Seguidores

Pesquisar este blog

segunda-feira, 15 de março de 2021

CARACTERES ESPIRITUAIS DOS INDIVÍDUOS QUE FORAM PARA AS RUAS DURANTE A PANDEMIA

Domingo, 14 de março de 2021, o que se verificou pelas ruas do Brasil? Aglomerações com indivíduos pedindo sabe-se DEUS lá o quê? De toda forma, uma grande oportunidade. Vimos uma vez mais, na prática, verdades reveladas pelo Espiritismo. Muitos pedem provas de que o Espiritismo é a terceira revelação, pois bem, REPARE AO SEU REDOR, você não deve se surpreender com o que a Doutrina dos Espíritos reporta sobre TODOS NÓS.

No momento mais crítico em que o Brasil atravessa na pandemia de COVID-19, com suas quase 300 mil vítimas, sem vacina, uma infinidade de carros de luxo, pessoas sem adotar medidas mínimas de segurança, além de vários indivíduos que preferem se aliar ao discurso do ódio e do negacionismo, mesmo sendo eles "a carne mais barata" que se encontra no mercado doloroso da morte, pois, enquanto os primeiros vão se vacinar e voltar os olhos para seus umbigos, muitos vão morrer em razão do ato tresloucado desse fatídico domingo.

Não vou entrar em mérito algum do que foram postular e, menos ainda, se possuem esse direito enquanto vidas são ceifadas em razão de sua recusa ao respeito às mesmas (as suas, dos entes "queridos" e do "próximo"). Vou ater-me ao que nos ensina a questão 101 de O Livro dos Espíritos sobre OS ESPÍRITOS IMPERFEITOS.

Nada possuem de espiritualidade, pois, A MATÉRIA predomina sobre o Espírito, isto é, ESTÃO PREOCUPADOS COM OS CINCO SENTIDOS QUE EXPERIMENTA PELO CORPO FÍSICO que... vai morrer.

São ignorantes e essa falta de saber possui uma companheira de... matar... a chamada PROPENSÃO AO MAL.

Não vêem, não ouvem, falam muito e não dizem nada, pois, são ignorantes, orgulhosos, egoístas e detentores de TODAS AS PAIXÕES consequentes a estas mencionadas.

Ah! sobre Deus? Tem uma vaga intuição Dele, MAS, NÃO O COMPREENDEM. Nesse grupo tem aqueles que são os "seguidores": apesar de que não são essencialmente maus, são levianos, não refletem as consequências de seus atos e detentores de muita malícia. Não aproveitam nenhuma oportunidade para fazer o bem. Muitos tem prazer no mal e ficam felizes de ter uma ocasião de praticá-lo.

Muitos aliam a inteligência à maldade, suas ideias são pouco elevadas e seus sentimentos são os mais abjetos. MESMO OS QUE POSSUEM POUCO CONHECIMENTO DO MUNDO ESPÍRITA, confundem esse saber com suas ideias e preconceitos, como se tudo fizesse referência ao que conhecem da vida corporal.

Os Espíritos ainda dizem mais, o observador atento confirmará essas grandes verdades reveladas pelos Espíritos Superiores.

É triste, mas, é fato!

Uberaba-MG, 15 de março de 2021.

Beto Ramos

sexta-feira, 12 de março de 2021

O QUE É O MAL?

A questão da análise e da interpretação no processo de aquisição do conhecimento nos coloca, não raro, diante de situações correposdentes ao que se denomina paradoxo. A análise superficial pode apresentar situação onde se julgará haver suposta ausência de lógica, verdadeiras contradições.

O Espiritismo é uma dessas doutrinas que nos oferece esse vasto campo fértil que reclama análises e interpretações, cujo processo recorrente se repete e, por isso, necessita do dispêndio de muito tempo para meditações.

É comum encontrar observações periféricas e superficiais que, sem profundidade, arvoram-se no complemento ou solução ao suposto paradoxo.Um exemplo prático pode ser experimentado quanto a afirmação dos leigos que Kardec seria racista. Muitos espíritas, indagados a respeito, formularam "teses" buscando solver esse "paradoxo". O tema aqui não é esse. Noutra ocasião poderemos voltar ao mesmo.

Hoje, nosso assunto é: O mal existe ou não? O que é o mal?

Uma resposta de "um pé só", isto é, rápida, é: o mal não existe, pois, O MAL É A IGONORÂNCIA (aqui essa expressão significa ausência de conhecimento). Portanto, quem pratica o mal seria um indivíduo que passa pela fieira da ignorância.

Ocorre que diante da escala espírita, quando se estuda a terceira ordem, Espíritos Imperfeitos, aprende-se que esse Espírito é aquele que tem propensão ao mal. Todo Espírito que torna-se mal o faz por sua própria vontade.

Veja o aparente paradoxo. O livre-arbítrio do Espírito se desenvolve à medida que o Espírito adquire consciência de si mesmo. Nenhuma escolha que faz é provocada por uma causa estranha à sua vontade. Observando o que está ao seu redor, no exterior, ele cede à influência das coisas que o atrai.

Ora, o mal não é ignorância, ou melhor, a ausência de conhecimento?

Nos parece claro que o Espírito precisa conhecer para escolher. Aliás, só se torna mal por sua vontade. Pretendendo ir a fundo, advogamos a tese de que NÃO HÁ um paradoxo senão apenas em aparência. Não há dúvida de que o Espírito que tem prazer no mal seja ignorante. Não há dúvida que adquire conhecimento, por meio do qual tem condição de fazer escolhas livres.

De volta à escala espírita vamos encontrar a resposta para o dilema. O Espírito imperfeito tem sobre si a influência predominante da matéria sobre o Espírito. Mas, há algo que ele realmente ignora.

No processo evolutivo chegará à categoria de Espírito bom. Esse Espírito se destaca por uma característica ímpar: há predominância do Espírito sobre a matéria. ELE CONHECE O BEM E POSSUI QUALIDADE E PODER DE O FAZÊ-LO NA RAZÃO DE SUAS FORÇAS.

O mal não existe! O Espírito malfazejo é o que não conhece o bem. Ah, sim, ele possui conhecimento de muita coisa, porém ainda está vinculado ao orgulho e ao egoísmo, onde prevalece a ideia do "EU", da individualidade. O bom Espírito já experimenta a alegria de proporcionar o bem-estar ao seu semelhante. SABE e EXPERIMENTA o prazer que o AGIR NO BEM proporciona.

Não tendo experimentado a felicidade dos bons, os maus a ignoram. Eis a nossa solução. Se você tiver outra, sejam bem-vindo à discussão democrática.

Uberaba-MG, 12 de Março de 2021.

Beto Ramos.

sexta-feira, 5 de março de 2021

O RESPEITO

O tema de hoje nos convida à reflexão  profunda, pois considera o conjunto de experiência e cultura individual.

Em definição comum, o que é respeitar? Refere-se à deferência por alguém ou algo, ter consideração ou demonstrar acatamento, obediência. E, penso, está nessa definição o cerne do problema que envolve a conduta humana em sociedade.

Vamos, então, pensar a respeito disso. Veremos se é possível fazer algo a respeito.

Partindo da definição, isto é, com base no verbo respeitar, temos que trata-se de uma ação. Respeitar é um ato, está na esfera do agir em relação a.

O comportamento humano, de modo geral [e aqui falo pela experiência da convivência no grupo social] demonstra que os indivíduos, antes de se posicionarem diante do outro, analisam esse "outro" por meio de outro verbo: merecimento.

A reflexão antes do posicionamento é: fulano ou cicrano "merece" o "meu respeito"?

Nesse caso, enfrentamos um paradoxo: respeitar o outro é um favor que empresto a uns e outros segundo meus conceitos prévios sobre os mesmos?

E eis que, então, surge novo verbo no meio disso tudo: o dever. Esse verbo nos encaminha a pensar sobre MORAL. Unindo as duas expressões teremos o dever moral. A convivência em sociedade demonstra que dever moral não se trata de moralismo (ver significado ao final do texto), mas, de moralidade.

É preciso compreender, mais do que entender essa diferença. A moral define-se como a regra da BOA conduta. Portanto, da distinção entre o bem e o mal. E a boa conduta resume-se no fazer o bem e para o bem de todos.

Sendo assim o dever é a obrigação moral, para consigo mesmo e para com os outros. A luta pelo bem viver se encontra internamente no ser onde o antagonismo ocorre entre as seduções dos interesses e do sentimento. São aqueles "dois cães" que lutam no íntimo de cada ser. Vence o que é mais alimentado ou acalentado.

Finalmente, não vemos solução possível senão a que é apreendida por meio do hábito. Respeitar é uma obrigação, é um dever moral. Essa é a única conduta do bem viver. Se conduzir bem te define como boa pessoa. Do contrário, não há desculpa, você é má pessoa porque não sabe como se conduzir no meio social e não reconhece o outro como semelhante. Desta forma o que fica aparente é a sua insignificância diante do conjunto.

Um alerta! As leis morais estão gravadas nas consciências individuais e Deus não constituiu nenhum procurador na Terra para advogar tal ou qual tese. Você não deve verificar se "o outro" age no bem. Seu olhar deve estar intimamente focado em si mesmo. Esse é o segredo.


MORALISMO: [ÉTICA] consideração moral inconsistente por estar separada do sentimento moral, por ser baseada em preceitos tradicionais irrefletidos ou por ignorar a particularidade e a complexidade da situação julgada.


Uberaba-MG, 05 de março de 2021

Beto Ramos

quarta-feira, 24 de fevereiro de 2021

A OPINIÃO PESSOAL

Convite à reflexão.

MARAVILHOSAMENTE, a sociedade contemporânea vive uma era em que a informação é alcançada das maneiras mais rápidas e eficazes. Chega uma informação, várias pessoas se dispõem a divulgá-la e defendê-la de forma, por vezes, educada, outras nem tanta. Uma informação aparentemente comprovada, não mais que imediatamente, é derrubada ou, ao menos, colocada em dúvida.

Sobre tantos temas, o que se percebe é a busca de "comprovações" que defendam os próprios pontos de vista. Sob o manto de uma pretensa caridade ou numa demonstração de completa ausência de urbanidade, o estudo verdadeiro e profundo é deixado de lado. Cada um, ao seu modo, busca ser "seguido" e não filiar-se a uma ideia. Alguém se propõe a um trabalho e logo surgem inimigos/adversários que esvaziam a latrina mental e gritam: "quer aparecer"; "quer desunir"; "quer destruir".

Ora, vejamos: SUA OPINIÃO É SUA OPINIÃO. EU RESPEITO, MAS, ELA NÃO PASSA DISSO: A SUA OPINIÃO. Conviva com isso. Aceite e viva bem, melhor e mais feliz. O conhecimento é construído, passa por um processo de elaboração mental. Para Espíritos imortais, isso não acontece numa única encarnação. O processo passa por sucessivas encarnações.

Allan Kardec afirmou, ao criar a Revista Espírita, "debateremos, não disputaremos". Será útil introjectar e agir, verdadeiramente, conforme o fundo do pensamento que está no âmago dessa mensagem, lida e propagada por muitos (talvez, nem tanto), mas, que até aqui não tornou-se uma badeira para os Espíritas.

Uberaba - MG, 24 de fevereiro de 2021.

Beto Ramos.

segunda-feira, 22 de fevereiro de 2021

CHEGOU A HORA PORQUE MORREU OU MORREU PORQUE CHEGOU A HORA?

Muito se tem falado, inclusive em berço espírita, que nossos queridos irmãos e irmãs acometidos do mal pandêmico que assola o país e o mundo, ao sucumbirem à COVID-19, morreram porque "chegou a hora". Por essa linha de raciocínio é possível concluir, então, que há destino ou karma (também carma). O Espiritismo valida essa teoria?

O Livro dos Espíritos nos proporciona campo para agudas reflexões. De acordo com o fatalismo compreende-se pelo vocábulo fatalidade a qualidade daquilo que é fatal, isto é, destino que não se pode alterar. Pois bem, pretendemos pensar a respeito.

Vejamos, então, a questão 851 da obra mencionada. Kardec questionou os Espíritos sobre a existência ou não da fatalidade nos acontecimentos da vida, conforme o sentido acima exposto. Na verdade, o Codificador desejou saber se existem ACONTECIMENTOS predeterminados. Incluiu na sua indagação, em caso de resposta positiva, o que seria do livre-arbitrio?

A resposta objetiva foi que a fatalidade existe UNICAMENTE pela ESCOLHA QUE O ESPÍRITO FEZ DESTA OU DAQUELA PROVA que sofrerá ao reencarnar.

Aprendemos que o Espírito institui a si mesmo uma espécie de destino. Ora, é preciso ter em mente o significado de destino e de uma espécie de destino. Na questão mencionada os Espíritos Superiores vão conceituar essa espécie de destino. Nada mais é que A CONSEQUÊNCIA DA POSIÇÃO EM QUE O ESPÍRITO VIER A ESTAR COLOCADO.

Vamos interpretar? Segundo o MEIO EM QUE O ESPÍRITO REENCARNA, tendo escolhido o GÊNERO DE PROVAS, sujeita-se às CIRCUNSTÂNCIAS que tal gênero irá lhe proporcionar. Nesse meio existem pessoas, coisas e provas morais que o Espírito experimentará. Se no meio existem situações alheias à vontade do Espírito, tais como as que dependam de decisões de terceiros, a reencarnação sob determinado gênero de provas, de certa maneira, traçará uma rota evolutiva.

Todavia, é preciso lembrar que NINGUÉM está fadado (isto é, fatalmente) a essa mesma rota. São infinitas as opções de escolhas que faremos ao longo do desenvolvimento daquele gênero de provas anteriormente escolhido (no chamado planejamento reencarnatório).

Ainda assim, até mesmo as escolhas não estarão livres de certas amarras que vão relativizar o livre-arbítrio do Espírito. Isso não significa que se deva lançar qualquer situação que seja à conta do destino. Não sabemos quais são as provas escolhidas pelo Espírito, o que é ou não consequência de suas faltas, além do que as ideias exatas ou falsas que fará das coisas o levará a atingir ou errar seu alvo. Para tanto, considera-se, também, o caráter de cada um e sua posição social, dentre outros fatores.

Atribuir o que ocorre ao Espírito encarnado à conta da sorte ou destino é um meio de fugir ao dever de refletir sobre as próprias ações e suas consequências. Voltemos ao tema principal: A MORTE. O que há de fatal nisso?

Segundo a teoria Espírita, FATAL é somente O INSTANTE DA MORTE. Saber disso faz toda a diferença. Chegou a hora porque morreu ou morreu porque chegou a hora? Não é um jogo de palavras. A resposta é: chegou a hora porque morreu!

Se essa hora NÃO chegou, a morte somente ocorrerá quando as LEIS DIVINAS forem violadas. Disto resulta que é possível e desejável que o ESPÍRITO lance mão de todas as precauções possíveis para evitar uma morte que o esteja ameaçando. Para uma reflexão desejável, o leitor não deve comparar a onisciência e onipotência do Criador, que tudo sabe sobre suas criaturas, com a ideia de destino.

Todos os perigos que cercam o Espírito encarnado mostra-lhe o quão fraco e frágil é uma existência. Segundo o ensino dos Espíritos é preciso sempre examinar a causa e a natureza dos perigos. Quase sempre são consequências de faltas cometidas, isto é, da negliência no cumprimento de um dever. O Espírito, sabendo o gênero de provas que escolheu, sabe quais são os perigos a que está exposto e que lutas terá que sustentar para evitá-los.

Se assim não fosse, o que dizer daqueles que afrontam perigos, que visam o autoextermínio ou que amealham todo tipo de vício? De resto, é preciso compreender com profundidade: a fatalidade, verdadeiramente, só existe quanto ao MOMENTO em que o ESPÍRITO deverá APARECER e DESAPARECER do mundo em que escolheu para reencarnar.

Voltando à questão pandêmica é preciso refletir: o Espírito poderia afastar um fato como a morte pela COVID-19? Nem tudo que sucede ao Espírito ESTÁ ESCRITO como se costuma dizer. Os acontecimentos são consequências de atos praticados por livre vontade, sem o qual o acontecimento não teria se dado. Recorde-se de muitos que sucumbiram a esse mal por pura negligência ou imprudência.

Outra questão que vem de encontro a essa reflexão é que a humanidade carece de grandes dores, fatos importantes e capazes de influir-lhe moralmente. São úteis à sua depuração. Sua finalidade é apenas de instrução. A reencarnação e tudo o que nela ocorre é um processo pedagógico. Tudo é instrução para o Espírito.

Nesse grande laboratório planetário promove-se muitas experimentações, muitas experiências. A culpa não é de Deus e nenhum acontecimento deve ser creditado à conta do Destino. É bom que a humanidade aprenda nesse processo a assumir sua responsabilidade como ente coletivo.

É imperativo compreender que, pela ação da vontade, até mesmo acontecimentos que deveriam verificar-se, podem ser altarados. As condições para tanto são: a alteração deve ser cabível, estar em conformidade com as leis naturais e na sequência do gênero de vida escolhida pelo Espírito. A todos é facultado IMPEDIR O MAL, sobretudo aquele que possa concorrer para a produção de um maior.

Se a fatalidade, como compreendida no princípio desse texto, realmente existisse, aquele que em vida cometesse um assassínio saberia que escolheu uma existência fadada a cometer esse crime. ISSO NÃO OCORRE. O Espírito que escolhe uma vida de lutas sabe que poderá sentir o desejo de matar alguém, mas, não sabe se irá ceder, pois, tem a deliberação de infringir as leis Divinas ou não. Numa palavra, se soubesse que mataria alguém, estaria PREDESTINADO ao crime.

TUDO RESULTA SEMPRE DA VONTADE E DO LIVRE-ARBÍTRIO. Saber escolher faz toda a diferença. Não há ninguém predestinado ao sofrimento, como não há ninguém nascido sob uma boa estrela. Em Espiritismo temos uma lição importante: "é tolice tomar tudo ao pé da letra".


Beto Ramos

Uberaba-MG, 22 de fevereiro de 2021.


DESTAQUE DA SEMANA

A DOUTRINA DOS ESPÍRITOS NÃO É ASSUNTO QUE SE ESGOTA EM UMA PALESTRA

  EM SUAS VIAGENS KARDEC MINISTRAVA ENSINOS COMPLEMENTARES AOS QUE JÁ POSSUIAM CONHECIMENTO E ESTUDO PRÉVIO. Visitando a cidade Rochefort, n...