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terça-feira, 23 de novembro de 2021

ÉTICA, MORAL E SOCIEDADE...

 

Aristóteles falou, para Nicômaco, de uma ação voluntária e moral do indivíduo. Algo diferente da política.

Maquiavel observou com mais clareza a realidade e enxergou o essencial atrás de meras aparências, reconhecendo que a política é, antes de tudo, o exercício de escolha.

Weber, também, viu uma pseudo ética protestante se aliando ao "espírito" do capitalismo.

Mas, antes, Hobbes falou da matéria, forma e poder de um Estado eclesiástico e civil: seria o verdadeiro LEVIATÃ. Não obstante, acusar o ser humano de ser o "lobo" dele mesmo.

Platão sonhou com a República e Rousseau fundamentou esse contrato social.

Dividindo poderes, propondo estabelecer uma base harmônica do contrato na república, Montesquieu tratou de falar sobre o espírito das leis.

Nietzsche, observando tudo do alto daquilo que alguns entenderam como loucura, entreviu uma complexidade e, diferente de Aristóteles, buscou saber sobre a genealogia da moral: o que move o ser humano?

Kafka contou a história de um processo e Foucalt, diante de um julgamento histórico da civilização, cujo sistema é o de vigiar e punir os que teimam em mostrar que a igualdade plena se encontra nas diferenças, demonstrou a violência nas prisões.

Mas, contemporaneamente, é Bandeira de Melo que irá alertar: há um conteúdo jurídico no princípio da igualdade.

Se não amor e respeito bastante para compreender o conteúdo divino da igualdade entre os direfentes, os filósofos precisam continuar espalhando seu amor à sabedoria, pois, ainda agora, a CRISE DA HUMANIDADE É MORAL.

Uberaba-MG, 23/11/2021.
Beto Ramos.

sexta-feira, 13 de maio de 2022

O ESPIRITISMO SE LIGA AO ESPIRITUALISMO RACIONAL?

 

É preciso indagar, por quais motivos os incautos levantam falsas bandeiras? O que motiva o ser humano a escolher o caminho da fraude? As respostas saltam aos olhos: orgulho, vaidade, prepotência, egoísmo, etc.

Para a surpresa de zero pessoa, os desqualificados sempre decidem desqualificar o outro, desqualificar o trabalho do outro. Pior do que isto é o fato de que ao tratar de assuntos e temas, buscando negar o que é inegável, demonstram o quanto raso é o seu pensamento, o quanto esdrúxulas são suas 'teses', o quanto de conhecimento não possuem (e nem querem possuir, é preciso afirmar).

A pergunta, título da postagem, realmente NÃO precisaria ser efetuada. Repetimos: PARA QUEM ESTUDA SÉRIA E PROFUNDAMENTE O ESPIRITISMO, A PERGUNTA NÃO PRECISARIA SER EFETUADA.

Provas? Sim. Vamos direto à fonte. Primeiramente, o que diz Allan Kardec sobre o assunto:


Allan Kardec não só trouxe tais informações na folha de rosto em O Livro dos Espíritos, usando do seu direito de autor (o qual a ninguém é dado o direito de questionar), como deixou bem clara a indicação de que para se conhecer a parte é necessário estudar o todo, explico após a informação:

"Como especialidade "O Livro dos Espíritos" contém a Doutrina Espírita; como generalidade liga-se ao Espiritualismo, do qual apresenta uma das fases. Essa a razão porque traz sobre o título as palavras: Filosofia Espiritualista". (Introdução ao Estudo da Doutrina Espírita, item I - Espiritismo e Espiritualismo, O Livro dos Espíritos).

Aprioristicamente, quem estuda a teoria do conhecimento DEVE saber que a frase de Kardec quanto à especialidade e à generalidade se resume em: "O Espiritismo é espécie do gênero Espiritualismo". Depois, a LÓGICA nos permite inferir que para compreender a PARTE é necessário estudar o TODO, sob pena de fazer a negação penitente do desconhecimento.

Ah, bom, diria o Pinóquio, mas Kardec não escreveu Espiritualismo Racional. Pergunta-se: era necessário? Ele também não consignou muito mais sobre o Magnetismo Animal, além de deixar clara a sua afirmação que o Espiritismo e o Magnetismo são ciências gêmeas, carecendo o estudo de ambas, sem o que o edifício fica sem alicerce (quem desejar ir à fonte indicamos o estudo das Revistas Espíritas).

Finalmente, a estrutura estabelecida em O Livro dos Espíritos, comprova (aquele que frauda sempre exige mais uma prova e mais uma prova, numa cadeia interminável de exigências) que Kardec indicava o estudo do Espiritualismo Racional, uma vez que no século 19 era a base da educação na França: Liceus, Universidades, Escola Normal, etc. Vejamos:


Antes de compartilhar o último documento, remetemos o leitor para O Evangelho Segundo o Espiritismo, e, na sua introdução, examine o Controle Universal do Ensino dos Espíritos. Lá encontrará a indicação do uso de Lógica, Razão, Bom-senso. A moral - conforme a introdução - é o objeto da obra (no quadro acima - ciências psicológicas; tema, também, estudado nas Revistas Espíritas).

Quanto a O Livro dos Espíritos, verifique a estrutura a partir da primeira questão (no quadro acima, Ciências Metafísicas):

a. Teodiceia: Deus, seus atributos e sua providência (temas, também, estudados em A Gênese - 1868);

b. Cosmologia racional: matéria e vida (temas, também, estudados em A Gênese - 1868);

c. Psicologia racional: alma e corpo (temas, também, estudados em A Gênese - 1868).


Talvez os incautos sintam falta de Kardec tratar de Matemática e ciências físicas. Por último, e concluindo que o Espiritismo se liga ao Espiritualismo Racional, como de fato foi esclarecido pelo organizador da Doutrina dos Espíritos, devendo o estudante sério do Espiritismo atentar para o fato e buscar compreender a Doutrina dentro de suas bases e fundamentos, trazemos à colação um programa de ensino desenvolvido no Brasil do 2º Império, onde provamos que a educação no mundo, no século 19, estava estruturada sobre as bases do Espiritualismo Racional. Vejamos:


Ao contrário das discussões inúteis, publicações que visam apenas o deleite do próprio orgulho, o menosprezo sem a caridade como a entendia Jesus (Q. 886, LE), vamos nos unir em prol da REGENERAÇÃO DA HUMANIDADE. Por que motivos ainda persiste o desejo de deixar os demais na ignorância? Que tal todos entrarem no 'céu' e não se constituírem em obstáculos?

Finalmente, se você não encontrou na Doutrina Espírita remissões a Rousseau, Kant, Platão, Aristóteles e outros tantos expoentes, se você acredita que a Doutrina Espírita foi uma REVELAÇÃO que "desceu dos céus" por inspiração, se você acredita que tudo foi um trabalho de Espíritos e Kardec sem qualquer outra participação, é preciso responder:

1. Não conhece absolutamente nada sobre os filósofos mencionados;

2. Não estudou a obra A Gênese de 1868, onde Kardec explica a Natureza da Revelação Espírita;

3. Desconhece a Lei Moral do Progresso, tal como ensinada pelo Espiritismo;

4. Se já leu, possivelmente, não compreendeu o que Emmanuel disse sobre o Livro e o Conhecimento no capítulo 4, Educação, da Obra Pensamento e Vida (FEB, Francisco C. Xavier);

5. Mas, se conhece tudo, o problema é a falta de estudo do conteúdo moral preconizado pelo Espiritismo (A Teoria Moral Autônoma de Jesus, que se funda no "A cada um segundo suas obras").

Uberaba-MG, 13/05/2022.
Beto Ramos.

terça-feira, 26 de abril de 2022

DESCARTES, ESPIRITUALISMO RACIONAL E ESPIRITISMO


Realmente, Allan Kardec afirmou em prolegômenos, contido em O Livro dos Espíritos, que o conteúdo da obra foi por ele organizado e que a sua origem provém dos Espíritos superiores. Todavia, na mesma obra, em sua Introdução ao Estudo da Doutrina Espírita, no item I, asseverou que o Espiritismo é uma espécie do gênero filosófico Espiritualismo Racional, ocasião em que explica a expressão Filosofia Espiritualista.

Portanto, hoje, vamos trazer informações que refutam as alegações dos incautos que asseveram discordar da Teoria Moral da Autonomia, consignada por Allan Kardec nas obras fundamentais do Espiritismo, em razão da afirmação sobre a origem da Doutrina dos Espíritos.

De fato, os Espíritos superiores são a origem pura e cristalina, mas, nem Kardec, nem os Espíritos que trabalharam na equipe do Espírito da Verdade afirmaram que o seu trabalho não era fruto de esforço coletivo ainda maior, onde todos servem, aprendem e intuem, em todos os tempos (encarnados ou não).

Àqueles que duvidam, citamos a afirmação de Emmanuel sobre livro e conhecimento, verbis:

"O livro representa vigoroso imã de força atrativa, plasmando as emoções e concepções de que nascem os grandes movimentos da humanidade, em todos os setores da Religião e da Ciência, da opinião e da técnica, do pensamento e do trabalho. Por esse dínamo de energia criadora, encontramos os mais adiantados serviços de telementação, porquanto, a imensas distâncias, no espaço e no tempo, incorporamos as ideias dos Espíritos superiores que passaram por nós, há séculos". (Pensamento e Vida, Cap. 4, Instrução. Chico / Emmanuel).

É claro que Renatus Cartesius, mais conhecido como Renê Descartes (1596-1650), não pode ser classificado como um espiritualista racional, vez que seus principais interesses eram a matemática, a ciência, a epistemologia e a metafísica. Foi influenciado por Platão, Pitágoras, Aristóteles, Sexto Empírico, Pirro, Agostinho, Aquino, Anselmo, Ockham, Francisco Sanches, Suárez, Scotus, Mersenne, Montaigne e outros. Sua escola e tradição foi o cartesianismo e o racionalismo, principalmente. Contudo, pedimos vênia para colacionar, com adaptações, o resumo e remissões feitas por P. F. - A. JAFFRE (in História da Philosophia, 4ª Edição, 1886), a seguir, na intenção de lançar luz acerca do fato de que o conhecimento é construído. Os Espíritos superiores fizeram validar ou refutar teorias que já existiam ao tempo de Kardec, incorporando elementos de conhecimento que não havia sido pensados (servir, intuir, instruir).

A doutrina de Descartes ensina que:

A alma é uma substância imaterial, cuja natureza simples nos é revelada pela consciência unicamente. Sua essência é o pensamento atual. A alma não está em todo o corpo; sua sede é na glândula pineal. As ideias são adventícias para as coisas sensíveis, inatas para as coisas suprassensíveis e absolutas, factícias para as coisas que concebemos em nossa imaginação.

O juízo é formado pela vontade e não pela inteligência. A evidência não está nas coisas; está no espírito que percebe claramente as relações das ideias. As sensações não são perceptíveis. São impressões puramente fisiológicas e estamos certos de que os corpos são reais, por uma propensão invencível proveniente de Deus.

As paixões principais são em número de seis. A admiração é a primeira. São postas em movimento pelos espíritos animais. O animal não é vivificado por uma alma dotada de sensibilidade. É uma máquina, um autômato.

A existência de Deus é provada por nosso ato de duvidar, que é uma imperfeição; pela própria imperfeição de todo nosso ser; pela ideia do infinito, cuja causa se quer saber; por esta mesma ideia que encerra necessariamente a existência de seu objeto.

Os atributos divinos são todos deduzidos da infinita perfeição de Deus, comparada às qualidades completas das criaturas. A Vontade divina goza de uma liberdade de todo o ponto indiferente. Sua potência é absoluta, podendo mudar a essência metafísica das coisas.

A essência da matéria consiste na extensão. É divisível ao infinito. Seus elementos primários são átomos, ou corpúsculos invisíveis, posto que extensos. Não existe vácuo entre os corpos, e este mundo projeta-se sem fim no espaço infinito. O espírito e a matéria não podem atuar diretamente um sobre o outro. Daí a teoria das causas ocasionais. Todos os movimentos se explicam pela lei dos turbilhões.

Deus manifesta o seu pensamento e toda a luz criando uma matéria inerte, enchendo todo o espaço e imprime-lhe um movimento. Este movimento se comunica, porque não existe vácuo, a todas as partes da matéria. Não podendo as partes da matéria se movimentar em linha reta por causa dos obstáculos, fazem movimento circulares.

Sendo desigualmente densas e não podendo girar em torno de um só centro, formam outros movimentos em torno de centros diversos, chamados turbilhões.


A CONSTRUÇÃO COLETIVA DO CONHECIMENTO (servir, aprender, intuir).

Em palestra pessoal, via aplicativo de mensagens, com Paulo Henrique de Figueiredo, esse nos trouxe importantes esclarecimentos, demonstrando que sistemas de Descartes, ou mesmo de Spinoza, não foram adotados pelo Espiritualismo racional. Mas, salta aos olhos, o fato de que as civilizações se sucedem ao influxo da herança mental (Emmanuel).

Passamos a colacionar a seguir os comentários de Paulo Henrique de Figueiredo, na íntegra:

"A psicologia espiritualista experimental, iniciada por Maine de Biran, qualifica a ação da alma como fato psicológico, baseado na ação das suas faculdades. A vontade é a força da alma. Dessa forma, o espiritualismo do século 19 pressupõe três substâncias, Deus, alma e matéria. São temas das ciências metafísicas: Teodiceia, psicologia racional e cosmologia. Fazem parte das ciências filosóficas. Essas ciências não adotam sistemas, como de Espinoza e Descartes, mas estruturam em teoria as hipóteses relacionadas aos fatos experimentais da introspecção. No sistema de Espinoza, há uma só substância, Deus. Sua ideia é panteísta. Descartes, por sua vez, estabelece a matéria criada por Deus, e depois regida mecanicamente. E a alma como substância imaterial, agindo no corpo (que seria como um autômato) por meio de "espíritos animais", uma espécie de vapor orgânico vital. A psicologia espiritualista, se organizou com uma finalidade moral e social" [26/04/2022].

Convidamos os corações amigos para meditarem sobre o acima articulado.

Uberaba-MG, 26.04.2022
Beto Ramos.

terça-feira, 4 de maio de 2021

O ESPIRITISMO É DEÍSTA?


Há uma disseminação muito grande entre o denominado movimento espírita de que Espíritismo é religião. No entanto, parece haver total desconhecimento da Doutrina Espírita. De partida deixamos claro, ao nosso sentir, que o que caracteriza uma religião é ser ela teísta. O Espíritismo, por sua vez, é deísta. Vamos tentar mostrar isso nas obras fundamentais do Espiritismo.

Antes, porém, vamos nos entender quanto às palavras: DEÍSMO é uma posição filosófica que acredita na criação do universo por uma inteligência superior (que pode ser Deus, ou não). A crença nesta inteligência ocorre por meio da razão, do livre pensamento e da experiência pessoal.

Começaremos, então, pela primeira pergunta feita por Kardec aos Espíritos Superiores: "Que é Deus?". A resposta é muito conhecida: "Deus é a inteligência suprema, CAUSA PRIMÁRIA de todas as coisas".

O Espiritismo difere, portanto, dos elementos comuns das religiões TEÍSTAS, uma vez que o seu ponto de partida não é uma revelação direta, ou tradição. A primeira revelação (Moisés) é baseada em profecias e tradição; A segunda centraliza-se na pessoa de Jesus e é narrada pelos Evangelistas.

Importante salientar que em prolegômenos (O Livro dos Espíritos) Kardec esclarece: "Este livro é o compêndio dos seus ensinamentos. Foi escrito por ordem e sob ditado dos Espíritos superiores para estabelecer os fundamentos de uma filosofia racional, livre dos prejuízos do espírito de sistema". Assim, não há nenhuma possibilidade de que o seu conteúdo seja comparado à profecias ou meras narrativas.

O Espiritismo sofre importante influência filosófica.  Vejamos a primeira questão posta por Allan Kardec, como acima demonstrado. A influência, portanto, se constata, quando comparamos essas questões com o "Demiurgo" (artesão divino ou princípio criador do universo) do filósofo grego Platão.  Não é curioso que a existência de um Criador ou Organizador do Universo É A PRIMEIRA CAUSA DA FILOSOFIA DEÍSTA?

Na filosofia deísta é possível verificar que seu adepto está inclinado a afirmar a existência de um princípio criador e que não nega a realidade de um mundo completamente regido pelas leis naturais e físicas. Estudando as obras espíritas fundamentais constataremos exatamente isso. Além do mais, o deísta não pratica nenhuma religião.

É possível perguntar: o que é uma filosofia racional livre dos prejuízos do espírito de sistema? Trata-se, pois, de uma filosofia deísta.

Na introdução de O Evangelho Segundo o Espiritismo pode ser constatado como o Espiritismo trata as revelações, os escritos sagrados e as escrituras bíblicas. Kardec é muito sóbrio quando declara que estas devem ser estudadas.

Naquela obra, inclusive, vamos encontrar o curioso título de item: ALIANÇA DA CIÊNCIA COM A RELIGIÃO. Logo, temos a informação que o Espiritismo veio para ser o traço de ligação entre uma e outra. Além do mais, na questão 627 de O Livro dos Espíritos, esses demonstram que seu objetivo é trazer informações racionais, sem alegorias.

Os deístas acreditam que as ideologias religiosas devem reconciliar e não contradizer as evidências científicas em detrimento dos ensinos bíblicos. É o que depreendemos no Espiritismo quando percebemos que religião e ciência são duas alavancas do progresso, uma vez que sua fonte é a mesma: Deus.

Um princípio fundamental do DEÍSMO é que Deus criou tudo: o visível e o invisível; o mundo físico e o espiritual. Temos no Espiritismo, principalmente em O Livro dos Espíritos, a confirmação dessas verdades, trazidas em bases racionais.

O deísmo não acredita na existência de um Deus providencialista, portanto, Ele não interfere no mundo de maneira evidente como sugerem as religiões teístas. Essa confirmação está contida na obra A Gênese, onde teremos capítulos especiais tratando de Deus, da providência e da natureza das revelações.

O DEÍSMO não toma posição sobre o que é o criador, nem tem como princípio encontrá-lo. O deísmo não prega a necessidade de revelações divinas como o fazem as religiões. O Espiritismo, ao seu turno explica racionalmente o que é e para que servem essas revelações.

Para o deísta, não há nenhuma dependência da existência ou não de revelação das escrituras ou do testemunho de outras pessoas para crer. É o mesmo que se dá com o Espiritismo. Não se viola consciência. O Espiritismo se funda na autonomia do Espírito, no seu livre-arbítrio e na sua evolução conforme a Lei do Progresso. Essa evolução ocorre a partir da aquisição de conhecimentos. A cada um segundo suas obras mesmo.

A filosofia deísta tem posição contraria ao fideísmo encontrado em muitos ensinamentos, tais como o Cristianismo, Islamismo e Judaísmo, onde parte-se do princípio que a crença deve ser cega. O Espiritismo ensina uma crença baseada na razão, lógica e bom-senso. Ao contrário de dogmas incontestáveis, tudo deve ser aceito como resultado de processos intelectivos de cada indivíduo, sendo, cada um, livre para crer ou não.

Os deístas tipicamente também rejeitam certos eventos religiosos, tais como cultos, profecias, etc., uma vez que não atendem ao critério da racionalidade, base principiológica do DEÍSMO. 

Quando estudamos a obra O QUE É O ESPIRITISMO, uma das primeiras lições de Kardec é que todas as religiões podem se encontrar em torno deste, devendo afastar exatamente cultos, entre outras práticas que só interessam aos partidários desta ou daquela religião.

A maioria dos deístas que analisam as religiões organizadas em torno das revelações divinas e livros sagrados as interpretam como produto da mente humana, não como fontes de autoridade. Todavia, podem ser aceitas como inspiração moral e ética.

Veja que na introdução de O Evangelho Segundo o Espiritismo Kardec trata o Evangelho de Jesus dividindo-o em 05 (cinco) partes, sendo que uma delas é exatamente esta: um código moral incontestável.

Os deístas dizem que o maior presente do universo para a humanidade não é a religião, mas "a capacidade de raciocinar". Seria outro o pensamento espírita? Parece que o conteúdo doutrinário espírita não deixa dúvidas quanto a esse presente legado pela causa primária de todas as coisas para toda a humanidade.

Uberaba-MG, 04 de Maio de 2021.
Beto Ramos.

DESTAQUE DA SEMANA

A DOUTRINA DOS ESPÍRITOS NÃO É ASSUNTO QUE SE ESGOTA EM UMA PALESTRA

  EM SUAS VIAGENS KARDEC MINISTRAVA ENSINOS COMPLEMENTARES AOS QUE JÁ POSSUIAM CONHECIMENTO E ESTUDO PRÉVIO. Visitando a cidade Rochefort, n...