Estudo e pesquisa sobre Espiritismo, Doutrina Espírita, Filosofia Espírita, Espiritualismo Racional, Filosofia Espiritualista Racional, Ciência Espírita, Ciência e Filosofia.
Seguidores
Pesquisar este blog
quarta-feira, 13 de janeiro de 2021
A IDADE DE JESUS
terça-feira, 12 de janeiro de 2021
COMPREENDENDO O ESPIRITISMO
"Após as doutrinas do passado, que só nos trouxeram obscuridade, incertezas, o Espiritismo projeta uma enorme claridade sobre o caminho a percorrer; no encadeamento de nossas vidas sucessivas, ele nos mostra a ordem, a justiça, a harmonia que reinam no Universo. Que o socialista sensato adote essa grande Doutrina, essa ciência vasta e profunda que esclarece todos os problemas e nos fornece provas experimentais da sobrevivência; que os seus seguidores se impregnem dela, que a ela adptem seus atos e então poderá tornar-se um dos meios que levarão a Humanidade na direção de melhores destinos[1]".
"Após a guerra de 1870, entendi que seria necessário trabalhar com ardor na educação do povo. [...] Agora que a idade embranqueceu os meus cabelos e a experiência chegou, [...] compreendo melhor porque a lei da evolução obriga a imensa maioria dos seres renascer no seio das classes trabalhadoras, para nelas desenvolver sãs energias, moldar o caráter, tornar o homem verdadeiramente digno desse título[2]".
segunda-feira, 11 de janeiro de 2021
VOLTAIRE
"Posso não concordar..." ;
"Discordo do..." ;
"Não concordo com..."
Beto Ramos
quinta-feira, 7 de janeiro de 2021
O ENSINO DOS ESPIRÍTOS E O PENSAMENTO FILOSÓFICO
Hoje, neste artigo, quero
compartilhar com vocês leitores (as) algumas referências encontradas no estudo
da filosofia que, ao nosso sentir, estão presentes na Obra produzida pelo
insigne Professor Rivail, usando o pseudônimo Allan Kardec. O objetivo é que,
juntos, possamos nos apropriar da influência científico-filosófica em todo o
trabalho que, mais tarde, seria conhecido como Codificação do Espiritismo.
Todas as proposições a seguir
possuem um caráter de estudo, partindo das premissas encontradas nas pesquisas
bibliográficas, deduzindo o resultado, uma vez que não há referência direta feita
por Rivail para cada uma dessas influências. Todavia, está patente no seu
trabalho uma divisão em conformidade com a estrutura didático-pedagógica do
currículo dos cursos de filosofia contemporâneas à sua produção científica.
Não iremos esgotar tudo o que
poderá ser encontrado pelo estudante, pois, a sugestão de fundo é que cada
interessado, também, busque certificar-se de que tais influências estão
diretamente ligadas às perguntas e respostas consolidadas em todas as Obras da
Codificação.
Sem dúvida, podemos pensar que a
Lei do Progresso possui, em sua base, o pensamento de Heráclito: “Não se pode
entrar duas vezes no mesmo rio”. O mesmo pode-se dizer quanto ao Livre
Arbítrio: “Os caminhos para cima ou para
baixo são um só e a mesma coisa, depende do ponto de partida”. Quando se
pensa em Espírito simples e ignorante com o potencial para evoluir, esse
filósofo, acerca do conhecimento, ponderou:
“De onde vem o conhecimento? da nossa mente, do nosso pensar e não da nossa conservação
das coisas”.
Parmênides, concordando com Heráclito, vai ponderar que o conhecimento empírico é subjetivo, pois, o
ser humano para descobrir o mundo, deve confiar somente na lógica e no
pensamento: “ser é a mesma coisa que pensar”.
Quando nos deparamos com as
reflexões de Anaxágoras de que tudo
está em tudo, imediatamente, recordamos da resposta dos Espíritos na questão 540
de O Livro dos Espíritos. Isto é corroborado pelo fato de que a ideia da
existência dos “não cortáveis” - dos ÁTOMOS -, os quais, segundo esse
pensador, “formam as coisas quando
colidem entre si, formando novos compostos”.
Não seria o sofista Protágoras, se dando conta das
implicações das crenças e dos comportamentos humanos, questionando se uma crença é natural ou cultural, o
precursor da fé raciocinada como concebida por Rousseau e Kant?
Não há dúvidas sobre questões
envolvendo a imortalidade da alma tratadas pelo precursor Sócrates, inclusive suas defesas, naquele tempo, do livre-pensamento e da liberdade de
consciência, da ética humana e política. Sobre os conhecimentos inatos, aos
quais os Espíritos respondem a Allan Kardec em O Livro dos Espíritos, Platão afirmou que todos já nascemos programados com certos tipos de conhecimento. Sua
explicação fundamenta-se no fato de que “todos
temos uma alma imortal, pois, já passamos por existências anteriores”. Na
sua formulação “tudo o que aprendemos não
passa de um (re) conhecimento ou anamnese (memória)”.
Esse filósofo também formulou que existem dois mundos, o das coisas óbvias do cotidiano e o das eternas e perfeitas formas. Seria a base para se compreender a constatação da inédita informação dada no Livro Segundo de O Livro dos Espíritos onde o tema central é: MUNDO ESPIRITUAL OU DOS ESPÍRITOS? Onde os Espíritos transmitem o conhecimento que experimentaram do seu mundo, percebido pelas sensações do perispírito.
Parece que Platão captou a ideia de mundo espiritual, mas, não soube explica-la.
Considerou o mundo das formas, mas, não Espíritos e mundo espiritual. Mas, não
há dúvida de que no fundo há a ideia de superação dos meros fenômenos sensíveis da
matéria, confirmada, mais tarde, em O Livro dos Espíritos.
Finalizando a contribuição de Platão, quando o estudamos e
encontramos sua ideia de que “para
conhecer realmente alguma coisa é preciso experimentá-la, vivenciando sua
experiência de modo direto”, ao menos nesta reflexão, recorda-se a
proposição contida na questão 132 de O Livro dos Espíritos, onde se verifica a necessidade da encarnação dos Espíritos para
vivenciar experiências variadas em cada mundo e por cada ponto de vista, sendo
necessária a reencarnação no processo evolutivo.
A lógica dedutiva ou silogística
está presente na Obra de Kardec. Aristóteles
foi o seu precursor, estabelecendo os critérios das premissas maior e menor e
da conclusão, componentes dessa construção. A ideia central desse tipo de
raciocínio é que a conclusão não admita mais que as premissas. Também é o criador do método da indução. Essa
matriz parece estar na base da ciência espírita.
Aristóteles começa a fazer ciência quando passa a generalizar do observável especificamente
para espécies. Usando generalizações indutivas sobre as espécies para fazer
uma dedução sobre indivíduos, o que permite à ciência fazer uma previsão. A
construção científica da “causa final” das
coisas individuais e que cada uma delas possui uma função potencial é sua
construção.
Quanto à "causa final" afirmou que tudo e cada acontecimento tem uma causa;
recuando até o começo dos tempos chegaremos à conclusão de que deve ter havido
uma CAUSA PRIMEIRA, o PRIMEIRO MOTOR. Algo como um CRIADOR DIVINO. Parece-nos
ser essa construção a base racional do ensino contido no Livro Primeiro de O
Livro dos Espíritos.
Aristóteles também tratará de almas
e substâncias falando de essência e acidente. Intrigante é a sua reflexão
acerca de vegetais, animais e humanos,
sendo que os primeiros possuem uma alma
vegetativa porque crescem, os segundos possuem alma animal em razão das sensações, e os terceiros possuem as duas,
bem como a razão. Pareceu não garantir a imortalidade da alma. Assim, é
possível ponderar que não falava de alma
como se compreende. Sua base
reflexiva estaria de acordo com o que contém O Livro dos Espíritos quanto ao princípio vital, o instinto, a inteligência
e a razão.
Por fim, esse filósofo tratou da
ética da moderação (uma realização própria) e da capacidade humana de se
adquirir competências por meio do conhecimento, o qual pode ser transmitido,
além dos hábitos condicionados elaborados ao longo do tempo e as escolhas necessárias
do cotidiano, sendo a Moral compreendida como um Código de Conduta. Em O Livro dos Espíritos há a afirmação dos Espíritos
de que realmente a Moral é a conduta humana na prática do bem.
Foram esses os apontamentos que
ousamos fazer e que ficaremos felizes em receber todas as críticas necessárias,
solicitando sempre que o prévio estudo das informações contidas em O Livro dos
Espíritos preceda o debate.
Fonte Bibliográfica:
ROBINSON, Dave. Entendo a filosofia: um guia gráfico da história do pensamento / Dave Robinson, Judy Groves; Tradução Marly N. Peres. São Paulo: Leya, 2012.
quarta-feira, 6 de janeiro de 2021
FILOSOFIA ESPÍRITA
Para responder essa pergunta seria necessário um estudo aprofundado da Doutrina Espírita, bem como conhecer a história do Espiritismo e como se concebia ciência no século 19, pois, o Espiritismo não só é FILOSOFIA como classifica-se entre as CIÊNCIAS FILOSÓFICAS.
Um fato que não é divulgado pelos Espíritas precisa ter o devido registro, face sua importância diante desse tipo de indagação feita no título deste artigo. A primeira obra da Codificação, O Livro dos Espíritos, está estruturada de acordo com os temas e desafios investigados nas demais ciências filosóficas contemporâneas a Kardec. Seu grande mérito está na profundidade e unidade sistêmica das respostas dos Espíritos Superiores sobre as questões fundamentais da humanidade, o que os autores humanos não alcançaram.
Seguindo a “grade curricular” do ensino de filosofia do século 19, O Livro dos Espíritos oferece um conjunto de conteúdos e assuntos equivalentes. Sua divisão observa no Livro Primeiro causas primárias (Deus, alma e matéria), abordando as faculdades da alma (razão e senso moral) separando-as das orgânicas (instinto e paixões). É o mesmo currículo da metafísica geral ou ontologia e da metafísica especial. Os assuntos dos capítulos se referem à teodiceia, a cosmologia e a psicologia racional.
O Livro Segundo, inédito no campo da filosofia, reporta-se ao mundo espiritual, esmiuçado em detalhes pelos Espíritos Superiores, fruto de seu conhecimento: uma verdadeira ciência dos espíritos. Os Livros Terceiro e Quarto vão discorrer sobre a moral conforme as Leis Naturais ou Divinas, cujo desenvolvimento é racional, mas, com a inédita análise experimental pelos ensinamentos dos espíritos. Note bem que:
“[...]
o espiritismo, proposto por Kardec como sendo uma nova ciência filosófica,
respeita, em sua obra fundadora, a estrutura temática e os desafios a serem
vencidos nas demais ciências filosóficas de seu tempo[1]”.
[1] FIGUEIREDO, Paulo Henrique de. Revolução Espírita: a
teoria esquecida de Allan Kardec. São Paulo: MAAT, 2016. Pg. 199.
DESTAQUE DA SEMANA
A DOUTRINA DOS ESPÍRITOS NÃO É ASSUNTO QUE SE ESGOTA EM UMA PALESTRA
EM SUAS VIAGENS KARDEC MINISTRAVA ENSINOS COMPLEMENTARES AOS QUE JÁ POSSUIAM CONHECIMENTO E ESTUDO PRÉVIO. Visitando a cidade Rochefort, n...
-
Há uma disseminação muito grande entre o denominado movimento espírita de que Espíritismo é religião . No entanto, parece haver total descon...
-
O Evangelho Segundo o Espiritismo é uma obra que se dedica a explicar as máximas morais do Cristo em acordo com a Doutrina dos Espíritos, c...
-
Segundo Spinoza, o filósofo, "não é porque uma coisa é boa que a desejamos, mas, porque a desejamos [a coisa] ela nos ...