Estudo e pesquisa sobre Espiritismo, Doutrina Espírita, Filosofia Espírita, Espiritualismo Racional, Filosofia Espiritualista Racional, Ciência Espírita, Ciência e Filosofia.
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quarta-feira, 17 de junho de 2020
SINAGOGA – uma instituição greco-romana
terça-feira, 9 de junho de 2020
Progressão do Aprendizado do Ensino dos Espíritos
Espiritismo:
ciência da observação
Vários são os temas presentes na Codificação da Doutrina Espírita que podem ser estudados a fim de que o pesquisador possa atestar que Allan Kardec não fazia sobre nenhum tema o que chamamos vulgarmente de “tábula rasa”.
Como ele próprio afirma somente após obter todas as respostas acerca dos assuntos, considerando-os globalmente, estudando-os por todos os ângulos, refutando ou aceitando estudos anteriores, não admitindo de imediato todas as respostas dos Espíritos, é que Kardec elaborava conceitos, dissertações, teorias. Vários são os temas que continuam no campo do ensaio.
De outro lado, mesmo após o uso do
método da observação, quando o tema havia se consolidado e a matéria já
amadurecida, o Codificador não se comprometia a manter ad eternum uma opinião formada sobre tudo. Deixava, sempre, espaço
para corrigir eventuais enganos, equívocos e erros. Foi o que ocorreu com o
fenômeno da possessão.
Na Revista Espírita de 1858, Allan irá conceituar os fenômenos da obsessão, da subjugação e da fascinação (nessa ordem). Já, em O Livro dos médiuns, manterá algumas opiniões, apresentará outras que, e mudará a ordem estabelecida na RE/1858 para obsessão, fascinação e subjugação.
Tudo isto ocorria à medida que progredia a Ciência Espírita e Kardec ia fazendo constatações por meio da Observação.
N’O Livro dos Médiuns falou sobre o domínio de alguns Espíritos inferiores sobre certas pessoas, além de apresentar conceitos para as principais variedades de obsessão, desde a simples, passando pela fascinação, até a subjugação.
Interessante
ressaltar que nesta obra, traz-se o pensamento de que na subjugação há constrangimento
moral, como uma fascinação, e casos mais agudos onde o
constrangimento é físico.
Percebemos que de uma obra a outra,
de ano a outro, à medida que observa, interroga e analisa, o Codificador vai
enriquecendo as conceituações, às vezes modulando para cima ou para baixo, por
assim dizer, a teoria que está sendo construída.
Tanto na Revista Espírita como em O Livro dos Médiuns Kardec irá afirmar que possessão, um nome vulgarmente conhecido, não seria senão sinônimo de subjugação. Explicou, inclusive, por quais motivos a expressão não poderia ser usada.
A
mais interessante é onde afirma que a expressão dá ideia de apoderamento de um
corpo por um Espírito estranho, uma espécie de coabitação, quando havia somente
constrangimento. Até 1858 pensava que o fenômeno denominado possessão, onde a
vontade é afetada e a razão obliterada, tratava-se fascinação aguda.
Todavia, como ensina o Codificador o indivíduo frio e impassível vê as coisas
sem se deixar enganar: combina, pesa, amadurece e não é seduzido por nenhum
subterfúgio; o que lhe dá força. Veremos, portanto, que o pensamento de
Kardec sobre o tema irá evoluir, uma vez que o mesmo não se encontrava seduzido
por nenhum subterfúgio.
No ano de 1860, conforme relata na Revista Espírita de Novembro, o Codificador estuda um caso de obsessão física onde percebe que o Espírito encarnado tomava a aparência de um Espírito desencarnado.
Em 1862, o relato daquele jornal de estudos psicológicos fala
sobre a epidemia demoníaca em Saboya,
onde uma população fica sob o efeito de um tipo de obsessão, aparentando
sintomas de alienação mental.
Em abril de 1862 Allan Kardec vai registrar que os Espíritos não só agem sobre o pensamento, mas, também, sobre o corpo, com o qual se identificam e do qual se servem como se fosse seu.
Note-se
aqui uma gradual e perceptível evolução da compreensão do fenômeno, pois, o
registro é no sentido de que o Espírito encarnado se encontra afetado pela
subjugação de um Espírito estranho que o domina.
Mas, é no ano de 1863, precisamente
no mês de Dezembro, onde Allan Kardec fará uma correção de rumo e, portanto, reconsiderar
seu pensamento sobre a possessão. Nesse caso ele escreve que seu pensamento,
que fora posto quase que de forma absoluta, precisa ser reconsiderado, pois, lhe
foi demonstrado que pode haver verdadeira possessão.
Trata-se do caso conhecido como de possessão da senhoria Júlia onde Kardec
atende pessoalmente. Por se tratar de um assunto importante para o estudante do
Espiritismo, não vamos apresenta-lo integralmente nesse espaço e remetemos os
interessados à RE DEZ/1863, mas, deixar a informação de que o Codificador
constatou que a possessão é um estado transitório de substituição parcial de um
Espírito encarnado por um Espírito errante, onde o Espírito encarnado se afasta
momentaneamente do corpo ao qual está permanentemente ligado enquanto vive.
Pela observação e prática do
Espiritismo, atuando diretamente no caso, usando todo o seu conhecimento da
Doutrina e o auxílio dos Espíritos que trataram do tema na Sociedade Espírita,
Allan Kardec comprovou a existência de uma anomalia física, semelhante à
alienação mental, somente explicada pelo Espiritismo. Falou da modalidade aguda
de sofrimento da vítima, do processo de possessão e da cura, enfatizando que
conhecimento não basta, mas, também, a força moral.
Após o minucioso estudo sobre o
tema, por aproximadamente 15 (quinze) anos, a conclusão será feita no capítulo
XIV, Os Fluídos, tema obsessões e possessões, na Obra A Gênese de 1868, ao qual
remetemos o nosso atento leitor sedente pelo conhecimento completo da Doutrina
Espírita.
Uberaba – MG, 09 de junho de 2020.
Beto Ramos
sexta-feira, 29 de maio de 2020
ESPIRITISMO E PUBLICIDADE: a influência sobre a ordem social
Existindo desde a antiguidade, o Espiritismo ressurgiu em
plena luz e à vista de todos. Para alguns simples conjunto de fenômenos sem
qualquer importância. Para outros um caso sério que merecia combate porque
balançava as estruturas da fé cega. No começo viram no Espiritismo apenas
fenômenos materiais que se dirigia aos olhos como espetáculos, divertimentos.
Os observadores conscienciosos encontraram no Espiritismo a
chave para uma multidão de mistérios que até seu advento eram incompreendidos.
Daí surge toda uma doutrina, toda uma filosofia, até que se eleva à categoria de
ciência moral, que falava a um só tempo ao coração e à inteligência.
Em pouco tempo de existência o jornal recém-fundado por Allan
Kardec contava com assinantes de Paris, Inglaterra, Escócia, Holanda, Bélgica, Prússia,
São Petersburgo, Moscou, Nápoles, Florença, Milão, Gênova, Turim, Genebra,
Madri e Shangai, China, Batávia, Caiena, México, Canadá, Estados Unidos e
outros tantos. Allan Kardec trocou cartas com brasileiro também.
Mas, o Espiritismo caminhou por sua própria força, fornecendo
uma verdade consoladora, criando a esperança da verdadeira satisfação,
proporcionando convicções sérias e duradouras, onde qualquer pensamento
contrário tornaria o crente infeliz.
Entregue as próprias forças, o Espiritismo deu grandes
passos, o que proporcionou a Allan Kardec, Codificador do Espiritismo,
vaticinar: “se, por si mesmo, já deu tão
grandes passos, que será quando dispuser
da poderosa alavanca da grande publicidade! Enquanto aguarda esse momento,
vai plantando balizas por toda parte”.
Na propagação do Espiritismo Allan Kardec distinguiu quatro
fases ou períodos distintos:
1. O
da curiosidade, no qual os Espíritos
batedores desempenharam o papel principal chamando a atenção, preparando os
caminhos;
2. O
da observação no qual o Codificador ingressou.
Também chamado de período filosófico.
É nesse período que o Espiritismo se aprofunda e se depura, tendendo à unidade
de Doutrina e constituindo-se em Ciência;
Para o futuro, previu Kardec que viriam em seguida:
3. O
da admissão, no qual o Espiritismo
deve ocupar uma posição entre as crenças oficialmente reconhecidas[1];
4. O período da influência sobre a ordem social. Quando a Humanidade, sob a
influência das ideias Espíritas, entrará em um novo caminho moral.
Observação: ao tempo de Kardec a influência moral do Espiritismo atingia
apenas a esfera individual e, segundo suas previsões, mais tarde, agiriam sobre
as massas, para a felicidade geral.
Na atualidade do século 21, quando elaboramos essas notas,
percebemos que a previsão de Allan Kardec quanto às poderosas ferramentas de
publicidade encontradas a macheias e à disposição dos Espíritas se cumpriu.
Blogs, redes sociais (facebook, whatsapp, instagram e outras), sites, plataformas
de vídeos, além do rádio e TV, são alavancas poderosas de publicidade para a
Doutrina. Como você percebe aqui, fazemos parte efetiva desse contingente.
Em nossa opinião, o Espiritismo não atingiu o terceiro período (ou fase) previsto por Allan Kardec. Há uma massa considerável de adeptos e simpatizantes, o que não quer dizer que todos sejam Espíritas sinceros ou verdadeiros Espíritas. É possível constatar, sem dúvida, que há uma plêiade de Espíritos encarnados trabalhando para o sucesso das previsões de Allan Kardec, assim como, outros tantos desencarnados engajados na missão.
Cabe-nos
fazer mais para a divulgação da Doutrina Espírita como codificada por Allan
Kardec. Pelo poder das ferramentas que temos e que não estiveram à disposição
do Codificador, precisamos atingir a totalidade do planeta.
Somente assim serão dados os primeiros passos da fase quatro
prevista por Kardec: a influência do
sentimento de amor, fraternidade, solidariedade e igualdade sobre toda a
Humanidade a fim de que sua regeneração moral, como novo caminho, comece a
ser trilhado coletivamente.
* Texto adaptado da publicação de Allan Kardec
na Revista Espírita de Setembro de 1858, (PDF), Ed. FEB, p. 363-371.
Beto Ramos
[1]
Entre os anos de 2000 a 2010 o Brasil teve um crescimento de 65% no número de
adeptos. Segundo a Revista SUPER Interessante o Brasil é a maior nação Espírita
do mundo. https://super.abril.com.br/cultura/por-que-o-espiritismo-pegou-tanto-no-brasil/
acesso em 29/05/2020.
segunda-feira, 11 de maio de 2020
A IMPORTÂNCIA DE ESTUDAR O ESPIRITISMO COM KARDEC
Quando fala-se na importância de estudar o Espiritismo, certamente, algumas questões relacionadas a estudo precisam vir à mente daquele que pretende investigar esse ou aquele objeto. Trata-se, sem medo de errar, do método. Para defini-lo é preciso escolher o objeto de estudo.
Notadamente, o pesquisador (aquele que deseja aprender, compreender, investigar, pesquisar, conhecer, saber...), depois de escolher um objeto para o seu trabalho, precisa relacionar as hipóteses possíveis que já tratam do assunto e daquelas que podem surgir, enfrentando, inclusive, as dúvidas e refutações, além, é claro, das objeções.
a) Por que denominamos o Espiritismo como "codificação"? Essa expressão está correta?
b) Por que Allan Kardec é chamado de o "codificador do espiritismo"? Foi dessa maneira que ele se denominou?
c) O que pensava Allan Kardec a respeito de dogmas codificados? É próprio de uma filosofia ou das religiões?
Para os Espíritas (assim como para todos os que desejam conhecer a Doutrina Espírita) são necessárias algumas considerações e informações sobre o Espiritismo, uma vez que se trata de uma ciência filosófica, assim conceituada por Allan Kardec, também chamado de Codificador do Espiritismo.
Falamos muito em codificação, codificador, etc., mas, os "por quês" são nossos conhecidos? Sabemos, de fato, qual o sentido dessas palavras? Denominamos o Espiritismo como doutrina, mas, e daí? o que isso quer dizer? Significa algo? Faz sentido para aquele que se intitula espírita?
Você que está lendo com objetivo de aprender, assim como eu que escrevo, ficará com a responsabilidade de responder:
Nesse texto vou responder não responderemos a essas indagações por ora, uma vez que na Revista Espírita de 1868, de modo sutil, tratou do tema. Vamos, por outro lado, apresentar a definição de 03 (três) termos que permeiam a Doutrina Espírita, cujo conhecimento ajuda o estudante do espiritismo a afastar ideias preconcebidas, principalmente aquelas advindas do "senso comum". Vamos a elas:
Doutrina: é o conjunto de ideias fundamentais a serem transmitidas, ensinadas; uma doutrina contém ideias básicas que compõem um sistema filosófico, político, religioso, etc.
O Espiritismo, quando conhecido por meio dos ensinos de Allan Kardec e dos Espíritos Superiores, afasta as duas outras hipóteses, isto é, sistema político e religioso. Sim, o Espiritismo É UM SISTEMA FILOSÓFICO. Ora, devemos, pois, definir ao seu turno o termo seguinte. Mas, como saber isso? Estudando a obra O Que é o Espiritismo, em seu preâmbulo, bem como diversas outras obras e artigos da revista espírita.
Filosofia: é o amor pela sabedoria, experimentado apenas pelo ser humano; trata-se da investigação da dimensão essencial e ontológica do mundo real, ultrapassa a OPINIÃO IRREFLETIDA do SENSO COMUM (tudo que está preso à realidade aparente e sensível).
Mas, não sendo o espiritismo uma religião, como CONCLUI e ensina Kardec, é preciso ter em mente o significado dessa palavra, pois o que se convencionou denominar religião afasta a possibilidade de uso dessa expressão pelos espíritas.
Religião: sistema de doutrinas, crenças e práticas rituais próprias de um grupo social, estabelecido segundo uma determinada concepção de divindade e da sua relação com o homem; observância cuidadosa e contrita dos preceitos religiosos; prática, doutrina ou organização que se assemelha a uma religião; culto que se presta à divindade, consolidado nesse sistema.
Kardec ainda explicou da RE DEZ/1868 que o nome religião foi dado ao 'conjunto de princípios codificados e formulados em dogmas ou artigos de fé (aqui trata de uma fé cega).
De posse da significação das palavras usadas na introdução ao estudo da doutrina espírita por Allan Kardec vamos compreender de forma clara o que é o Espiritismo: uma ciência que estuda as relações do mundo material com os Espíritos ou seres do mundo invisível, ao mesmo tempo que é filosofia, pois, estuda as consequências morais advindas dessas relações. Então, necessariamente, por último, é preciso significar a palavra ciência, do que não vamos fugir.
Ciência: é um corpo de conhecimentos sistematizados adquiridos via observação, identificação, pesquisa e explicação de determinadas categorias de fenômenos e fatos, e formulados metódica e racionalmente.
Para o nosso estudo da doutrina espírita é preciso estar acompanhado de Allan Kardec. Isso se faz buscando subsídios na sua obra, que não se resume a 05 (cinco) livros (são bem mais que uma vintena). A uma: porque Kardec é um nome adotado por um conhecido, famoso e renomado educador, professor, pedagogo, cientista, filosofo e escritor francês.
O seu vasto currículo e obra dão notícias de sua formação, do seu conhecimento, do seu caráter e das influências que recebeu antes de realizar sua missão junto ao Espiritismo e à humanidade e que estão presentes nos livros espíritas por meio dos quais organizou o espiritismo, locus em que se contém a Doutrina Espírita.
A duas: não sendo apenas 05 (cinco) obras é preciso saber que estas são o que vamos chamar de ponto de chegada e não pontos de partida como muitos pensam. As obras de Allan Kardec, no Espiritismo, eram produzidas após muito estudo, muitas investigações, muitas experimentações, muitas trocas de informações e, sobretudo, com o uso de todo o conhecimento adquirido até então em matéria de ciência e filosofia, principalmente o que já se havia produzido em matéria de espiritualismo racional.
Fico por aqui. Deixe sua opinião nos comentários, responda as indagações que fizemos e deixe, também, sua impressão sobre o texto.
Até breve!
Beto Ramos.
segunda-feira, 2 de março de 2020
BRASILEIROS MOSTRAM SUA CARA
DESTAQUE DA SEMANA
A DOUTRINA DOS ESPÍRITOS NÃO É ASSUNTO QUE SE ESGOTA EM UMA PALESTRA
EM SUAS VIAGENS KARDEC MINISTRAVA ENSINOS COMPLEMENTARES AOS QUE JÁ POSSUIAM CONHECIMENTO E ESTUDO PRÉVIO. Visitando a cidade Rochefort, n...
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Há uma disseminação muito grande entre o denominado movimento espírita de que Espíritismo é religião . No entanto, parece haver total descon...
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O Evangelho Segundo o Espiritismo é uma obra que se dedica a explicar as máximas morais do Cristo em acordo com a Doutrina dos Espíritos, c...
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Segundo Spinoza, o filósofo, "não é porque uma coisa é boa que a desejamos, mas, porque a desejamos [a coisa] ela nos ...