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segunda-feira, 4 de janeiro de 2021

ESPIRITISMO: CIÊNCIA DA OBSERVAÇÃO COM MÉTODO EXPERIMENTAL

Fonte: banco de imagns google/internet (experiências de laboratório)

Talvez uma das grandes dificuldades enfrentadas pelos Espíritas é afirmar o Espiritismo como ciência. Nos dias atuais não encontramos o mesmo “clima acadêmico” da época de Kardec. Além disto, poucos sabem, verdadeiramente, situar o Espiritismo como ciência no próprio tempo em que viveu o Codificador da Doutrina Espírita.

Nesse sentido, os que buscam afirmar o Espiritismo como ciência, nos dias de hoje, ficam com certas dificuldades quando indagados acerca do caráter materialista da ciência tradicional que exige a prova experimental. Quem poderá responder que o Espiritismo é, rigorosamente, do ponto de vista científico, quanto à sua elaboração, uma ciência experimental?

O estudante, ao pesquisar, irá se deparar com o dilema enfrentado pelos precursores da ideia espírita cujo objeto de investigação é o mesmo da ciência metafísica, um subgrupo das ciências filosóficas que, de acordo com a classificação aceita no período contemporâneo a Kardec, pertencia ao grande grupo das Ciências Morais. Na atualidade não se verifica essa divisão que se perdeu no caminho da “evolução” científica.

Possuir essa informação faz toda a diferença. A dificuldade gira em torno do objeto de pesquisa: Deus, alma, matéria, psicologia racional, cosmologia racional e teologia racional. O Filósofo Paul Janet perguntará: como poderia o absoluto ser estudado de maneira experimental?

A princípio, considera-se ciência as que partem por construção do que “deve ser” e não daquilo que “é na realidade”. O ponto de partida, após a experiência, se conclui em determinado resultado, o que permite conhecer fatos e fenômenos. Ou, ainda, o processo pelo qual há uma ocorrência fortuita e casual quando considerada isoladamente, mas, necessária e inevitável ao ser relacionada às causas que lhe deram origem.

Sendo a metafísica abstrata e ideal, cujo objeto de pesquisa ultrapassa o objeto de investigação da ciência concreta, a priori, não poderia ser o resultado da experiência. Para muitos, é possível que não seja nem mesmo ciência, vez que “não seria possível nem pela razão, nem pela experiência”.

A solução desse problema, primeiramente, ocorreu por meio da aplicação do método reflexivo, isto é, o resultado da pesquisa não seria produto da imaginação, mas, da observação, onde, para além da ideia de concepção das coisas, há verdadeira sensação e percepção.

Mas, Allan Kardec, superou essa teoria e comprovou que os fenômenos espíritas eram passíveis de experimentações materiais. E, o que é mais notável, tais experiências demonstrariam resultados positivos. Até o advento do Espiritismo acreditava-se que o método experimental, aplicado às ciências e responsável pelos seus progressos, era somente aplicado à matéria. Kardec provará que esse método, também, pode ser aplicado às coisas metafísicas.

A grande revolução do conhecimento está no fato de que as ideias metafísicas podem ser observadas e experimentadas. O processo é simples. Os Espíritos comunicam-se por meio dos médiuns e transmitem conhecimento. Esses conhecimentos referem-se ao mundo espiritual. Os Espíritos tratam do ambiente físico em que vivem, das leis naturais que regem esse ambiente e de suas experiências dos fenômenos que lhes ocorrem, os quais são percebidos por meio dos sentidos de seu corpo espiritual.

Estamos diante de dois novos ramos do conhecimento humano:

a) Epistemologia espírita: método fundamentado de Kardec usado para pesquisar e compreender nas manifestações os ensinamentos dos Espíritos;

b) Epistemologia dos Espíritos: teoria do conhecimento do mundo dos espíritos (como os Espíritos descobrem coisas e aprendem).

Temos a experiência na Ciência dos Espíritos e a observação na Ciência Espírita. A partir do surgimento da Doutrina dos Espíritos é possível o ser humano superar a limitação de estudar a natureza somente pelos sentidos e de abordar as questões espirituais somente por meio da reflexão. 

É válido argumentar que o Espiritismo não é produto da imaginação, pois, ultrapassa o problema do método enfrentado pela metafísica como compreendida antes do seu advento. O método reflexivo foi superado. Como todas as demais ciências positivas, ao Espiritismo aplica-se o método experimental.


Uberaba-MG, 04 de Janeiro de 2021.

Beto Ramos


Fonte Bibliográfica:

FIGUEIREDO, Paulo Henrique de. Revolução Espírita – a teoria esquecida de Allan Kardec. São Paulo – SP: Maat, 2016.


domingo, 27 de dezembro de 2020

TUDO EM DEUS

"Eu nada posso fazer de mim mesmo".

Jo 5:30

Constitui ótimo exercício contra a vaidade pessoal a meditação nos fatores transcendentes que regem os mínimos fenômenos da vida. O homem nada pode sem Deus.

Todos temos visto personalidades que surgem dominadoras no palco  terrestre, afirmando­-se poderosas sem o amparo do Altíssimo; entretanto, a única realização que conseguem efetivamente é a dilatação ilusória pelo sopro do mundo, esvaziando-­se aos primeiros contactos com as verdades divinas.

Quando aparecem, temíveis, esses gigantes de vento espalham ruínas materiais e aflições de espírito; todavia, o mesmo mundo que lhes confere pedestal projeta­-os no abismo do desprezo comum; a mesma multidão que os assopra incumbe-se de repô­-los no lugar que lhes compete.

Os discípulos sinceros não  ignoram que todas as suas possibilidades procedem do Pai amigo e sábio, que as oportunidades de edificação na Terra, com a excelência das paisagens, recursos de cada dia e bênçãos dos seres amados, vieram de Deus que os convida, pelo espírito de serviço, a ministérios mais santos; agirão, desse modo, amando sempre, aproveitando para o bem e esclarecendo para a verdade, retificando caminhos e acendendo novas luzes, porque seus corações reconhecem que nada poderão fazer  de si próprios e honrarão o Pai, entrando em santa cooperação nas suas obras.

Emmanuel

Caminho, Verdade e Vida

Capítulo 101.

sábado, 14 de novembro de 2020

OS SÁBIOS E PRUDENTES PROCURAVAM JESUS À NOITE


 

“Naquele tempo, respondendo, disse Jesus: Graças te dou a ti, Pai, Senhor do Céu e da Terra, porque escondeste estas coisas aos sábios e prudentes, e as revelaste aos simples e pequeninos.” (Mt, 11:25).



Os simples e pequeninos de algumas traduções bíblicas como os pobres de Espírito de outras possuem o sentido de humildes. Ao seu turno, sábios e prudentes, que seriam aqueles mais aptos a “entender” mais facilmente, pois, possuiam a ciência.

Todavia, foram os primeiros e não os segundos que compreenderam o propósito do ensino de Jesus, isto é, o seu conteúdo e a sua mensagem (E. S. E., cap. 7, itens 7.8).

O Espiritismo, baseado no ensino dos Espíritos Superiores, indica Jesus como modelo e guia da humanidade terrestre (L.E., Q. 625). Todavia, ter Jesus como modelo e guia importa não envaidecer com o próprio conhecimento, o saber mundano, nem se orgulhar de negar o poder supremo do Criador.

O seguidor de Jesus não trata Deus como igual e nem o rejeita. Recordamos que Allan Kardec ensina: “[...] na antiguidade, sábio era sinônimo de sabichão. Assim, Deus lhes deixa a busca dos segredos da Terra, e revela os do Céu aos humildes que se inclinam perante Ele” (E. S. E., cap. 7, itens 7.8).

O estudioso das escrituras perceberá, no caso do Novo Testamento, ao examinar os Evangelhos, que os sábios que procuraram Jesus, o fizeram à noite. Indagamos por qual motivo e buscaremos tecer considerações a respeito. Nesse sentido, a nossa hipótese: Muitos procuraram a Jesus à noite! Por que não o fizeram de dia?

O dia, no mundo, pensamos, é comparável a ideia de uma claridade que, ao contrário de ser realmente a Luz, na verdade, é o reflexo do egoísmo, vaidade e orgulho humanos. Criamos a aparência de claridade, mas, que não se sustenta, pois, logo essas pretensas luzes se apagam. São efêmeras. Ainda estamos adquirindo conhecimento, que só ocorre no contato com a experiência. Fazemos escolhas ante ao que pensamos ser certo ou errado, justo ou injusto.

Mas, quem é capaz de afirmar que tomou as decisões corretas ante as Leis Divinas? Tornando cada um ao seu tamanho verdadeiro, vendo-se inferiores em razão da pretensa luz que se apagou, veem-se diante da verdade: ao seu redor há uma completa escuridão. É então que procuram Jesus. Durante o dia não o viram em razão do seu orgulho e egoísmo (que cega, ofusca a visão), pois, julgaram-se maiores, imaginaram seu conhecimento maior que o do Criador. Buscaram aplausos humanos.

Por que agora o veem em meio a essa noite tão escura? É que a obscuridade do conhecimento humano é vencida pela Sabedoria do Mestre, cuja Luz brilha intensamente dia e noite. O conhecimento de Jesus não é efêmero. Não é Supremo, mas, sua Sabedoria permite-lhe estar nos segredos de Deus, pois, o vê e o compreende.

Um filósofo da antiguidade disse: “só sei que nada sei”. Sem a soberba humana, certamente, enxergava tão bem de dia quanto de noite.

Desde os tempos mais remotos “a luz veio ao mundo, e os homens amaram mais as trevas do que a luz; porque as suas obras eram más. Porque todo aquele que pratica o mal aborrece a luz e não se chega para a luz, a fim de não serem arguidas as suas obras; quem pratica a verdade aproxima-se da luz, a fim de que as obras sejam manifestas, porque feitas em Deus” (Jo 3:19-21).

Uberaba-MG, 14 de novembro de 2020.
Beto Ramos

DESTAQUE DA SEMANA

A DOUTRINA DOS ESPÍRITOS NÃO É ASSUNTO QUE SE ESGOTA EM UMA PALESTRA

  EM SUAS VIAGENS KARDEC MINISTRAVA ENSINOS COMPLEMENTARES AOS QUE JÁ POSSUIAM CONHECIMENTO E ESTUDO PRÉVIO. Visitando a cidade Rochefort, n...