíritos tratam do ambiente físico em que vivem, das leis naturais que regem esse ambiente e de suas experiências dos fenômenos que lhes ocorrem, os quais são percebidos por meio dos sentidos de seu corpo espiritual.

Estamos diante de dois novos ramos do conhecimento humano:

a) Epistemologia espírita: método fundamentado de Kardec usado para pesquisar e compreender nas manifestações os ensinamentos dos Espíritos;

b) Epistemologia dos Espíritos: teoria do conhecimento do mundo dos espíritos (como os Espíritos descobrem coisas e aprendem).

Temos a experiência na Ciência dos Espíritos e a observação na Ciência Espírita. A partir do surgimento da Doutrina dos Espíritos é possível o ser humano superar a limitação de estudar a natureza somente pelos sentidos e de abordar as questões espirituais somente por meio da reflexão. 

É válido argumentar que o Espiritismo não é produto da imaginação, pois, ultrapassa o problema do método enfrentado pela metafísica como compreendida antes do seu advento. O método reflexivo foi superado. Como todas as demais ciências positivas, ao Espiritismo aplica-se o método experimental.


Uberaba-MG, 04 de Janeiro de 2021.

Beto Ramos


Fonte Bibliográfica:

FIGUEIREDO, Paulo Henrique de. Revolução Espírita – a teoria esquecida de Allan Kardec. São Paulo – SP: Maat, 2016.


DESTAQUE DA SEMANA

A DOUTRINA DOS ESPÍRITOS NÃO É ASSUNTO QUE SE ESGOTA EM UMA PALESTRA

  EM SUAS VIAGENS KARDEC MINISTRAVA ENSINOS COMPLEMENTARES AOS QUE JÁ POSSUIAM CONHECIMENTO E ESTUDO PRÉVIO. Visitando a cidade Rochefort, n...