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segunda-feira, 28 de agosto de 2023

QUEM TÁ AÍ? É ESPÍRITO 'PRETO' OU ESPÍRITO 'BRANCO'?


 QUEM TÁ AÍ?

É ESPÍRITO 'PRETO' OU ESPÍRITO'BRANCO'?



Antes de desenvolver o tema, é claro que o Espírito não é preto, nem branco. Aliás, a frase devidamente construída seria precedida de 'pessoa preta ou pessoa branca', uma vez que cor, etnia, etc., são questões puramente morfológicas e não espirituais.

Inicialmente vamos à justificativa acerca do texto.

Por desconhecimento, leviandade ou má-fé, tem-se propagado que nos grupos espíritas não surgem comunicações de Espíritos que envergaram, na Terra, a personalidade de pessoas negras.

Apesar de ser uma afirmação enganosa, cujo objetivo é apenas provocar as paixões humanas, próprias de um planeta de provas e expiações, notadamente aquelas voltadas ao identitarismo, faz-se necessário extirpar qualquer dúvida a respeito do tema, uma vez que envolve uma Doutrina séria, como é o caso da Ciência Filosófico-Espírita.

É próprio do ignorante falar daquilo que não sabe e não tem o menor conhecimento. Sobre o Espiritismo então, nem se fala. São tantos leigos apresentando opiniões esdrúxulas que se não causasse muito mal seria risível.

A princípio, o importante a esclarecer é que na Sociedade Espírita de Paris, durante todo o trabalho realizado por Allan Kardec na organização do Espiritismo, segundo a ordem e ditado dos Espíritos, se comunicaram vários Espíritos de etnias diversas. Basta fazer um estudo sério dos artigos e das personalidades cujas comunicações foram reproduzidas nas revistas espíritas.

Por outro lado, para os tumultuadores de plantão, que possuem o fito apenas de enxovalhar tudo aquilo que lhe afeta a moral e requer dos mesmos mudança de comportamento, pensamento, sentimento e instrução, faremos algumas considerações à luz da doutrina espírita, a fim de que, acaso vençam a preguiça para ler o conteúdo desse modesto artigo, possam, ao depois, buscarem se abeberar na fonte, que são as obras espíritas:

1. Há uma questão em O Livro dos Espíritos onde Kardec indaga se os Espíritos tem sexo (Q. 200). A resposta é: "Não como entendeis, porque os sexos dependem da constituição orgânica".

Ora, a pessoa razoavelmente inteligente já compreendeu que os Espíritos não possuem cor proveniente de etnias, pois estas dependem da constituição orgânica.

2. Outro ponto importante é que há outra questão onde Kardec indaga se os Espíritos são imateriais (Q. 82). A resposta é que são INCORPÓREOS.

Se são incorpóreos não possuem cor proveniente da organização física, correto?

3. Tem mais. Kardec perguntou se os Espíritos possuem uma forma definida (Q. 88), onde a resposta é que eles se apresentam como uma flama, um clarão ou uma centelha etérea.

Logo, não possuem uma cor proveniente da organização física, pois, NÃO EXISTE UMA ORGANIZAÇÃO FÍSICA NOS ESPÍRITOS.

4. Mas, não podemos nos afastar da questão fundamental: há racismo entre os seres humanos. Neste sentido, trata-se de situações provenientes dos acontecimentos da vida, visto que nas questões 258 e 258.a de O Livro dos Espíritos, sabemos que os Espíritos não podem prever os acontecimentos da vida (os quais seguem as Leis Universais), mas somente podem fazer a escolha por um gênero ou outro de provas. O Espírito é criado simples e ignorante, evoluindo da imperfeição para a perfeição relativa (Espíritos puros).

Além disto, segundo a questão 261, nenhum Espírito precisa sofrer todos os gêneros de tentações, passa por aquelas próprias do gênero de prova escolhida, enfrentando as circunstâncias da vida em que a escolha irá levá-lo.

Logo, um Espírito escolherá nascer entre a etnia em que acredita que lhe proporcionará alcançar a evolução pretendida. Ocorre com escolha do sexo sob o qual renascerá, a localização geográfica, etc.

E isso ocorre em razão do fato de que, liberto da matéria (morte), cessa para o Espírito as ilusões próprias do mundo corpóreo e sua maneira de pensar é diferente.

5. Finalmente, as diferenças encontradas entre indivíduos na humanidade, tanto físicas quanto morais, são provenientes do clima, da vida e dos hábitos (Q. 52, LE). Sendo que o ser humano surgiu em diversos pontos do globo e em diversas épocas.

Conforme a resposta da Questão 53.a, sabemos que as diferenças físicas e morais não representa que entre a humanidade haveria espécies distintas, uma vez que TODOS PERTENCEM À MESMA FAMÍLIA HUMANA. São variedades de um mesmo fruto, por assim dizer.

Segundo os Espíritos nos ensinam na Questão 54 de O Livro dos Espíritos, "todos os seres humanos são irmãos em Deus porque são ANIMADOS PELO ESPÍRITO E TENDEM PARA O MESMO ALVO".

Pra terminar, recomenda-se aos leigos que produzem os criminosos textos com reclamações e refutações sem qualquer base ou fundamento, estudar um pouco mais sobre Doutrina Espírita quando for 'dar opinião' acerca da ciência filosófico-espírita.

Porquanto saberiam que pouco importa para o Espiritismo quem é o Espírito comunicante, qual personalidade envergou na Terra ou em outros mundos, se foi rico, pobre, plebeu, rei, aristocrata ou miserável, mulher ou homem, gordo ou magro, alto ou baixo, letrado ou ignorante, assim como se foi PRETO OU BRANCO, pois o que importa nas comunicações é o conteúdo moral. E pra saber do que se trata recomenda-se estudar as questões 629 e seguintes de O Livro dos Espíritos.

Uberaba-MG, 28 de agosto de 2023
Beto Ramos

domingo, 16 de abril de 2023

DIÓGENES, O CÍNICO (ESPÍRITO) E SUA COMUNICAÇÃO NA REVISTA ESPÍRITA

 

Diógenes de Sinope, também conhecido como Diógenes, o Cínico, foi um filósofo da Grécia Antiga, cujos detalhes da vida foram contados por meio de chreia (anedodas). Tendo vivido entre os anos 404 (aproximadamente) a 323, a. C., foi exilado de sua cidade natal e se mudou para Atenas, onde teria se tornado discípulo de Antístenes, antigo protegido de Sócrates. Tornou-se mendigo e habitou as ruas de Atenas, fazendo da pobreza extrema uma virtude. Conta-se que vivia em um barril (ou um jarrão de cerâmica) e perambulava pelas ruas com um lanterna alegando que procurava um homem honesto.

O cinismo foi uma corrente filosófica fundada por Antístenes, discípulo de Sócrates. Para os cínicos, o propósito da vida era viver na virtude, de acordo com a natureza. As pessoas, como criaturas racionais, podem alcançar a felicidade através de um rigoroso treinamento, de modo a viver de maneira natural, rejeitando todos os desejos convencionais de riqueza, poder e fama, levando uma vida simples, livres da necessidade de posses e, até mesmo, desrespeitando as convenções sociais de modo aberto e irônico.

A Revista Espírita do mês de Janeiro do ano de 1859, sob o título Conversas Familiares de Além-Túmulo, traz duas comunicações interessantes, de um lado Chaudruc-Duclos e, em seguida, Diógenes. Apesar do primeiro ter se referido ao segundo, importa anunciar o interessante diálogo travado com o antigo filósofo, partidário da corrente filosófica do cinismo.

Para esse diálogo, além dos demais médiuns, participou o médium vidente Sr. Adrien, que fez ambos os retratos dos comunicantes. Por evocação comparece o Espírito Diógenes. Vindo de longe, concordou em aparecer ao Sr. Adrien, tal qual era na existência em que ficou conhecido na Terra. Deferiu, inclusive, aparecer com a lanterna que usava naquela encarnação em que defendia a corrente filosófica dos cínicos.

Descrito com perfeição (corpo e vestimenta) em seu retrato, destacou que tinha prazer em responder as perguntas que lhe seriam dirigidas. Sob sua encarnação como Diógenes, o Cínico, esclareceu que foi proveitosa para sua felicidade futura. Enquanto que seus contemporâneos levaram sua vida como se fosse algo ridícula, tratou-se de existência proveitosa, da qual a história trouxe tão pouco esclarecimento.

Afirmou que na sua encarnação trabalhou para si mesmo, porém seus exemplos poderiam ter servido de aprendizado. Sobre as qualidades que buscava no ser humano, esclareceu que estava certo de que as possuía, pois esse era o seu critério de julgamento.

Dentre seus filósofos preferidos, naquela época e até a ocasião da comunicação, citou Sócrates, declarando que Platão era muito duro e sua filosofia bastante severa. Após sua encarnação na Terra, em Atenas, afirmou que reencarnou em outros mundos.

Ao ser solicitado para traçar um quadro com as qualidades humanas que buscava na Terra ao tempo de sua encarnação como Diógenes e agora, como Espírito, apresenta-as:

Esse quadro é uma prova da evolução perpétua e contínua dos Espíritos.

Se essa informação foi interessante pra você, por favor, não deixe de se inscrever no blog e estudar continuadamente as Revistas Espíritas.

Uberaba-MG, 16/04/2023
Beto Ramos.




quinta-feira, 30 de março de 2023

PLATÃO (ESPÍRITO) E A GUERRA DE PALAVRAS!

Platão, segundo algumas fontes, nasceu em Atenas em 428 a.C e morre na mesma cidade em 347 a.C, foi um filósofo e matemático do período clássico da Grécia Antiga, autor de diversos diálogos filosóficos e fundador da Academia em Atenas, a primeira instituição de educação superior do mundo ocidental.

Talvez seja a figura central na história da Grécia antiga e da filosofia, juntamente com os não menos importantes Sócrates e Aristóteles. Platão está presente na filosofia natural, na ciência e na filosofia ocidental, sendo frequentemente citado como um dos fundadores do que mais tarde ficou conhecido como Espiritualismo.

Platão, segundo alguns estudiosos, era um racionalista, realista, idealista e dualista cujas ideias vão inspirar essas filosofias mais tarde.

Nos interessa, sobremaneira, uma comunicação deste filósofo contida em O LIVRO DOS ESPÍRITOS – QUARTA PARTE – CAPÍTULO 2 – DAS PENAS E GOZOS FUTUROS onde, como um dos Espíritos Superiores coordenados pelo Espírito A Verdade, vai chamar a atenção para a compreensão que se deve ter pelas palavras, buscando sua compreensão, contextualizando-as a fim de que não se faça pretexto acerca de sua significação.

Para nossa melhor compreensão, vamos inserir no texto algumas perguntas que, pensamos, são respondidas pelo filósofo desencarnado:

1. O que a humanidade, de maneira geral, tem produzido quando da interpretação dos textos antigos, principalmente quando se trata da vida futura?

“Guerras de palavras! guerras de palavras! Ainda não basta o sangue que tendes feito correr! Será ainda preciso que se reacendam as fogueiras? Discutem sobre palavras: eternidade das penas, eternidade dos castigos.

Ignorais então que o que hoje entendeis por eternidade não é o que os antigos entendiam e designavam por esse termo?

Consulte o teólogo as fontes e lá descobrirá, como todos vós, que o texto hebreu não atribuía esta significação ao vocábulo que os gregos, os latinos e os modernos traduziram por penas sem-fim, irremissíveis”.

2. Como compreender, então, o significado da expressão eternidade, haja visto a explicação dada por Galileu Galilei, como Espírito, cuja explicação consta da obra A Gênese de Allan Kardec, edição original de 1868?

“Eternidade dos castigos corresponde à eternidade do mal. Sim, enquanto existir o mal entre os homens, os castigos subsistirão. Importa que os textos sagrados se interpretem no sentido relativo. A eternidade das penas é, pois, relativa e não absoluta. Chegue o dia em que todos os homens, pelo arrependimento, se revistam da túnica da inocência e desde esse dia deixará de haver gemidos e ranger de dentes”.

3. Essa compreensão equivocada não é fruto da limitação do conhecimento humano, que, para ser adquirido, necessita de sucessivas reencarnações?

“Limitada tendes, é certo, a vossa razão humana, porém, tal como a tendes, ela é uma dádiva de Deus e, com o auxílio dessa razão, nenhum homem de boa-fé haverá que de outra forma compreenda a eternidade dos castigos”.


4. Todavia, há seres humanos que, de boa-fé, admitem a eternidade das penas?

“Pois quê! fora necessário admitir-se por eterno o mal. Somente Deus é eterno e não poderia ter criado o mal eterno; do contrário, forçoso seria tirar-se Lhe o mais magnífico dos seus atributos: o soberano poder, porquanto não é soberanamente poderoso aquele que cria um elemento destruidor de suas obras”.

5. É certo que os atributos divinos devem ser levados em conta, no entanto, mesmo em meio àqueles que admitem as ideias espíritas, há os que falam de uma suposta lei de causa e efeito?

“Humanidade! humanidade! não mergulhes mais os teus tristes olhares nas profundezas da Terra, procurando aí os castigos. Chora, espera, expia e refugia-te na ideia de um Deus intrinsecamente bom, absolutamente poderoso, essencialmente justo”. Platão.


Uberaba-MG, 30/03/2023
Beto Ramos

DESTAQUE DA SEMANA

A DOUTRINA DOS ESPÍRITOS NÃO É ASSUNTO QUE SE ESGOTA EM UMA PALESTRA

  EM SUAS VIAGENS KARDEC MINISTRAVA ENSINOS COMPLEMENTARES AOS QUE JÁ POSSUIAM CONHECIMENTO E ESTUDO PRÉVIO. Visitando a cidade Rochefort, n...