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segunda-feira, 26 de julho de 2021

FATALIDADE E LIVRE-ARBÍTRIO

Por que nós fazemos o que fazemos?

Há uma lei de regência das ações humanas?

Os atos humanos só foram praticados porque estavam escritos?

Segundo sua definição léxica fatalidade diz respeito ao destino que NÃO se pode evitar. Vulgarmente a palavra é usada para definir um acontecimento cruel, uma desgraça. Na origem etmológica da palavra, fatalidade vem do latim 'fatalitas', que provém do francês 'fatalité', cujo significado é 'necessidade do destino'. Especulamos se, nessa origem, o que se tentava era dar alguma resposta para algo cuja lei de regência era desconhecida ou, do contrário, não compreendida.

Filosoficamente, no que tange às ações humanas, encontraremos, em contraposição, a expressão 'livre-arbítrio', cuja ideia é significar a possibilidade de decidir, isto é, fazer uma escolha em função da própria vontade, onde a escolha é isenta de qualquer condicionante, motivo ou causa determinante.

A ciência filosófico-espírita tem no livre-arbítrio um princípio espírita, pois, sua teoria é fundada na autonomia moral do Espírito. Portanto, nas questões relativas à vida física, a fatalidade, vulgarmente compreendida, é incompatível com a ideia de livre-arbítrio. Não é concebível a ideia que os atos humanos foram praticados porque estavam escritos.

Considerando o Espírito um ser complexo, dotado de pontencialidades ou faculdades que "despertam" à medida que o mesmo progride e, também, evolui, constata-se que a escolha é uma dessas potencialidades. A aptidão para escolher surgirá à medida que conhecimentos são acumulados pelo Espírito.

Se por meio da instrução o Espírito estimula sua faculdade de inteligência, ocasião em que conhece as leis que regem a matéria e aprimora o seu conhecimento, por meio do esclarecimento o conhecimento aprimorado se transforma em sabedoria, e, como consequência, o senso moral não é mais mistério ou mero acaso. A sabedoria proporciona ao Espírito conhecer as leis que regem a natureza moral, o que lhe permite moldar e modificar o senso moral.

Para isso o Espírito reencarna e ocupa uma posição na Terra, onde desempenha fuções como consequência do gênero de existência que escolheu no estado de Espírito errante. Por isso, é fundamental saber que:
I. No estado errante o Espírito faz a escolha das existências futuras e das provas que deseja sofrer;
II. No estado corpóreo, seu livre-arbítrio lhe faculta ceder ou resistir aos arrastamentos a que voluntariamente se submeteu em razão da escolha do gênero de provas e da existência.

O Espírito, então, está sujeito a ser atraído para o crime ou para fazer o bem, sendo importante saber que há nisso duas condicionantes:
a. O meio em que estiver situado;
b. As circunstâncias supervenientes.

Desse modo, compreendendo a reencarnação como oportunidade, o Espírito:
1. Poderá combater suas más tendências com os conhecimentos que adquiriu ou irá adquirir;
2. Deverá estudar o que compõe o seu caráter, sua personalidade;
3. Deverá investigar e conhecer as leis que regem a natureza moral.

Podemos resumir isso no processo em que o Espírito:
- Estuda como se adquire uma imperfeição e como dela se livra;
- Por que faço algo desse jeito e não de outro?
- Aprende como adquirir, modificar e aprimorar o conhecimento segundo a Lei do Progresso.

Segundo o Espiritismo o livre-arbítrio é pleno. O Espírito tem poder de resistir a qualquer influência e nada é inexorável. Pela vontade comanda os desejos e lhe cabe fazer boas escolhas ou atender às más sugestões. As sucessivas reencarnações proporcionam ao Espírito esclarecer sua vontade. A VONTADE ESCLARECIDA escuta, julga e escolhe livremente entre dois conselhos.

Trazendo em si todas as qualidades e imperfeições que possuía como Espírito, o ser humano comete faltas em razão dessas, pois, ainda não atingiu superioridade moral. Isso não quer dizer que o livre-arbítrio é menor. Aliás, é essa faculdade que faz com que o avance no desenvolvimento do senso moral e é por meio da existência corporal que expurga suas imperfeições passando pelas provas. Ocasião em que trava uma luta íntima contra suas próprias imperfeições.

Experimentando provas e expiações, o Espírito que vence suas imperfeições se eleva, mas aquele que fracassa continua a ser quem era (nem melhor, nem pior) e terá que RECOMEÇAR do ponto onde sucumbiu. Nessa situação é possível que ainda demore muito tempo para vencer o obstáculo.

O Espiritismo aconselha que cada um cumpra o seu papel, no seu próprio proveito para, se elevando, ir para um mundo onde o bem reina inteiramente e onde se lembre de sua permanência na Terra, apenas, como um tempo de exílio.

Uberaba-MG, 26 de julho de 2021
Beto Ramos

quarta-feira, 21 de julho de 2021

A FORÇA MORAL DO ESPIRITISMO ESTÁ NO ESCLARECIMENTO


A moral, como REGRA DA BOA CONDUTA, isto é, FAZER O BEM PARA TODOS, é desenvolvida à medida que o ser abandona o PERSONALISMO. Advindo de persona, pessoa ou indivíduo, é o personalismo, também pensado como individualismo, que desenvolve o EGOÍSMO.

Autoproteção, autopreservação, autopiedade, entre outras, são derivações dessa imperfeição moral. Nesse contexto, a imperfeição se mostra por meio de uma característica singular do personalista: superestimar a si mesmo em detrimento dos outros.

Destacamos que tudo isso decorre da autonomia do indivíduo. Há um processo contínuo de evolução, de aquisição de conhecimento. Uma de suas fase é o autoconhecimento, elemento principal do esclarecimento. É no esclarecimento que se encontra presente a força moralizadora da Doutrina dos Espíritos. Para isso, o Espiritismo oferece a base formadora e que sustenta todo esse edifício denominado esclarecimento.

Deus, imortalidade da Alma, evolução perpétua e contínua do Espírito (ser), livre-arbítrio, reencarnação e comunicabilidade entre e com os Espíritos formam essa base.

1. Há um Criador. Essa compreensão nos esclarece qual o tamanho, posição e hierarquia ocupada pelo Espírito na obra da Criação;

2. O Espírito é imortal; Isto é, não foi criado para a morte ou para uma única existência;

3. Em razão de que a Alma é imortal, sua educação e seu progresso é contínuo e perpétuo; A aquisição de conhecimento é como que uma lei natural;

4. Nesse processo, o Espírito evolui fazendo escolhas segundo os conhecimentos que adquiriu;

5. As escolhas fazem parte do processo de esclarecimento e evolução do Espírito. Portanto, é preciso que existam possibilidades para se fazer NOVAS escolhas, ocasião em que o que foi aprendido seja colocado em prática por meio das tentativas, dos erros e dos acertos, corrigindo e progredindo. Essas oportunidades não ficam restritas a uma única existência, elas são sucessivas, muitas, milhares. Trata-se da reencarnação.

6. No processo de aprendizado, da aquisição do conhecimento, o ser não está desemparado, nem entregue à si mesmo (ou à própria sorte, diriam alguns); Há Espíritos por toda parte. Entre eles há solidariedade. Os Espíritos se comunicam e querem o fazer para, de alguma forma, ajudar que não se cometa os mesmos erros. Por isso, por meio das comunicações com os Espíritos, é possível aprender pela observação. Constata-se, assim, que existem Espíritos felizes, infelizes e endurecidos. É por aí que se constatam, também, as consequências geradas pelas imperfeições morais dos Espíritos e o reflexo das qualidades adquiridas e que foram colocadas em prática proporcionando um progresso mais rápido ao ser.

Tudo isto, NESTA ETAPA DA EVOLUÇÃO, pode se resumir da seguinte maneira:
  • Conhecimento de si mesmo;
  • Porque está na Terra;
  • O que veio fazer na Terra;
  • Para onde irá após a vida na Terra

Uberaba-MG, 21 de Julho de 2021
Beto Ramos


sexta-feira, 25 de junho de 2021

REENCARNAÇÃO E ESPIRITISMO

Fonte da imagem: Google internet

A reflexão de hoje é a seguinte:

1. Crer na reencarnação me torna Espírita?

2. Todo aquele que se diz Espírita, crê na reencarnação?

Segundo o significado da palavra reencarnação nos dicionários podemos inferir que se trata de uma "crença de que, após a morte, a alma de um ser humano retorna à vida com outro corpo".

Para o Espiritismo a palavra reencarnação não é sinônimo de metempsicose (ou transmigração da alma), pois, esse termo abrange uma concepção de que seria possível ressurgir, isto é, renascer (ou retornar) sob a forma de outras espécies animais.

A expressão difere do que se compreende em certas doutrinas cristãs, porquanto não se trata de uma ressurreição de corpos no dia do juízo final.

Vários sistemas filosóficos e religiosos tem na reencarnação a sua ideia central, segundo a qual uma porção do SER é cpaz de subsistir à morte corporal. Nesse caso, essa mesma porção se liga, sucessivamente, A DIVERSOS CORPOS. O objetivo disso é a elevação, o progresso individual do Ser.

Encontramos o desenvolvimento dessa doutrina em vários expoentes da Filosofia, tais como Pitágoras, Heródoto, Sócrates e Platão. Aliás, esse último foi um dos seus principais defensores, desenvolvendo a doutrina nos seguintes diálogos: Mênon, Fédon, Fedro e A República.

A ideia que expressa a palavra reencarnação, derivada do latim, é entrar na carne novamente. Uma importante informação é que a ideia de reencarnação é encontrada, ao menos, no primeira milênio anterios à Cristo.

Nas várias culturas, cujo espaço aqui não permitiria aprofundar, apresenta o tema como a possibilidade de adquirir mérito e alcançar uma melhor reencarnação na próxima vida. O assunto, também, esteve ligado à questão do 'céu' e do 'inferno', do mérito e do demérito, de experimentar vidas morais e imorais, vícios e virtudes e, nesses últimos casos, passando por graus, abordando o tema justiça e injustiça divina.

Voltando à contemporaneidade, subsistem nossas dúvidas iniciais.

O que percebemos na atualidade é que muitos, por simplesmente crerem em vida após a morte, julgam-se Espíritas. Como se a autointitulação promove-se, por mágica, o indivíduo à essa categoria. Segundo a Filosofia Espírita, aquele que crê "haver em sí mesmo alguma coisa além da matéria é ESPIRITUALISTA".

Para superar essa situação é necessário crer na existência de Espíritos e em suas comunicações com o mundo visível. Todavia, não se pode parar nesse ponto, uma vez que Allan Kardec tratou de diversos pontos no Espiritismo, tais como: o verdadeiro.

Portanto, se aferrar na crença nas comunicações e se autodenominar espírita, não transforma ninguém no verdadeiro Espírita. Depreendemos isso da obra O Espiritismo em Sua Mais Simples Expressão, no item 36, onde Kardec afirma:

"36. O verdadeiro Espírito não é o que crê nas comunicações, mas o que procura aproveitar os ensinamentos dos Espíritos. De nada adianta crer, se sua crença não o faz dar sequer um passo na senda do progresso, e não o torna melhor PARA O PRÓXIMO". (grifo e destaque nosso).

Por isso, na atualidade em que estamos observando vários autointitulados "espíritas" vinculados à doutrinas contrárias ao Espiritismo, a posições políticas e religiosas contrárias à Doutrina dos Espíritos, nos indagmos se, POR QUE ELES DIZEM CRER NA REENCARNAÇÃO, NA VIDA APÓS A MORTE, NA COMUNICABILIDADE COM OS ESPÍRITOS, NA REENCARNAÇÃO E, ATÉ, EM DEUS, se são VERDADEIROS ESPÍRITAS.

Com a palavra, o leitor!


Uberaba-MG, 26 de junho de 2021.

Beto Ramos.


DESTAQUE DA SEMANA

A DOUTRINA DOS ESPÍRITOS NÃO É ASSUNTO QUE SE ESGOTA EM UMA PALESTRA

  EM SUAS VIAGENS KARDEC MINISTRAVA ENSINOS COMPLEMENTARES AOS QUE JÁ POSSUIAM CONHECIMENTO E ESTUDO PRÉVIO. Visitando a cidade Rochefort, n...